CELSO KAMINSKI, 77 ano(s). Data de Falecimento: segunda-feira, 19 de abril de 2021. Profissão: CORRETOR(A). Filiação: FRANCISCO KAMINSKI e ANNA JUCA KAMINSKI. Data de Sepultamento: 20 de abril de 2021 às 12:00h. Local do Velório: CAPELA MUNICIPAL SÃO FRANCISCO DE PAULA - CAPELA 03 DO SÃO FRANCISCO DE PAULA. Local do Sepultamento: MUNICIPAL SÃO FRANCISCO DE PAULA. (Gazeta do Povo - Curitiba)
Perdemos, nesta madrugada, em Curitiba, Celso Kaminski, meu cunhado, marido da Sirlei. Celso estava com muitas complicações clínicas e seu estado de saúde evoluiu para um quadro de debilidade nos últimos dias. Falei com ele pela última vez há duas semanas, por telefone. Nosso papo, como sempre, foi muito longo. No prato, futebol, voley, política e economia, nossos assuntos preferidos. Naquele dia, estava acompanhando jogos de voley, me parece que do Minas contra o Praia Grande.
Nossa amizade iniciou-se em 1973, quando ele ia a Porto União com a Sirley, na casa da mãe dela, Anna Anzolin Carmignan. Sirlei é minha cunhada. Uma vez, em 1974, visitei-os em sua casa, na Rua Alferes Poli, em Curitiba, quando eu havia ido participar de um curso naquela cidade, no Senai, não muito longe da casa deles. O Celso sempre foi uma pessoa muito cordata, de bom humor. Até dos infortúnios fazia chacota. Nossa amizade sincera foi crescendo com os anos, costumávamos reunir nossas famílias na nos feriadões de Carnaval, Páscoa, e Natal Novo. Foram muitos churrascos em família, principalmente em sua casa, em Curitiba, com chopp e coca-cola! Íamos primeiro a União da Vitória e, nas últimas três décadas, em Curitiba. Algumas vezes visitou-nos com a família quando morávamos em Ouro. Traziam os filhos Juliana, Fernando e Cassiano.
Nas vindas deles, com outros cunhados e suas famílias, organizávamos jogos de futsal nos ginásios André Colombo, em ouro, e no Diletto Bettaiolli, em Capinzal. Era torcedor e foi conselheiro do Paraná Clube, de Curitiba. Em São Paulo, torcia pelo Santos e no rio de Janeiro pelo Fluminense. Mas sua paixão, mesmo, era ser paranista, cube do qual foi sócio desde os tempos em que o Ferroviário se fundiu com outro clube e formaram o Colorado. Depois, com a fusão com o Pinheiros, formaram o atual Paraná Clube. Uma vez, mandei confeccionar um agasalho, azul, com detalhes em branco e vermelho, com as inscrições Paraná Clube e o nome dele nas costas da jaqueta. Ficou tão contente que a Sirlei vestiu um vestido azul, sapatos de salto, em apresentaram-se para o almoço de natal, na casa deles. De certa feita, há uma década, fomos ver um jogo do Paraná contra o Grêmio de Porto Alegre, na Vila Capanema.
Quando os reuníamos, dávamos um jeito de sair para jogar uma sinuca no centro de Curitiba, ali na XV de Novembro, numa local do segundo piso, perto do Bondinho da XV. Éramos eu, ele, nossos cunhados Nei, Círio, o Primo Jandir Anzolin, Claudionor, e vez por outra o Emílio ou o Kiko. Jogávamos em duplas. Era papo muito descontraído, umas cervejas, cola-cola, pasteis e tacos na mão. Na modalidade, ele jogava muito bem. era tacada certeira. Quando em minha casa, jogamos sinuca no Ateneu Clube e no Bar do Danilo Coeli, nas dependências do Diletão. Ele gostava muito dos sobrinhos, todos eles. Em Curitiba, levava-os para o Zoológico, Passeio Público, Jardim Botânico, Ópera de Arame, Bosque do Papa, enfim, todos os lugares que pudessem ser de interesse de adultos e crianças.
Advogado e Economista, tinha escritório na Westphalen em parceria com o Juca Folador. Adiante, adquiriram duas fábricas de calçados e constituíram a Indústria de Calçados Domani, em São José dos Pinhais. Já aposentado, passou a trabalhar como Correto de Imóveis. Nos últimos anos, sua saúde o obrigou e ficar em casa e conviver com os netos quando das visitas deles.
Estivemos na casa deles em 2019, quando levamos o pequeno Ângelo para que conhecesse, e em janeiro de 2020. Depois, com a vinda da pandemia, passamos a nos comunicar apenas por telefone, ocasionalmente. Ele, que costumava frequentar um senadinho anexo a uma lotérica, na Rua Chile, trancou-se em casa. Com 77 anos, tomou as duas doses da vacina contra a Covid 19. Dizia-me que iria de terno e gravata para tomar a vacina, que seria um momento muito especial para ele. Na última quinta-feira, a Sirlei me disse que ele não estava bem, que havia perdido muito peso, que suas funções estavam prejudicadas e que ele havia caído um tombo. Era a terceira vez que isso acontecia. Há poucos anos, a queda num banheiro em Itapema lhe resultou em fratura de fêmur, mas superou após cirurgias e tratamento em Curitiba.
O Celso está partindo, mas deixa muitas lições e bons exemplos para a esposa, os filhos e os netos. Esforçou-se para dar-lhes bons estudos, frequentaram o Bom Jesus desde o Pré-escolar à conclusão do Ensino Médio. Juliana, médica endocrinologista, trabalha em Curitiba, formou-se na Universidade Federal do Paraná; Fernando, Engenheiro Eletrônico, formou-se na UTFPR, estagiou e trabalhou no exterior e atualmente está na Petrobrás, morando em Santos; Cassiano formou-se em Direito na Federal é é procurador estadual no Paraná, atuando em Curitiba. Deixa três netos, sendo um menino e duas meninas. A Juliana nasceu no momento exato de meu casamento com a Miriam, irmã da Sirlei.
Ser cunhado e sobretudo amigo do Celso foi uma grande alegria para mim. Estamos todos muito entristecidos com a sua partida. Nem poderemos comemorar a saída da pandemia com um churrasco, como eu lhe havia proposto. Sua inteligência, sua cultura geral com domínio de qualquer assunto que fosse, sempre serviram de amparo para todos os seus parentes. Apoiava a todos sem jamais esperar nada em troca. Agora, que tenha a felicidade merecida na eternidade e que os filhos, esposa e netos e noras possam superar a dor da perda dele. Tio Celso, como nós o chamávamos, foi chamado por Deus. Inteligente e conhecedor, sabia que sua hora estava chegando, mas nunca se entregava. Deus abençoe a todos!
Euclides Riquetti, com o carinho de toda a nossa família.
20-04-2021
Com muita tristeza, que através desse blog tive o conhecimento do falecimento do Celso Kaminski. Pois, o conheci quando trabalhei na empresa Domani Calçados no periodo de 1984 a 1989. Que Deus conforte a família e o receba de braças abertos. Luiz Carlos Laska
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