domingo, 9 de maio de 2021

Quais são os programas de redução das vulnerabilidades sociais dos Municípios?

 



        É sabido que as cidades, hoje, até por imposição legal, precisam cumprir programas na área social, visando a proteger as pessoas em situação de vulnerabilidade, aquelas que sofrem mais os impactos diante de todas as anormalidades pela situação da crise sanitária atual e ainda pela própria situação permanente. O ser humano merece ter oportunidades para melhorar sua condição social. Porém, nem sempre ele se esforça para melhorar seu padrão de vida. Ou, então, falta-lhe apoio na obtenção de suas condições básicas para viver com dignidade.

       Nas cidades grandes, nas grandes metrópoles, existem amontoados de habitações que não oferecem nem o básico em termos de segurança para quem mora nelas. Até pelas características locais, ali crescem os índices de violência, chegando-se à banalização da própria vida. Além disso, a degradação sanitária está muito presente. A infraestrutura urbana é precária e as pessoas que se sujeitam a morar ali estão em permanente vulnerabilidade. Não se vislumbram soluções a curto ou médio prazo para os seus problemas. A longo prazo, e eu me refiro ao prazo de duas ou três gerações, poder-se-ia ter uma solução através de arrojados programas de educação e da ação social efetiva. A situação é muito complexa e tudo foi se agravando nos últimos 50 anos. O que já era ruim, ficou muito pior!

       Mas, nas pequenas cidades, as de menos de 50.000 habitantes, que são a maioria no País e mesmo em nosso Estado, o que se faz para evitar que os problemas existentes se avolumem ainda mais?  Quais programas de redução das vulnerabilidades sociais estão em andamento nas cidades? Isso seria apenas coisa para assistente social, secretário responsável  pela ação social, ou de prefeitos e até vereadores? Então, leitor, leitora, convido você a pensar sobre o assunto, relembre daqueles que você considera os “bons e áureos tempos”, e a estabelecer comparações sobre os quadros atuais.

       Há quantos anos nossas cidades convivem com áreas de risco social e pouco ou nada se fez para resolver, primeiro, o problema da moradia para as pessoas em vulnerabilidade social? Especificamente em Joaçaba e Herval d ´Oeste, quais programas de moradias para pessoas de baixa renda ou com ausência dela foram executados e quais estão em andamento ou mesmo projetados? Então, amigos, vocês que andam pelas cidades vizinhas, procurem ver o que as outras cidades fizeram ou estão fazendo. Considere Luzerna, Catanduvas, Jaborá, Ouro, Capinzal, Lacerdópolis e Erval Velho, nossas limítrofes. Estabeleçam apenas o presente milênio como referencial e busquem as informações. Verão que estamos ficando para trás!

       Não há como se falar em índices de qualidade de vida que nos orgulhem se não resolvermos os problemas que temos. Se compararmos com as grandes cidades e mesmo as pequenas de lugares próximos, veremos que nossos problemas são menores que os deles, mas existem. E resolvê-los, a começar pela Habitação, deveria estar entre nossas prioridades. Há uma dúzia de anos atrás apresentei a algumas autoridades umas ideias sobre como agir para fazer um programa, e executar, em que nossas áreas em que moram pessoas muito desfavorecidas, poderiam tornar-se uma grande bandeira política para os gestores da cidade. Na época, Chapecó, Concórdia e Capinzal já estavam em fase bem adiantada. As pessoas que ouviram minhas ideias acharam interessantes, mas não deram bola a elas. Quem sabe alguma liderança autêntica, política ou empresarial, lidere uma discussão sobre o tema e proponha que se passe a cuidar dele com mais carinho. Vai que um líder consiga agregar todas as entidades e órgãos públicos para se organizar e estabelecer um plano que fosse abraçado por todos para resolver a questão? Virar as costas para a realidade de agora pode representar um considerável perigo no futuro.

Pandemia -  Enquanto isso, voltemos a ressaltar o risco ao qual todos estamos expostos aqui em Joaçaba, Herval e Luzerna na questão da Covid 19. Se analisarmos as informações oficiais do coronavirus.sc.gov.br, site oficial da Saúde em Santa Catarina, veremos que, para grupos de 100 mil habitantes, estamos bem piores do que Chapecó, Xanxerê, Concórdia, Capinzal e Videira. E também no comparativo com Florianópolis, Joinville e Balneário Camboriú. Motivo para muita preocupação, pois há intensa campanha nos meios de comunicação, principalmente no rádio, para que as pessoas tenham os cuidados necessários. No entanto, para muita gente, parece que tudo segue na normalidade. É só dar umas passadas nos bares, principalmente dos bairros,  e ver quanta gente anda “vivendo sua vida na normalidade”, como se não houvesse o vírus letal ainda circulando.

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com

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