terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Brilho para teus olhos, força contra o que te deprime...

 


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Brilho para teus olhos, força contra o que te deprime...

Peço a Deus que o sol te aqueça nas manhãs de inverno
E que o vento fresco venha te afagar nas tardes de verão
Assim como peço que as estrelas, num movimento eterno
Te abençoem nas noites longas e protejam o teu coração...

Peço que as andorinhas te tragam os melhores recados
Ao sobrevoarem o telhado de tua casa, trazendo alegria
E que,  nas horas em que teu coração se sentir desolado
Tu te lembres de meus versos, de todas as nossas poesias.

Peço que as chuvas lavem os caminhos onde que tu pisas
Que o belo colorido das flores nas plantas sempre te anime
E Deus te dê tudo o que for bom e do que tanto precisas:
Brilho  para teus belos olhos, força contra o que te deprime.

Euclides Riquetti

Homenagem a você, mulher!

 


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      "A mulher foi concebida naturalmente tão perfeita, que se fosse uma árvore e perdesse as flores ainda continuaria charmosa; se perdesse as folhas,  tornar-se-ia  um corpo sublime; se perdesse os galhos, permaneceria sendo mulher; se lhe tomassem as raízes, restaria como um anjo, divina,  flutuante, elegante, frágil mas  forte,  exalando  amor e esperando respostas. Almas não se destroem: recompõem imagens, corpos, seres. Mulheres serão sempre perfeitas. Mulheres serão sempre mulheres, acima de tudo. E de todos!"

Minha homenagem a você, mulher!

Euclides Riquetti

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Amizades Verdadeiras - laços duradouros

 



          Celebramos, no dia 14 de fevereiro, o Dia da Amizade! Tão importante quanto o Dia do Amigo, é o da Amizade. Afinal, o ato de cultivar amizades é uma habilidade, uma arte. É algo que torna você merecedor da confiança das pessoas. A Amizade, digamos, é uma substância de valor inestimável. Quem consegue angariar amizades, pelo jeito sincero de ser, é um merecedor da felicidade. Só por isso já vale a pena propor-se a travar conhecimento com pessoas e construir amizades.

          A convivência com pessoas  gera em nós a necessidade de diálogo e este é o caminho para que a amizade se efetive entre os seres. Demonstrações de amizades entre os humanos são muito comuns, e isso independe da idade que tenham. Até entre os animais ela é muito evidenciada. Seguidamente, verificamos que animais bem distintos, que teoricamente poderiam ser considerados inimigos, cultivam entre si a amizade. É comum vermos fotos e vídeos de gatos e cachorros convivendo pacificamente, estabelecendo entre si ações de respeito e ajuda mútua. O ser humano também se entrega à amizade com animais de uma forma surpreendentemente extraordinária.  A natureza, como se vê, é magnífica, mágica.

          Sempre tive facilidade em fazer amigos, tanto que nos lugares onde trabalhei e vivi,  fui aumentando meu leque de amizades. Desde minha infância no Leãozinho ou na Linha Bonita, (Ouro), até minha adolescência e juventude em Capinzal, fui aumentando meu círculo de amigos, dos quais ainda hoje guardo muitas lembranças e saudades. Sempre que tenho oportunidade, estabeleço contado com alguns deles, as redes sociais me permitem isso, o telefone também. Os estudos no Mater Dolorum, no Padre Anchieta, no Juçá Barbosa Callado, na Escola Técnica de Comércio Capinzal. O trabalho nos armazéns do Clarimundo Bazzi, do  Arlindo Baretta, no Posto Dambrós e no Ipiranga.

          Minha mocidade em Porto União e União da Vitória, quando estudei Letras na FAFI e trabalhei na Mercedes-Benz, ou mesmo quando lecionei no Yázigy e no Colégio Cid Gonzaga, mesmo que por pouco tempo, deixei muitos e muitos amigos. Hoje, quase quatro décadas depois, ainda lembro com muitas saudades de meus colegas e professores. Consegui restabelecer contato com alguns deles, que se espalharam pelo País, mas que hoje me comunico facilmente com eles, passando-lhe recados pelo facebook. Eventualmente, em passagens pelas duas cidades, visito alguns deles.

           Os anos em que morei no antigo Distrito de Duas Pontes, hoje Zortéa, logo após o casamento em União da Vitória,  me possibilitaram construir laços com os professores, com  meus alunos e meus colegas de trabalho. Vivíamos, alegremente, participando dos eventos da Escola Major Cipriano Rodrigues Almeida, da Capela de Santa Catarina e do Grêmio Esportivo  Lírio. E do trabalho na Escola e na Zortea Brancher, na época a maior indústria da microrregião. Vivenciamos educação, esportes,  trabalho, religião e vida social.

          A atuação como professor na  Escola Sílvio Santos, em Ouro; no CNEC e no  Mater Dolorum, em Capinzal, e na Prefeitura do Município de Ouro, onde fui Secretário em diversas pastas e, aos 35 anos Prefeito Municipal, também me permitiram conhecer muito bem as pessoas com quem convivi e guardo  muitas boas lembranças delas. As atividades na Paróquia de São Paulo Apóstolo, em Capinzal;na Associação dos Professores de Ouro e Capinzal, e em diversas outras entidades, também me trazem ótimas lembranças. O futebol no Palmeirinhas da "Rua da Cadeia" (Ouro),  no Grêmio Esportivo Lírio (Zorte), no  Arabutã FC (Ouro e Capinzal), no Grêmio Navegantes, também foram somando amizades em minha vida.

          Agora, a convivência numa nova cidade, Joaçaba, uma vizinhança muito boa, o respeito mútuo, a alegria de escrever no Jornal Cidadela e no meu blog,  a de andar pela cidade, correr na Pista do Clube Comercial, caminhar pelas ruas da Cidade Alta e do Centro da Cidade, tudo isso me deixa contente.

          E, se chegamos até esta época de nossa vida somando tanta experiência e vivência, só temos que agradecer à Deus, à Família e às Amizades. Que deus nos permita continuar a fazer isso por muitos e muitos anos ainda.

          Salve 14 de fevereiro - Salve o Dia da Amizade!

Euclides Riquetti

Canção do som do mar

 


 



 

Ao cantar esta canção
Me lembro, com emoção
Da praaaaia!...

Foi lá que eu te conheci
Me encantei quando te vi
Na praaaaia!...

Encontrei-te junto ao mar
Com a  areia a te queimar
Da praaaaia!...

/Hoje eu canto esta canção/Que me traz tanta emoção/
Ao lembrar o som do mar/Ao lembrar o som do mar... do mar!/
(duas vezes)

Foi amor, foi alegria
Foi amor naquele dia
Na praaaaia!...

Eu me lembro bem feliz
Do ceú claro, azul aniz
Da praaaaia!...

Na verdade eu nunca tinha
Visto algo tão bonito
Na praaaaia!...

/Hoje eu canto esta canção/Que me traz tanta emoção/
Ao lembrar o som do mar/Ao lembrar o som do mar... do mar!/
(duas vezes)

Foi  minha vez primeira
A pisar naquela areia
Da praaaaia!...

Não me deste o telefone
Mas escreveste teu nome
Na areeeeia!...

Até hoje te procuro
Seja claro, seja escuro
Na areeeeia!...

/E hoje eu canto esta canção/Que me traz tanta emoção/
Ao lembrar o som do mar/Ao lembrar o som do mar... do mar!/
(duas vezes)
 
Euclides Riquetti
 
 

Frei Bruno da Fé, da energia do caminhante







Frei Bruno da Fé, da energia do caminhante
Frei Bruno das sandálias e da velha bengala
Homem santo, padre santo, o santo viajante
Que andou pelas ladeiras e ruas de Joaçaba.

Frei Bruno do carisma, simpatia e bondade
Frei Bruno, o sacerdote da conduta ilibada
Seguidor de Cristo, exemplo de santidade
Que a todos estendia sua mão e abençoava.

Nas ruas aqui de Luzerna, Joaçaba e Herval
Seus sábios conselhos pelos ventos levados
Santo pregador de uma história tão colossal
Homem dos sentimentos puros e sagrados.

Nossa homenagem ao Homem Santo da Fé
Da humildade presente em todos os altares
As lembranças do sacerdote que andava a pé
Propagando as bênçãos em todos os lugares.

Euclides Riquetti

Cheiro de chuva e mato

 



Cheiro de chuva e mato


Sinto, em você, o cheiro de chuva e mato
Os odores da paixão que se traduzem
Os sabores da ilusão que se misturam
Com meu cheiro, seu cheiro e o do mato!

Sinto, em você, o frescor da tarde chuvosa
A cor da flor, da semente que foi guardada
E que se tornou planta da mesma germinada
O odor da flor perfeita, do cravo,  da rosa! 

Sinto, em você, o cheiro doce da saudade
Das horas, dos dias e meses que passaram
Ainda  o cheiro das estrelas que apagaram
Que se reacenderam em sua real majestade!

Sinto, em você, o cheiro puro e indizível
E me delicio, em você, tão perdidamente
E me envolvo, com você, alegremente
No cheiro de chuva, de mato, indescritível!

Euclides Riquetti

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Quero te encontrar no fim da tarde

 


 


 






Quero te encontrar no fim da tarde, bem à tardinha
Pra te dizer "boa noite" e  te desejar belos sonhos
Pra que durma alegre, sorrindo, sonho de rainha
Pra que todos os seus dias sejam de paz e risonhos.

Quero te encontrar no fim da tarde e poder escutar
Palavras carinhosas que vêm de teu íntimo profundo
Ver o brilho de teus olhos, também poder te admirar
E dizer que te amo com todo o amor deste mundo.

Quero, sim, ah como eu quero poder encontrar-te
Nem que seja somente para poder afagar a tua mão.
Ah, como eu quero poder te ver, poder abraçar-te.

E, em cada abraço, em cada toque bem carinhoso
Sentir o frescor da pele e o pulsar de teu coração
E a forte energia que vem do teu corpo formoso.

Euclides RLiquetti

Você está aí?

 


 


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Você está aí?
Então, por que não me responde?
Por que não abre a porta?
Se você está aí?

Se você está aí
Por que você se esconde?
Por que não me conforta?
Se você está aí?

Sei que está aí!
Que ouve o que eu digo
Que lê o que escrevo
Porque está aí...

Por que está aí?
Se sabe que eu preciso
Será que é por medo
Que nada diz aí?

Sei que você está aí
Quem sabe atrás de uma cortina
Quem sabe atrás do luar
Quem sabe atrás de mim!

Então, continue aí
E vê se você se anima
A buscar, lutar, voltar
Para mim!

Euclides Riquetti

Beijo com sabor de vinho Sanber





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Quero um beijo com sabor de vinho
Com sabor frutado de madrugada
Um beijo sonhado
Desejado, esperado
Da mulher desejada!

Quero um beijo com muito carinho
Com o seco sabor do cabernet
Um beijo bem roubado de você
Daqueles que a gente rouba
E não consegue esquecer!

Um beijo que liberte os instintos
Que me incite, me energize
De vinhos de todos os matizes
Brancos, bordôs, rosados
De todas as varietais
Para eu não esquecer... jamais!

O seu beijo com sabor infinito
Com o delicioso sabor do Sanber
Que me faz sonhar onde eu ande
De dia, de noite, em todas as horas
Com a deliciosa cor de amora
Um beijo de vinho tinto
Mas que seja seu!

Euclides Riquetti

Estender as mãos!

  


 



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Entenda suas mãos a quem precisa
Àqueles que têm alguma limitação
Àqueles cuja vida não é favorecida
Àqueles que tiveram menos atenção!

A vida pode nos dar oportunidades
Mas nem sempre as podemos segurar
Às vezes faltam-nos as habilidades
Cada ser é um ser - há de se pensar!

Incentive as pessoas para resolver
A buscarem a luz ao que as aflige
Mostre-lhes como a vida pode ser.

Guie-as para que busquem solução
É isso que o mundo ordena e exige:
Agir rápido, com firme determinação!

Euclides Riquetti

A chama da paixão que arde

 


 


 


A chama da paixão que arde



Quando a chama da paixão arde
Não importa se é noite, dia, ou fim de tarde....
Quando um coração transborda amor
Pouco conta se faz frio, neva ou faz calor...

Quando um sorriso num rosto se estampa
Porque a alegria vem dele brotando...
Quando, na manhã azul, o sol se levanta
 E seus raios as areias da praia vão bordando...

Quando os namorados fazem juramentos
E querem  misturar pra sempre os sentimentos...
Quando a poeira estiver se assentando na estrada
Depois do trote galopante da boiada...

Quando minhas rimas facilmente se combinam
Porque as palavras se foram campear ao vento...
Quando a melodia das canções nos fascinam
Mesmo que a alma se fira em sofrimento...

O coração arde em paixão
Sim, de verdade, é  a chama da paixão que arde!

Euclides Riquetti

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Perde-se de mim...

 





  

Perde-se de mim...


Dócil e envolvente
Despida de pudor, a roupa ausente
Com ímpetos de amor e de vontade
Silhueta  de perfeita divindade.

Mulher,  alegre, sorridente
Corpo espelhado na luz:  reluzente.
Charme e olhar provocador
Lábios que desejo com amor.

Vai assim, depressa como veio
Nega-me  o abraço, o lábio, o seio
E desaparece num repente, num instante...

Perde-se na noite chuvosa e escura
Perde-se com seus afagos e sua ternura
Perde-se de mim, mas acha-se  adiante!

Euclides Riquetti

O tempo que passou...deixou rastros e marcas

 




O tempo que passou
Deixou rastros, deixou marcas.
Rastros nos caminhos, nas estradas
Marcas nos corações e nas almas.

O tempo que passou deixou-me lições:
O tempo que passou mostrou-me que as ilusões
São vãs e fugazes.
Mostrou-me que há  o bem, ou o mal
Em todos os lugares.
Mostrou-me que há as certezas
Mas também as incertezas
O ganhar e o perder
Os reais e os imaginários
Mas, todos, muito necessários.

Muitas vezes perdi, outras ganhei
Mas nunca desanimei.
Levantei-me em cada tropeço
E, por isso, meu Deus a quem tanto louvei
Eu vos agradeço.

A quem amei com paixão
A reafirmação
A quem me estendeu a mão
Minha eterna gratidão
E a quem me quis tanto bem
Agradeço também.

E, nas marcas que ficaram
Nas ilusões que se apagaram
Nos ânimos e desânimos
A constatação:
Viver é amar
É ser amado
No desejar
Também ser desejado!

É pedir a bênção de Deus...
E ser por Ele abençoado!

Euclides Riquetti

Quando meu coração manda meus olhos te procurarem

 





Quando meu coração manda meus olhos te procurarem
Nas ruelas ou vielas de alguma cidade
E eles se alam para te buscarem
É porque ele já sente saudade...

Quando meus olhos saem para te ver em algum lugar
E se vão seguindo apenas alguns rastros
De perfumes que exalas para que eu os possa cheirar
Apenas sigo os brilhos que emanam os astros.

Quando meu corpo encontra o teu e o deseja abraçar
Para te dar os afagos e carinhos de que precisas
E minha canção encontra a tua alma que vem pelo ar
Os anjos abençoam nosso dia e nossas vidas..

Então eu faço uma oração para que continuem nos abençoando
Em todos os dias e em todos os lugares
Porque meus olhos sabem que precisam continuar sempre te procurando
Onde houver desertos, florestas ou mares.

Porque precisam levar-te meu recado:
"Eu te amo!"

Apenas isso... bem assim!

Euclides Riquetti

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domingo, 5 de janeiro de 2025

Cai a chuva macia no verão da gente

 


 






Cai a chuva macia no verão da gente
Nestas tardes quentes de dezembro
Vem refrescar o corpo e minha mente
Tem sido assim desde que me lembro...

Chuvas de verão,  sempre esperadas
Regam os milharais e molham a terra
E as carreiras de plantas enfileiradas
Que aqui vicejam desde a primavera.

Tornam tenras as tardes enfadonhas
Põem ânimo nos corpos preguiçosos
E refrescam as almas mais medonhas.

Mas, depois que ela vem e vai embora
Movem-se meus instintos pecaminosos
Então meu rosto ri e minh' alma chora!

Euclides Riquetti

Perda de pessoas queridas em Porto União da Vitória: Ângela dos Passos e Jorge Schwartz

 


Ângela Rodrigues dos Passos


Professor Jorge Sérgio Schwartz


Perda de pessoas queridas em Porto União da Vitória: Ângela dos Passos e Jorge Schwartz


       As cidades de Porto União (SC) e União da Vitória (PR), amanheceram em luto neste domingo, 05-01-2015. Duas Pessoas muito estimadas das cidades Gêmeas do Iguaçu, Jorge Sérgio Schwartz,  77 anos,  professor de Educação Física renomado em ambas, grande treinador de basquetebol, faleceu ainda no sábado. E Dona Ângela Rodrigues dos Passos, octogenária, esposa de Augusto dos Passos, empresário fundador da antiga Plastisul-Polisul, na madrugada deste domingo. Augusto e Ângela foram meus padrinhos de casamento em 13 de dezembro de 1975, na capela do São Bernardo. 
 
       Duas pessoas muito estimadas, ele, Jorge,  pela sua forte participação no esporte dos estados do Paraná e de Santa Catarina. Ela, Ângela,  uma esposa exemplar, mãe e avó dedicada e carinhosa, que perdeu uma filha, Rosana, em plena juventude.  há quatro décadas, mas que superou sua dor vivendo das memórias e com todo o afeto e cuidados dos outros filhos e os dos netos. 
   
       Dona Âgela, casada com  Augusto dos Passos deixa os filhos Rosângela, César (Pancho), e Juçara Passos (casada com Oreste Minikovski). Morava num prédio ali entre a Antiga FAFI-Catedral e o Restaurante X Burguer, bem no centro de União da Vitória, embora sua vida tenha sido com residência em Porto União. Simplicidade, respeito para com todos, simpatia, amabilidade, uma mãe e avó perfeita, que  deixará em todos um forte sentimento de saudades. Foi um casamento de 71 anos marcado pelo entendimento, o diálogo, o amor e a concórdia. Risonha, carinhosa e elegante, foi assim durante toda a sua vida. Tiveram sete netos, duas bisnetas e uma está a  caminho. 
       
       Com nossa vinda para o Baixo Vale do Rio do Peixe, nos distanciamos. A última vez que nos vimos foi nas proximidades de sua atual residência, quando o casal estava saindo do restaurante de meu cunhado Luiz Fernando Ghidini  e minha irmã Iradi,  o X Burguer. Foi uma conversa afável em que elogiaram o bom trabalho da Miriam quanto trabalhou na empresa deles na juventude. Guardo, com carinho, os presentes que eles nos deram por ocasião do casamento. 
 
        O Jorge, por seu lado,  foi uma figura de muito destaque no esporte catarinense, tendo atuado em Blumenau e Joinville. Seu valor foi reconhecido em vida, tendo recebido, inclusive, uma comenda. O Articulista e incentivador do esporte Jair da Silva, em seu portal "Coisas da Bola", publicou, sobre JSS:

"Começou a jogar basquetebol nos idos de 1963 no Colégio São José. Nos anos de 1966, 67 e 69 defendeu as cores do Colégio Túlio de França. Em 1968 se transferiu para Blumenau onde defendeu a equipe do Vasto Verde e seleção de Blumenau, conseguindo o vice-campeonato estadual. No seu retorno para Porto União voltou a defender o Manchester, equipe que ajudara formar em 1966 e, que fez miséria com os adversários, ganharam de todas as equipes e seleções catarinense, tanto em casa como nas quadras adversárias.

Atuou pelas seleções de Porto União, União da Vitória, Joaçaba, Blumenau, Joinville, Catarinense Adulta e Universitária.

Defendeu os clubes Vasto Verde (Blumenau – 1968), Soc. Ginástico de Joinville (Joinville – 1970) e Sociedade Cruzeiro do Sul (Joinville – 1971/72), sendo sempre destaque.

Além de técnico, nos últimos anos tem se dedicado como coordenador do basquetebol de Porto União, muitas vezes sem receber nada em troca, mas pelo simples amor a essa modalidade esportiva. Entre os tantos cargos que ocupou foi diretor do DME de Porto União e atualmente era um dos diretores e coordenador técnico da APAB/Porto União/Clube Concórdia onde, como sempre, colecionando títulos.

No rol dos tantos títulos conquistados ao longo da sua vida em prol do basquetebol, o mais importante, lhe foi outorgado pelo Colegiado da Federação Catarinense de Basquetebol no ano de 2014, foi o de Comendador de Basquetebol do Estado de Santa Catarina, honraria máxima.

Também marcou época como comentador esportivo em várias emissoras de Porto União da Vitória. Por muitos anos foi cronista do Jornal Caiçara. Atualmente escrevia no Jornal O Iguassú". 

       O domingo foi muito triste e a dor da perda esteve presente nos corações que todos os que conheceram Dona Ângela e Jorge. Mas as suas histórias ficam carinhosamente registradas nas mentes e corações dos familiares e amigos.

Nossas mais sentidas condolências às famílias Passos e Schwartz.


Euclides Riquetti e Miriam

05-01-2025


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Eu sou o vento

 


 
Eu sou o vento
Que acaricia seu rosto
Que alisa seus cabelos
E afaga seu pensamento.

Eu sou um  vento profeta
Que venta em todas as estações
Que sopra em toas as direções
Sou um  vento que se disfarça de poeta...

Eu sou o vento que sabe o que você pensa e  diz
Que se porta como um mago  adivinho
Que vem e vai de mansinho
E que, sendo profeta, prediz!

Sou vento, sim, apenas um vento assim
Assim,  com mãos para acariciar
Com lábios para te beijar
E coração pra te querer pra mim...

Euclides Riquetti 

Do outro lado do universo

 


 

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Do outro lado do universo

Me vale sentir que você sorri
Do outro lado do universo
O sorriso que eu posso sentir
Quando me perco nos versos.

No universo de um  romance
Apenas um distância a limitar
Pois  não há o que não alcance
O sonho que nos faz sonhar...

Por sobre pedras e arvoredos
Voa distante a  imaginação 
Vai libertar-se daqueles medos
Que afligem o meu coração...

Me vale sentir que você sorri
Do outro lado do universo
É aquele sorriso que eu senti
Quando lhe fiz estes versos!

Euclides Riquetti

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Esperando você passar!



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Fico esperando você passar
Seus pés marcando-se na areia
Molhando-se na água do mar
Inspiradora musa qual sereia
E eu, aqui, esperando você voltar...

Fico rezando pra que volte logo
E espalhe pelo vento seu perfume
Você é o jogo que eu mais jogo
Na noite escura é o vagalume
Por você não sei se canto ou choro!

E, na minha breguice mulamba
Vou escrevendo este poema novo
Pra reordenar a minha mente bamba
Pra que eu não me torne um louco
E possa navegar em onda branda.

Penso em você e olho pras galés
Que flutuam segurando os sonhos
Meu coração já não suporta um revés
Nem comportamentos medonhos
Apenas quer você, quer muito, quer!

Euclides Riquetti

Menino Ângelo - feliz aniversário!

 



Menino Ângelo - feliz aniversário!

Cinco de janeiro, dia só de alegria;

Há algo gostoso no ar:

É que o menino Ângelo aniversaria!


Crescido na esperteza a na agilidade

Amado em seu próprio lar

Destro nos esportes, muita habilidade!


Nado, corridas, e muito futebol

Um furacãozinho a jogar

Corre atrás da bola, faça chuva ou faça sol.


Folheia seus belos livrinhos de literatura

Mergulha nas histórias a sonhar

Gosta de filmes animados,  adora leitura!


Vai com entusiasmo até sua escola

Sempre sorrindo e a cantar

Nas costas mochila, na mão a sacola.


É só atravessar para o outro lado da rua

Para à escola logo chegar

Rever os amiguinhos na escolinha sua!


Vai, alegre, animado e muito feliz

Ah, como gosta de estudar

Acompanhado da maninha Beatriz.


A quem protege e em quem confia

Uma querida bailarina a bailar

Crianças amadas que nos contagiam.


Euclides Riquetti

Para o Sétimo aniversário do neto 

Ângelo dos Passos Riquetti

05-01-2025







Com teu olhar discreto


 




Olhas-me com teu olhar discreto

Desconfiado

Pareces querer me vigiar

De meus pecados...

Disfarças-te, finges não me olhar

E vais virando-te

Para o outro lado.


Meus atos são transparentes

Meus pensamentos ocultos

Meu corpo aqui presente

Sob os olhares de teu vulto

Que me amedronta

E me afronta

Porque atrás de ti

Desse teu jeito de modesto

Há algo muito secreto

A querer me dizer:

Cuidado, fique bem esperto!


E eu, aqui acordado e desperto

Componho-te este poema improvisado

Até medianamente rimado

Em rede macia deitado!


Euclides Riquetti

sábado, 4 de janeiro de 2025

Todas as vidas muito me importam

 


 



Todas as vidas muito me importam

Independente da cor de sua pele

Ou dos credos que elas professam.


Todas as vidas muito me importam

Mesmo que não sejam as humanas

Sem se considerar se se comportam.


Todo o ser tem inestimável valor

Um  homem conta pelo seu caráter

Se for capaz de dar e receber amor.


Todo o ser tem inestimável valor

Assim é com o homem e a mulher

É com o canário, o leão, o condor.


Importa a vida animal e a vegetal

Tudo o que povoa a Terra planeta

Tudo o que move o mundo natural.  


Importam as vidas criadas por Deus

E tudo o que habita o Universo

Assim como sonho os sonhos seus.


Euclides Riquetti

Nosso pequeno Ângelo... (netinho, filho do Fabrício e da Luana - faz 7 anos neste dia 050

 



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Nome de um anjo com a postura de um reizinho
Alegrias imensas que proporciona em seu lar
Distribui aos ventos belas doçuras e carinhos
Singelezas únicas com sorrisos ternos, sem par…

Amor de seus pais sem rasuras, ternuras com limites
Nas suas descobertas, muitas e felizes possibilidades
Entusiasmos corajosos e contagiantes nos transmite
Nas superações para com os obstáculos, agilidade…

No amanhecer, surpresas com momentos supremos!
Agradáveis alegrias marcantes que eufórico contagia
Em cada aventura, um sorriso meigo e um olhar ameno
A conquista de mais um passo, no desafio do seu dia.

Parabéns amado Ângelo, pela força e determinação!
Menino virtuoso, persistente, deslumbrante e encantador
Acata aos estímulos amorosos e o faz com satisfação
Anda lentamente com destreza e se desafia com vigor.

 Produção texto: Avós, Miriam Carmignan e Euclides Celito Riquetti
 Imagem: Mamãe Luana

Viver o calor do sol

 





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Vem viver o calor do sol
Que traveste o inverno em primavera
Vem reanimar  o girassol
Que há tanto tempo a espera...

Vem afagar rostos sofridos
Que sentem as perdas doloridas
Vem para junto de seus queridos
Fazer as vidas deles bem coloridas...

Vem andar pelas nossas ruas
Pelos ladrilhos das calçadas
Traze todas as nuances tuas
Vem animar as madrugadas...

Vem...comemora...
E não digas nada
Apenas vem, sem demora...
E não digas nada...
Mas vem!

Euclides Riquetti

Abra sua alma encantadora

 






Abra sua alma encantadora
E deixe-me chegar...
Brilhe em sua aura sedutora
E deixe-me entrar...
Espalhe seu largo sorriso
Por todo o caminho...
Deixe que eu lhe proporcione
Todo o meu carinho!

Abra seu sempre afável coração
E deixe o amor chegar...
Abra para a forte paixão
E deixe-a  entrar...
Estenda-me sua mão delicada
Para que eu a pegue...
Quero ternamente segurá-la
Apalpá-la de leve...

Deixe-me fazer isso!
Apenas quero fazer isso...
Bem assim!

Euclides Riquetti

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Lenda de São João Maria, o monge andante

 


 


 



A fé no Monge João Maria – E a Canonização popular | Click Riomafra

      Ao longo dos dois últimos séculos, era normal se verificarem pessoas andantes das estradas, a maioria sem identificação, que levavam em si segredos os mais diversos. Eu mesmo conheci algumas, em minha adolescência. Despertavam a curiosidade dos moradores das cidades e mesmo das comunidades interioranas. Além desses, outras figuras religiosas marcaram época no Vale do Rio do Peixe, como Frei Bruno, na região de Joaçaba; e Frei Crespin Baldo, no antigo Rio Capinzal, em Linha Sete de Setembro, no local onde está instalado hoje do Distrito de Santa Lúcia, em Ouro.
       Tanto Frei Bruno como Frei Crespin têm atribuído a si a prática de milagres, especialmente pela realização de curas. Sobre Frei Bruno, é dito que ele andava pelas ruas com seu cajado, cumprimentando a todos e dando conselhos a quem os pedisse. Era um andante urbano. Contam que, deslocando-se entre Joaçaba e Luzerna, seguia sem interromper a viagem em que se aprofundava a meditar, e era possível que fosse localizado em ambos os lugares ao mesmo tempo.  Depois de sua morte, as pessoas passaram a pedir a ele a intercessão para operar curas de seres portadores de doenças graves, quando que em estado quase que terminal. Relatos nos dão conta de que muitas foram as graças alcançadas por seus fiéis seguidores que, cada vez mais, lhe devotam a Fé.
       Frei Crespin, morreu num acidente de jipe, na Linha Entrada, em Capinzal, quando ia com outros frades a Curitiba para um encontro religioso. O jipe tombou sobre ele e sua boca acabou calcada num pequeno buraco de uma valeta, tendo morrido afogado, após a ingestão de água e barro. Igualmente, é venerado por todos os que o conheceram. Eu mesmo fui abençoado por ele quando criança, nas proximidades da Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, em Leãozinho, Ouro, quando este ainda pertencia a Capinzal. O processo de canonização de Frei Bruno está em fase bem adiantada, enquanto que, com relação a Frei Crespin, há uma tentativa inicial, ainda incipiente.
       Mas é certo que, muito além do que consta nos relatórios escritos, há muitas histórias sobre ambos andando de boca em boca, de coração em coração. Algumas revestidas de acréscimos em razão do entusiasmo de pessoas que acreditam em ambos, e no seu poder de curar.
       Lá em Leãozinho, Ouro, uma vez, ainda à época de Crespin, um andarilho esteve na gruta de Nossa Senhora de Lourdes e, por ser época de inverno, ao final da década de 1950, ele se alojou numa benfeitoria da Capela local, um pequeno galpão perto do rio que dá nome à comunidade, acendendo um fogo, de repente com alguma técnica que conhecia, uma vez que não portava fósforos nem isqueiros. Estive lá com uma das filhas de meu padrinho, João Frank, que me criou a partir de meus 13 meses de vida, até meus oito anos, quando voltei à família de meus pais, para frequentar a escola rudimentar. À época, houve muita especulação sobre a identidade daquele homem, que nada pedia, pouco falava, e muito rezava. Um saco velho de algodão, com alguns pertences, era tudo o que possuía. Meu padrinho, um homem justo e de bom coração, mandou-nos que lhe levássemos comida, frutas, açúcar mascavo, pão, vinho, salame e café com leite. Fomos lá, entregamos e percebemos uma tênue alegria no rosto sofrido daquele senhor, que nos agradeceu e abençoou.
       Histórias de andantes pelas estradas também ouvi de meu avô, Victório Baretta, em Linha Bonita, em minha adolescência. Ele era bodegueiro no interior de Rio Capinzal, no Distrito de Ouro, e recebia pessoas em seu casarão de nove quartos, uma sala comercial e duas outras, um escritório, uma cozinha e o compartimento do lavador de louças. O banheiro ficava instalado num galpão à parte, onde se localizava o tanque de lavar roupas, que recebia água de bica. Um chuveiro de campanha, em zinco galvanizado, um paiol capaz de armazenar mais de mil sacas de milho em espigas, cerca de três mil dessas, um considerável armazém, estábulos e chiqueiros completavam o conjunto da propriedade. Era normal ver andantes de alojando em alguma das benfeitorias. Os viajantes, mascates, que deixavam seus animais na casa de pasto, eram acomodados em quartos do casarão. Eu mesmo vi muitos desses andarilhos, que andavam me parecia sem rumo, mas que todos sabiam rezar e agradeciam, respeitosamente, pelo abrigo e comida que nossa família lhes dava.
       No início dos anos setenta, me deparei com um volume de histórias muito interessantes sobre um monge que teria vivido no Vale do Rio Iguaçu, que andou pela região da Lapa, Ponta Grossa, Guarapuava, e Porto União da Vitória, na região em que fervilhou a Guerra do Contestado, e vindo mais ao Sul, propriamente em Lages, Curitibanos e Campos Novos, e no Norte do Rio Grande do Sul. O Monge João Maria, como era chamado, que pode ter sido apenas um homem ou dois, ou mesmo três, segundo contam, certamente que com o sobrenome de Agostini, depois Agostinho; ou João Maria de Jesus. As informações, no entanto, nos levam a crer que era o mesmo homem, com características bem peculiares. Seria um curandeiro, um místico, um conselheiro, um contador de histórias, um religioso, ou um fugitivo da Lei? Imagino, pelo que ouvi sobre ele, ao longo de minha vida, ser um misto de tudo isso, um ser humano de grande alma e coração, capaz de operar milagres, de influenciar positivamente e psicologicamente as pessoas que acreditavam nele, um receitador de chás de ervas, incentivador de que rezassem a Jesus, um andarilho capaz de fazer andarem os paralíticos e de repor o sorriso no rosto dos deprimidos. E assim é construída uma aura em torno dele. É o herói humilde, com muito caráter, o benfeitor e defensor dos fracos e oprimidos, muitas vezes adorado, e por alguns rejeitado, pois representaria perigo para os poderosos, em razão de verdades pronunciadas em suas palavras.
       Por outro lado, é dito que, nos lugares onde era mal recebido, lançava pragas que, em pouco tempo, se concretizavam. Monge ou profeta, predisse muitas coisas que calaram na mente das pessoas, em especial dos sertanejos do Sul do Brasil, e que foram sendo passadas adiante, oralmente. Um monge leigo, que usava roupas velhas, talvez uma túnica de sacerdote muito desgastada, um gorro na cabeça, sandálias muito rústicas, um saco velho, de algodão encardido, uma velha Bíblia e um cajado. Seus discursos ou sermões encantavam os ouvintes, humildes, falando do fim do mundo, de coisas que iriam acontecer. Profetizou: “Chegará um tempo em que ninguém saberá quando será inverno nem verão”, e isso se verifica, hoje, nas constantes anormalidades climáticas.  “Plantem o que dá debaixo da terra”. “As mulheres tomarão uso da vestimenta dos homens”. “Filhos e filhas não obedecerão seus pais, haverá filhos contra os pais e pais contra filhos”. “Haverá uma águia de aço carregando gente” (avião). “Haverá um burro preto carregando gente” (carro). “Um gafanhoto de aço roncador destruirá as florestas” (motosserra). “Uma cobra preta cruzará toda a região e engolirá muita gente, por ela só caminharão pés de borracha” (asfalto e carros).
       Também é dito que, quando das tempestades, o Monge ficava sentado ao relento, mas não se molhava. Ainda, que era capaz de estar, ao mesmo tempo, em dois lugares, rezando numa gruta e curando um doente numa casa. Jamais os índios ou os animais selvagens o atacavam. Fazia surgir olhos d´água nos lugares em que pousava. Curava doentes com infusões da planta conhecida como vassourinha, e suas rezas. Ainda, dizem que, uma vez, após jejuar por dois dias, dois anjos o levaram para o céu. No entanto, muitas são as versões sobre a data e o local de seu desaparecimento.
       As histórias contadas sobre o Monge são muitas e são propagadas ao longo dos últimos dois séculos. A mais recente, surgiu em União da Vitória, após a Enchente de 1983, que fez subirem muito as águas de três rios que banham Santa Catarina: Iguaçu, na divisa de nosso estado com o Paraná; Rio do Peixe, que corre de Norte a Sul; e Rio Itajaí, que vai do Planalto ao leste, desaguando no Atlântico. Dizem que, numa das passagens de João Maria por União da Vitória e Porto União, passou pela casa do Coronel Amazonas Mendes Marques, proprietário de embarcações que transportavam gente e mercadorias pelo Rio Iguaçu. Com sede e fome, foi recebido pelo Coronel, que residia à margem Norte da Ferrovia denominada, à época, Rede Viação Paraná-Santa Catarina, no hoje Bairro São Cristóvão. Recebeu da família do Coronel Amazonas comida para matar sua fome e água para saciar sua sede. Disse, então, ao Coronel, que um dia haveria uma grande inundação, e que as cidades gêmeas, Porto União e União da Vitória, iriam ficar submersas às águas do Rio Iguaçu, parando de subir quando chegasse ao último degrau da escada com que as pessoas chegavam a sua residência. Pois, na Enchente de 1983, a maior da história e que causou danos irreparáveis a catarinense e paranaenses, isso se concretizou: quando a água chegou ao último degrau, seu nível parou de subir. E, dias depois, foi lentamente se normalizando, com o Iguaçu voltando, normalmente, ao seu leito. Visitei, pessoalmente, algumas das fontes abençoadas pelo Monge, que costumava acampar-se ao lado delas: a da Água Santa, em Zortéa; uma num mato no acesso à fazenda Nossa Senhora de Belém, de Alceu Saporite, nos campos de Água Doce; e o “pocinho” de “São João Maria”, no Morro da Cruz, em Porto União. Ali, muitas crianças são até hoje batizadas, inclusive alguns de meus familiares o foram.
       Sempre que conduzo turistas para o Vale do Rio Iguaçu, na condição de condutor cultural, tenho passagem obrigatória pelo Pocinho de São João Maria, onde pelo menos duas esculturas talhadas em madeira o mostram com a imagem com que as pessoas verdadeiramente o conhecem. Ali são feitas orações e há muitas imagens de santos levadas a ele. São a simbologia dos supostos milagres que ele realiza. Eu mesmo compus a “Oração do Monge São João Maria”, que tem sido espalhada para o mundo através da internet:

       Oração ao Monge São João Maria


Nas plagas de Taquaruçu
Nas grutas do Vale do Peixe
Nos morros e planaltos do Sul
E onde que a memória deixe
Ou nas raízes do Iguaçu
Neste chão catarinense
Os revoltosos exclusos
Mexeram com as almas das gentes.

Cruzes espalhadas nos morros
As fontes benzidas das águas
Gemidos pedindo socorro
Corações cheios de mágoas
O velho do cajado e do gorro
Pés descalços e mãos calejadas
São João Maria do bom povo
Abençoe minhas simples palavras.

O manto de trapo que cobre
Um corpo esguio e indefeso
Esconde as origens de um nobre
Que tem por justiça o desejo
São João Maria a esses  pobres
Dá tua bênção, teu conselho
Abençoa os caminhos em que corre
O rejeitado sertanejo.

Monge João Maria da oração
Olha pro céu anilado
Que tomou-me a casa e o pão
Que fez de mim um coitado
Dá alimento ao meu coração
Que anda nos caminhos jogado.

E, entre anjos e arcanjos
Nas imensidões de um além
Perdoa até mesmo os tiranos
Paz para eles também
São João Maria, Homem Santo
Homem que lutou pelo bem
Que reine a harmonia em todo o canto
E que Deus nos diga amém!

       São João Maria, líder espiritual do sertanejo sul-brasileiro, para onde quer que tenha ido parar seu corpo, em algum lugar da América do Sul, deixou sua alma vagando para alojar-se em muitas das fontes onde repousou. Um curandeiro, milagreiro ou um místico andarilho, o Monge Andante, a quem respeito como Santo, por quem já rezei, a quem já pedi proteção, abençoa o povo brasileiro!

Euclides Riquetti – Joaçaba – SC – novembro de 2018