O Turismo foi o
setor de atividade econômica que mais sofreu durante a pandemia. Agora, os horizontes
parecem reabrir-se aos poucos. Primeiro, a temporada de inverno aqui no
Sul, principalmente nas Serra Gaúcha e Catarinense, incluindo o Planalto. Os
pontos de altitude, onde o frio tem sido intenso, com a ocorrência de geadas e
sincelos, têm atraído turistas de vários lugares do Brasil. Temperaturas abaixo
de zero, vinhos das melhores viníferas e comida muito variada e deliciosa, boas acomodações nos hotéis e
pousadas, tudo nos favorece. E, a partir de setembro, com a chegada da
Primavera, certamente que nossas praias estarão bombando e recebendo um forte
contingente de visitantes.
O que garante o
otimismo do setor é o fato de que a vacinação contra a Covid 19 tem se
intensificado. O tempo de permanência nas câmaras de frio tem sido reduzido e
as doses estão indo para os braços dos que precisam se imunizar. O Ministério
da Saúde tem sido ágil na importação e na distribuição, Butantã e Fiocruz têm
feito sua parte na produção e ainda realizado importantes pesquisas para que
novos medicamentos sejam desenvolvidos. Todos os gestores da pandemia estão
empenhados em resolver a situação. E 95% dos brasileiros querem tomar a vacina.
Sempre defendi a
ideia de viabilização de ações integradas de turismo microrregional e regional.
Até conduzi, na condição de animador cultural, excursões para o Paraná e o Rio
Grande do Sul. Também incentivei a vinda de pessoas de outras cidades para
Joaçaba e outras cidades da microrregião. Um trabalho silencioso, mas de
resultado. Agora, vemos que os municípios estão organizando seus Conselhos de
Turismo.
O exemplo mais recente é o Município de
Lacerdópolis, onde Rosalino Prando foi eleito seu Presidente. Idealista e
empreendedor, junto com seus irmãos Renato e Paulo, têm uma das propriedades
mais encantadoras do Vale do Rio do Peixe. O Sítio dos Prando, localizado entre
as comunidades de São Luís e Serra Alta, em Lacerdópolis, a 900 metros de altitude, dois Km à Leste da Academia
para a Ciência Futura, instalada na Associação Nova Concórdia (Ouro-SC), além
da exuberância da vista natural, recebeu benfeitorias de arquitetura
magnificamente sustentável. Nas redondezas, o extremo cuidado ambiental. Em sua
casa de eventos, já estão agendados dois casamentos e uma festa de formandos em
Medicina. Em nossos municípios temos muitos atrativos, mas falta-nos um
trabalho bem planejado e integrado.
Pavimentação da “Estrada de Santa Helena” – A Rodovia SC 467
sai da BR 282 e nos liga a Santa Helena. A partir dali, vai pela Encruzilhada
Ouro a Ouro e a Capinzal, passando pelo Oratório de nossa Senhora do
Caravággio. Também nos conecta com Jaborá. O trecho até Santa Helena recebeu
pavimentação com parelepípedos de basalto há algumas décadas. Agora, a
Prefeitura de Joaçaba contratou uma empresa para elaborar um projeto de
pavimentação asfáltica. Rodovias em boas condições de trafegabilidade são
sinônimo de desenvolvimento. O Governo do Estado promete realizar a obra tão
logo o projeto esteja pronto. Parabéns a todos os que estão envidando esforços
para que isso também se realize.
A partida de Roberto Minatti – Sabe, leitor, aquela frase que diz que "O coração tem
razões que até a razão desconhece"? Pois, a frase do pensador francês
Blaise Pascal se aplica bem para um fato ocorrido nesta segunda-feira,
19-07-2021, em que perdemos o amigo Roberto Minatti, 40 anos, natural de Jaborá
e servidor do Município de Joaçaba há 21 anos. Minatti era também advogado e
uma espécie de "Coringa" na Prefeitura de Joaçaba. Atencioso, sempre
disposto a ouvir, aconselhar e ajudar as pessoas. Numa única vez precisei da
opinião dele sobre algo, uma providência que precisava, e ele foi muito
solícito. Eu já o conhecia de outros invernos, pois tivemos participação em
alguns eventos públicos. Discretíssimo, fazia a parte dele com muita dedicação
e competência. Se alguma vez deixou de ajudar alguém, tenham certeza, é porque
isso estaria além do alcance e das possibilidades dele.
Na segunda, logo após o almoço, no centro
da cidade, uma pessoa me perguntou se eu soubera de um acidente ocorrido na
Avenida Santa Terezinha, em que um homem havia perdido a vida em acidente de
trânsito. Adiante, em casa, ouvi numa rádio local que um servidor da Prefeitura
de Joaçaba havia partido em circunstâncias ainda não determinadas. Procurei
notícias na internet e, quando vi aquela foto, levei um grande susto: Era o
Roberto Minatti, infelizmente!
Recentemente, precisei verificar uma documentação na
Prefeitura de Joaçaba. Estava no corredor do andar de cima, quando alguém bateu em minhas costas e falou:
"Riquetti, tudo bem?" Era o sempre atencioso e simpático Roberto
Minatti. Agora, poucos dias depois, a notícia de uma verdadeira tragédia. Nas
redes sociais, centenas de manifestações de sentimento pela perda de pessoa tão
querida, tanto pelos colegas, como pelos seus chefes, pelos subordinados e pela
sociedade. Imagino a dor dos familiares. Um homem que tinha muita
sensibilidade, equilíbrio, calma e uma maneira gentil de tratar a todos.
Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com
Publicado no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC
Em 23-07-2021
O turismo, do ponto de vista econômico, é importantíssimo - há países que vivem basicamente desta atividade - porém, já sabíamos, e a pandemia acabou de reforçar: a ganância mata muito mais que a temperança; será preciso reaprender a utilizar melhor os recursos naturais, respeitar seus limites e até proibir o turismo em muitos lugares.
ResponderExcluirChernobyl é um exemplo vivo do que estou dizendo. Lá, por causa do desastre nuclear, ocorrido em 1986, o homem foi obrigatoriamente afastado. A vida, sem a presença humana, de uma outra forma, voltou a florescer: a flora se reconstituiu, os animais voltaram e se multiplicaram, claro que numa situação muito adversa, que dependerá de estudos para podermos afirmar certas verdades.
O turismo é como um bom vinho , na medida certa não prejudica e dá prazer, o seu uso em excesso é que mata.
Para que aconteça o que estou propondo será preciso devolver a soberania ao Estado. Deixar tudo na mão do sistema privado é a mesma coisa que por a raposa para cuidar do galinheiro...
No futuro imediato, para sobreviver, teremos de rever todos os nossos conceitos: econômicos, políticos, tecnológicos, ambientais...O sistema financeiro é o primeiro que precisa ser enquadrado senão, daqui a pouco tempo toda a riqueza estará nas mão de uma dúzia de pessoas.