segunda-feira, 24 de julho de 2017

Crescer com firmeza e sustentabilidade...




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(Foto Caco da Rosa)

Minha coluna no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC - em 21-07-2017

       Na semana, estive dando umas voltas aqui pela parte alta de Joaçaba. Procuro conhecer as pessoas, seus costumes, sentir suas ansiedades. Nos bairros próximos, vejo empreendimentos bem sucedidos.  No Distrito Industrial, também há alguns.  Há, aqui,  uma euforia pela vinda de uma grande loja de departamentos que vai se situar entre o centro e nossos bairros altos. Acho que as empresas que mais contribuem com a formação de nosso PIB se localizam por aqui. Temos bons e maus exemplos, porém.
       Em nosso Distrito Industrial, visitei 4 empresas consolidadas. (Quando da Audiência Pública do Plano Diretor, veio-me a curiosidade em conhecer melhor as empresas aqui de cima). Vi, também, que há barracões fechados e que muitos terrenos do Distrito Industrial continuam sem ocupação. Houve omissão das autoridades passadas que não cobraram dos beneficiários os investimentos. E espera-se efetiva atuação das presentes para fazer com que a área possa ser utilizada para cumprir a finalidade dada quando Evandro Magalhães de Freitas a criou, nos dois primeiros anos da década de 1980. Agora, temos lá alguns barracões fechados e muitos terrenos esperando pelas plantas industriais.
       Há muito tempo venho sugerindo que se exija dos detentores da posse  dos  terrenos a realização de seus empreendimentos. Disseram-me que esses são legítima propriedade de quem os adquiriu porque, na época da implantação daquela área, a execução foi terceirizada. E que o prestador de serviços recebeu terrenos em troca. Mas haveremos de convir que o objeto do projeto não foi cumprido. As prefeituras guardam, em seus arquivos, todos os documentos contábeis, atos legais e escriturações. É fácil apurar o que realmente aconteceu. Então, penso que quem não utilizou o terreno recebido graciosamente, deva devolvê-lo ao Patrimônio Público Municipal para que seja concedido a outros através de licitação. E os demais devam ter uma avaliação justa e legal, e sejam declarados de interesse público para fins de desapropriação amigável. Ou de alguma forma equivalente a isso. E, depois, vendidos através de licitação, sempre com a previsão, no edital, de que o destino seja a implantação de empresas industriais.
       Nas cidades próximas, já não se fala mais em Distritos Industriais e sim em Distritos Empresariais, onde se possam implantar empresas comerciais ou prestadoras de serviços, com o fito da geração de empregos e arrecadação. A gente pode ir dar uma olhadinha em capinzal, por exemplo...
       Celso Farina, que foi prefeito de Capinzal de 1983 a 1988, costumava dizer que o prefeito é o animador da sociedade. Concordo com ele. Um prefeito precisa exercer extrema liderança sobre os seus colaboradores e conduzir, positivamente, os habitantes de sua cidade. Colocar seu cargo a serviço de seu município, almejar que todos os cidadãos possam viver melhor e com dignidade. Um empresário, da mesma forma, deve exercer a liderança sobre seus comandados  e  buscar o êxito para seus negócios. Joaçaba está prestes a completar seus 100 anos. Nós, joaçabenses, esperamos que possamos evoluir sempre e conquistar nosso bem-estar. E que sejamos liderados com a determinação que se espera de nossos gestores. E que possamos crescer com firmeza e sustentabilidade!
Euclides Riquetti –  Escritor  
 -  Membro da ALB/SC

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