segunda-feira, 28 de abril de 2025

Vem aqui tomar um chima, tchê!

 

 



Vem aqui tomar um chima, tchê!

Mas traga erva verde e cuia, agora

Porque por causa da pandemia, tchê!

É pra ter cuidado em toda a hora!


Traz a tua cuia e a prenda, tchê

Vamos cevar em separado

Cada qual com a sua bomba, tchê

Pra sorver o mate bem amargo.



E depois de muito chima, tchê

Vamos rodar numa vanera

Quem sabe xote bem largado, tchê

Bota, bombacha e algibeira.


Com homem guapo na sanfona, tchê

Bumbo nativo e muita percussão

No violão os dedos mágicos, tchê

E poucos casais na pista no salão.


Saudando o dia do chimarrão, tchê

Um chima quente ou o tererê gelado

Com a índia chinchada no coração, tchê

Que Deus abençoe meu mate sagrado!


Euclides Riquetti

Dia do Chimarrão - dia de comemoração!

 

 



       Neste dia 24 de abril, estamos comemorando o Dia do Chimarrão. Na verdade, é o Dia do Churrasco e do Chimarrão, data oficializada através de Lei no estado do Rio Grande do Sul. Tomar mate e comer churrasco está na pauta dos costumes do Gaúcho. Nós catarinenses, somos muito influenciados pela cultura do Rio Grande. O Sul é grande produtor de erva-mate nativa, embora hoje tenhamos muitas plantações mais organizadas em fileiras, diferentemente da verdadeiramente nativa, que tem disposição irregular nos terrenos. Os ervateiros a denominam de "erva plantada". 

      A erva-mate é muito cultivada aqui no Oeste e Meio Oeste de Santa Catarina. Em Capinzal e Ouro, minha terra natal (nasci em Ouro quando este era distrito de Capinzal), ainda temos muitas plantas nativas localizadas em potreiros, em meio a áreas de cultivo de grãos, ou mesmo em meio a matas nativas. A esta, chamam de erva-mate sombreada. Quando criança, presenciei muito a produção de erva-mate lá na propriedade de meus padrinhos, João e Raquele Vitorazzi Franck. Desde o corte na planta, com facão, realizado pelo Stefenito, filho deles, até a colocação no barbacuá, a sapeca com fogo, o cuidado para não incendiar e a socagem num pilão conectado à roda d´água. 

       Na cidade de Bituruna, Paraná, em todo o território municipal e vizinhanças, há uma grande quantidade de plantas de erva sombreada. Das 1.700 famílias rurais dali, 1.500 têm erveiras em suas propriedades. O município sabe muito bem explorar o fato. Inclusive, costumam realizar lá a Festa do Mate, que atrai muitos turistas. Eu mesmo levei um grupo de Joaçaba, Luzerna, Herval D´Oeste, Lacerdópolis, Capinzal e Ouro para participar de uma festa lá, um evento muito bem organizado. Bituruna foi vencedor de concursos de erva-mate sombreada em nível nacional. Na ocasião, inclusive, estava presente a Escola do Chimarrão, com palestras sendo realizadas pelo jovem André Zampier, que é muito conhecedor da área e filho da biturunense Janete Santos, que foi minha colega de Faculdade na Fafi, em União da Vitória. André Zampier é um apaixonado pelos ervais e um dos mais conhecedores do assunto. Na Festa de Bituruna, sorvete e chope de mate, costeletas de porco tostada com erva-mate, docinhos, bebidas alcoólicas e não alcoólicas. 

       O comércio microrregional nos oferece várias marcas de erva-mate. De Capinzal, a Ana Maria, produzida pela \Família Riffel. A Erva-mate Aldete, da Família Boaretto, interrompeu a produção. Em Ouro, temos a Charrua e em Jaborá a Tertúlia, a primeira do Altair Marca e esta do Chico Marca, irmãos. De Catanduvas, Vargem Bonita nos chegam a Jacutinga, Verdinha Anzolin. De Concórdia, a Simioni.  Mas há marcas de Caçador, a Mazutti, e outras de Canoinhas. De General Carneito a Giotti é muito consumida aqui em Joaçaba e região. A Festa do Chimarrão, de Catanduvas, foi suspensa por razões financeiras e, agora, por causa da pandemia da Covid 19. 

Tenho vários poemas em que o tema "chima" se faz presentes e, por isso, deverei reeditá-los neste blog. Um bom chimarreiro consegue preparar uma cuiada em 11 segundos. E você, sabe preparar um chima?


Euclides Riquetti

24-04-2021 -  Dia do Chimarrão

Quando estiveres sozinha

 


 



Quando estiveres sozinha, sentindo-te abandonada

Quando estiveres triste, como se o mundo tivesse desabado
E olhares para o céu, e te parecer que tudo está acabado...
Lembra-te de quem  um dia já esteve em tua estrada.

Quando estiveres deprimida,  sentindo-te desolada
Quando estiveres te sentindo como que num abismo profundo
E imaginares que pra ti não há mais ninguém no mundo...
Lmbra-te de alguém por quem podes ter sido amada.

Quando as noites de verão te parecerem frias como as do  inverno
Quando teu coração estiver se descompassando, nervoso e desorientado
E pensares que nada mais tem solução, e imergires no passado
Lembra-te que em algum momento alguém te prometeu  amor eterno...

Então, passa uma borracha sobre tudo o que te fez mal
Escolhe todas as coisas boas que tem guardadas em ti
Inicia uma nova jornada, constrói com elas um cenário real
Abraça-te num mundo novo, num novo amor que há de vir
E abraça-te em alguém que te possa fazer feliz!

Euclides Riquetti

Para o amor não há fronteiras

 

 




Sintonizam-se pensamentos lado a lado 
Na transposição dos limites do universo
No sobrepor-se às fonteiras das paredes
Onde se escondem os corpos e o pecado
Nos  desejos, nos afagos  tão diversos.

Para o amor, não há fronteiras, acredite
Para nosso amor, só o céu é o limite"-

Sintonizam-se almas gêmeas que se buscam
Dos parceiros na  distância imensurável
Nas fontes de prazer apenas saciar as sedes.
Nem as trevas e tempestades os ofuscam
Porque há um  amor puro, um sentimento inabalável.

Para o amor não há fronteiras, acredite
Para nosso amor, só o céu é o limite!


Euclides Riquetti

domingo, 27 de abril de 2025

Rabisquei palavras avessas

  



Rabisquei palavras avessas nas linhas certas

Versei versos românticos de noite de  luar

Bebi licores de figos, cerejas, frutas diversas

Absorvi o perfume que me permitiste aspirar.


Compus poemas que te pudessem contagiar

Usei palavras bem simples e outras rebuscadas

Eu correndo nas ruelas e tu pousada num altar

Sou o menino que te amou em vidas passadas.


Devorei os livros de história ou de literatura 

Para te encontrar em algum tempo ou lugar

Encontrei em pele bronzeada, corpo de musa

Pisando nas areias quentes e nadando no mar.


E com palavras rabiscadas e outras rebuscadas

Teci os versos das estrofes que eu te dediquei

Tu desfilas na avenida e eu ali na arquibancada

Grito alto o teu nome, foste quem eu mais amei!

Euclides Riquetti

27-04-2025

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A deusa, a sereia, a musa...

 





A deusa, a sereia, a musa
Desenha a natureza o verde dos coqueirais
Desenha o céu o azul nas manhãs ensolaradas
Desenham o mar os recifes e os negros corais
Desenham o dia as brancas nuvens alvejadas.

O sol do ouro alaranjado doura a  morena pele
E o caminhante beija  o vento na manhã divina
A onda espumante que banha acaricia, não fere
O corpo que desafia minha  imaginação felina...

Desenha-se, no mar,  o mais perfeito dos cenários
A imensidão oceânica que colore e perfuma
E se transforma no mais sagrado dos sacrários.

Louva-se, no mar, a brisa que enternece a alma
Louva-se, no mar, a deusa, a sereia, a musa
Louva-se, no mar, o seu sorriso que seduz e acalma...

Euclides Riquetti

O Futebol - num poema

 


 


Seleção Tri-campeã - Copa 1970 - México 




O futebol é a grande paixão do brasileiro.
A paixão que move os corações
É a mesma que move os pés
Que faz com que as pessoas, de todas as idades
Busquem, com determinação
A conquista da vitória!

No verde gramado dançam
Harmonicamente
Os corpos dos atletas.

Nas arquibancadas desenham-se
As mais espetaculares coreografias
E o grito de gol,  incontido
Sai das gargantas dos aficcionados
Pelo esporte bretão
Que encanta e envolve as multidões.

Este, está presente em todos os lugares, a toda a hora
Em todos os pensamentos!

É um Brasil de chuteiras
Para um povo
Onde todos somos técnicos em futebol!

Empunhamos nossas bandeiras
E levamos as cores de nossos times pelas ruas
Pelas fachadas dos prédios
Pelas janelas de nossos carros.

E, neste contexto, desenha-se o cenário do sonho
Da busca da glória
Do vencer
Da superação!...

Euclides Riquetti
(A pedido da Michele, em 02-07-2003)

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Transcendendo

 



Transcendo
Saio do conforto daqui
Liberto-me de meu céu imaginário
Navego no mundo, solitário
E vou pra perto de ti., de ti, de ti...

Transcendo
Busco as respostas que ainda não tenho
Volto no tenro  passado
Projeto-me o  futuro desejado
Viajo, vou e venho...

Transcendo
Porque acomodar-me é covardia
Porque omitir-me  é vergonhoso
Não combina com meu ser impetuoso
Há a desafiar-me, sempre, a ousadia.

Transcendo
É a maneira que tenho para estar contigo
De tocar tuas mãos e beijar teus lábios
De dizer-te os versos mais raros
De chorar em teu ombro amigo.

Transcendo
Para exercitar minha rebeldia
Para dizer-te de meu encantamento
Para, com todo o arrebatamento
Abrir-te minha  alma, guria...

Transcendo...

Neve de 1965 = Uma paisagem europeia em Capinzal e Ouro

 





 
Ouro - SC - Neve 1965 - foto arquivos RC -
Vista da Ponte Pênsil - antes do Rio, alojamentos
da Empresa Castello Branco S/A - que estava
restaurando a RFFSA
 

Capinzal SC - Neve 1965 - foto arquivo RC
Rua XV de Novembro - aos fundos OURO SC
antes do povoamento do Morro de Navegantes



Relembrando de Ouro e Capinzal... nestes dias muito frios no Sul do Brasil, 51 anos depois...
          Quando se fala em épocas em que as pessoas viveram, ou mesmo para estimar quantos anos viveram, muitos têm o hábito de dizer:  "A fulana (ou o fulano), viveu mais de 100 anos, porque sempre me dizia que tinha presenciado x florações das taquaras".  Bem, uma pessoa que deve ter vivido muitas florações das taquaras foi o "Caboclo Estevão", que morou em Pinheiro Baixo, Ouro, e era homem de confiança de um de nossos pioneiros, o Veríssimo Américo Ribeiro, carroceiro. O Estêvão teria vindo com o colonizador da região de Vacaria-RS, trabalhou com os Ribeiro e depois foi para Bonsuecesso, e os que o conheceram dizem que ele era uma  pessoal leal e bondosa. Guardo comigo uma foto dele, cedida pelo amigo João Américo Ribeiro, que cuida da propriedade da família em Pinheiro Baixo. Ele deve ter vivido mais de 100 anos...  O caboclo tinha uma mão enorme. (O Benito Campioni, irmão da Márcia, minha colega de trabalho, também tem uma mão daquelas de segurar e derrubar boi no chão). Quando o encontro, brinco muito com ele sobre isso,  meu ex-vizinho, gente boa.

          Esse intróito todo, fi-lo para chegar ao assunto do título: as neves que tive o prazer de presenciar, e que marcaram, de alguma forma, a minha vida. Mas, diferentemente das florações das taquaras, ela não tem um ciclo definodo para vir.

          O inverno de 1965 foi muito forte no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Eu tinha doze anos, estudava no Ginásio Padre Anchieta, e começou a fazer muito frio naquela estação. Tínhamos uma casa nova, de madeira, bem desenhada, ali na Felip Schmidt, ao lado da Indústria de Bebidas Prima, onde produziam refrigerantes e engarrafavam vinhos e outras bebidas. Quando fizeram o "engarrafamento", escavaram o terreno e deixaram um barranco, que com as chuvas que precederam o inverno foi desmorronando, pondo nossa casa em risco de desabamento. Na noite do dia 19 para 20 de agosto, fazia muito frio. De manhã, meu pai, Guerino, acordou-nos cedo para vermos e espetáculo que se desenhava à nossa frente: Ali onde hoje há o Posto da Combustíveis da Família Dambrós, havia uns gramados e umas plantinhas sobre as terras que eram jogadas para formar um aterro, e tudo estava coberto de neve. A Ponte Nova estava recoberta por um manto alvo, e o mesmo era contemplado nos telhados das casas, a maioria de madeira. Até os cabos de aço de sustentação da ponte pênsil acumulavam camadas de neve. As ruas de Ouro e Capinzal pareciam aqueles caminhos que se veem em filmes,  numa autêntica paisagem europeia. Os poucos carros que havia, e as carroças e charretes, estavam todos recobertos pelo branco brilhante. Os telhados do Hospital São José, do Hotel Imperial, do Hotel do Túlio, do Cine Glória, do Cine Farroupilha, da Distribuidora de Peças e Acessórios, da Casa do Ernesto Zortéa, do Marcos Fortunato Penso, do Pedro Surdi, da Dona Dileta da Silva, do Adelino Casara, do Adelino Beviláqua, e de muitas outras edificações, era possível vê-los por nós, que observávamos a paisagem com nossos olhos originários do Ouro.

          O peso da neve mexeu com a estutura de nossa casa. Tivemos que abandoná-la. Fomos distribuídos nas casas dos parentes, dos tios Arlindo Baretta,  Adelino Casara e Victório Riquetti. Eu, fui para a casa da Tia Maria, do meu primo Moacir. Lembro-me bem, que à tarde, precisei ir à Comercial Baretta fazer umas compras para a tia, e meu único par de sapatos estava molhado, gelado. Fui com as chuteiras do Moacir, que tinha as traves altas , e que minha ingenuidade fazia-me pensar que a sola ficaria mais alta que a neve. Só ilusão: congelei os pés. Aulas suspensas. O Frei Gilberto (Giovani Tolu), suspendeu nossas aulas, estava muito feliz, porque via, aqui na América do Sul, a mesma nostálgica paisagem que sua mente trazia de sua infância na Itália.

          O Joe e a Bunny,  eram  norteameriacanos que atuavam junto aos Clubes 4-S no interior do Ouro, havendo um clube pioneiro em Linha Sul ( o primeiro de Santa Catarina),  moravam de pensão na casa do Sr. Guilherme e da Dona Mirian Doin.  Eles eram dos 4-H, clubes dos Estados Unidos da América que tinham as mesmas funções e objetivos que os 4-S do Brasil:  Head,  Hands, Heart, and Health, que em português entndíamos como: Saber, Servir, Sentir e Saúde.  Acostumados com a nove do Norte, fotografavam, faziam bonecos e esculturas. O Joe, que jogava basquetebol na quadra do Padre Anchieta com o Dr. Leônidas Ribeiro, o Rogério Toaldo e outros, era alto e usava óculos ( até para jogar). Ficou maravilhado com a neve. E, nós, tivemos que demolir nossa casa, da qual tenho muitas saudades...

         Como resultado do frio, houve perdas e animais nos sítios e fazendas. Lembro que houve muita mortandade de abelhas. Até mesmo o mel que vinha de Abdon Baptista, não veio mais. Não vinha mais o caminhãozinho carregado, com as latas de 20 Kg, com que estávamos acostumados. E o produto encareceu. Alías, ficou sumido pelos anos seguintes, até que os enxames e as colmeias foram-se recompondo.

          Além dos eventos climáticos que resultaram na enchente de 1983, penso que a neve de 1965 seja o outro fenômeno que mais nos marcou.

          Ah, acho muito bonitas a neve e a geada. Mas, agora, com ar quente no carro, é muito mais fácil de encarar o frio. Viva a bela lembrança do passado!  E viva a moderna tecnologia!

Euclides Riquetti
15-07-2012

O perfume que vem do leste

 


 



O perfume que vem do leste

Posso sentir o doce perfume que vem do Leste
Que vem flutuando, leve, vem de algum lugar
É algo que me envolve, seduz e me enternece
Tem gosto de flores, de sol, da cor azul do mar.

É um perfume que me atrai, me atiça, me desafia
E me traz uma sensação divinamente irresistível
Um misto de sedução, sensualidade, de euforia
Um cheiro de pele clara, atraente e indescritível.

E eu ouço as nuvens silenciosas que mo trazem
E refuto os algodões escuros dos dias chuvosos
Que me roubam os perfumes na noite selvagem!

Então eu  espero que volte o dia claro de lume
Que se dissipe o cinzento dos dias nebulosos
Pra que me volte o olor de seu suave perfume!

Euclides Riquetti

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Um horizonte azul cor do céu

 

 


 



Um horizonte azul cor do céu

Há um horizonte azul a nos esperar
E corpos que  flutuam embalados em canções
Nas ruas da terra , através das gerações.
No azul da cor do céu, no  azul da cor do mar.

Há um horizonte azul  a nos amparar
Em todas planícies verdes deste mundo
Nos mares que cobrem do sol  rotundo
E ombros que me esperam pra chorar.

Havia um horizonte azul no teu olhar
Que me buscou entre os andantes do universo
E um doce abraço teu a me chamar:

Agora, em cada nova manhã de invernos e verões
O Poeta   te exalta  em prosa e verso
Ó  musa de meus encantos e paixões!

Euclides Riquetti

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sábado, 26 de abril de 2025

Sábado, bem no fim da tarde!




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Sábado, bem no fim da tarde!

A chuva  da tarde de sábado
Veio fresca, em meio ao  vento
Veio para expiar meus pecados
(Os que ainda não estavam  confessados).
Veio trazer-me de volta os alentos
A chuva que escondeu o firmamento.

Fugiram os pássaros assustados  
E foram juntar-se às  borboletas
Migraram por todos os lados
Ficaram tristes  e acanhados
Enquanto que a água enchia  as valetas
Das ruas estreitas!

Mas, bem no final da tarde
O céu se recompôs
Sem nennhum alarde!

Então, o coral do passaredo voltou
O céu reazulou
E o sol se redourou
Sábado, bem no fim da tarde!

Euclides Riquetti

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Falam as rosas




Palavras perfumadas de veludo
Rosas formosas
Que dizem que eu te amo,  sobretudo.
Falam as rosas
E eu as escuto com o coração aberto
Pois que, ao certo
Elas me dizem muito, dizem tudo...

Falam as rosas
E dizem das canções que já ouvimos
Sobre nossos destinos
Sobre outras flores perfumosas
Que tocam nossos corações cheios de ternura.

Falam-nos as rosas
Delicadas, brancas,  cor-de-rosa...
Mas falam as rosas
Vermelhas, amarelas, delicadas
Como o som da brisa
Ou o brilho das estrelas prateadas
Falam as rosas!

Falam do amor
Que o destino resolveu manter distante
Das lágrimas que se transformaram em diamantes
Das mãos que tocaram minhas mãos
E dos lábios que beijaram os meus lábios
Como nunca antes!

Falam as rosas o ano inteiro
Como aquelas   que falaram em janeiro
E as que virão, certamente, encher-nos de perfume
Para acalmar a consciência que nos pune
No calor de todas as tardes de fevereiro:
Falam, suavemente
Falam, delicadamente
Falam as rosas!

Euclides Riquetti

Aos meus mestres, com todo o meu carinho!

 



       Os professores sempre me ajudaram desde minha infância. Tirei deles as letras, os números, as vivências múltiplas. As primeiras letras, aprendi em casa, com meu próprio pai, aos sete anos. Também, nessa idade, vi algumas aulas em Linha Bonita, Distrito de Ouro, no município de Capinzal. com o professor Ebenezer Brasil. Eu estava morando uns tempos com meus nonnos maternos, Severina Coltro e Victório Baretta.   Não fui mais do que uma semana para entender o que seria uma escola. Isso depois de ter vivido minha infância em Leãozinho, com meus padrinhos, Rachele Vitorazzi e João (Joanin) Frank. Ainda aos sete, na casa de meus pais, em Ouro, fui com meu velho Guerino acompanhá-lo na escola de Linha Savóia, em Capinzal, algumas vezes. Íamos e voltávamos a pé, pelos trilhos de trem, em direção ao Avaí, hoje Ricardópolis. Em 1961, com oito anos feitos e indo para os nove, matricularam-me no Colégio Mater Dolorum, em Capinzal. 

       Em meu primeiro ano escolar, tive como professora a interna Judite Marcon, pois o colégio Mater Dolorum  era mantido pelas Irmãs Servas de Maria Reparadoras. No mesmo ano, passei por Mariza Calza e Noemi Zuanazzi; no segundo, por umas quatro professoras (Marlene Mattos, Tarcila Boff, uma Enderle e uma Stares). No terceiro ano, dividi o primeiro lugar da sala com o saudoso Vitalino Buselatto, tivemos a Marli Sartori (Sobreira) como professora. No quarto ano, Marilene Lando. A todas elas devoto gratidão sincera e muito carinho. 

       No antigo Ginásio Padre Anchieta, fiz minhas duas primeiras séries. Lembro de Frei Gilberto (Giovanni Tolu - Matemática e Ciências), Wanda Meyer (Inglês, Geografia), Lorena Moraes ( História), Vanda Faggion Bazzo (Português). Eles acumulavam também outras matérias, como Desenho e Geografia. No Ginásio Normal  Juçá Barbosa Callado, que funcionava junto ao Grupo Escolar Belisário Penna, a terceira e a quarta série do ginásio. Ali tive Holga Maria Siviero Brancher como professora de Matemática, Português e Didática; Vera Lúcia Bazzo, com Português; Waldemar Baréa com Ciências; Dioni Maestri e depois Paulo Bragatto Filho com Psicologia e Desenho Pedagógico; Íria Flâmia com Desenho Geométrico; João Bronze Filho com História e Inglês, Frei Adelino Frigo com Religião. 

       Fiz meu equivalente ao Ensino Médio no curso de Técnico em Contabilidade na Escola Técnica de Comércio Capinzal. Elba Andrioni (Baretta) com Português; Wolfgang Behling e Roberto (Bolinha) Boratti com Matemática; Vilamil Sbardelotto com Ciências; Luiz Siviero Sobrinho com Contabilidade Geral; Normélio Masson e Ricardo Kozak  com Contabilidade Pública; Antônio Maliska Sobrinho com Elementos de Economia; Ênio Gregório Bonissoni e Benoni Zóccoli com Direito Usual; Ilton Maestri com Contabilidade Bancária; João Bronze Filho com Inglês. 

       Vejam que, tanto no antigo ginásio como no secundário eu tive uma variedade grande de matérias, convivendo com professores que nos traziam as suas experiências da atividade profissional privada. Isso me ajudou muito em minha vida!

       Na FAFI, em Uni]ao da Vitória, de 1972 a 1975, fiz minha faculdade de Lestras-Inglês. Guardo muito carinho de meus professores: Nelson Sicuro, de Língua Portuguesa; Francisco Filipak, Abílio Heiss de Teoria Literária; Nilvaldo Oliveira, de Literatura Brasileira; Fahena Porto Horbatiuk, Literatura e Língua Portuguesa; Geraldo Feltrin, de Língua Inglesa; Francisco Boni, de Literatura Inglesa e Norte-americana; os padres Leo Horst, de Latim e Leopoldo Meltz, de Linguística; Professora Abigail, de Didática e afins; Rosa Maria da Maia Filha, nas áreas ligadas ao Civismo, e Delci Hausen Christ, de Psicologia. 

       No meu curso de Inglês do Yázigy, no edifício Jacobs, em União da Vitória, Geraldo Feltrin, que também me deu a primeira oportunidade de ministrar aulas de Inglês em seu curso. 

        E, por fim, ao Professor multi-titulado Wálter Medeiros, do Rio de Janeiro, na minha especialização em Língua Portuguesa, na Fauldade Plínio Augusto do Amaral, em 1994, em Amparo - SP. Conhecia e dominava quase que uma centena de línguas entre entre as mater e os dialetos. Era diretor do Museu Histórico do Rio de Janeiro.

       Fui privilegiado, sim! Todos deixaram em mim um pouco de seus conhecimentos, experiências e exemplos.  Tudo o que somei guardei para a avida e empreguei ensinando. Então, aos meus queridos mestres, meu carinho e gratidão sempre!

Euclides Riquetti

15-10-2021


Poetizo a poesia discreta

 


Poetizo a poesia discreta

Acordei pra romantizar e sentir

De modo natural, naturalmente

Desejo colossal, colossalmente

Vontade de ver você e seu sorrir.


Acordei nesta madrugada silente

Em que a aqui natureza se aquieta

E na  noite estrelada, bem seleta

Lembro -me de você envolvente.


Vivo metáforas e pleonasmos

Mais do que sugere a a literatura

Vivo em  uma luz na noite escura

Anima-me sua aura e entusiasmo.


A madrugada é amiga do poeta

A força da verdadeira inspiração

Para você, com o ardor e a paixão

Poetizo esta poesia discreta!


Euclides Riquetti

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