O João Patrola foi embora na semana passada. Morava a uns 500 metros de minha casa, aqui no Joviva, em Joaçaba, numa casa de dois pavimentos, cor de rosa, numa das esquinas da rua Luiz Leduc com a estrada que vai do Joviva para o Bairro Menino Deus. Era aposentado da Prefeitura de Joaçaba, acho que como operador de máquinas pesadas, daí o apelido de "João Patrola". Nunca perguntei o sobrenome dele.
Um dos filhos de JP pintou minhas casa há uns 6 anos. Fez um bom trabalho e a casa ficou muito bonita, as cores que escolhemos eram modernas e suaves, um Vésper Violet combinado com Day Dream e braço. Agora, mudamos para uma composição que se assemelha ao rosa ou salmão.
O JP costumava frequentar o Bar do Wagner, aqui pertinho de casa. Costumava segurar uma latinha na mão, acho que era Kayser ou Skol. A gente conversava muito na rua. Umas duas vezes, ao menos, dei carona para ele até o Ouro. Ele era trabalhador, pois estava sempre com uma foice ou uma roçadeira acionada a gasolina, trabalhando em lotes baldios nas margens das ruas aqui da Cidade Alta.
Perguntava-me umas coisas, me contava umas histórias, eu lhe contava outras. Ele era simpático e costumava elogiar-me diante das pessoas. Eu o aconselhava com relação a sua saúde, pois percebia que seu andar já não era o mesmo de uns 8 anos atrás, quando o conheci. O JP foi morar lá em cima. Sua imagem de pessoa simples vai ficar na minha mente. Fiquei triste, quando hoje, pela manhã, o Wagner, do bar da esquina de cima, me contou que o Patrola tinha morrido.
Espero que tenha encontrado o lugar ideal para ele, na Eternidade. Vou fazer orações por ele, que era uma pessoa boa para comigo.
Euclides Riquetti
11/05/2019
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