Joaçaba
desenvolveu e cultivou hábitos de participação comunitária aquém de a maioria
das outras cidades. E isso é uma constatação! Ainda, verifico que muitas
entidades e organismos que foram beneficiados, ao longo doa anos, com recursos
ou outros tipos de apoio do Poder Público, não deram ao Município, e
consequentemente à comunidade, a contrapartida devida e necessária. Porém, temos
muitas entidades filantrópicas, bem lideradas, que fazem excelente trabalho em
favor de pessoas que precisam de apoio humano e mesmo material.
Poucas vezes
entrei no gabinete do Prefeito Municipal em uma década de residência em
Joaçaba. Para falar com o Prefeito, nenhuma vez em 10 anos. Fui duas vezes convidado
pelo amigo Bolinha Pereira, por ocasião da organização das festividades do
aniversário do centésimo ano de emancipa
ção do Município. Acho que numa outra oportunidade estive lá
nas imediações e havia uma solenidade e fui convidado a entrar. Tenho dito que,
por muitos anos, ocupei e frequentei gabinetes. E que tenho alguma vergonha de
me fazer presente, pois me dá a impressão de que estou lá para pedir algo para
mim. E isso é resultado de ter presenciado, durante três décadas, que há
pessoas que não desgrudam do Poder. Parece que não conseguem viver sem estar
grudadas nos administradores públicos, são excessivamente dependentes. Falando
mais claramente: parasitas!
Na atual
administração, entrei umas vezes no Gabinete do Vice Jucelino Ferraz, com quem cultivo amizade desde o tempo
em que ele era Publicitário e eu era Prefeito em Ouro, e isso faz quase que 30
anos. No ambiente geral, sempre tive sérios reparos a fazer, e já expus isso ao
Ferraz, que sempre me atendeu bem e vejo que há encaminhamentos bem adiantados
nas questões que eu contestava, como o Plano Diretor, que parecia “copiado” de
outra cidade e prejudicava muito a possibilidade de nosso desenvolvimento.
Tenho acompanhado de perto as mudanças no quesito e vejo uma evolução firme
nisso.
Nesta semana, na
terça, 28, fui convidado pelo Vice-prefeito a participar de breve reunião com o
Prefeito Ragnini e alguns assessores. O objetivo era dialogar sobre a
necessidade de melhorar a arborização do Parque Central e ainda efetuar
melhorias para que atenda também, e adequadamente, as crianças. Há severas
críticas em relação ao Parque. Os próprios vereadores estiveram lá e divulgaram
suas observações e sugestões para que este melhore sua estrutura. Falei sobre o
que ouço da população, manifestei minhas posições a respeito e fui além,
abordei as questões do desenvolvimento da atividade turística.
Um Plano
Municipal de Turismo está sendo formulado pelo Município, através do Senac. De
quatro reuniões que aconteceram, participei de uma porque fui indicado pelo
Jornal Cidadela. Agora fiquei sabendo de outra na semana e vou participar. É um
assunto de que gosto e de que tenho um pouco de conhecimento. Mas na reunião em
que estive, pude constatar que entidades que recebem benefícios da Prefeitura não
estavam lá. Onde trabalhei no serviço público, esse tipo de organismo era
convocado a participar. Não apenas convidado. E verificávamos resultados
positivos e a melhoria da cultura da participação.
Saí da reunião
com a convicção de que árvores, sejam nativas, exóticas ou outras plantas,
serão plantadas no lugar onde havia a arquibancada do estádio Oscar Rodrigues
da Nova. E vou passar para o Prefeito, por escrito, uma síntese das sugestões e
observações que fiz na reunião. Citei exemplos de boas práticas que acontecem
em cidades pequenas e que podem acontecer também aqui.
Euclides
Riquetti – Escritor – Membro da ALB/SC www.blogdoriquetti.blogspot.com
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