(Minha coluna no Jornal Cidadela, de Joaçaba-SC
em 14-07-2017)
em 14-07-2017)
Ainda há quem
diga que tem o diploma da “universidade da vida”, para justificar a falta de um
diploma universitário. Concordo com eles
e discordo deles também. Nossa vida é um grande cenário em que há milhões,
bilhões de atores em todos os continentes do mundo. E cada um deles tem sua
própria maneira de pensar e de agir. Nesse contexto, há os que mandam e os que
obedecem, os que oprimem e os que são oprimidos, os que fazem os outros sofrer
e os que sofrem. Aqui no Brasil, além disso, podemos dizer que temos os que
roubam e os que são roubados. Bonito, né?
Nem tanto...
Na conversa das
ruas, nos noticiários televisivos, nas rádios, na internet, na mídia impressa,
na comunicação digital, enfim, somos contemplados com toda a sorte de notícias,
a maioria muito ruins, péssimos exemplos que nos são apresentados. São modelos
que se propagam facilmente e rapidamente, influenciando grandemente as pessoas.
E, modelos ruins, geram produtos ruins. Modelos bons gerariam pessoas boas,
comportamentos aceitáveis, produziriam “gente do bem”. Mas o que temos visto é
a degradação social resultante da degradação moral. Tudo muito assustador.
Vemos,
constantemente, que criminosos comandam suas gangues de dentro dos presídios. Autoridades
comandam suas gangues de dentro dos gabinetes. Pessoas mal intencionadas
conseguem propagar o mal de dentro de suas casas, através dos recursos de
comunicação de que dispõem. E, nas ruas, principalmente das grandes metrópoles,
os estágios mais avançados da criminalidade. De uma forma geral, uma grande
crise moral e ética que nos atemoriza e amedronta.
Nesta semana,
temos visto práticas políticas nefastas e que nos envergonham. Em nome da
democracia, o Governo Temer fazendo substituições na Comissão de Constituição e
Justiça da Câmara, com o fito de ver rejeitado o relatório de Sérgio Zveiter,
que propõe que a Casa admita a denúncia e proceda o encaminhamento ao STF para
que o Presidente da República seja ali julgado, podendo perder seu mandato. E, de dentro da cadeia, no Rio de Janeiro, um
torcedor do Flamengo dando ordens para que seus companheiros de torcida cometam
atrocidades contra as torcidas adversárias. Também tem contrabando sendo interceptado na região,
gente sendo mal atendida nos serviços de saúde, assaltos, e bandidagem de toda a sorte em todo o território nacional.
A vida nos tem
sido apresentada como bandida. Poucos mocinhos e muitos bandidos. A vida tem
sido uma verdadeira universidade. Uma “universidade do crime”!
Cabe às pessoas
de bem irem se manifestando e tentando fazer valer seu pensamento e opinião.
Ocupar espaços na mídia e influenciar positivamente o comportamento da
sociedade. As gerações que nos sucederão precisam de bons exemplos e ter
renovadas as esperanças de um mundo melhor.
Euclides Riquetti – Escritor
Membro da ALB/SC
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