quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Ironia das Notícias do Carnaval

 



       Algum dia teremos a definição sobre o carnaval ser ou não feriado. A data comemorativa é a de um enforcamento geral. Favorece os bancários, que passam por um privilegiado feriado bancário.  Para os funcionários públicos, um ponto facultativo. Para quem pendura frangos, assenta tijolos, serra lenhas ou vende gasolina, a segunda e a terça são dias normais de trabalho. O carnaval é um delicioso enforcamento para “quem pode”!

       Enquanto isso, os preços dos produtos continuam baratos no Supermercado Jornal Nacional, aquele gerenciado pelo Senhor Bonnemer, secundado pela sua escudeira Renata. Mas a realidade de quem precisa cuidar bem de seu salariozinho é bem outra. O charme das escolas de samba do Rio de Janeiro, a alegria das de São Paulo, a explosão do frevo em Recife e Olinda, e o axé de Salvador são as principais atrações para o turismo de sexo, para os europeus endinheirados e ridículos que gostam de vir para serem assaltados nessas cidades.

       Enquanto isso, já temos mais de meio milhão de prováveis casos de dengue no Brasil. As pessoas estão morrendo, o presidente da res pública viaja, um togado poderoso continua denunciando, julgando e prendendo gente importante, anunciam uma campanha de vacinação para uma minoria. Na época daquele presidente um tanto fanfarrão, em que as pessoas contraíam um vírus que especulam ter sido produzido nos laboratórios da China, seus opositores faziam o diabo em Brasília. E o incauto falava as bobagens que queria, era um ridículo tanto quanto o viajor da hora.

       Mas o dito carnaval se foi, as contas continuam chegando, nosso turismo muito amador e nossa pretensa cultura desnorteada ainda ganha aplausos da imprensa bajuladora. A cidade que esteve deserta e começa a ter gente andando por aí, os representantes comerciais chegam nos nossos hotéis que amargaram uma baixíssima ocupação no último final de semana, a lavoura começa a ser salva. E eu com pena de algumas pessoas que foram comer em estabelecimentos que deveriam estar funcionando “em tempos de cultura e turismo” e os encontraram fechados. Também com pena de alguns que vão ao restaurante e pedem um combo, aquele que vem com carnes, batatas fritas e alguns vegetables fritos, mas a atendente diz que não vai ter batata  palito  no combo e que não pode substituir por batata canoa... mas não pode dar desconto e nem substituir o ingrediente faltante porque é a regra da casa. Então o cliente precisa pagar o valor integral e receber apenas parte do produto, ou ir buscar outro endereço para comer. Sugestão: Pega uma faca de serrinha e parte a “canos” em três partes, no sentido longitudinal, e deixa o cliente satisfeito e não o perde!

       Ora, o turismo de nossas cidades, Joaçaba, Herval d´Oeste e Luzerna é uma ... nem sei o que dizer! Amadorismo puro e isso é culpa de nossos gestores que não viajam, não estudam, não leem, não aprendem. E os bem empregados que não têm nenhuma capacidade de versatilidade, que querem que seja imprimido um padrão moderno, mas que não dá o resultado que imaginam que possam ter.

       Agora, vem a briga das eleições, a busca por cargos do Legislativo e do Executivo, a realidade de agora passa a ser esta. Enquanto isso, muita tristeza, desolação e desesperança de parte dos pequenos produtores rurais, que não veem vozes ativas em seu favor.

       A boa reparação da rodovia Joaçaba-lacerdópolis – Ouro/Capinzal – Depois de doze anos de sua inauguração, nossa “Estrada da Amizade” ganhou um belo trabalho de recuperação de seu leito. Agora só falta a recomposição da sinalização de solo e podem levar os aplausos de quem a utiliza. Apenas vai uma sugestão aos responsáveis pela conserva: Um quilometro após o Rio Caraguatá, para quem vai do trevo do Chocodinho no sentido a Lacerdópolis, à direita, ao final da subida,  há uma árvore pendendo sobre o acostamento da pista de rolamento. Se acontecer de vir uma chuva como as que tivemos há três meses, virá para baixo e poderá causar sérios acidentes com os cidadãos e os veículos passantes ou, no mínimo, paralisar o tráfego até que seja removida.

       A violência continua a gerar violência e mortes – São assustadoras as notícias sobre assassinatos em Santa Catarina, inclusiva em nosso Meio Oeste. Sinal dos tempos!

       Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com

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