Os dias têm sido de muito frio aqui no Meio Oeste e Baixo Vale Catarinense. Nas noites o frio intenso, com temperaturas abaixo de zero em muitas cidades aqui próximas. Na Serra Catarinense e na Gaúcha, recordes de frio, com a ocorrência de geadas, sincelos e neves. A quinta-feira, 29, amanheceu fria, mas o sol veio logo cedo nas cidades. A noite esteve estrelada e o céu azulado esteve muito bonito. Em Tokio, no Japão, as olimpíadas 2020 acontecendo. Aqui, os níveis de transmissão da Covid 19 diminuindo. Mas, na meia-tarde, duas notícias tristes para os ourenses. Faleceram o Egomar Sartori, 81 anos, e a Sueli Terezinha Matté da Rosa, 67.
Conheci o Egomar quando ele ainda era jovem e eu criança. Jogava no Vasco da Gama, de Capinzal, e no Grêmio Esportivo Sãpo José. Era um "nove" específico. Forte e alto, tinha um chute portentoso. Desde cedo, trabalhou na Marcenaria e Carpintaria São José, da qual seu pai era sócio. Mais adiante, passou a trabalhar para a Orbram - Organizações Brambilla, que tem sede em Curitiba, que foi fundada por duas capinzalenses, Euclair e Eulésia Brambilla (Cardoso). Egomar, antes de sua aposentadoria, era o responsável pela segurança da agência de Capinzal. Na entrada do Banco, cumprimentava as pessoas que chegavam, dava orientação para como chegar ao atendimento. Atencioso, simpático e dedicado ao seu serviço, sempre foi muito admirado e respeitado por todos.
Nas duas últimas décadas, fez parte do grupo cultural e coral Píccola Itàlia del´Oro, que cultiva a tradição, os costumes e a cantoria italiana em Ouro. Uma vez, quando eu era adolescente, estive numa reunião do Grêmio Esportivo São José, num casarão localizado na esquina da Rua Governador Jorge Lacerda com a Praça Pio XII. Lá, ele falou que, nos domingos pela manhã, costumava nadar até aquela pedra no Rio do Peixe, que se localiza acima da Ponte Pênsil Padre Mathias Michelizza, deitava nela e tomava banho de sol. Aprendi, naquele dia, que além do banho na água, havia também um tal de banho de sol. E, por mais de 50 anos, sempre que passo pela ponte pênsil, olho para a pedra e me lembro dele. Continuarei a lembrar. Minha última conversa com ele foi em março do ano passado, quando eu parei na sua casa para convidar para o lançamento de meu segundo livro de crônicas.
A Sueli, lembro-me dela quando vinha nas reuniões da APP da Escola Sílvio Santos, pois seus dois filhos lá estudavam. Mais adiante, ela parou de circular pela cidade, teve um sério problema de saúde e estava andando de cadeira de rodas. Convivi com seus familiares, conheci todos e, na última vez que estive em Ouro, conversei com seu irmão Alfeu, lá na frente do Cemitério da Vila São José. Não poderia imaginar que a irmã dele fosse embora já, aos 67 anos. Aos filhos, à Cleci, Celito e Alfeu, as mais sentidas condolências.
Aos familiares do Egomar, sua mãe Dona Noemia, irmãs e irmãos, à esposa Élis, aos filhos Beto e Guilherme, nosso carinho e sentimentos de apreço.
Euclides Riquetti e Família- 29-07-2021
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