segunda-feira, 10 de março de 2025

Hora de voltar ao trabalho, ao estudo, à vida normal!

 





       O Brasil para, mas a vida continua. Dentro da máxima de que o Brasil começa a andar depois do carnaval, então agora é hora da volta à realidade. Temos desafios à frente, muita turbulência política e jurídica. Mas o tempo resolve todas as encrencas de todos, portanto deixemos que ele tenha seu curso normal. Mas os boletos que estão nas gavetas , nas caixas de e-mail ou em qualquer dispositivo eletrônico precisam ser pagos. Já não temos mais tempos de almoço grátis.

       Agora as mentes se voltam para a política e para o futebol, os assuntos que costumam campear em nossas mentes. Os campeonatos estaduais estão por acabar e logo se inicia o Campeonato Brasileiro de Futebol. Emoções, ilusões, alegrias e decepções. E as eleições de 2026 já estão  antecipadas, começa a divulgação de pesquisas de avaliação dos governadores e do Presidente da República. É um assunto que ainda dá muita audiência, muito ibope. E os comentaristas dos canais news deitam e rolam, mas apanham no YouTube, no whattsapp e no instagram. Nunca foi tão fácil falar, nem tão difícil mentir. Mais do que nunca, a mentira tem pernas curtas.

       O foco das antigas querelas entre Lula e Bolsonaro já não é tão intenso. O Capitão meio que moderou seu discurso e o antigo torneiro mecânico continua a dar aquelas entrevistas pouco consistentes, que valiam muito para duas décadas atrás, mas que agora já não o ajudam muito.

       O brasileiro torcedor, que não tem mais uma seleção de futebol vencedora, nem um ídolo que possa ser comparado a Pelé, não viu ressuisrgir uma Maria Esther Bueno nem um Gustavo Kurten, sente saudades de um Ayrton Senna, não tem mais um casal como Tarcísio Meira e Glória Meneses nas telenovelas,, não tem muita coisa a comemorar. O ganho de um troféu no Oscar com um filme nacional parece que foi a maior coisa que conquistamos em toda a nossa história, dada a importância que a imprensa conferiu ao assunto.

       Nossa realidade, porém, está presente quando vamos abastecer nosso carro no posto de gasolina, quando vamos comprar comida no supermercado, remédios na farmácia, ou quando nos falta dinheiro para pagar as contas, e nos deparamos com a realidade dos juros altos. Vivemos instados a gastar, consumir, ter aquilo que nosso dinheiro não nos permite ter, saldo negativo nos bancos, longos financiamentos ou empréstimos de longo prazo, e assim por diante.

       Nossa real nos indica que precisamos de mais estudo, trabalho, leitura, exercícios matemáticos, alimentação saudável, exercícios físicos e lazer, embora este último também esteja dispendioso. Mas somos fortes, trabalhamos, passamos pela vida pagando IPVA de carro e, muitos de nós, chegando ao fim dela sem ter a casa própria. Nas periferias da cidade, amontoados de gente vivendo em condições sub-humanas, em todos os lugares há os riscos de assaltos e a sujeição à violência, em especial contra as mulheres, as crianças e as pessoas em idade avançada, sempre as mais vulneráveis.

       A vida segue, no entanto! E nossos sonhos precisam continuar a ser alimentados, pois se nos faltarem, nossa vida perda a razão de ser, fica sem graça, vem a depressão, as doenças. Ter ideais, construir castelos em bases sólidas, constituir família, dar seguimento à vida, propor a continuidade das gerações, poder usufruir do progresso e todas as coisas boas que ele nos oferece, sem perder a saúde e a dignidade. Ser proativo, audacioso quando necessário, moderado quando a situação assim exige. Ter a sorte de ter energia e saúde, o amor, a amizade, a esperança de que a nossa caminhada seja longa, seja saudável, colher o mesmo respeito que plantamos em nossa trajetória de vida.

       Assim vamos... E nossa volta à realidade do pós-carnaval virá na próxima semana, porque a que está em curso é de calças curtas. Valorizar o ser e almejar o ter, olhar para tudo o que nos rodeia, valorizar quem está perto e compõe nosso mundo real. Estamos no ano 2025, finalmente. Vamos em frente, que atrás vem gente!

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com

      

Um comentário:

  1. Bonito texto. Mas o capitão não moderou o seu discurso. Moderou tão somente o seu linguajar chulo com medo de ir pra cadeia.

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