O Arroz em tempo
de tormentas – O Governo Brasileiro tem levado críticas bombásticas de parte
não apenas dos produtores gaúchos de arroz, como também da grande maioria dos
veículos de comunicação convencional e dos meios virtuais. A encrenca em que
Lula e seu time se meteram teve duas fases e virá a terceira, que é a que vai
dar-lhes as maiores dores de cabeça, possivelmente uma Comissão Parlamentar de
Inquérito sendo instalada. Reitero mais
uma vez que o Governo Lula III ainda não conseguiu entrar no jogo político da
atualidade. O normal de duas décadas atrás não é mais o normal de hoje.
A primeira fase
compreende a ideia de Lula importar arroz para suprir a sua falta em razão de o
produto ainda não ter sido colhido no Rio Grande do Sul, nosso principal
produtor, e teriam havido importantes
perdas daquela cultura. Até saíu na internet um modelo do rótulo oficial do
pacote de arroz de 5 Kg, que sairá com a tabela de comercialização com o preço
máximo de R$ 20,00 por pacote de 5 Kg. É dito que o custo do pacote será de R$
25,00. A opinião geral é a de que tal subsídio deveria ser concedido ao
produtor gaúcho. As entidades que representam os arrozeiros gaúchos se
posicionaram totalmente contra a atitude e ação do Governo, com severas
críticas. Justificam que 85% da colheita já havia sido efetivada. E que como
houve uma super safra, haveria o equilíbrio entre a disponibilização e a
demanda. A revolta contra o Governo expandiu-se para outros setores de
produção e contaminou a imprensa brasileira, com exceção daquela de uma rede de
tv que tem sido vaiada e classificada como “globolixo”.
A segunda fase
da encrenca veio com o leilão para a aquisição de até um milhão de toneladas.
Menos de 300 mil delas foram ofertadas no leilão realizado. A divulgação as
empresas vencedoras dos leilões, 5 ao todo, causou muita perplexidade nos meios
econômicos, políticos e da imprensa brasileira. As empresas possivelmente
fornecedoras não são conhecidas e suas atividades pouco têm a ver com a venda
de cereais em grande escala. A comparação com as compras dos respiradores
artificiais na época da Pandemia da Covid 19 é inevitável!
A terceira e
mais conflituosa vem agora. As bancadas ligadas ao agronegócio e à indústria no
Congresso Nacional contestam veementemente todo o processo de escolha dos
fornecedores. Vejam que nenhuma empresa que atua com comodities no Brasil
participou do leilão. E a revolta é que o arroz importado virá de regiões do mundo
em que os defensivos agrícolas que já foram proibidos de serem utilizados no
Brasil são empregados por lá. Dizem que o efeito nocivo é 4 vezes maior do que os que são usados
atualmente pelos produtores brasileiros. E o agro sempre tem sido condenado
pelos ministros da hora porque, supostamente, produzem arroz e outros grãos de
forma ambiental inadequada. Aqui, só chiam, mas calam-se com relação do episódio
em evidência. A fase, agora, engloba uma CPI. Muito incômodo para Lula e seus
auxiliares.
A Medida
Provisória do Fim do Mundo – A Câmara dos Deputados e o Senado Federal estão
contestando a Medida Provisória originada pelo Governo e que provoca prejuízos
ao setor industrial, surrupiando o seu direito de abaterem os valores a serem
recolhidos em impostos em razão de terem créditos tributários. O STF está sendo
acionado e resta ver se o comportamento dos seus ministros será o mesmo que
tinham nos tempos do Governo anterior.
A Rodovia
estadual entre Capinzal e Piratuba – Utilizei-a na primavera passada, em
fevereiro, e também neste fim de semana.
No ano passado e há 4 meses estava esburacada, numa situação insustentável. Em
fevereiro havia uma meia dúzia de frentes de trabalho, em vários pontos, com
muitas máquinas e homens trabalhando em
drenagens aterros e reaterros, assentamento de tubos e colocação de base
de pedras tipo rachão e graduadas. Agora, menos buracos, mas poucas máquinas
trabalhando, poucos trabalhadores, e a população não acreditando que a obra de
reforma da rodovia possa ser concluída até novembro. A parte que está no
território de Capinzal vem sendo executada dentro do cronograma. Mas a parte do
território de Ipira tem muito ainda a ser executado. Parece haver atraso na
efetivação de cortes de barracos, drenagens, e assentamento de base de pedras.
No trecho dentro da área urbana será praticamente impossível que se executem os
serviços para a próxima temporada. Ressalte-se que a intervenção é forte, há eliminação
de curvas e alargamento das pistas de rolamento.
Piratuba está
bonita, com bons hotéis, pontos de lazer, restaurantes e lojas, tem um balneário
formidável e recebe turistas de toda a América do Sul. Mas há a preocupação lá
de que na temporada os visitantes que costumam vir pelo seu Norte deixem de
fazê-lo. Cabe às lideranças políticas em empresariais de lá fazerem a devida e
necessária cobrança para que o cronograma “prometido” seja cumprido.
Ladroeira no Sul
– Assolado por violenta e demorada catástrofe climática, o Rio Grande do Sul tem recebido apoio e
doações de todo o Brasil, dos países vizinhos e de vários ligares do mundo. Mas
os aproveitadores e desonestos, inclusive alguns políticos, desviaram produtos
de doações para si e aliados. A Polícia tem feito um bom trabalho e alguns
foram até presos. É lamentável que, enquanto uns sofrem, outros roubem.
Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Amigos, peço-lhes a gentileza de assinar os comentários que fazem. Isso me permite saber a quem dirigir as respostas, ok? Obrigado!