sexta-feira, 21 de junho de 2024

Crescemos na politização e na ignorância, regredimos em vários outros campos

 


Crescemos na politização e na ignorância, regredimos em vários outros campos


       Politizar é a ação verbal mais presente nos meios de comunicação e é o resultado da divergência de opinião entre os seres. No Brasil, as discordâncias sobre os múltiplos temas são relevantes. No momento, por exemplo, a questão de votação, ou não, de um projeto que regulariza a punição a quem estupra e a quem comete o aborto é a mais debatida em todos os meios de comunicação. A pressão vem de todos os lados, de quem é contra e de quem é a favor de um Projeto de Lei tratando do assunto e que está para ser votado, em regime de urgência, na Câmara dos Deputados. A polêmica é grande e as opiniões a respeito das punições continuarão sendo bem divergentes.

       A questão, imagino, precisa ser analisada sob a ótica médico-científica. Mulheres, em qualquer idade e que passaram pelo problema deveriam ser ouvidas.

       Enquanto, ou paralelamente a isso, as discussões em relação aos projetos de interesse de nossa Economia vão ficando “para depois”.  A oposição, no Congresso Nacional, e boa parte da população,  criticam o índice do PIB, Produto Interno Bruto, por ser baixo. Enquanto isso, além da questão externa, algumas posições do Presidente lula em relação a gastar mais do que se arrecada, têm provocado a alta do dólar norte-americano e a bolsa de valores continuando em queda. Lula é um crítico contumaz do comportamento do Banco Central, em especial de Campos Neto, presidente deste. Se ele e seus ministros fizessem a parte deles, reduzindo os seus gastos e desperdícios, tudo seria mais fácil. Enquanto o Ministro que cuida da economia, Fernando Haddad, trabalha junto ao Congresso Nacional para a votação de projetos que melhorem a arrecadação federal, o Presidente gasta a torto e a direito.

Inflação – Os juros altos servem para frear a demanda e, consequentemente, para o controle da inflação. Lula, por sua vez, acha que as pessoas gastando mais, havendo mais consumo, há mais crescimento da economia e, por consequência, maior arrecadação e mais dinheiro para ele gastar.

       Os índices de inflação oficiais podem indicar estabilidade, porém o custo de vida para os pobres está muito alto. Os preços dos alimentos estão elevados, especialmente dos hortigranjeiros. A alimentação ocupa a maior parte do orçamento de uma família de baixa renda, por isso  mesmo a inflação para esta é maior.

Vacinação – Os percentuais de pessoas vacinadas no Brasil são vergonhosos. Os adultos, tudo bem que achem que não precisam de vacinas para nada, embora eu seja favorável a que todos tomem as vacinas que sejam recomendadas e aprovadas pela ANVISA.  Mas o que tem acontecido com relação à crianças, que teriam que receber a vacina antipólio, é condenável. Na região, alguns municípios têm sido exitosos e outros um fracasso no quesito.

       Índices ruins em educação – O gasto com educação, no Brasil, é astronômico. O aproveitamento escolar é assustador. A evasão escolar, idem. E isso pode ser creditado à maneira como o estudo e o trabalho são tratados. Num país onde é vantagem não fazer nada e ficar esperando tudo do Governo e de algumas entidades, só poderíamos constatar que há ainda  um fator importante: a falta de vontade de quem deveria frequentar os bancos escolares e a irresponsabilidade dos pais em relação a conduzir os filhos para a escola. Não haverá outra forma de melhorar a vida dos brasileiros se os jovens não concluírem ao menos o Ensino Médio.

       Na questão do trabalho, queixam-se os empresários que não conseguem pessoas para trabalhar, mesmo com carteira assinada, todos os direitos garantidos e ainda outras vantagens.

       Acidentes nas rodovias – São frequentes na nossa região. Nas noites de sexta para sábado, acontecem muito deles, a maioria envolvendo pessoas jovens, do sexo masculino. As baladas e o consumo de bebidas alcoólicas ocasionam perda de controle de si mesmo e sono. Com isso, vários acidentes acontecem e muitas vidas são ceifadas prematuramente. Todo o cuidado é pouco. Enquanto alguns jovens badalam, as mães ficam sem dormir à noite, angustiadas. A lamentar!

        Enquanto isso, as queimadas na Amazônia e no Cerrado estão crescendo, e os que recentemente denunciavam isso, agora se calam!

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com

 

 

Um comentário:

  1. Teu pensamento faz ressonância com aquilo que os donos do dinheiro adoram.
    Com todo respeito, teus comentários se parecem com as papagaiadas da mídia corporativa que, cooptados pelo dinheiro, repetem diariamente essas barbaridades para enganar os menos avisados.
    Isso tem nome, chama-se rentismo, uma das principais características do capitalismo financeiro, que mata o povo e enriquece uma meia dúzia. Trata-se da turma de escudeiros de wall street (trump, milei, bolsonaro, meloni, macron, biden, satanyahu, jorginho mello, ratinho, leite, tarciso..., tudo minúsculo mesmo.)
    Nosso Banco Central foi capturado pelo sistema financeiro internacional e Campos Neto é o representante desses ladrões. Aí residem as principais dificuldades do governo para desenvolver seus programas voltados a nação Brasil.
    O PIB que você diz, que dizem ser miúdo, é outra inverdade. Se o Banco Central estivesse a serviço do Brasil seria, com certeza, bem mais robusto.
    Países que almejam se desenvolver gastam muito em educação, o contrário do Brasil que é refém do consenso de Washington.
    Nosso país só terá soberania de verdade o dia que conseguir se livrar dessa maldita ciranda, dessa cantilena neoliberal que você ajuda a propagar.
    Penso um pouco diferente de você, então faço o contraponto, essência da democracia.

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