O ano de 2013 foi muito auspicioso para mim. Um ano "na boa", sem precisar cumprir horários, sem precisar pegar a estrada todos os dias, fazendo apenas aquilo de que muito gosto: caminhar, correr, cuidar de algumas roseiras, ver filmes, esportes, ler, novelar, viajar e... escrever! Só coisas que me dão alegria e satisfação.
Fiz muitos novos amigos, virtuais ou pessoais. Aqueles, prezo porque é possível fazer amizades com pessoas que não conhecemos pessoalmente. E, com a troca de informações, divisão de momentos de alegria e outros, até de tristeza, a gente vai-se afinando e ficando bem amigo, muitas vezes com mais lealdade e força do que com alguns dos pessoais. Estes, conheci muitos deles, fiz com eles amizade, principalmente em viagens e nos ambientes que frequentei. . Você mora numa mesma cidade, não se conhece e, de repente, conhece numa viagem, troca informações e gentilezas, interessa por aquilo que faz, nasce e se solidifica uma amizade.
Outros, você conhece nos novos lugares que passa a freequentar no dia-a-dia: no posto de gasolina, supermercado, farmácia, livraria, lanchonete, Sesc, pista do clube, biblioteca, igreja, rua. E também com os vizinhos, que você vai conhecendo melhor. Alguns vão embora, vêm outros, as coisas vão mudando, você vai interagindo, forma as amizades. É fácil fazer amizade com quem se tem alguma afinidade.
Tenho muita facilidade em fazer amizades. Sempre tive. Desde pequeno, na rua, no campinho de futebol, na escola. Depois, na faculdade, no trabalho, em todos os lugares em que vivi e com as pessoas que convivi. Eu poderia listar dezenas, centenas, milhares e amigos que fiz em minha vida. Sou de procurá-los, conversar. E, também de afastar-me, estratergicamente, se perceber que possa estar sendo inconveniente. Minha maturidade, hoje, me permite isso.
Então, você que se considera meu amigo, porque foi meu colega de infância ou juventude, de escola ou de trabalho, e até de militância política, está em meu coração. E você, que passou a ocupar seu espaço junto a mim pelos meios virtuais, também está com seu lugarzinho bem reservado, bem acolhedor em meu coração.
No instante, o céu promete nos mandar uma boa chuva. Que venha. E que possa banhar as grandes plantações de milho e soja aqui de nossa região catarinense e no Rio Grande do Sul, onde estive na semana passada e fiz muitas amizades.
Tenham, amigos, um ótimo 2014, com muitas amizades, pessoais ou virtuais, mas leais e verdadeiras.
Obrigado, 2013! Que venha, com muita alegria, nosso 2014!
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
O Reveillon da Hebe Camargo no Céu.
Dona Hebe resolveu organizar uma inesquecível ceia de fim de ano no céu. Sentou com o Nélio e disse: "Querido, precisamos organizar nossa ceia. Não podemos deixar morrer uma tradição tão bacana. Você vai comprar tudo e "passa o meu cartão". O Nélio olhou, não disse nada, mas pensou: (" Ainda não perdeu a mania de achar que quem banca as contas da casa é ela! Bem... pensando bem, a loira sempre foi muito poderosa! Fazer o quê?").
Na noite anterior havia-se reunido com duas amigas antigas, a Nair Bello e aquela que costumava mostrar os peitos na TV, a quase centenária Dercy Gonçalves. As três estão "podendo muito lá no céu". Hebe estava com uma caderneta e caneta na mão. "Queridas, preciso de sua ajuda. Quero organizar a Ceia da Virada. Gostaria de sugestões para as comilanças. E também para as bebidas. Quero tudo de primeira".
Esta primeira parte foi fácil de resolverem. Arroz, muito arroz, disse nair, que é pra trazer riqueza e abundância de tudo, além de fertilidade. Dercy riu: " E nós, precisamos de alguma coisa a mais aqui, além do que temos? De que adianta riqueza? Você viu que lá na terra ainda estão decidondo o que vão fazer com a herança estimada em Sessenta Milhões que a Hebe deixou? Mas,se é para manter a tradição, então façamos um belo de um arroz à grega! E com lentilhas, que devemos comer popr primeiro, nem que seja ao menos uma colher!"
O Nélio lembrara que carne tem que ser de porco, que só fuça pra frente, ou carneiro. Pode ser peixe, também que nada para a frente. O salmão ou o bacalhau estão caros agora, por causa do alto consumo, mas isso não é problema, o mastercard da Hebe é bem polpudo.
Hebe disse que ouvira a Ana Maria Braga dizer que pernil assado com chutney de manga fica delicioso, mas que a Ruth Cardoso, a esposa do FHC, com muita moral lá no céu, acha que salmão em cama de legumes é delicioso. Fariam as duas receitas: "Quem não gosta de porco, come peixe!", sentenciou.
Mangas, ameixas vermelhas, ameixas verdes, pêssegos, frutas in natura e secas. Nozes, castanhas, sorvete. Muito sorvete, que disso todo mundo gosta. Tem aquela torta de sorvete Chanitlly que fabricam em Herval d ´Oeste e é uma delícia. Tudo muito prático e fácil. Espumantes do Villágio Grando, lá de Água Doce. Vinhos de altitude, os da Serra gaúcha são extraordinários. Tem os de São Joaquim, Pinheiro Preto e Tangará que são muito bons. Vamos prestigiar os produtos brasileiros. As frutas da Bahia, de São Paulo. Mas as maçãs e ameixas de Santa Catarina. As castanhas do Pará, certamente. E foram fazendo a lista. Poucos minutos e tudo resolvido, passariam a lista para o Nélio que já tem prática. E lá foi o Nélio para o Supermercado. Há uns bem grandes no céu, parece que ia no Carrefour que lá o estacionamento é bem grande.
Dercy lembrou que as uvas, champanhe e vinhos significam boa sorte. As uvas têm um poder sedutor. Hebe convidou as amigas a dormirem na casa dela. Não é uma mansão do Morumbi, que lá no céu não tem. Nem um apartamento com vista para a Praia de Copacabana, no Rio. É uma casa diferente, que tem portas transparentes e sem fechaduras. Você chega na porta, passa por ela sem precisar abrir nem fechar. Tem uma piscina enorme. Não é de azulejos, nem de plástico. É de um material celestial bitérmico. Bitérmico porque no céu tem gente que veio de tudo o que é lugar: quem veio de Londres ou de Nova Yorque está com frio e quer água muito quente. Quem veio do Brasil precisa de água em temperatura mais amena porque no reveillon faz sempre muito calor.. Então, a sensação térmica da água, no sistema heavens, que é autotermostado individualmente, possibilita que cada um tenha a temperaturta da água que lhe aprouver.
As três brincaram na piscina. A única preocupação da Hebe era a de que a Dercy resolvesse fazer um topless e levasse um xingão de San Peter por fazer provocações sensuais na sua legião de anjos. Atiçados, se rebelariam e ele teria dificuldades em controlá-los. Ela que gurdasse bem os seus peitos e pneus dentro do maiô que a Diva emprestou. Com a Nair, nada de preocupações.
Levantaram cedo e começaram a lista dos convidados. Dercy sugeriu Chacrinha e Chico Anízio. Belo, Ronald Golias. A Hebe disse que não abria mão do Aírton Senna. Decidiram que não convidariam políticos, mas concluíram que cada uma indicaria um. Hebe sugeriu Mário Covas, que entrevistou algumas vezes. Nair Belo o Leonel Brizola, porque este semprte era deixado de fora da lista de festas da Globo. E Dercy Gonçalves convidou Getúlio Vargas, que era seu contemporâneo. Convidariam O Roberto Marinho, o Carlos da Nóbrega. Todos os convidados com suas esposas, naturalmente. Entrevistas, só para o Amauri Júnior, que esse, sim, sabe cobrir eventos assim. .
A lista foi ficando grande, deu umas cem pessoas. Passaram uma mensagem pro Nélio que era para reforçar a quantidade de rango. E seria bom que encomendasse também uns 100 litros de choppe porque é uma bebida que vai bem em qualquer ocasião de comemoração. O problemas maior era como fazer o convite. Mandariam telegramas, pois essa turma, bem antiga, não tem celular, não tem nenhuma engenhoca eletrônica. Muita mão-de-obra para o Correio Celestial, que é estatal mas muito eficiente, vai conseguir trazer toda a turma.
Esquecemos de algo muito importante, falou a Dercy. E quem vai fazer a animação?
Fique tranquila, amiga. E chamou: "Venha, Reginaldo, quero que dê um abraço em minhas amigas"!
E o Reginaldo Rossi, que já havia agendado com a Hebe, estava ali fora, embaixo de um pé de maçãs, aquele mesmo de que Adão tirou uma maçã e comeu, causando a desgraça na Terra, a maçã da Eva. Ele, seu banquinho e seu violão. Brincou: "Eu era a raposa, você era as uvas..."
Acho que a festa da Hebe Camargo vai ser a melhor lá do Céu neste reveillon.
Euclides Riquetti
31-12-2013
Na noite anterior havia-se reunido com duas amigas antigas, a Nair Bello e aquela que costumava mostrar os peitos na TV, a quase centenária Dercy Gonçalves. As três estão "podendo muito lá no céu". Hebe estava com uma caderneta e caneta na mão. "Queridas, preciso de sua ajuda. Quero organizar a Ceia da Virada. Gostaria de sugestões para as comilanças. E também para as bebidas. Quero tudo de primeira".
Esta primeira parte foi fácil de resolverem. Arroz, muito arroz, disse nair, que é pra trazer riqueza e abundância de tudo, além de fertilidade. Dercy riu: " E nós, precisamos de alguma coisa a mais aqui, além do que temos? De que adianta riqueza? Você viu que lá na terra ainda estão decidondo o que vão fazer com a herança estimada em Sessenta Milhões que a Hebe deixou? Mas,se é para manter a tradição, então façamos um belo de um arroz à grega! E com lentilhas, que devemos comer popr primeiro, nem que seja ao menos uma colher!"
O Nélio lembrara que carne tem que ser de porco, que só fuça pra frente, ou carneiro. Pode ser peixe, também que nada para a frente. O salmão ou o bacalhau estão caros agora, por causa do alto consumo, mas isso não é problema, o mastercard da Hebe é bem polpudo.
Hebe disse que ouvira a Ana Maria Braga dizer que pernil assado com chutney de manga fica delicioso, mas que a Ruth Cardoso, a esposa do FHC, com muita moral lá no céu, acha que salmão em cama de legumes é delicioso. Fariam as duas receitas: "Quem não gosta de porco, come peixe!", sentenciou.
Mangas, ameixas vermelhas, ameixas verdes, pêssegos, frutas in natura e secas. Nozes, castanhas, sorvete. Muito sorvete, que disso todo mundo gosta. Tem aquela torta de sorvete Chanitlly que fabricam em Herval d ´Oeste e é uma delícia. Tudo muito prático e fácil. Espumantes do Villágio Grando, lá de Água Doce. Vinhos de altitude, os da Serra gaúcha são extraordinários. Tem os de São Joaquim, Pinheiro Preto e Tangará que são muito bons. Vamos prestigiar os produtos brasileiros. As frutas da Bahia, de São Paulo. Mas as maçãs e ameixas de Santa Catarina. As castanhas do Pará, certamente. E foram fazendo a lista. Poucos minutos e tudo resolvido, passariam a lista para o Nélio que já tem prática. E lá foi o Nélio para o Supermercado. Há uns bem grandes no céu, parece que ia no Carrefour que lá o estacionamento é bem grande.
Dercy lembrou que as uvas, champanhe e vinhos significam boa sorte. As uvas têm um poder sedutor. Hebe convidou as amigas a dormirem na casa dela. Não é uma mansão do Morumbi, que lá no céu não tem. Nem um apartamento com vista para a Praia de Copacabana, no Rio. É uma casa diferente, que tem portas transparentes e sem fechaduras. Você chega na porta, passa por ela sem precisar abrir nem fechar. Tem uma piscina enorme. Não é de azulejos, nem de plástico. É de um material celestial bitérmico. Bitérmico porque no céu tem gente que veio de tudo o que é lugar: quem veio de Londres ou de Nova Yorque está com frio e quer água muito quente. Quem veio do Brasil precisa de água em temperatura mais amena porque no reveillon faz sempre muito calor.. Então, a sensação térmica da água, no sistema heavens, que é autotermostado individualmente, possibilita que cada um tenha a temperaturta da água que lhe aprouver.
As três brincaram na piscina. A única preocupação da Hebe era a de que a Dercy resolvesse fazer um topless e levasse um xingão de San Peter por fazer provocações sensuais na sua legião de anjos. Atiçados, se rebelariam e ele teria dificuldades em controlá-los. Ela que gurdasse bem os seus peitos e pneus dentro do maiô que a Diva emprestou. Com a Nair, nada de preocupações.
Levantaram cedo e começaram a lista dos convidados. Dercy sugeriu Chacrinha e Chico Anízio. Belo, Ronald Golias. A Hebe disse que não abria mão do Aírton Senna. Decidiram que não convidariam políticos, mas concluíram que cada uma indicaria um. Hebe sugeriu Mário Covas, que entrevistou algumas vezes. Nair Belo o Leonel Brizola, porque este semprte era deixado de fora da lista de festas da Globo. E Dercy Gonçalves convidou Getúlio Vargas, que era seu contemporâneo. Convidariam O Roberto Marinho, o Carlos da Nóbrega. Todos os convidados com suas esposas, naturalmente. Entrevistas, só para o Amauri Júnior, que esse, sim, sabe cobrir eventos assim. .
A lista foi ficando grande, deu umas cem pessoas. Passaram uma mensagem pro Nélio que era para reforçar a quantidade de rango. E seria bom que encomendasse também uns 100 litros de choppe porque é uma bebida que vai bem em qualquer ocasião de comemoração. O problemas maior era como fazer o convite. Mandariam telegramas, pois essa turma, bem antiga, não tem celular, não tem nenhuma engenhoca eletrônica. Muita mão-de-obra para o Correio Celestial, que é estatal mas muito eficiente, vai conseguir trazer toda a turma.
Esquecemos de algo muito importante, falou a Dercy. E quem vai fazer a animação?
Fique tranquila, amiga. E chamou: "Venha, Reginaldo, quero que dê um abraço em minhas amigas"!
E o Reginaldo Rossi, que já havia agendado com a Hebe, estava ali fora, embaixo de um pé de maçãs, aquele mesmo de que Adão tirou uma maçã e comeu, causando a desgraça na Terra, a maçã da Eva. Ele, seu banquinho e seu violão. Brincou: "Eu era a raposa, você era as uvas..."
Acho que a festa da Hebe Camargo vai ser a melhor lá do Céu neste reveillon.
Euclides Riquetti
31-12-2013
Meu coração bem que sabia (poema/canção)
Meu coração bem que sabia
Quando me dizia
Que eu te amava...
Meu coração era zeloso
Me controlava feito um bobo
Pois eu te amava...
Meu coração maior que o mundo
Meu coração de amor profundo
Não me largou nenhum segundo
Pois só queria que eu te amasse, te queresse
Que eu te beijasse e não perdesse
Queria apenas a felicidade entre nós dois!
Meu coração bem que sabia
Quando me dizia
Que eu te amava...
Meu coração era zeloso
Me controlava feito um bobo
Pois eu te amava...
Meu coração bem que sabia
Por isso mesmo, me dizia
Para cuidar de noite e dia:
Cuide melhor de quem te ama além da cama
Cuide melhor dessa tua alma tão cigana
Queria apenas a felicidade entre nós dois!
Meu coração bem que sabia
Quando me dizia
Que eu te amava...
Meu coração era zeloso
Me controlava feito um bobo
Pois eu te amava...
Então os anos se passaram
E as coisas melhoraram
Co´s bons ventos que sopraram
Anos e ventos nos trouxeram toda a felicidade
Ventos dos anos nos uniram para toda a eternidade
E garantiram a felicidade entre nós dois!
Agora somos companheiros
Somos amantes verdadeiros
Somos dois inseparáveis companheiros
Namorados verdadeiros
Verdadeiros companheiros
Somos dois inseparáveis companheiros!
Euclides Riquetti
30-12-2013
Quando me dizia
Que eu te amava...
Meu coração era zeloso
Me controlava feito um bobo
Pois eu te amava...
Meu coração maior que o mundo
Meu coração de amor profundo
Não me largou nenhum segundo
Pois só queria que eu te amasse, te queresse
Que eu te beijasse e não perdesse
Queria apenas a felicidade entre nós dois!
Meu coração bem que sabia
Quando me dizia
Que eu te amava...
Meu coração era zeloso
Me controlava feito um bobo
Pois eu te amava...
Meu coração bem que sabia
Por isso mesmo, me dizia
Para cuidar de noite e dia:
Cuide melhor de quem te ama além da cama
Cuide melhor dessa tua alma tão cigana
Queria apenas a felicidade entre nós dois!
Meu coração bem que sabia
Quando me dizia
Que eu te amava...
Meu coração era zeloso
Me controlava feito um bobo
Pois eu te amava...
Então os anos se passaram
E as coisas melhoraram
Co´s bons ventos que sopraram
Anos e ventos nos trouxeram toda a felicidade
Ventos dos anos nos uniram para toda a eternidade
E garantiram a felicidade entre nós dois!
Agora somos companheiros
Somos amantes verdadeiros
Somos dois inseparáveis companheiros
Namorados verdadeiros
Verdadeiros companheiros
Somos dois inseparáveis companheiros!
Euclides Riquetti
30-12-2013
domingo, 29 de dezembro de 2013
Nas ondas do sonho
Nas ondas do sonho
Ganhei teu abraço
Um beijo gostoso
Um olhar carinhoso
Depois do cansaço...
Nas ondas do sonho
Enrolaste-me em laço
Entreguei-me de todo
A teu corpo cheiroso
Perdi-me em seus braços!
Mulher carinhosa
Na tarde de verão
Na tarde gostosa
Me atacas fogosa
Roubas meu coração.
E nas ondas do sonho
Me levas embora
Com teus beijos de fogo
De amor e de gozo
Me levas, senhora
Me levas embora.
E eu
Por minha própria vontade
Me deixo levar!
Leva-me
Para algum lugar
Onde possas me amar
E me fazer sonhar.
Leva-me
E não me deixes voltar!
Euclides Riquetti
29-12-2013
Ganhei teu abraço
Um beijo gostoso
Um olhar carinhoso
Depois do cansaço...
Nas ondas do sonho
Enrolaste-me em laço
Entreguei-me de todo
A teu corpo cheiroso
Perdi-me em seus braços!
Mulher carinhosa
Na tarde de verão
Na tarde gostosa
Me atacas fogosa
Roubas meu coração.
E nas ondas do sonho
Me levas embora
Com teus beijos de fogo
De amor e de gozo
Me levas, senhora
Me levas embora.
E eu
Por minha própria vontade
Me deixo levar!
Leva-me
Para algum lugar
Onde possas me amar
E me fazer sonhar.
Leva-me
E não me deixes voltar!
Euclides Riquetti
29-12-2013
sábado, 28 de dezembro de 2013
Pós-Natal em Erechim
Fui passar meu Pós-Natal em Erechim. 150 Km de Joaçaba, indo por Capinzal/Piratuba. Umas estradas muito sinuosas, o extremo calor da quinta-feira. Objetivo: Buscar as origens de uma pessoa de 83 anos, bonita e elegante. Sobre isso vou escrever nos próximos dias.
Erechim sempre me surpreende. Mesmo as coisas que não mudaram por lá, como a estrutura viária da cidade. A Avenida Maurício Cardoso, cortando a área central, que, de olho, assim, julgo ter uns 30 metros de largura. Estacionamento em ambos os lados, um canteiro central que formata uma praça, com largura entre 9 e 10 metros, e as pistas duplas de rolamento para os "autos". Magnífica; As calçadas para pedestres são de um padrão que estava na mora há 30 anos atrás, aquelas em qu metade dos ladrilhos é preta e a outra metade é branca. Nos canteiros centrais, petit-pavê, lembrando Copacabana. Meu olho palpiteiro e minha mania de propor soluções para consertar o mundo diria: Colocar as guias para os deficientes visuais que não existem, recuperar a estrutura dos canteiros na Rua Alemanha, plantar muitas flores. Muitas e muitas flores. Ficaria uma cidade maravilhosa.
Uma das coisas boas que fiz por duas manhãs foi buscar uma confeitaria na área central. Descobri o "Planeta Pão", uma confeitaria e padaria na esquina da maurício Cardoso com a Joaquim Brasil Cabral. Atendimento nota 10, salgados e doces nota dez, café nota dez. E, olha, que sou muito exigente no quesito "qualidade dos locais onde comer".
Passei numa casa agropecuária e vi cabos para machado. Vou comprar um, de madeira consistente, pesada. Lá em casa foram três cabos de machado quebrados em poucos dias. Num mesmo domingo, meu filho quebrou o do meu e o do machado do vizinho, o Pedro. Comprei dois, devolvi o dele e, no domingo seguinte, quebrou o do meu. Ele só faz churrasco com lenha "da boa" e, como tem muita força, e pega no machado com vontade, acaba quebrando. Ficou muito forte, fez muitos exercícios físicos e foi bem alimentado na infância, o tourinho lá de casa. Saudades dele...
Tenho muitas coisas boas a escrever sobre Erechim e o Distrito de Capo Erê, o Campo das Pulgas. Fazendo anotações num caderno, conversando com pessoas, os parentes: Anzolin, Rosseto, Rigo, Reginato, Cavaletti, Duarte, Michelin, Campesato, Pescador, Dalla Costa, . Parentes por parte da Miriam, a Dona Patroa. A turma era grande...
Adoro Erechim, a cidade do Ipiranga, hiper industrializada, os campos cobertos de trigo no inverno e, agora, de milho e soja. E a chuva que caiu ontem, ao final do dia, mais a que, certamente, virá nas próximas tardes, vai garantir uma "safra cheia", o que é muito bom para a economia da região e do país e, por conseguinte, para ´nós, sul brasileiros!
Euclides Riquetti
28-12-2013
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
Parabéns, com muito mérito!
À meritocracia não tem sido dado o valor que se deveria dar, lamentavelmente. E, atualmente, há um aprimoramento (ou aparelhamento?...) sofisticado no ato de, legalmente, se compensar a incompetência, através de apadrinhamentos, para que alguns possam ter acesso a cargos púlicos. Através dos chamados "Cargos de Confiança", muitas pessoas são alçadas ao Poder. Não ao trabalho, simplesmente, mas ao exercício do Poder...Para depois se tornarem cabos eleitorais. São contratados porque têm "cotas de votos".
Diferente de tudo isso, Legislação brasileira já garante espaços, muitíssimo justos, a pessoas portadoras de determinadas limitações ou deficiências. Estas estão sendo contratadas através de concursos públicos e também pelas empresas privadas. E, independentemente da Lei, empregar pessoas com limitações, além de um ato muito digno, também é indicativo de que as empresas estão preocupadas com o seu caráter social. Aqui em Joaçaba, a maioria dos supermercados já emprega jovens assim, que nos atendem muito bem e com surpreendente eficiência. Gosto muito de conversar com eles, tratando-os em igualdade aos demais. E eles se tornam meus leais amigos.
O Brasil é uma dos países que segue muito bem as recomendações das convenções internacionais. Ratificou as Normas Internacionais da Convenção nº 159/83 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), e da Convenção Interramericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Pessoas Portadoras de Deficiências, a chamada "Convenção da Guatemala".
A limitação física, mental, sensorial ou múltipla não poderá ser impeditiva de seu acesso ao trabalho e as Convenções, devidamente ratificadas e até regulamentadas por Decretos posteriores, visa a proteger pessoas que tenham dificuldade em fazer sua inserção social.
Recentemente, aconteceram aqui em Joaçaba os PARAJASC. Atletas com deficiências estiveram participando e surpreendendo os que viram suas atuações. Buscam superar suas limitações, tornam-se vencedores, pelos seus próprios méritos. Precisam continuar a serem aplaudidos e incentivados. Contemplados com bolsas e trabalho para que possam trabalhar, estudar e competir. Converso muito com eles e sei que eles querem apenas isso.
A nós todos cabe apoiá-los, defendê-los e cobrar as autoridades que seus direitos ao trabalho, ao estudo e à mobilidade sejam garantidos!
Saudações muito especiais neste Fim de Ano a todos os que conquistam seu espeço pelos próprios méritos!
Euclides Riquetti
27-12-2013
Diferente de tudo isso, Legislação brasileira já garante espaços, muitíssimo justos, a pessoas portadoras de determinadas limitações ou deficiências. Estas estão sendo contratadas através de concursos públicos e também pelas empresas privadas. E, independentemente da Lei, empregar pessoas com limitações, além de um ato muito digno, também é indicativo de que as empresas estão preocupadas com o seu caráter social. Aqui em Joaçaba, a maioria dos supermercados já emprega jovens assim, que nos atendem muito bem e com surpreendente eficiência. Gosto muito de conversar com eles, tratando-os em igualdade aos demais. E eles se tornam meus leais amigos.
O Brasil é uma dos países que segue muito bem as recomendações das convenções internacionais. Ratificou as Normas Internacionais da Convenção nº 159/83 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), e da Convenção Interramericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Pessoas Portadoras de Deficiências, a chamada "Convenção da Guatemala".
A limitação física, mental, sensorial ou múltipla não poderá ser impeditiva de seu acesso ao trabalho e as Convenções, devidamente ratificadas e até regulamentadas por Decretos posteriores, visa a proteger pessoas que tenham dificuldade em fazer sua inserção social.
Recentemente, aconteceram aqui em Joaçaba os PARAJASC. Atletas com deficiências estiveram participando e surpreendendo os que viram suas atuações. Buscam superar suas limitações, tornam-se vencedores, pelos seus próprios méritos. Precisam continuar a serem aplaudidos e incentivados. Contemplados com bolsas e trabalho para que possam trabalhar, estudar e competir. Converso muito com eles e sei que eles querem apenas isso.
A nós todos cabe apoiá-los, defendê-los e cobrar as autoridades que seus direitos ao trabalho, ao estudo e à mobilidade sejam garantidos!
Saudações muito especiais neste Fim de Ano a todos os que conquistam seu espeço pelos próprios méritos!
Euclides Riquetti
27-12-2013
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
Navegam seus olhos fundos, entristecidos
Navegam seus olhos fundos, entristecidos
Buscando no horizonte algumas respostas
Talvez buscando entender alguns desatinos
Escrevendo o poema certo nas linhas tortas.
Navegam seus olhos bonitos nas incertezas
Buscando entender os difíceis mistérios da vida
No rio que leva distante, em suas correntezas
Histórias de traumas, de lutas, confrontos e brigas.
Navegam seus olhos com medo de ver as verdades
Estradas que levam no tempo, na busca da cura
E trazem consigo lembranças e muitas saudades
Dos tempos de amor, de ilusão e aventura.
Navegam seus olhos e, ao longe, encontram os meus
Despertos na espera do encontro que tanto desejam
Que aguardam respostas que venham de dentro dos seus
Respostam que acalmem meu ser e também me protejam.
Eu olho seus olhos, seguro suas mãos e você nem me vê
Em pensamentos, desejos, pecados, pecados, desejos
Só quero sentir o perfume sutil que vem de você
E, se possível, roubar de seus lábios apenas um beijo.
Um beijo do amor sentido e não correspondido
Um beijo para não mais ser esquecido!
Um beijo meu
Um beijo seu
Nada mais!
Euclides Riquetti
26-12-2013
Buscando no horizonte algumas respostas
Talvez buscando entender alguns desatinos
Escrevendo o poema certo nas linhas tortas.
Navegam seus olhos bonitos nas incertezas
Buscando entender os difíceis mistérios da vida
No rio que leva distante, em suas correntezas
Histórias de traumas, de lutas, confrontos e brigas.
Navegam seus olhos com medo de ver as verdades
Estradas que levam no tempo, na busca da cura
E trazem consigo lembranças e muitas saudades
Dos tempos de amor, de ilusão e aventura.
Navegam seus olhos e, ao longe, encontram os meus
Despertos na espera do encontro que tanto desejam
Que aguardam respostas que venham de dentro dos seus
Respostam que acalmem meu ser e também me protejam.
Eu olho seus olhos, seguro suas mãos e você nem me vê
Em pensamentos, desejos, pecados, pecados, desejos
Só quero sentir o perfume sutil que vem de você
E, se possível, roubar de seus lábios apenas um beijo.
Um beijo do amor sentido e não correspondido
Um beijo para não mais ser esquecido!
Um beijo meu
Um beijo seu
Nada mais!
Euclides Riquetti
26-12-2013
quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
O Natal do Amílcar
Ligou-me o Amílcar para me cumprimentar, desejando Feliz Natal para minha família. Retribuí, conversamos um pouco. Está reclamando do preço da erva-mate: "Óia, Riquetto, tenho saído pra uma entrega com o zenro aqui por Palmas, Pato Branco e no Porto. Mais num tá fácile. A reclamaçón tá muita. Non quá qualidade, que o produto aqui de General (Carneiro) é muito bom. Ma co preço, rapaiz! Imazine que aquele mesmo pacote que era de seis reais agora é de deis, onze!" Falei-lhe que por aqui a situação está igual, mas eu não abro mão de meu mate Charrua. me faz bem, dá um ânimo. Como não ligo pra cerveja, meu negócio, mesmo, é um amargo bem cevado na cuia.
Encontrei o Amílcar e a sua Nena faz menos de um mês, em Canasvieiras. Ele vai uma vez por ano passar uns dias por lá. Eu também vou com frequência e já marco quendo ele também vi que é a forma de nos encontrarmos com facilidade. Na última vez, tive que pegar no pé dele. Deu um óculos "do Paraguay" pra Nena. Ela achou bonito, usou uma manhã e, de tarde, ao colocá-lo, quebrou. Ele ficou lamentando que perdeu os quinze reais que investiu...
O Amílcar gosta de fazer uns agrados pra Nena, pra filha e até pro genro. E pra netinha também. Pra Nena, vai dar um óculos bom, daqueles de ótica, com garantia. Pra filha, uma caixinha de bom-bom Ferrero Rocher e uma saída de banho que a Nena ajudou a escolher. Para o genro, uma bomba de chimarrão, daquelas que tem um detalhe com o distintivo, em vermelho, do Internacional de Porto Alegre. Fazer o quê, o Amílcar é do Grêmio, mas agradar o genro também é preciso, pra que ele cuide bem da filha e da neta. Pra netinha, uma sacola cheia de coisas, tudo na cor rosa, que é a que ela gosta: sandálias Pinókio, Camisetas e acessórios Monster High, roupinhas da Lilica Repilica. Claro que foi tudo a Nena que escolheu e ele só "passou o cartón"! Comemos uma porção de camarão do Boka´s de Canasvieiras (Ah, que delícia! Meu primo Juvelino Riquetti, lá de Cascavel e a esposa, também costumam fazer "penitência" na Sexta-feira Santa no Boka´s). Bom que de lá até a Pousada são cinco minutos apenas e, se tomar umas caipiras, volta a pé, sem risco.
Perguntei-lhe se estava tudo bem em casa, disse que estava. Que esperava, ansiosamente, pelo Natal. Acho que vai ganhar uma bermuda da nena, de brim, não quer de Tergal. A única bronca, em casa, é que passou no Mercadinho, lá em Palmas e comprou dois potes de sorvete. Quando chegou em casa, quase apanhou da Nena. Estava tudo derretido, ficou muito tempo dentro do carro.
Maldito do jogo de sinuca, que o fez parar duas horas para uma partidinha com os amigos!
Mas, no mais, tudos nos "trinques"! Retribuo, com alegria, o Feliz natal do Amigo Amílcar, meu colega de Juventude dos tempos do Porto!
Euclides Riquetti
25-12-2013
Encontrei o Amílcar e a sua Nena faz menos de um mês, em Canasvieiras. Ele vai uma vez por ano passar uns dias por lá. Eu também vou com frequência e já marco quendo ele também vi que é a forma de nos encontrarmos com facilidade. Na última vez, tive que pegar no pé dele. Deu um óculos "do Paraguay" pra Nena. Ela achou bonito, usou uma manhã e, de tarde, ao colocá-lo, quebrou. Ele ficou lamentando que perdeu os quinze reais que investiu...
O Amílcar gosta de fazer uns agrados pra Nena, pra filha e até pro genro. E pra netinha também. Pra Nena, vai dar um óculos bom, daqueles de ótica, com garantia. Pra filha, uma caixinha de bom-bom Ferrero Rocher e uma saída de banho que a Nena ajudou a escolher. Para o genro, uma bomba de chimarrão, daquelas que tem um detalhe com o distintivo, em vermelho, do Internacional de Porto Alegre. Fazer o quê, o Amílcar é do Grêmio, mas agradar o genro também é preciso, pra que ele cuide bem da filha e da neta. Pra netinha, uma sacola cheia de coisas, tudo na cor rosa, que é a que ela gosta: sandálias Pinókio, Camisetas e acessórios Monster High, roupinhas da Lilica Repilica. Claro que foi tudo a Nena que escolheu e ele só "passou o cartón"! Comemos uma porção de camarão do Boka´s de Canasvieiras (Ah, que delícia! Meu primo Juvelino Riquetti, lá de Cascavel e a esposa, também costumam fazer "penitência" na Sexta-feira Santa no Boka´s). Bom que de lá até a Pousada são cinco minutos apenas e, se tomar umas caipiras, volta a pé, sem risco.
Perguntei-lhe se estava tudo bem em casa, disse que estava. Que esperava, ansiosamente, pelo Natal. Acho que vai ganhar uma bermuda da nena, de brim, não quer de Tergal. A única bronca, em casa, é que passou no Mercadinho, lá em Palmas e comprou dois potes de sorvete. Quando chegou em casa, quase apanhou da Nena. Estava tudo derretido, ficou muito tempo dentro do carro.
Maldito do jogo de sinuca, que o fez parar duas horas para uma partidinha com os amigos!
Mas, no mais, tudos nos "trinques"! Retribuo, com alegria, o Feliz natal do Amigo Amílcar, meu colega de Juventude dos tempos do Porto!
Euclides Riquetti
25-12-2013
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
Meu Poema de Natal (Oh, oh, oh, oh! ...)
Chega, de novo, o Natal das Crianças
No mundo todo, o Natal de Jesus
O Natal das canções e das belas lembranças
O Natal das noites de luz.
O Natal que aguça a tua sensibilidade
O Natal do Menino envolto em mantos
Que enseja partilha e caridade
Mas tanbém saudades e copiosos prantos.
Vem o esperado Natal do presentes
Da Missa do Galo, das renas e dos trenós
No Norte o frio, no Sul as noites quentes
Natal do amor pleno ou dos corações sós...
Espero o Natal que chega amanhã
Dos docinhos, das uvas, peras e panetones
Das ceias com aves, pêssegos e maçãs
De "emotions, emoções e emociones".
Que venha, pois, o Papai Noel
Com a neve no Norte, ou aqui tropical
A pé, em trenó, ou num carrossel
Só pra te dizer: Feliz Natal!
Oh, oh, oh, oh!!!
Euclides Riquetti
24-12-2013
No mundo todo, o Natal de Jesus
O Natal das canções e das belas lembranças
O Natal das noites de luz.
O Natal que aguça a tua sensibilidade
O Natal do Menino envolto em mantos
Que enseja partilha e caridade
Mas tanbém saudades e copiosos prantos.
Vem o esperado Natal do presentes
Da Missa do Galo, das renas e dos trenós
No Norte o frio, no Sul as noites quentes
Natal do amor pleno ou dos corações sós...
Espero o Natal que chega amanhã
Dos docinhos, das uvas, peras e panetones
Das ceias com aves, pêssegos e maçãs
De "emotions, emoções e emociones".
Que venha, pois, o Papai Noel
Com a neve no Norte, ou aqui tropical
A pé, em trenó, ou num carrossel
Só pra te dizer: Feliz Natal!
Oh, oh, oh, oh!!!
Euclides Riquetti
24-12-2013
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
Quatro anos de uma tragédia (As lembranças de Dona Noeli)
Conheci a Dona Noeli Lorenzetti Gabriel num jogo de "voleibol câmbio", na Colônia de Férias do Hotel SESC do Cacupé, em Florianópolis, na tarde do dia 07 de novembro deste ano. Estava ali, ao lado da quadra, vendo o jogo. Convidei-a a entrar no jogo, pelo nosso time. Justificou-se, disse que não estava acostumada a jogar. Era educada, demonstrava ser uma pessoa muito respeitosa e sensível. Acabou aceitando o convite e participou das brincadeiras que nos eram oferecidas pelos recreadores do SESC. No seu crachá, o nome: Noeli. As amigas a chamavam de Noila!
No dia 9, sábado, nos encontramos na fila do Restaurante, na hora do almoço. Já havíamos retirado as bagagens dos alojamentos, deveríamos voltar a Joaçaba logo depois. E, nessas ocasiões, costumamos fazer amizades com pessoas que trazem si seus segredos, suas histórias, seus dramas. E, assim, nem me lembro como, começamos a conversar, eu e a Noila, como se fôssemos amigos de longa data. Foi imediata empatia. Falamos de família, de filhos. Ela é de Concórdia, eu disse que morava em Joaçaba, então passou a me relatar sobre um filho que morara em Joaçaba quando ele tinha 22 anos, era piloto de aviões e instrutor de voo. Viera para Joaçaba para dar aulas de voo no Aeroclube.
Dona Noila falava-me com alegria do filho, com muito orgulho. Disse-me que aqui ele viera jovem e surpreendeu os Srs. Beló e Avelino Dorini Primo, pois estes não imaginavam que alguém tão jovem pudesse vir ensiná-los a pilotar aviões.
Perguntei-lhe onde ele estava e seu rosto serenou, mas sem perder o brilho do semblante de uma mãe que fala com orgulho do filho: "Meu filho morreu, foi em 23 de dezembro de 2009, no Maranhão. Ele estava pilotando um helicóptero, que caiu numa mata. Ele e o co-piloto morreram só foram achados quatro dias depois... "
Fiquei enternecido. Aquela senhora bondosa, que deixava simpatia transbordar de seu coração, falava com alegria do filho que perdera. Contou-me sobre o drama de esperar, por quatro dias, notícias sobre a localização do filho desaparecido nos céus de Carolina, uma cidade do Maranhão, para onde fora pilotar depois que foi embora de Joaçaba. E, quando a notícia veio, apenas a confirmação de que ele, Enndel Gabriel, e seu co-piloto Aloysio, havia perdido a vida, seus corpos foram encontrados carbonizados.
Imaginei o sofrimento daquela mãe, que tudo fez para que seu filho tivesse uma boa educação, apoiando-o na realização de seus sonhos. E ela me dizia que não estava triste, pois sabia que ele estava fazendo aquilo de que gostava. Disse que ele estava num grande momento da vida, muito feliz com o relacionamento que mantinha com a noiva, Daniele Leite, e com o seu trabalho. Pediu-me que quando encontrasse o Primo lhe falasse que a conhecera, perguntasse sobre a vida o Enndel Gabriel aqui em Joaçaba.
Pois tive contato com o Primo, meu amigo dos tempos de adolescência, lá de Capinzal. Encontrei-o nesta semana numa loja no centro de Joaçaba, ele mora e trabalha aqui. Disse-me que o piloto era formidável, que foi o melhor instrutor que conhecera. Que o rapaz morou no centro de Joaçaba, tinha muitos amigos por aqui. Aprendera muito sobre aviões com ele. Fez seu serviço e depois foi embora..,
Uma das coisas que muito me marcou foi o reconhecimento de Dona Noeli com relação ao pessoal aqui de Joaçaba. Disse que, mesmo depois de mais de uma década, foram lá confortar a família quando da tragédia. E reafirmava-me que, mesmo tendo perdido o filho, aos 36 anos, tinha saudades, mas estava feliz, pois sabia que ele fora um piloto feliz e realizado.
Na viagem de volta, conversamos sobre outros assuntos, sobre "viver a vida", sobre ter família, sobre gostar das pessoas, admirá-las. Pois, que este Natal seja para ela e seus familiares um belo momento, o de celebrar as lembranças boas que lhe ficaram no coração.
Abraço bem afetuoso, Noila!
Euclides Riquetti
23-12-2013
No dia 9, sábado, nos encontramos na fila do Restaurante, na hora do almoço. Já havíamos retirado as bagagens dos alojamentos, deveríamos voltar a Joaçaba logo depois. E, nessas ocasiões, costumamos fazer amizades com pessoas que trazem si seus segredos, suas histórias, seus dramas. E, assim, nem me lembro como, começamos a conversar, eu e a Noila, como se fôssemos amigos de longa data. Foi imediata empatia. Falamos de família, de filhos. Ela é de Concórdia, eu disse que morava em Joaçaba, então passou a me relatar sobre um filho que morara em Joaçaba quando ele tinha 22 anos, era piloto de aviões e instrutor de voo. Viera para Joaçaba para dar aulas de voo no Aeroclube.
Dona Noila falava-me com alegria do filho, com muito orgulho. Disse-me que aqui ele viera jovem e surpreendeu os Srs. Beló e Avelino Dorini Primo, pois estes não imaginavam que alguém tão jovem pudesse vir ensiná-los a pilotar aviões.
Perguntei-lhe onde ele estava e seu rosto serenou, mas sem perder o brilho do semblante de uma mãe que fala com orgulho do filho: "Meu filho morreu, foi em 23 de dezembro de 2009, no Maranhão. Ele estava pilotando um helicóptero, que caiu numa mata. Ele e o co-piloto morreram só foram achados quatro dias depois... "
Fiquei enternecido. Aquela senhora bondosa, que deixava simpatia transbordar de seu coração, falava com alegria do filho que perdera. Contou-me sobre o drama de esperar, por quatro dias, notícias sobre a localização do filho desaparecido nos céus de Carolina, uma cidade do Maranhão, para onde fora pilotar depois que foi embora de Joaçaba. E, quando a notícia veio, apenas a confirmação de que ele, Enndel Gabriel, e seu co-piloto Aloysio, havia perdido a vida, seus corpos foram encontrados carbonizados.
Imaginei o sofrimento daquela mãe, que tudo fez para que seu filho tivesse uma boa educação, apoiando-o na realização de seus sonhos. E ela me dizia que não estava triste, pois sabia que ele estava fazendo aquilo de que gostava. Disse que ele estava num grande momento da vida, muito feliz com o relacionamento que mantinha com a noiva, Daniele Leite, e com o seu trabalho. Pediu-me que quando encontrasse o Primo lhe falasse que a conhecera, perguntasse sobre a vida o Enndel Gabriel aqui em Joaçaba.
Pois tive contato com o Primo, meu amigo dos tempos de adolescência, lá de Capinzal. Encontrei-o nesta semana numa loja no centro de Joaçaba, ele mora e trabalha aqui. Disse-me que o piloto era formidável, que foi o melhor instrutor que conhecera. Que o rapaz morou no centro de Joaçaba, tinha muitos amigos por aqui. Aprendera muito sobre aviões com ele. Fez seu serviço e depois foi embora..,
Uma das coisas que muito me marcou foi o reconhecimento de Dona Noeli com relação ao pessoal aqui de Joaçaba. Disse que, mesmo depois de mais de uma década, foram lá confortar a família quando da tragédia. E reafirmava-me que, mesmo tendo perdido o filho, aos 36 anos, tinha saudades, mas estava feliz, pois sabia que ele fora um piloto feliz e realizado.
Na viagem de volta, conversamos sobre outros assuntos, sobre "viver a vida", sobre ter família, sobre gostar das pessoas, admirá-las. Pois, que este Natal seja para ela e seus familiares um belo momento, o de celebrar as lembranças boas que lhe ficaram no coração.
Abraço bem afetuoso, Noila!
Euclides Riquetti
23-12-2013
domingo, 22 de dezembro de 2013
Não entregue o seu coração por inteiro
Não entregue o seu coração por inteiro
Guarde pra mim um pedacinho dele
Quero ser seu fiel companheiro
Quero me alojar, esconder-me nele.
Não deixe que o maltratem em nenhum momento
Cuide-o com carinho, é seu valioso bem
Não permita que lhe venha o sofrimento
O direito de ser feliz é seu e de mais ninguém.
Defenda o direito dele de ser amado
E o seu direito de poder sonhar
O direito de amar e de ser amado.
E, que o respeitem se tiver defeito
Principalmente se este for o de "amar"
Este verbo perfeito tão imperfeito...
Euclides Riquetti
22-12-2013
Guarde pra mim um pedacinho dele
Quero ser seu fiel companheiro
Quero me alojar, esconder-me nele.
Não deixe que o maltratem em nenhum momento
Cuide-o com carinho, é seu valioso bem
Não permita que lhe venha o sofrimento
O direito de ser feliz é seu e de mais ninguém.
Defenda o direito dele de ser amado
E o seu direito de poder sonhar
O direito de amar e de ser amado.
E, que o respeitem se tiver defeito
Principalmente se este for o de "amar"
Este verbo perfeito tão imperfeito...
Euclides Riquetti
22-12-2013
sábado, 21 de dezembro de 2013
O Rei do Brega - Meu tributo a Reginaldo Rossi
O Brasil perdeu, nesta sexta-feira, pela manhã, o cantor Reginaldo Rossi, o "Rei do Brega". Nascido Reginaldo Rodrigues dos Santos, na cidade do Recife, aos 14 de fevereiro de 1944, Reginaldo Rossi era um moço muito inteligente e estudioso. Cursou Engenharia Civil por quatro anos e, simultaneamente, lecionava Física e Matemática. Mas, nos anos 60, passou a dedicar-se exclusivamente à música. Foi lider do grupo musical "The Silver Jets" - Em sua carreira de mais de 50 anos, gravou 21 LPs. Fez muito sucesso!
Na minha juventude, as rádios Clube de Capinzal, Catarinense de Joaçaba, Fátima de Vacaria, Bandeirtantes de São Paulo e Tupi, do Rio de Janeiro, as que eu costumava ouvir, rodavam, incessantemente, as músicas de Reginaldo Rossi. As meninas suspiravam quando o ouviam. E ele vendia milhões de discos. Gravou, inicialmente, na Chantecler, mas foi na poderosa CBS que viu seus discos invadirem as lojas. Somente grandes cantores, a exemplo de Roberto Carlos, cantor que Rossi iniciou imitando, gravavam na CBS. E RR foi mais um dos grandes representantes da geração que ficou conhecida como a Jovem Guarda, da qual faziam parte o Rei, Erasmo Carlos, Jerry Adriani, Vanderlei Cardoso, Vanderléa e Martinha. Rossi cantava o "rock nordestino", como ele mesmo classificava. Era fã dos Beatles, que faziam o maior sucesso nas paradas mussicais do mundo inteiro na época.
Não há quem, um dia, não tenha ouvido:
"Lembro com muita saudade
Daquele bailinho
Onde a gente dançava
Bem agarradinho
Onde a gente ia mesmo
É pra se abraçar.
Você, com laquê no cabelo
E um vestido rodado
E aquelas anáguas
Com tantos babados
E você sentou
Só pra me mostrar..."
Pois nosso Rei do Brega fez muito sucesso com essa música chamada "A Raposa e as Uvas", onde manifesta, se uma forma simples e sutil, usando palavras bem do vocabulário da época, o seu amor por uma namoradinha. Do tempo das lambretas, os anos passaram e a música que mais ficou na memória do brasileiro é aquela que, até hoje, em altas horas dos bailes ou mesmo nos grupinhos que se regam a cerveja, entoam:
"Saiba que meu grande amor
Hoje vai se casar
Mandou-me uma carta pra me avisar
Deixou em pedaços meu coração.."
que faz parte da letra de "Garçom", música que representa sua "marca registrada".
Reginaldo Rossi, depois de três semanas internado em Recife, faleceu em decorrência de câncer nos pulmões. Está sendo velado na Assembleia Legislativa de Pernambuco, onde Município e Estado decretaram três dias de luto oficial.
Hoje, com muito carinho e saudades, vou ouvir um CD que tenho guardado e em que estão inclusos seus maiores sucessos. Fique com Deus, RR, você que encantou tanto os corações das pessoas que hoje estão na casa dos 60 a 80 anos!
Euclides Riquetti
21-12-2013
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
O Sucesso do Balneário Termas Leonense
Quem iria imaginar que uma vila que fora progressista no auge da extração da madeira, em meados do Século XX, fosse um dia sucumbir e quase que ser varrida do mapa catarinense? Mas que, por uma outra razão, pudesse ressurgir como um local de desenvolvimento primeiramente promissor e, ainda, isso tornando-se uma realidade? Pois isso tudo aconteceu com a sede do Distrito de Barra do Leão, um povoado localizado entre os Municípios de Capinzal e Lacerdópolis, no território de Campos Novos, no Vale do Rio do Peixe.
Meu pai foi Diretor do grupo Escolar André Rebouças, na Barra do Leão, no final da década de 1960. Justamente a década em que os empresários que foram pioneiros no lugar começaram a transferir suas empresas para outros lugares. A localização, ao lado da Estrada-de-Ferro, já não era mais um atrativo ou garantia de facilidade para escoamento dos produtos. Distante da Sede Municipal em 50 Km, as estradas de ligação com Barra Fria, Capinzal e Campos Novos eram estreitas e altamente sinuosas. E da prograssista vila, restaram apenas meia dúzia de casas...
Mas, em pleno Novo Milênio, um jovem arrojadíssimo, Sérgio Coronetti, teve a "doida" ideia de mandar perfurar um poço tubular profundo para captar águas termais do Aquífero Guarani na sua propriedade, a mesma em que ele e seus irmãos se criaram. Poucos acreditavam que o jovem de espírito empreendedor pudesse realizar o que conseguiu: Implantou ali o seu Balneário Termas Leonene, um empreendimento que conta hoje com nove piscinas de águas termais em que estas já podem ser desfrutadas em banhos de até 37 graus. Piscina de hidromassagem, tobogã aquático, piscina semi-olímpica, piscina coberta, com as opções que vão dos 0,40 até os 1,80 metros. Uma grande área para camping em meio ao verde da natureza, com toda a infra-estrutura necessária para a segurança e bem-estar dos campistas. Diversão garantida para pessoas de todas as idades. E, a partir de agora, funcionamento nos 365 dias do ano!
Serviço de retaurante, lanchonete e bares, sala de jogos, som ambiente durante todo o dia, um atendimento muito especial e personalizado pela própria família Coronetti, mais uma equipe de funcionários bem preparada para o atendimento, tudo isso completa o complexo termal. Barra do Leão, hoje, tem disponíveis, em pousadas e chalés, capacidade para hospedar 300 pessoas.
Os dois principais acessos ao local, por enquanto, são em estradas macadamizadas ou britadas. Pelo sentino Norte, fica distante 30 Km do centro de Joaçaba. Em Lacerdópolis, cruza-se o Rio do Peixe e, margeando-o, segue-se pela Barra Fria. Há 10 Km de estrada não pavimentada, mas muito bem drenada e macadamizada, em que é possível trafegar com chuva ou sol. Que vai por Capinzal, o Balneário está localizado a menos de 10 Km do centro desta cidade. E é aí que vem o grande diferencial em relação aos anos anterior. Já está implantada e em fase de preparação da base para pavimentação, uma estrada em que foram eliminadas as curvas mais acentuadas e ocorreu o seu alargamento. Agora, pode-se dizer que tornou-se uma Rodovia. Nestes dias, está sendo concluída todas a britagem do leito. E a previsão é de que, antes da chegada do inverno, esteja totalmente asfaltada e devidamente sinalizada.
Admira-me, muito, ver como a coragem de uma pessoa, no caso o Sérgio Coronetti, pode mudar os destinos de uma comunidade. Hoje, além da geração de 35 empregos diretos no Balneário, há toda uma cadeia de atividades econômicas ali, com destaque ao Pesque-Pague Pasquali, onde as pessoas poderão pescar ou mesmo deliciar-se comendo no próprio local. Alías, um empreendimento bem estruturado, com excelente atendimento, e muita natureza disponível para o visitante desfrutar.
Visitei o local na última quarta-feira, fiquei encantado. A mudança ali foi extraordinária. Já estou imaginando como é que estará em breve, quando toda a sede do distrito estiver com suas ruas asfaltadas. Coisas que acontecem somente quando uma pessoa empreendedora "tem uma ideia" e luta, obstinadamente, para que se torne uma realidade. Parabéns, Sérgio Coronetti e família!
(E você, leitor, está convidado a visitar o local, pois vale a pena! Veja, no www.termasleonense.com.br como está aquele complexo turístico.)
Euclides Riquetti
20-12-2013
Meu pai foi Diretor do grupo Escolar André Rebouças, na Barra do Leão, no final da década de 1960. Justamente a década em que os empresários que foram pioneiros no lugar começaram a transferir suas empresas para outros lugares. A localização, ao lado da Estrada-de-Ferro, já não era mais um atrativo ou garantia de facilidade para escoamento dos produtos. Distante da Sede Municipal em 50 Km, as estradas de ligação com Barra Fria, Capinzal e Campos Novos eram estreitas e altamente sinuosas. E da prograssista vila, restaram apenas meia dúzia de casas...
Mas, em pleno Novo Milênio, um jovem arrojadíssimo, Sérgio Coronetti, teve a "doida" ideia de mandar perfurar um poço tubular profundo para captar águas termais do Aquífero Guarani na sua propriedade, a mesma em que ele e seus irmãos se criaram. Poucos acreditavam que o jovem de espírito empreendedor pudesse realizar o que conseguiu: Implantou ali o seu Balneário Termas Leonene, um empreendimento que conta hoje com nove piscinas de águas termais em que estas já podem ser desfrutadas em banhos de até 37 graus. Piscina de hidromassagem, tobogã aquático, piscina semi-olímpica, piscina coberta, com as opções que vão dos 0,40 até os 1,80 metros. Uma grande área para camping em meio ao verde da natureza, com toda a infra-estrutura necessária para a segurança e bem-estar dos campistas. Diversão garantida para pessoas de todas as idades. E, a partir de agora, funcionamento nos 365 dias do ano!
Serviço de retaurante, lanchonete e bares, sala de jogos, som ambiente durante todo o dia, um atendimento muito especial e personalizado pela própria família Coronetti, mais uma equipe de funcionários bem preparada para o atendimento, tudo isso completa o complexo termal. Barra do Leão, hoje, tem disponíveis, em pousadas e chalés, capacidade para hospedar 300 pessoas.
Os dois principais acessos ao local, por enquanto, são em estradas macadamizadas ou britadas. Pelo sentino Norte, fica distante 30 Km do centro de Joaçaba. Em Lacerdópolis, cruza-se o Rio do Peixe e, margeando-o, segue-se pela Barra Fria. Há 10 Km de estrada não pavimentada, mas muito bem drenada e macadamizada, em que é possível trafegar com chuva ou sol. Que vai por Capinzal, o Balneário está localizado a menos de 10 Km do centro desta cidade. E é aí que vem o grande diferencial em relação aos anos anterior. Já está implantada e em fase de preparação da base para pavimentação, uma estrada em que foram eliminadas as curvas mais acentuadas e ocorreu o seu alargamento. Agora, pode-se dizer que tornou-se uma Rodovia. Nestes dias, está sendo concluída todas a britagem do leito. E a previsão é de que, antes da chegada do inverno, esteja totalmente asfaltada e devidamente sinalizada.
Admira-me, muito, ver como a coragem de uma pessoa, no caso o Sérgio Coronetti, pode mudar os destinos de uma comunidade. Hoje, além da geração de 35 empregos diretos no Balneário, há toda uma cadeia de atividades econômicas ali, com destaque ao Pesque-Pague Pasquali, onde as pessoas poderão pescar ou mesmo deliciar-se comendo no próprio local. Alías, um empreendimento bem estruturado, com excelente atendimento, e muita natureza disponível para o visitante desfrutar.
Visitei o local na última quarta-feira, fiquei encantado. A mudança ali foi extraordinária. Já estou imaginando como é que estará em breve, quando toda a sede do distrito estiver com suas ruas asfaltadas. Coisas que acontecem somente quando uma pessoa empreendedora "tem uma ideia" e luta, obstinadamente, para que se torne uma realidade. Parabéns, Sérgio Coronetti e família!
(E você, leitor, está convidado a visitar o local, pois vale a pena! Veja, no www.termasleonense.com.br como está aquele complexo turístico.)
Euclides Riquetti
20-12-2013
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Eu quisera que tu me quisesses com eu te quero!
Eu quisera que tu me quisesses como eu te quero
Eu quisera que tu me entendesses como eu te entendo
Eu quisera que tu me dissesses, pois não compreendo
Por que não dizes as palavras que eu tanto espero?
Eu pensei que em teus sonhos divinos estivesse presente
E mergulhei na paixão desmedida que tanto nutri
E agora me vejo sozinho, afastado de ti
Sedento de amor e desejo na noite fervente!
Os anos passam, o mundo anda ligeiro, ligeiro
Não há porque não deixar as coisas acontecerem
E os sonhos precisam ser vividos agora, por inteiro.
Os anos passam e as pessoas também se vão
Sem que elas possam tudo isso perceberem
Sem conviver com a alegria de uma paixão...
Euclides Riquetti
19-12-2013
Eu quisera que tu me entendesses como eu te entendo
Eu quisera que tu me dissesses, pois não compreendo
Por que não dizes as palavras que eu tanto espero?
Eu pensei que em teus sonhos divinos estivesse presente
E mergulhei na paixão desmedida que tanto nutri
E agora me vejo sozinho, afastado de ti
Sedento de amor e desejo na noite fervente!
Os anos passam, o mundo anda ligeiro, ligeiro
Não há porque não deixar as coisas acontecerem
E os sonhos precisam ser vividos agora, por inteiro.
Os anos passam e as pessoas também se vão
Sem que elas possam tudo isso perceberem
Sem conviver com a alegria de uma paixão...
Euclides Riquetti
19-12-2013
O Drama dos Pofessores ao final do ano
A chegada do fim de ano e as férias escolares para professores e alunos deveriam sempre ser comemoradas por todos eles. Afinal, alunos têm a oportunidade de livrar-se do compromisso de levantar cedo, de sair de casa logo após o almoço ou, ainda, chegarem tarde e cansados em seu lar, após um dia em que, normalmente, consorciam trabalho e estudo. Vêm as formaturas, a entrega de boletins para os demais, a comemoração pela aprovação ou a decepção de pais e alunos quando da perda do ano. É gente cansada e esperando pelas festas de Natal e Ano Novo, o dar e receber presentes, as festas com os amigos, os banhos nos balneários, a ida à praia, os bailinhos, a bebidinha bem gelada (que deve ser consumida com muita moderação, muita, mesmo!).
Alguns professores, por força das circunstâncias, no dia em que iniciam as férias passam a ser os "novos desempregados do pedaço"! Que triste isso!
Nos 31 anos em que atuei em sala de aula, já a partir de outubro, quando iniciava a revisão de todos os conteúdos do ano, eu utilizava muito o quadro-negro e isso me deixou com algumas dores no braço direito, das quais nunca mais me livrei. Movimentos repetitivos por três décadas, apertar aquele giz duro no quadro, até segurar, com a mão esquerda, o braço direito levantado, para poder escrever. E, mesmo agora, cinco anos depois de haver-me aposentado como professor, o mesmo desconforto. Mas isso pouco representa quando comparado ao drama dos professores ACTs que, ao final de cada ano, ficam desempregados. Você parabeniza um colega pelas férias e ele já está demitido! Assim é o serviço público, cercado por suas leis e suas características peculiares.
Todo o ano, o Estado e os Municípios lançam editais de processos seletivos para a contratação de professores para atuar em caráter temporário, em razão de que há a necessidade de substituir os que entram em Licença para Tratamento de Saúde, Licença-prêmio, os afastados para ocupar cargos de confiança ou em funções gratificadas. Quando chega lá pelo mês de março ou abril, praticamente todos eles já estão empregados. Alguns conseguem contratos temporários para 20 horas, outros para 40 horas semanais de trabalho. E ficam esperando os concursos, que muitas vezes demoram para a contecer. Angustiados, não há outra coisa a fazer.
A Legislação assim prevê. Se os procedimentos não forem realizados na conformidade com as normas, tornam-se ilegais. Mas já houve um tempo em que era possível a prorrogação dos contratos por mais anos. E os que tivessem trabalhado por cinco anos ininterruptos ou 10 intercalados, adquiriam estabilidade. É uma pena que não possa ser assim, pois seriam reduzidas as despesas, as escolas teriam profissionais já adaptados com elas e com o perfil dos alunos. E a vida de quem estudou e se preparou para o exercício do magistério ficaria facilitada.
Como isso difícilmente irá acontecer, o negócio é os que desejam tornar-se profissionais na Educação ir estudando muito, preparando-se, conhecendo os conteúdos de suas disciplinas, as normatizações e a leis relativamente à mesma.
Então, quero manifestar-me solidariamente aos professores ACTs, pois que, além de enfrentarem todas as situações adversas do próprio sistema educacional, ainda têm que amargar a angústia e muitas vezes a depressão. Só quem conhece o drama deles é que pode avaliar o quanto são sofredores.
Um forte abraço e o desejo de que todos possam ter seu trabalho no ano que vem, pois sei que vontade de trabalhar não lhes falta.
A todos, enfim, uma férias bem "auspiciosas"!
Euclides Riquetti
18-12-2013
Euclides Riquetti
18-12-2013
Alguns professores, por força das circunstâncias, no dia em que iniciam as férias passam a ser os "novos desempregados do pedaço"! Que triste isso!
Nos 31 anos em que atuei em sala de aula, já a partir de outubro, quando iniciava a revisão de todos os conteúdos do ano, eu utilizava muito o quadro-negro e isso me deixou com algumas dores no braço direito, das quais nunca mais me livrei. Movimentos repetitivos por três décadas, apertar aquele giz duro no quadro, até segurar, com a mão esquerda, o braço direito levantado, para poder escrever. E, mesmo agora, cinco anos depois de haver-me aposentado como professor, o mesmo desconforto. Mas isso pouco representa quando comparado ao drama dos professores ACTs que, ao final de cada ano, ficam desempregados. Você parabeniza um colega pelas férias e ele já está demitido! Assim é o serviço público, cercado por suas leis e suas características peculiares.
Todo o ano, o Estado e os Municípios lançam editais de processos seletivos para a contratação de professores para atuar em caráter temporário, em razão de que há a necessidade de substituir os que entram em Licença para Tratamento de Saúde, Licença-prêmio, os afastados para ocupar cargos de confiança ou em funções gratificadas. Quando chega lá pelo mês de março ou abril, praticamente todos eles já estão empregados. Alguns conseguem contratos temporários para 20 horas, outros para 40 horas semanais de trabalho. E ficam esperando os concursos, que muitas vezes demoram para a contecer. Angustiados, não há outra coisa a fazer.
A Legislação assim prevê. Se os procedimentos não forem realizados na conformidade com as normas, tornam-se ilegais. Mas já houve um tempo em que era possível a prorrogação dos contratos por mais anos. E os que tivessem trabalhado por cinco anos ininterruptos ou 10 intercalados, adquiriam estabilidade. É uma pena que não possa ser assim, pois seriam reduzidas as despesas, as escolas teriam profissionais já adaptados com elas e com o perfil dos alunos. E a vida de quem estudou e se preparou para o exercício do magistério ficaria facilitada.
Como isso difícilmente irá acontecer, o negócio é os que desejam tornar-se profissionais na Educação ir estudando muito, preparando-se, conhecendo os conteúdos de suas disciplinas, as normatizações e a leis relativamente à mesma.
Então, quero manifestar-me solidariamente aos professores ACTs, pois que, além de enfrentarem todas as situações adversas do próprio sistema educacional, ainda têm que amargar a angústia e muitas vezes a depressão. Só quem conhece o drama deles é que pode avaliar o quanto são sofredores.
Um forte abraço e o desejo de que todos possam ter seu trabalho no ano que vem, pois sei que vontade de trabalhar não lhes falta.
A todos, enfim, uma férias bem "auspiciosas"!
Euclides Riquetti
18-12-2013
Euclides Riquetti
18-12-2013
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
Preciso que tu me faças sorrir
Preciso que tu me faças sorrir
Preciso que tu me faças cantar
Preciso que me faças ouvir
A doce canção de ninar.
Preciso, sim, que me faças sonhar
Pois sonhar é algo que eu posso
Um sonho assim, singular
Que devolva os momentos só nossos.
Mas os anos passam ligeiro
Mudam destinos e trocam caminhos
O tempo fugaz é passageiro
Não me imagino ficar sozinho.
Preciso que tu me faças sorrir
Preciso que tu me faças viver
Quero dar meu amor só pra ti
Quero que sejas meu bem-querer!
Te amo!
Euclides Riquetti
16-12-2013
Preciso que tu me faças cantar
Preciso que me faças ouvir
A doce canção de ninar.
Preciso, sim, que me faças sonhar
Pois sonhar é algo que eu posso
Um sonho assim, singular
Que devolva os momentos só nossos.
Mas os anos passam ligeiro
Mudam destinos e trocam caminhos
O tempo fugaz é passageiro
Não me imagino ficar sozinho.
Preciso que tu me faças sorrir
Preciso que tu me faças viver
Quero dar meu amor só pra ti
Quero que sejas meu bem-querer!
Te amo!
Euclides Riquetti
16-12-2013
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
Pedaços de amor (em teus sonhos, quero ser o primeiro)!
Amor em pedaços, quero mais, mais
Adoro tanto, que não me satisfaço
Quero amor com sabores reais
Quero nozes, morangos, melaços
Quero sabores com amor, demais!
Quero um amor inteiro, de pedaço em pedaço!
Amor em fatias enormes, colossais
Amor da saudade que volta e que bate.
Quero o pedaço cheiroso que me atrai
A polpa da maçã vermelha escarlate
E, da uva, o suco bordô que se extrai
Pedaços de amor com sabor chocolate!
Quero, sim, nas noites de calor
Que busques os recheios no teu coração
Quero, sim, teus pedaços de amor
Que trazem os sabores da forte paixão
Apenas amor: em pedaços ou inteiro
E em teus sonhos, quero ser o primeiro!
Euclides Riquetti
16-12-2013
Adoro tanto, que não me satisfaço
Quero amor com sabores reais
Quero nozes, morangos, melaços
Quero sabores com amor, demais!
Quero um amor inteiro, de pedaço em pedaço!
Amor em fatias enormes, colossais
Amor da saudade que volta e que bate.
Quero o pedaço cheiroso que me atrai
A polpa da maçã vermelha escarlate
E, da uva, o suco bordô que se extrai
Pedaços de amor com sabor chocolate!
Quero, sim, nas noites de calor
Que busques os recheios no teu coração
Quero, sim, teus pedaços de amor
Que trazem os sabores da forte paixão
Apenas amor: em pedaços ou inteiro
E em teus sonhos, quero ser o primeiro!
Euclides Riquetti
16-12-2013
domingo, 15 de dezembro de 2013
Sábado, bem no fim da tarde!
A chuva da tarde de sábado
Veio fresca, em meio ao vento
Veio para expiar meus pecados
(Os que ainda não estavam confessados).
Veio trazer-me de volta os alentos
A chuva que escondeu o firmamento.
Fugiram os pássaros assustados
E foram juntar-se às borboletas
Migraram por todos os lados
Ficaram tristes e acanhados
Enquanto que a água enchia as valetas
Das ruas estreitas!
Mas, bem no final da tarde
O céu se recompôs
Sem nennhum alarde!
Então, o coral do passaredo voltou
O céu reazulou
E o sol se redourou
Sábado, bem no fim da tarde!
Euclides Riquetti
15-12-2013
Veio fresca, em meio ao vento
Veio para expiar meus pecados
(Os que ainda não estavam confessados).
Veio trazer-me de volta os alentos
A chuva que escondeu o firmamento.
Fugiram os pássaros assustados
E foram juntar-se às borboletas
Migraram por todos os lados
Ficaram tristes e acanhados
Enquanto que a água enchia as valetas
Das ruas estreitas!
Mas, bem no final da tarde
O céu se recompôs
Sem nennhum alarde!
Então, o coral do passaredo voltou
O céu reazulou
E o sol se redourou
Sábado, bem no fim da tarde!
Euclides Riquetti
15-12-2013
sábado, 14 de dezembro de 2013
A sobrevivência da incompetência
Uma vez conversava com um cidadão que atuava nos meios de comunicação. Nem sequer cursara a quinta série do fundamental. Sugeri-lhe que estudasse e ele me respondeu que para o serviço dele estava bom assim. Agora, dez anos depois, constato que o cara ficou estacionado no patamar em que estava à época...
Ultimamente, como tenho tempo disponível, tenho-me dado a observar mais atentamente aquilo que as pessoas fazem, como se portam no trabalho, qual o nível de desempenho em suas funções. Uma espécie de "estudo sociológico" de terceira categoria, mas um estudo, sim. Observar, analisar, concluir.
Faço perguntas às pessoas e, felizmente, ainda ninguém me respondeu ou disse: "O que que você tem a ver com isso?" Mas posso asseverar-lhe, caro leitor, que me preocupo, muito, com o que vejo. Vendedores que trabalham em empresas especializadas em algo, elétrica, por exemplo. Quanta divergência de opinião sobre materiais dentre os funcionários de uma mesma empresa! Vejo que as pessoas têm apenas o conhecimento funcional, bem básico, que angariaram junto aos vendedores mais antigos. São reprodutores de informações que ouviram dos outros e nem sequer procuraram verificar se o que dizem tem algum fundamento.
Fui vendedor de peças "Mercedes-Benz" de 1972 a 1877 em união da Vitória, no Mallon. Fui uma grande escola para mim, pois tínhamos a supervisão e os treinamentos por técnicos altamente gabaritados, em Curitiba, mesmo com pessoal vindo da Alemanha e da Holanda para nos orientar. Aprendi muito com eles em termos de organização, planos de negócios e sobre a necessidade de conhecer cada detalhe do serviço e dos produtos. Assim, quando não havia grande movimento na seção de peças, eu ia para a oficina ver como faziam para desmontar e remontar caixa de câmbio, diferencial, sistemas de freios e carcaças. E a aprender os números das peças de reposição para não bater muito a cuca na hora de emitir notas fiscais ou anotação nas Ordens de Serviço. E ia aprendendo para ter melhor desempenho no atendimento, com agilidade e segurança. Isso me permitia uma boa folha de pagamento de salários ao final do mês.
Acho que a maturidade nos torna muito exigentes. Cobro, com minha ação que normalmente resulta inócua, das operadoras de Tv a Cabo, Telefonia e Internet, a eficiência. Quando me dizem que têm 24 horas para resolver meus problemas, digo: "Gravem bem aí: O direito e a obrigação vocês conhecem, mas a eficiência está longe de vocês!" Sei que, se todo mundo reclamar, um dia alguém cria vergonha e as coisas podem melhorar. Eles cobram dos seus colaboradores resultados quantitativos e os funcionários fazem tudo às pressas para ir atender a outro reclamante. A incompetência está muito presente em concessionárias de serviços púlicos. Ganham rios de dinheiro e prestam péssimos serviços. Então, é a incompetência sobrevivendo ali também.
Ora, caro leitor, leitora, você deve ter imaginado sobre os critérios que tem para escolher seu atelier, sua farmácia, seu posto de gasolina, confeiteira, cabeleireira, manicure, maquiadora. E, se você volta a esses lugares com frequência, é porque eles lhe estão propocionando algo que lhe agrada. Estão sendo competente em satisfazer suas necessidades de consumidora (a) de produtos ou serviços. Quando você muda de cidade, mais ainda fica atento à qualidade do atendimento, podendo escolher com discernimento e formando seu novo rol de lugares de convivência.
Os incompetentes sempre existirão e cruzarão seu caminho. Mas você é que tem o poder de estimulá-los ou ajudar cortar-lhes as asas. Aliás, nem é preciso tanto. O tempo fará com que tropecem em suas próprias limitações. E chegará o dia em que os incompetentes e os molengas deixarão de existir, certamente. Rui Barbosa já esperava por isso...
Euclides Riquetti
112013
Ultimamente, como tenho tempo disponível, tenho-me dado a observar mais atentamente aquilo que as pessoas fazem, como se portam no trabalho, qual o nível de desempenho em suas funções. Uma espécie de "estudo sociológico" de terceira categoria, mas um estudo, sim. Observar, analisar, concluir.
Faço perguntas às pessoas e, felizmente, ainda ninguém me respondeu ou disse: "O que que você tem a ver com isso?" Mas posso asseverar-lhe, caro leitor, que me preocupo, muito, com o que vejo. Vendedores que trabalham em empresas especializadas em algo, elétrica, por exemplo. Quanta divergência de opinião sobre materiais dentre os funcionários de uma mesma empresa! Vejo que as pessoas têm apenas o conhecimento funcional, bem básico, que angariaram junto aos vendedores mais antigos. São reprodutores de informações que ouviram dos outros e nem sequer procuraram verificar se o que dizem tem algum fundamento.
Fui vendedor de peças "Mercedes-Benz" de 1972 a 1877 em união da Vitória, no Mallon. Fui uma grande escola para mim, pois tínhamos a supervisão e os treinamentos por técnicos altamente gabaritados, em Curitiba, mesmo com pessoal vindo da Alemanha e da Holanda para nos orientar. Aprendi muito com eles em termos de organização, planos de negócios e sobre a necessidade de conhecer cada detalhe do serviço e dos produtos. Assim, quando não havia grande movimento na seção de peças, eu ia para a oficina ver como faziam para desmontar e remontar caixa de câmbio, diferencial, sistemas de freios e carcaças. E a aprender os números das peças de reposição para não bater muito a cuca na hora de emitir notas fiscais ou anotação nas Ordens de Serviço. E ia aprendendo para ter melhor desempenho no atendimento, com agilidade e segurança. Isso me permitia uma boa folha de pagamento de salários ao final do mês.
Acho que a maturidade nos torna muito exigentes. Cobro, com minha ação que normalmente resulta inócua, das operadoras de Tv a Cabo, Telefonia e Internet, a eficiência. Quando me dizem que têm 24 horas para resolver meus problemas, digo: "Gravem bem aí: O direito e a obrigação vocês conhecem, mas a eficiência está longe de vocês!" Sei que, se todo mundo reclamar, um dia alguém cria vergonha e as coisas podem melhorar. Eles cobram dos seus colaboradores resultados quantitativos e os funcionários fazem tudo às pressas para ir atender a outro reclamante. A incompetência está muito presente em concessionárias de serviços púlicos. Ganham rios de dinheiro e prestam péssimos serviços. Então, é a incompetência sobrevivendo ali também.
Ora, caro leitor, leitora, você deve ter imaginado sobre os critérios que tem para escolher seu atelier, sua farmácia, seu posto de gasolina, confeiteira, cabeleireira, manicure, maquiadora. E, se você volta a esses lugares com frequência, é porque eles lhe estão propocionando algo que lhe agrada. Estão sendo competente em satisfazer suas necessidades de consumidora (a) de produtos ou serviços. Quando você muda de cidade, mais ainda fica atento à qualidade do atendimento, podendo escolher com discernimento e formando seu novo rol de lugares de convivência.
Os incompetentes sempre existirão e cruzarão seu caminho. Mas você é que tem o poder de estimulá-los ou ajudar cortar-lhes as asas. Aliás, nem é preciso tanto. O tempo fará com que tropecem em suas próprias limitações. E chegará o dia em que os incompetentes e os molengas deixarão de existir, certamente. Rui Barbosa já esperava por isso...
Euclides Riquetti
112013
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
O primeiro dia de férias da Jujuba
O primeiro dia de suas férias escolares, a Jujubinha passou aqui em casa. Veio ainda na noite anterior, com mala e cuia, digo mochila e brinquedos. Como costumo acordar-me muito cedo, leio, escrevo ou vejo um bom filme. Eram menos de seis horas quando ela chegou até mim. Acordara com o barulho do pessoal da Tucano, que faz a coleta do lixo e passa com o caminhão ainda antes do claro do dia: alguém, enquanto a maioria dorme e descansa, trabalha duro para dar um destino ao lixo que produzimos durante todo o dia, em todos os dias do ano!
"Vovó, hoje já é feriado?" - Então não preciso ir pra escolinha?!"
E veio até mim: "Vovô, você sabe fazer um "melete? Faz uma pra mim? Eu te ensino!..."
E lá fomos nós para a cozinha, seis horas da manhã, fazer uma omelete. Orientou-me que queria com dois ovos e colocasse "queijinho" junto. "Primeiro o vovô tem que amassar os ovos dentro do prato com um garfo. Depois coloca sal e um pouco de azeite e mexe. E põe também pedacinhos de queijo."
O parágrafo seguinte é para ser lido apenas por aqueles que já ficaram horas esperando pelo serviço da operadora da internet, os outros ficam liberados para pulá-lo...:
( Fiquei o dia todo de plantão, ontem, esperando que a Oi! me mandasse um técnico para verificar porque eu estava sem net. Visita "bem menor que visita de médico", um tiquinho de visita e ficou apenas a orientação para que eu resolvesse, paliativamente, o problema. Em mesmo, ou, como diz o amigo, "by myself! Liguei algumas vezes vezes, pedi urgência, disseram, gentilmente, que tinham 24 horas para resolver e eu sei disso muito bem, vivem dizendo isso a mim, a você, leitor. Disse-lhes, na quarta ligação, depois de mais de 20 horas de espera, que o direito e a obigação estão bem estabelecidos nos marcos regulatórios das comunicações, mas que a "eficiência" empresarial do prestador de serviços não está em atender no prazo legal, mas sim na agilidade em resolver tudo da maneira mais rápida possível.)
Então, bem como agora, quando os pássaros me deleitam com seu terno canto, tomando meu mate Charrua, curti muito estar com a Jujubinha durante todo o dia. A vovó e a bisa foram arrastar o sári no mercado e eu e ela ficamos bagunçando aqui em casa: "Vovô, pega minha mesinha de pintar e uma cadeirinha? Põe num canal de desenho da Dora ou do Nick? Será que a vovó vai trazer chicletes? Por que você não deixa o cabelo crescer? (Esta foi a mais difícil de responder!...)
E veio o meio-dia, voltaram as passeadeiras, veio o almoço, todo mundo foi dormir para descansar e o vovô de plantão... Então, à tarde, fomos brincar na garagem, que tem 14 metros de comprimento e funciona como nossa sala de festas aqui em casa. Pegou duas raquetes de tênis e a bolinha verde-limão e brincamos. Trocamos as raquetes por umas mais leves, de frescobol, e de bola, uma bem quicante. Depois jogamos vôlei, futebol, rimos mais do que jogamos. E, então, ela quis andar de motoquinha cor-de-rosa. Andou! e ensinou-me uma brincadeira: quando eu dissesse "verde" ela andaria, quando eu dissesse "vermelho" ela pararia. Andou mais de meia hora, cheia de disposição e energia. Daí cortamos uma "big, mega, super" melancia e colocamos a polpa em potes de plástico. Tiramos as sementes e guardamos os potes na geladeira. E, com uma mão, ela segurava a direção da motoquina e com a outra levava um pedaço de melancia para ir comendo...
Não é possível relatar tudo o que se faz num dia inteiro, das seis da manhã até às seis da tarde, com uma criança como ela, mas você, que tem filhinhos ou netos, já pode imaginar. E, em vários momentos, eu ficava olhando para o sorriso no rosto e seus olhinhos negros brilhantes e me perguntando: "Existe felicidade maior do que isso?"
Euclides Riquetti
13-12-2013
"Vovó, hoje já é feriado?" - Então não preciso ir pra escolinha?!"
E veio até mim: "Vovô, você sabe fazer um "melete? Faz uma pra mim? Eu te ensino!..."
E lá fomos nós para a cozinha, seis horas da manhã, fazer uma omelete. Orientou-me que queria com dois ovos e colocasse "queijinho" junto. "Primeiro o vovô tem que amassar os ovos dentro do prato com um garfo. Depois coloca sal e um pouco de azeite e mexe. E põe também pedacinhos de queijo."
O parágrafo seguinte é para ser lido apenas por aqueles que já ficaram horas esperando pelo serviço da operadora da internet, os outros ficam liberados para pulá-lo...:
( Fiquei o dia todo de plantão, ontem, esperando que a Oi! me mandasse um técnico para verificar porque eu estava sem net. Visita "bem menor que visita de médico", um tiquinho de visita e ficou apenas a orientação para que eu resolvesse, paliativamente, o problema. Em mesmo, ou, como diz o amigo, "by myself! Liguei algumas vezes vezes, pedi urgência, disseram, gentilmente, que tinham 24 horas para resolver e eu sei disso muito bem, vivem dizendo isso a mim, a você, leitor. Disse-lhes, na quarta ligação, depois de mais de 20 horas de espera, que o direito e a obigação estão bem estabelecidos nos marcos regulatórios das comunicações, mas que a "eficiência" empresarial do prestador de serviços não está em atender no prazo legal, mas sim na agilidade em resolver tudo da maneira mais rápida possível.)
Então, bem como agora, quando os pássaros me deleitam com seu terno canto, tomando meu mate Charrua, curti muito estar com a Jujubinha durante todo o dia. A vovó e a bisa foram arrastar o sári no mercado e eu e ela ficamos bagunçando aqui em casa: "Vovô, pega minha mesinha de pintar e uma cadeirinha? Põe num canal de desenho da Dora ou do Nick? Será que a vovó vai trazer chicletes? Por que você não deixa o cabelo crescer? (Esta foi a mais difícil de responder!...)
E veio o meio-dia, voltaram as passeadeiras, veio o almoço, todo mundo foi dormir para descansar e o vovô de plantão... Então, à tarde, fomos brincar na garagem, que tem 14 metros de comprimento e funciona como nossa sala de festas aqui em casa. Pegou duas raquetes de tênis e a bolinha verde-limão e brincamos. Trocamos as raquetes por umas mais leves, de frescobol, e de bola, uma bem quicante. Depois jogamos vôlei, futebol, rimos mais do que jogamos. E, então, ela quis andar de motoquinha cor-de-rosa. Andou! e ensinou-me uma brincadeira: quando eu dissesse "verde" ela andaria, quando eu dissesse "vermelho" ela pararia. Andou mais de meia hora, cheia de disposição e energia. Daí cortamos uma "big, mega, super" melancia e colocamos a polpa em potes de plástico. Tiramos as sementes e guardamos os potes na geladeira. E, com uma mão, ela segurava a direção da motoquina e com a outra levava um pedaço de melancia para ir comendo...
Não é possível relatar tudo o que se faz num dia inteiro, das seis da manhã até às seis da tarde, com uma criança como ela, mas você, que tem filhinhos ou netos, já pode imaginar. E, em vários momentos, eu ficava olhando para o sorriso no rosto e seus olhinhos negros brilhantes e me perguntando: "Existe felicidade maior do que isso?"
Euclides Riquetti
13-12-2013
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
Quero que teu ser mergulhe em mim...
Divina paisagem matinal
Em que o vento balança as folhas da palmeira
E as plantas jazem sob o azul do manto celestial
De onde vem-me o doce aroma da cidreira.
Pássaros pousados nos galhos que se embalam
Bailam na harmonia em realeza
E seus belos cantos nos ares se propagam
Numa grande sinfonia da natureza.
Eu me transporto para o enlevo de teus braços
E me alento no desejo de estar junto de ti
Buscando apenas os teus beijos e teus abraços.
Preciso, ardentemente, mergulhar no teu divino ser
E quero que teu ser mergulhe em mim
E no teu corpo me envolver e me perder.
Euclides Riquetti
12-12-2013
Em que o vento balança as folhas da palmeira
E as plantas jazem sob o azul do manto celestial
De onde vem-me o doce aroma da cidreira.
Pássaros pousados nos galhos que se embalam
Bailam na harmonia em realeza
E seus belos cantos nos ares se propagam
Numa grande sinfonia da natureza.
Eu me transporto para o enlevo de teus braços
E me alento no desejo de estar junto de ti
Buscando apenas os teus beijos e teus abraços.
Preciso, ardentemente, mergulhar no teu divino ser
E quero que teu ser mergulhe em mim
E no teu corpo me envolver e me perder.
Euclides Riquetti
12-12-2013
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
O Natal está chegando, minha gente!
Voltam a repicar os sinos que anunciam o Natal
É dezembro no país tropical!
As cidades se embelezam para receber o bom velhinho
Que virá no trenó com renas, ou montado num burrinho.
Os olhos das crianças brilham de alegria
As mães correm atrás de meninos e meninas
Que querem andar no trenzinho
Que querem ganhar um brinquedinho.
As vitrines das lojas com aquele visual atentador
A atiçar a imaginação do consumidor...
"Mamãe, pede pro Papai Noel trazar pra mim
Um ursinho grandãããão assim!..."
Não faltarão festas nem presentes
Nem rostinhos bonitos e risonhos
Nem mensagens bonitas, certamente
Nem corações cheios de sonhos:
Pois o Natal está chegando, minha gente!
Euclides Riquetti
11-12-2013
É dezembro no país tropical!
As cidades se embelezam para receber o bom velhinho
Que virá no trenó com renas, ou montado num burrinho.
Os olhos das crianças brilham de alegria
As mães correm atrás de meninos e meninas
Que querem andar no trenzinho
Que querem ganhar um brinquedinho.
As vitrines das lojas com aquele visual atentador
A atiçar a imaginação do consumidor...
"Mamãe, pede pro Papai Noel trazar pra mim
Um ursinho grandãããão assim!..."
Não faltarão festas nem presentes
Nem rostinhos bonitos e risonhos
Nem mensagens bonitas, certamente
Nem corações cheios de sonhos:
Pois o Natal está chegando, minha gente!
Euclides Riquetti
11-12-2013
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
A maioridade de Zortea!
Zortea está comemorando idade nova. Maioridade muito bem conquistada: 18 anos de um novo Município. Emancipado de Campos Novos, o antigo Distrito de Duas Pontes, mas que era conhecido como Zortea por comportar, em seu território, a emprea Zortea Brancher S/A, está localizado entre as cidades catarinenses de Capinzal e Campos Novos, e ainda confronta com o Rio Pelotas/Uruguai, na região do Município de Machadinho, no Rio Grande do Sul. Foi emancipado pela Lei Estadual nº 10.051, em 29-12-1995. Sua população, hoje, é de pouco mais de 3.000 habitantes.
Há cinquenta anos, Zortea Brancher S/A - Compensados e Esquadrias, tinha uma fábrica e seu escritório no centro de Capinzal, nas ruas Dona Linda Santos e XV de Novembro, respectivamente, fundada que foi por Antônio Zortea Primo e Guilherme Brancher. Ainda, dentre seus sócios, teve Pedro Domingos de Paoli e Nadir Susin. Na região era chamada de " a poderosa!", poius era uma grande produtora e empregadora, expandindo suas atividades para a área agropastoril. Em 1979 abriu uma indústria em em Rondônia.
Fui morar em Zortéa em fins de fevereiro de 1977, com o intuito de lecionar na Escola Básica Major Cipriano Rodigues Almeida, convidado que fui pela Diretora Vitória Leda Brancher Formighieri, traabalhando com as disciplinas de Língua Nacional (Portuguesa), e Língua Estrangeira Moderna - Inglês. Ainda completei a carga com Preparação para o Trabalho e Educação Física. Ingressei na condição de efetivo no Magistério Estadual, por haver prestado Concurso Público, em 1978.
Paralelamente, trabalhei na empresa, primeiro no Departamento Financeiro de depois no Administrativo.A Escola tinha um quadro de professores extraordinário, a maioria com formação em nível superior ou cursando-o. Vivíamos como uma grande família. Escola/Igreja/Grêmio Esportivo Lírio era o trinômio social e cultural. A economia se centrava na produção de madeira compensada e esquadrias, numa planta inudstrial que contava com cerca de 550 colaboradores. Produziam entre 25 e 30 mil portas e ainda 1.000 metros cúbicos de compensado por mês.
Com a redução da oferta de madeira e a alteração substancial na Legislação Brasileira, a empresa foi reduzindo as suas atividades, chegando à paralisação por completo. As granjas de produção de grãos, notadamente a soja, o trigo e o milho, passaram a garantir a economia local, bem como o comércio que, com a emancipação do Distrito, fortaleceu-se a partir de 1996. Com a expansão das atividades da antiga Perdigão Agroindustrial, em Capinzal, a mão-de-obra disponibilizada em razão da queda na atividade madeireira passou a ser canalizada para o abate de frangos, em Capinzal. Loteamentos da Família Santos, em terrenos favoráveis para a construção de casas residenciais, oportunizaram que as pessoas fossem fixando-se ali. Uma população de cerca de 1.200 pessoas em 1977 passa a ser de 3.000 atualmente.
Com a formação do novo Município, a atividade pública passa a ter grande importância na sua economia e hoje a cidade está muito bem estruturada em seu serviço público, com créditos às administrações de Alcides Mantovani, Remilton Andrioni e Paulo Franceschi. Estes foram meus alunos.
Zortea tem um território muito privilegiado, com áreas favoráveis para o plantio, construção de empreendimentos comerciais e industriais e mesmo residências familiares. Muitos de seus jovens estudaram nas faculdades de Joaçaba, Campos Novos e Capinzal. Outros saíram para estudar fora, inclusive no exterior, e não mais voltaram. Foram buscar espaço na atividade pública ou privada em diversas cidades e estados brasileiros. Foram honrar sua origem, sua família, sua pequena cidade. O nível intelectual de seus habitantes é muito bom. Diversos de meus ex-alunos cursaram doutorado fora do país.
Zortea não precisará ( e nem é bom que isso aconteça) tornar-se uma cidade populosa. Interessa, sim, que possa o Poder Público dar ótimas condições de Educação e Saúde aos seus moradores e eles, mesmos, sem nenhuma tutela, vão saber encaminhar-se com independência.
Uma das coisas que os zorteenses sabem fazer muito bem é o delicioso churrasco. A sfestas que ali acontecem são, sempre, muito concorridas.
Pessoalmente, considero o município a "Capital Catarinense das Águas Superficiais". Quase que uma dezena de cascatas e cachoeiras se localizam em áreas do município pouco habitadas, no Rio Agudo, com destaque para o Itaimbé, a maior delas, o que poderá se tornar um grande atrativo turístico.
Minhas filhas, gêmeas, Michele e Caroline, nasceram ali. Foi uma grande alegria para nós termos vivido e participado, ativamente, das atividades culturais, esportivas, religiosas e sociais em Zortea, lugar de que gaurdo belas e saudosas lembranças, principalmente da Ecola com seus alunos e professores, e de meus colegas de futebol e de empresa.
Ao povo zorteense, meu grande abraço nestes tempos em que estão prestes a alcançar a maioridade.
Euclides Riquetti
10-12-2013
Há cinquenta anos, Zortea Brancher S/A - Compensados e Esquadrias, tinha uma fábrica e seu escritório no centro de Capinzal, nas ruas Dona Linda Santos e XV de Novembro, respectivamente, fundada que foi por Antônio Zortea Primo e Guilherme Brancher. Ainda, dentre seus sócios, teve Pedro Domingos de Paoli e Nadir Susin. Na região era chamada de " a poderosa!", poius era uma grande produtora e empregadora, expandindo suas atividades para a área agropastoril. Em 1979 abriu uma indústria em em Rondônia.
Fui morar em Zortéa em fins de fevereiro de 1977, com o intuito de lecionar na Escola Básica Major Cipriano Rodigues Almeida, convidado que fui pela Diretora Vitória Leda Brancher Formighieri, traabalhando com as disciplinas de Língua Nacional (Portuguesa), e Língua Estrangeira Moderna - Inglês. Ainda completei a carga com Preparação para o Trabalho e Educação Física. Ingressei na condição de efetivo no Magistério Estadual, por haver prestado Concurso Público, em 1978.
Paralelamente, trabalhei na empresa, primeiro no Departamento Financeiro de depois no Administrativo.A Escola tinha um quadro de professores extraordinário, a maioria com formação em nível superior ou cursando-o. Vivíamos como uma grande família. Escola/Igreja/Grêmio Esportivo Lírio era o trinômio social e cultural. A economia se centrava na produção de madeira compensada e esquadrias, numa planta inudstrial que contava com cerca de 550 colaboradores. Produziam entre 25 e 30 mil portas e ainda 1.000 metros cúbicos de compensado por mês.
Com a redução da oferta de madeira e a alteração substancial na Legislação Brasileira, a empresa foi reduzindo as suas atividades, chegando à paralisação por completo. As granjas de produção de grãos, notadamente a soja, o trigo e o milho, passaram a garantir a economia local, bem como o comércio que, com a emancipação do Distrito, fortaleceu-se a partir de 1996. Com a expansão das atividades da antiga Perdigão Agroindustrial, em Capinzal, a mão-de-obra disponibilizada em razão da queda na atividade madeireira passou a ser canalizada para o abate de frangos, em Capinzal. Loteamentos da Família Santos, em terrenos favoráveis para a construção de casas residenciais, oportunizaram que as pessoas fossem fixando-se ali. Uma população de cerca de 1.200 pessoas em 1977 passa a ser de 3.000 atualmente.
Com a formação do novo Município, a atividade pública passa a ter grande importância na sua economia e hoje a cidade está muito bem estruturada em seu serviço público, com créditos às administrações de Alcides Mantovani, Remilton Andrioni e Paulo Franceschi. Estes foram meus alunos.
Zortea tem um território muito privilegiado, com áreas favoráveis para o plantio, construção de empreendimentos comerciais e industriais e mesmo residências familiares. Muitos de seus jovens estudaram nas faculdades de Joaçaba, Campos Novos e Capinzal. Outros saíram para estudar fora, inclusive no exterior, e não mais voltaram. Foram buscar espaço na atividade pública ou privada em diversas cidades e estados brasileiros. Foram honrar sua origem, sua família, sua pequena cidade. O nível intelectual de seus habitantes é muito bom. Diversos de meus ex-alunos cursaram doutorado fora do país.
Zortea não precisará ( e nem é bom que isso aconteça) tornar-se uma cidade populosa. Interessa, sim, que possa o Poder Público dar ótimas condições de Educação e Saúde aos seus moradores e eles, mesmos, sem nenhuma tutela, vão saber encaminhar-se com independência.
Uma das coisas que os zorteenses sabem fazer muito bem é o delicioso churrasco. A sfestas que ali acontecem são, sempre, muito concorridas.
Pessoalmente, considero o município a "Capital Catarinense das Águas Superficiais". Quase que uma dezena de cascatas e cachoeiras se localizam em áreas do município pouco habitadas, no Rio Agudo, com destaque para o Itaimbé, a maior delas, o que poderá se tornar um grande atrativo turístico.
Minhas filhas, gêmeas, Michele e Caroline, nasceram ali. Foi uma grande alegria para nós termos vivido e participado, ativamente, das atividades culturais, esportivas, religiosas e sociais em Zortea, lugar de que gaurdo belas e saudosas lembranças, principalmente da Ecola com seus alunos e professores, e de meus colegas de futebol e de empresa.
Ao povo zorteense, meu grande abraço nestes tempos em que estão prestes a alcançar a maioridade.
Euclides Riquetti
10-12-2013
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Vou ser o sol que você esperou
Vou ser o sol que você esperou
Que desejava que viesse para bronzear sua pele
Vou ser o sol que você desejou
Liberar o desejo que minha mente impele.
Vou ser o sol que energiza sua alma
Que dará a cor às flores nas plantinhas
Da rosa champagne à branca palma
Para levar a você a menssagem minha.
E se não for sol, então serei, ao certo
O romance vivido, a letra da canção
A estrofe do poema, a palavra do verso.
Mas se não for verso, e nem for romance
Quererei apenas sentir-me na ilusão
De ter sido seu sol, quando eu tive a chance!
Euclides Riquetti
09-12-2013
Que desejava que viesse para bronzear sua pele
Vou ser o sol que você desejou
Liberar o desejo que minha mente impele.
Vou ser o sol que energiza sua alma
Que dará a cor às flores nas plantinhas
Da rosa champagne à branca palma
Para levar a você a menssagem minha.
E se não for sol, então serei, ao certo
O romance vivido, a letra da canção
A estrofe do poema, a palavra do verso.
Mas se não for verso, e nem for romance
Quererei apenas sentir-me na ilusão
De ter sido seu sol, quando eu tive a chance!
Euclides Riquetti
09-12-2013
domingo, 8 de dezembro de 2013
Homenagem ao Negão Esganzela, o Moço da Gaita!
O Negão dedilhava o teclado de sua gaita com elegância e maestria. Tirava dela, desde moço, qualquer tipo de moda da tradição gaúcha: música nativista, xote, vanerão, valsa, chamamé, qualquer coisa
que lhe pedissem. Gostava de trajar calça social, preferencialmente cinza ou azul, e camisa com colarinho, normalmente branca ou de uma cor muito clara. Dobrava os punhos da camisa de manga longa para melhor movimentar os braços nas alças de sua gaita. Sabia as notas das músicas "de cor e salteado".
Colocava seu coração corinthiano a mover suas mãos e a incitar seu cérebro, tirando os mais belos acordes. Era convidado a participar de festas sociais e animar eventos de escolas.
Competimos em trincheiras opostas na campanha política de 1988, quando ele se elegeu vereador. Naquele dia 16 de novembro de 1988, ao final do dia, encontrei-o ali na Rua XV, em Capinzal, defronte ao "Edifício Sanalma" Ainda pela manhã havíamos recebido o resultado das urnas. Eu tivera êxito em minha postulação e ele também. Veio correndo e me abraçou: "Ganhamos, Riquetti! Vou apoiar você!" - eu jamais iria esperar isso de um adversário, mas aconteceu. E demos início a uma amizade que foi-se consolidando aos poucos e durou por 25 anos. Viramos, adiante, colegas de trabalho, até aliados na política.
Enaltecer a humildade dele, a habilidade que tinha na conversa com as pessoas, seu alto nível de educação, não faz jus às suas inefáveis qualidades. Mas dizer que ele foi uma grande, sincero e verdadeiro amigo, isso sim é ser justo e honesto com sua memória. Estivemos juntos em bons e em maus momentos. Confiava-me muitos de seus segredos, tinha absoluta confiança em mim e eu tinha nele. Há pouco mais de um anos, fiz um poema para ele, imprimi e fui levar a sua casa. Colou na parede, queria mostrar para os amigos que o visitassem que eu era verdadeiramente amigo dele. E, se o compus, é porque ele era merecedor. Queria que ele soubesse, em vida, o quanto eu o prezava.
Consegui conversar com ele pelo menos em três das seis vezes que o visitei aqui no Hospital Santa Terezinha, em Joaçaba. Estava muito debilitado, mas muito lúcido. Lembramos de alguns bons momentos de nosso convívio e ele me agradeceu pelo poema. A gente sentia que sua vida estava chegando ao fim, mas só falávamos com otimismo, ensejando a sua recuperação. Há uma semana, disse-lhe que iria viajar e que quando voltasse o visitaria já em sua casa, recuperado... E, na noite de ontem, ainda ausente da cidade, recebi a informação de que ele havia partido...
Vereador do primeiro dia de 1989 ao primeiro de 1997, em duas Legislaturas, portou-se sempre com retidão, não usou do cargo para favorecer-se. Prestou concurso para o cargo de Vigia Noturno em 1989 e tirou primeiro lugar, efetivando-se no Município de Ouro. Adiante, ocupou funções de Diretor de Obras e Urbanismo. Há oito anos foi acometido de doença e "veio levando a vida". Eu sempre mencionava para meus familiares que o Negão deveria ter um coração muito forte, resistente, na proporção de sua bondade. E, tenho certeza, foi isso que permitiu que tivesse uma sobrevida de pelo menos uns três anos.
O Olindo Esganzela deixa a Rosa, o Eduardo, o Ewerton, a Vitória, a Lilian e a Iliane.Voltou, neste sábado de sol, a morar no Engenho Novo, ao lugar onde nasceu. Estava com 55 anos. Seu corpo agora ali repousa, inerte. Mas sua alma foi animar, com seu talento, uma legião de anjos e arcanjos. Num cortejo celestial, foi tocando sua acordeona em meio ao coro de anjos, numa celebração da nova vida. Ao Negão Esganzela, pela sua bondade e pela sua fraterna e simpática maneira de ser, nosso desejo de que esteja bem no Paraíso!
Euclides Riquetti e Família
07-11-2013
que lhe pedissem. Gostava de trajar calça social, preferencialmente cinza ou azul, e camisa com colarinho, normalmente branca ou de uma cor muito clara. Dobrava os punhos da camisa de manga longa para melhor movimentar os braços nas alças de sua gaita. Sabia as notas das músicas "de cor e salteado".
Colocava seu coração corinthiano a mover suas mãos e a incitar seu cérebro, tirando os mais belos acordes. Era convidado a participar de festas sociais e animar eventos de escolas.
Competimos em trincheiras opostas na campanha política de 1988, quando ele se elegeu vereador. Naquele dia 16 de novembro de 1988, ao final do dia, encontrei-o ali na Rua XV, em Capinzal, defronte ao "Edifício Sanalma" Ainda pela manhã havíamos recebido o resultado das urnas. Eu tivera êxito em minha postulação e ele também. Veio correndo e me abraçou: "Ganhamos, Riquetti! Vou apoiar você!" - eu jamais iria esperar isso de um adversário, mas aconteceu. E demos início a uma amizade que foi-se consolidando aos poucos e durou por 25 anos. Viramos, adiante, colegas de trabalho, até aliados na política.
Enaltecer a humildade dele, a habilidade que tinha na conversa com as pessoas, seu alto nível de educação, não faz jus às suas inefáveis qualidades. Mas dizer que ele foi uma grande, sincero e verdadeiro amigo, isso sim é ser justo e honesto com sua memória. Estivemos juntos em bons e em maus momentos. Confiava-me muitos de seus segredos, tinha absoluta confiança em mim e eu tinha nele. Há pouco mais de um anos, fiz um poema para ele, imprimi e fui levar a sua casa. Colou na parede, queria mostrar para os amigos que o visitassem que eu era verdadeiramente amigo dele. E, se o compus, é porque ele era merecedor. Queria que ele soubesse, em vida, o quanto eu o prezava.
Consegui conversar com ele pelo menos em três das seis vezes que o visitei aqui no Hospital Santa Terezinha, em Joaçaba. Estava muito debilitado, mas muito lúcido. Lembramos de alguns bons momentos de nosso convívio e ele me agradeceu pelo poema. A gente sentia que sua vida estava chegando ao fim, mas só falávamos com otimismo, ensejando a sua recuperação. Há uma semana, disse-lhe que iria viajar e que quando voltasse o visitaria já em sua casa, recuperado... E, na noite de ontem, ainda ausente da cidade, recebi a informação de que ele havia partido...
Vereador do primeiro dia de 1989 ao primeiro de 1997, em duas Legislaturas, portou-se sempre com retidão, não usou do cargo para favorecer-se. Prestou concurso para o cargo de Vigia Noturno em 1989 e tirou primeiro lugar, efetivando-se no Município de Ouro. Adiante, ocupou funções de Diretor de Obras e Urbanismo. Há oito anos foi acometido de doença e "veio levando a vida". Eu sempre mencionava para meus familiares que o Negão deveria ter um coração muito forte, resistente, na proporção de sua bondade. E, tenho certeza, foi isso que permitiu que tivesse uma sobrevida de pelo menos uns três anos.
O Olindo Esganzela deixa a Rosa, o Eduardo, o Ewerton, a Vitória, a Lilian e a Iliane.Voltou, neste sábado de sol, a morar no Engenho Novo, ao lugar onde nasceu. Estava com 55 anos. Seu corpo agora ali repousa, inerte. Mas sua alma foi animar, com seu talento, uma legião de anjos e arcanjos. Num cortejo celestial, foi tocando sua acordeona em meio ao coro de anjos, numa celebração da nova vida. Ao Negão Esganzela, pela sua bondade e pela sua fraterna e simpática maneira de ser, nosso desejo de que esteja bem no Paraíso!
Euclides Riquetti e Família
07-11-2013
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Dona Mirian Doin - mais uma perda inesperada
Recebi, exatamente às 9 horas e 37 minutos desta sexta-feira, 06, um telefonema de meu irmão Edimar, o caçula da Dorvalina e do Guerino. Estava caminhando e, por causa do sol, nem percebera a origem da ligação. "Bom dia, Euclides! Aconteceu algo aqui. A Doa Mirian (Doin) morreu. Os bombeiros acabam de retirar o seu corpo da casa".
Realmente, uma notícia que me causou surpresa, pois a Dona Mirian sempre foi uma pessoa saudável, participante das lides do Grupo da Terceira Idade Bella Vita, sempre muito ligada aos filhos e netos, ocupada, movimentando-se. Mas a vida é assim mesmo e, infelizmente, nossa Comunidade de Ouro e Capinzal perde mais uma de suas pessoas tradicionais e que honrou as cidades onde viveu..
Quando fui colega de seu filho Zezo (Antônio José), no Colégio Mater Dolorum, de 1961 a 1964, eu a conhecia apenas de vista. Eu tinha bastante conhecimento sobre seu marido, o Guilherme Odil Doin, Agente de Estatística, órgão que, adiante, passou a fazer parte do IBGE. Além de mãe do Zezo, era tia do Urbem Correa da Silva, nosso colega e grande amigo. O "Nego Doin", como era carinhosamente chamad por todos os amigos, jogava no Arabutã, era um excelente "camisa oito", habilidoso e muito batalhador em campo. Deixou-nos faz já um bom tempo.
Quando se aproximou a hora de colocar os filhos para estudar fora, a família montou, em Ouro, ali numa sala alugada pelo tio Victório Richetti, uma casa comercial, a "Casa Agropecuária Mirian Doin". Dona Mirian era auxiliada pelo marido quando não estava em serviço. E pelos filhos Zezo e Joathan. A Tânia e a Jane eram pequeninas. Isso lá por 1968. Adiante, adotou a Fafi, a quem educou da mesma forma que os filhos.
Em pouco tempo a Dona Mirian já era uma habilidosa comerciante, vendia medicamentos paraanimas, sementes e fertilizantes. Com o crescimento do movimento, compraram aquela Ford F-100 verde e branca para a entrega dos produtos, alugaram uma sala maior, depois uma segunda sala para comercializar máquinas e implementos agrícolas e, finalmente, seu prédio próprio.
Com o tempo os filhos foram-se encaminhando e o Sr. Doin não podia mais fazer esforço físico, então parou com os negócios. Mas a Dona Mirian, sempre batalhadora e esforçada, abriu a sua "Sorveteria Vó Mirian", em que produzia o sorvete artesanal. Na época das uvas, guardava bastante polpa da mesma para fazer sorvete. Sorvete de uva da Vó Mirian, ah, que delícia. A grande maioria da população de sua cidade a conheceu essoalmente.
Os anos se passaram e ela passou o ponto pra frente, ficando apenas no apoio à Jane e ao Amir que lhe deram mais uma neta por que a Vó nutria grande paixão.
A determinação e a firmeza eram características muito presentes nela. Justa, não bajulava ninguém. Era autêntica e lutava para atingir os seus objetivos. Uma pessoa de grande valor que nos deixou hoje, mas que, certamente, deixará saudades a seus familiares e amigos. Uma pessoa justa e que merece viver, agora, o eterno sono dos justos.
Nossas sentidas condolências aos familiares e amigos!
Euclides Riquetti
07-12-2013
Realmente, uma notícia que me causou surpresa, pois a Dona Mirian sempre foi uma pessoa saudável, participante das lides do Grupo da Terceira Idade Bella Vita, sempre muito ligada aos filhos e netos, ocupada, movimentando-se. Mas a vida é assim mesmo e, infelizmente, nossa Comunidade de Ouro e Capinzal perde mais uma de suas pessoas tradicionais e que honrou as cidades onde viveu..
Quando fui colega de seu filho Zezo (Antônio José), no Colégio Mater Dolorum, de 1961 a 1964, eu a conhecia apenas de vista. Eu tinha bastante conhecimento sobre seu marido, o Guilherme Odil Doin, Agente de Estatística, órgão que, adiante, passou a fazer parte do IBGE. Além de mãe do Zezo, era tia do Urbem Correa da Silva, nosso colega e grande amigo. O "Nego Doin", como era carinhosamente chamad por todos os amigos, jogava no Arabutã, era um excelente "camisa oito", habilidoso e muito batalhador em campo. Deixou-nos faz já um bom tempo.
Quando se aproximou a hora de colocar os filhos para estudar fora, a família montou, em Ouro, ali numa sala alugada pelo tio Victório Richetti, uma casa comercial, a "Casa Agropecuária Mirian Doin". Dona Mirian era auxiliada pelo marido quando não estava em serviço. E pelos filhos Zezo e Joathan. A Tânia e a Jane eram pequeninas. Isso lá por 1968. Adiante, adotou a Fafi, a quem educou da mesma forma que os filhos.
Em pouco tempo a Dona Mirian já era uma habilidosa comerciante, vendia medicamentos paraanimas, sementes e fertilizantes. Com o crescimento do movimento, compraram aquela Ford F-100 verde e branca para a entrega dos produtos, alugaram uma sala maior, depois uma segunda sala para comercializar máquinas e implementos agrícolas e, finalmente, seu prédio próprio.
Com o tempo os filhos foram-se encaminhando e o Sr. Doin não podia mais fazer esforço físico, então parou com os negócios. Mas a Dona Mirian, sempre batalhadora e esforçada, abriu a sua "Sorveteria Vó Mirian", em que produzia o sorvete artesanal. Na época das uvas, guardava bastante polpa da mesma para fazer sorvete. Sorvete de uva da Vó Mirian, ah, que delícia. A grande maioria da população de sua cidade a conheceu essoalmente.
Os anos se passaram e ela passou o ponto pra frente, ficando apenas no apoio à Jane e ao Amir que lhe deram mais uma neta por que a Vó nutria grande paixão.
A determinação e a firmeza eram características muito presentes nela. Justa, não bajulava ninguém. Era autêntica e lutava para atingir os seus objetivos. Uma pessoa de grande valor que nos deixou hoje, mas que, certamente, deixará saudades a seus familiares e amigos. Uma pessoa justa e que merece viver, agora, o eterno sono dos justos.
Nossas sentidas condolências aos familiares e amigos!
Euclides Riquetti
07-12-2013
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
A Canção do Vento Sul
Aqui pertinho do mar azul
Limito-me a olhar com olhos de andorinha
A gaivota que voa de mansinho
Que pousa na areia branquinha
( É um indefeso animalzinho...)
Enquanto escuto o murmúrio do vento
Que sopra muito atento
E que vem do sul!
Aqui no mar de Canasvieiras
Passa a germânica de olhos de cristal
A morena nativa e sensual
A portenha dos cabelos crespos e castanhos
A uguguaia do rosto mais risonho
A mulata de corpo magistral
(Mulheres de todos os tamanhos)
E a as gaúchas mais guapas e faceiras.
E, enquanto me enterneço deliciosamete
Enquanto a água me banha carinhosamente
A canção que o vento sul me traz
Me traz sossego, enseja amor e me dá paz.
Eclides Riquetti
06-12-2013
Limito-me a olhar com olhos de andorinha
A gaivota que voa de mansinho
Que pousa na areia branquinha
( É um indefeso animalzinho...)
Enquanto escuto o murmúrio do vento
Que sopra muito atento
E que vem do sul!
Aqui no mar de Canasvieiras
Passa a germânica de olhos de cristal
A morena nativa e sensual
A portenha dos cabelos crespos e castanhos
A uguguaia do rosto mais risonho
A mulata de corpo magistral
(Mulheres de todos os tamanhos)
E a as gaúchas mais guapas e faceiras.
E, enquanto me enterneço deliciosamete
Enquanto a água me banha carinhosamente
A canção que o vento sul me traz
Me traz sossego, enseja amor e me dá paz.
Eclides Riquetti
06-12-2013
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
O que sua mãe lhe deixou, amiga?
"Que legado uma mãe pode deixar para uma filha? Que tipo de lembranças, de lições, ensinamentos?"
Imagino que a amiga leitora deve estar remetendo seu pensamento de volta ao seu tempo de criança. Às saudosas lembranças daquele ser que a pôs no mundo, deu-lhe educação, orientou-a, ajudou-a de alguma fora. Até a amparou na hora em que teve filhos. Muitas, felizmente, ainda as têm por perto, muitas vezes dividindo com elas o mesmo teto. Mas mesmo meninos e rapazes seguem os ensinamentos de suas mães, pois são elas que estão presentes na maioria do nosso "tempo de criança".
Perguntei a uma jovem senhora que lembranças ela tinha de sua mãe, que hoje já está velhinha:
"Minha mãe teve uma presença muito forte e marcante em minha vida, embora eu tenha saído de casa muito jovem, antes de meus dezoito anos. Ela me deixou alguns príncípios e valores que sempre procuro seguir. Respeitar as pessoas e dar-lhes o devido valor. Não ter nada do que não é legitimamente nosso. E, se alguém nos der algo, fazer um serviço para retribuir. Oferecer-se para fazer-lhe alguma coisa. Todos podem pagar por aquilo que recebem".
Certamente que, seguindo essas orientações, ela se deu bem, constituiu sua familia, estudou, trabalhou e pode-se considerar uma pessoa realizada e feliz. Claro que também aprendeu os afazeres do lar, os cuidados com a casa, com a comida, com as roupas. E, aquilo que se aprende com a mãe se internaliza, fixa, preserva-se.
Ora, como é bonito ver uma pessoa dizer: "Esta cuca me faz lembrar das cucas que minha nona fazia. E que, depois, minha mãe também fazia!" E, agora, certamente que esta mãe, que pode já estar também sendo avó, ensinará suas filhas ou netas a fazer. Mas também poderia dizer em relação à macarronada com seu delicioso e incomparável molho, o bolo de anivesário carinhosamente preparado ou enfeitado, a bolacha pintada com açúcar cristal colorido ou com aqueles chumbinhos de confeitos. Ou a toalha bordada, o jogo de cama bordado e crocheteado, a blusa tricoteada, a toalha franjeada.
Por falar em toalha, quando fui para a Faculdade e mudei-me para Porto União, minha mãe me fez uma toalha de algodão com uma belas franjas bem trabalhadas. Era macia, gostosa, linda! Mas, naquele tempo, eu não entendia muito desse valor que as coisas têm, que trazem na sua elaboração o carinho das mãos dadivosas ou mesmo as lágrimas de uma saudade que ainda virá... E, para mim, veio, muitas, muitas vezes, fazendo brotarem-me lágrimas de saudades!
Ah, cara leitora, que bom ter tido uma mãe presente, mesmo que morando longe dela! Ou podido partilhar com ela todas as emoções de ter gerado os filhos, ver chegarem os netos!
Pois convido você a meditar. A voltar ao passado. A lembrar, relembrar. A analisar, com profundidade, quantas e quantas belas lições ela lhe deixou. Quantas vezes foi ombro para você chorar e, com sabedoria, ensinou-lhe a dar tempo ao tempo, aguardar a chegada de soluções para os problemas, respostas para suas angústias? E, se ela não está mais aqui, faça-lhe uma bela e silenciosa oração. Deixe seu coração rezar por você. Se ainda vive, ligue pra ela, agradeça por aquilo que ela lhe deixou e lhe ensinou. Ou, se ela está perto de você, dê-lhe um abraço, enregue-lhe uma flor, deixe que ela perceba que você é aquela filha que ela quis ter.
Hoje, em especial, da forma que for possível, dê-lhe seu mais profundo carinho!
Euclides Riquetti
05-12-2013
Imagino que a amiga leitora deve estar remetendo seu pensamento de volta ao seu tempo de criança. Às saudosas lembranças daquele ser que a pôs no mundo, deu-lhe educação, orientou-a, ajudou-a de alguma fora. Até a amparou na hora em que teve filhos. Muitas, felizmente, ainda as têm por perto, muitas vezes dividindo com elas o mesmo teto. Mas mesmo meninos e rapazes seguem os ensinamentos de suas mães, pois são elas que estão presentes na maioria do nosso "tempo de criança".
Perguntei a uma jovem senhora que lembranças ela tinha de sua mãe, que hoje já está velhinha:
"Minha mãe teve uma presença muito forte e marcante em minha vida, embora eu tenha saído de casa muito jovem, antes de meus dezoito anos. Ela me deixou alguns príncípios e valores que sempre procuro seguir. Respeitar as pessoas e dar-lhes o devido valor. Não ter nada do que não é legitimamente nosso. E, se alguém nos der algo, fazer um serviço para retribuir. Oferecer-se para fazer-lhe alguma coisa. Todos podem pagar por aquilo que recebem".
Certamente que, seguindo essas orientações, ela se deu bem, constituiu sua familia, estudou, trabalhou e pode-se considerar uma pessoa realizada e feliz. Claro que também aprendeu os afazeres do lar, os cuidados com a casa, com a comida, com as roupas. E, aquilo que se aprende com a mãe se internaliza, fixa, preserva-se.
Ora, como é bonito ver uma pessoa dizer: "Esta cuca me faz lembrar das cucas que minha nona fazia. E que, depois, minha mãe também fazia!" E, agora, certamente que esta mãe, que pode já estar também sendo avó, ensinará suas filhas ou netas a fazer. Mas também poderia dizer em relação à macarronada com seu delicioso e incomparável molho, o bolo de anivesário carinhosamente preparado ou enfeitado, a bolacha pintada com açúcar cristal colorido ou com aqueles chumbinhos de confeitos. Ou a toalha bordada, o jogo de cama bordado e crocheteado, a blusa tricoteada, a toalha franjeada.
Por falar em toalha, quando fui para a Faculdade e mudei-me para Porto União, minha mãe me fez uma toalha de algodão com uma belas franjas bem trabalhadas. Era macia, gostosa, linda! Mas, naquele tempo, eu não entendia muito desse valor que as coisas têm, que trazem na sua elaboração o carinho das mãos dadivosas ou mesmo as lágrimas de uma saudade que ainda virá... E, para mim, veio, muitas, muitas vezes, fazendo brotarem-me lágrimas de saudades!
Ah, cara leitora, que bom ter tido uma mãe presente, mesmo que morando longe dela! Ou podido partilhar com ela todas as emoções de ter gerado os filhos, ver chegarem os netos!
Pois convido você a meditar. A voltar ao passado. A lembrar, relembrar. A analisar, com profundidade, quantas e quantas belas lições ela lhe deixou. Quantas vezes foi ombro para você chorar e, com sabedoria, ensinou-lhe a dar tempo ao tempo, aguardar a chegada de soluções para os problemas, respostas para suas angústias? E, se ela não está mais aqui, faça-lhe uma bela e silenciosa oração. Deixe seu coração rezar por você. Se ainda vive, ligue pra ela, agradeça por aquilo que ela lhe deixou e lhe ensinou. Ou, se ela está perto de você, dê-lhe um abraço, enregue-lhe uma flor, deixe que ela perceba que você é aquela filha que ela quis ter.
Hoje, em especial, da forma que for possível, dê-lhe seu mais profundo carinho!
Euclides Riquetti
05-12-2013
Nas areias do mar...
Na praia deserta, somente você... e o mar
Mas no céu, as gaivotas se esbaldam a planar
E eu me encanto
Com seu manso gaivotar
Enquanto descanso
Sob o sol que bronzeia
E há apenas um par de corpos
Jazendo na areia
Sob um sol a queimar
Ao lado do mar!
É ainda de mannhã, é cedinho
Vêm as espumas da imensidão
É manhã de sol que vem devagarinho
Pra por bronze nas peles
Das mulheres
Que virão
E que espalharão
Os perfumes, os cabelos, os olhares
Por todos os lugares
Onde passarem
Deixando marcadas nas areias douradas
As marcas de suas passadas
Sensuais
Magistrais
Angelicais!
E meus desejos poéticos
E meus sonhos proféticos
Buscam tornarem-se reais.
Buscam, infinitamente
Encontrarem seu olhar fatal
Seu corpo escultural
Que não sei onde está
Mas que, certamente, daqui a pouco virá
Para deitar-se, sutilmente
Nas areias do mar!
Euclides Riquetti
04-12-2014
Mas no céu, as gaivotas se esbaldam a planar
E eu me encanto
Com seu manso gaivotar
Enquanto descanso
Sob o sol que bronzeia
E há apenas um par de corpos
Jazendo na areia
Sob um sol a queimar
Ao lado do mar!
É ainda de mannhã, é cedinho
Vêm as espumas da imensidão
É manhã de sol que vem devagarinho
Pra por bronze nas peles
Das mulheres
Que virão
E que espalharão
Os perfumes, os cabelos, os olhares
Por todos os lugares
Onde passarem
Deixando marcadas nas areias douradas
As marcas de suas passadas
Sensuais
Magistrais
Angelicais!
E meus desejos poéticos
E meus sonhos proféticos
Buscam tornarem-se reais.
Buscam, infinitamente
Encontrarem seu olhar fatal
Seu corpo escultural
Que não sei onde está
Mas que, certamente, daqui a pouco virá
Para deitar-se, sutilmente
Nas areias do mar!
Euclides Riquetti
04-12-2014
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
Amanhã de manhã
Amanhã de manhã
Vou andar por aí sem destino
Vou procurar em ti o abrigo
O afago de que tanto preciso
Amahã de manhã...
Amanhã de manhã
Vou pegar a caneta e papel
Vou levar também tinta e pincel
Desenhar o teu lábio de mel
Amanhã de manhã...
Amanhã de manhã
Vou sair pela estrada cinzenta
Vou vagar pela estrada barrenta
Dar um beijo em tua alma sedenta
Amanhã de manhã...
Vou buscar teu olhar contagiante
Abraçar o teu corpo dourado
Na manhã do céu azulado
Na manhã escaldante
Do encontro emocionante
Do encontro esperado
Desejado
Vou buscar, sim, os teus lábios rosados
Amanhã de manhã...
Euclides Riquetti
03-12-2013
Vou andar por aí sem destino
Vou procurar em ti o abrigo
O afago de que tanto preciso
Amahã de manhã...
Amanhã de manhã
Vou pegar a caneta e papel
Vou levar também tinta e pincel
Desenhar o teu lábio de mel
Amanhã de manhã...
Amanhã de manhã
Vou sair pela estrada cinzenta
Vou vagar pela estrada barrenta
Dar um beijo em tua alma sedenta
Amanhã de manhã...
Vou buscar teu olhar contagiante
Abraçar o teu corpo dourado
Na manhã do céu azulado
Na manhã escaldante
Do encontro emocionante
Do encontro esperado
Desejado
Vou buscar, sim, os teus lábios rosados
Amanhã de manhã...
Euclides Riquetti
03-12-2013
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
A palma cor de rosa
Solitária como a branca flor dos campos de cevada
Jaz ali, recostada, uma bela palma rosa
Formosa, singela, extremamente sossegada
Recostada numa coluna vigorosa
Descansa na manhã a palma de branco e rosa matizada
Esperando a luz do sol... maravilhosa!
E giram no mundo as naus da nostalgia
Que me trazem o clarear de um novo dia.
Param, na estradinha, os passantes abismados:
A mão de Deus passou ali nas noites e nos dias
Desenhou a flor com seus pincéis enamorados
Tingiu o ar com a beleza e a alegria
E emoldurou todo o cenário num amplo e belo quadro
Como há muito tempo ali eu não via.
E, a mente do menestrel, mergulha na paisagem colossal
E a caneta do poeta pinta um quadro magistral
Enquanto jaz, ali, a a branca e rosa palma, sem igual!
Euclides Riquetti
02-12-2013
Jaz ali, recostada, uma bela palma rosa
Formosa, singela, extremamente sossegada
Recostada numa coluna vigorosa
Descansa na manhã a palma de branco e rosa matizada
Esperando a luz do sol... maravilhosa!
E giram no mundo as naus da nostalgia
Que me trazem o clarear de um novo dia.
Param, na estradinha, os passantes abismados:
A mão de Deus passou ali nas noites e nos dias
Desenhou a flor com seus pincéis enamorados
Tingiu o ar com a beleza e a alegria
E emoldurou todo o cenário num amplo e belo quadro
Como há muito tempo ali eu não via.
E, a mente do menestrel, mergulha na paisagem colossal
E a caneta do poeta pinta um quadro magistral
Enquanto jaz, ali, a a branca e rosa palma, sem igual!
Euclides Riquetti
02-12-2013
sábado, 30 de novembro de 2013
Dezembro chegou
Dezembro chegou, enfim
Chegou com os raios de sol
Ou com as chuvas molhando os trigais
Com perfumes nos campos florais
Chegou dezembro, enfim
O dezembro das tardes... e das manhãs de sol.
Dezembro chegou com ares de dezembro mesmo
Dezembro chegou porque era sua vez
Depois de novembro.
Dezembro veio para cobrir tua pele de verniz!
Chegou o dezembro tão esperado
O dezembro de Natal, do velhinho de vermelho
Do velhinho bom e animado
Que traz presentes pras crianças.
A chegada de dezembro suscita lembranças!
Doces e ternas lembranças
Da infância
Que todo mundo diz
Foi muito feliz!
Dezembro é o mês em que a cidade reluz
Para esperar...
O Menino Jesus!
(E eu espero você...)
Euclides Riquetti
01-12-2013
Chegou com os raios de sol
Ou com as chuvas molhando os trigais
Com perfumes nos campos florais
Chegou dezembro, enfim
O dezembro das tardes... e das manhãs de sol.
Dezembro chegou com ares de dezembro mesmo
Dezembro chegou porque era sua vez
Depois de novembro.
Dezembro veio para cobrir tua pele de verniz!
Chegou o dezembro tão esperado
O dezembro de Natal, do velhinho de vermelho
Do velhinho bom e animado
Que traz presentes pras crianças.
A chegada de dezembro suscita lembranças!
Doces e ternas lembranças
Da infância
Que todo mundo diz
Foi muito feliz!
Dezembro é o mês em que a cidade reluz
Para esperar...
O Menino Jesus!
(E eu espero você...)
Euclides Riquetti
01-12-2013
Contemplas, com teu olhos brilhantes, as rosas
Contemplas, com teus olhos brilhantes, as rosas
As que adornam o jardim de tua casa
Plantaste-as com tuas mãos carinhosas
E as regaste com a água abençoada.
Tens o dedo verde e mágico que escolhe as mudas
Põe-nas na terra, apõe-lhes as adubações.
E cuidas para não deixá-las desnudas
Transfere a elas desmedidas paixões...
Plantas as roseiras espinhosas
Que te darão as mais belas das flores
As rainhas dos jardins, esplendorosas.
Plantando-as dá-lhes o tempo de espera
Para que possam nos brindar com belas cores
Que vêm para enfeitar a primavera!
Euclides Riquetti
30-11-2013
As que adornam o jardim de tua casa
Plantaste-as com tuas mãos carinhosas
E as regaste com a água abençoada.
Tens o dedo verde e mágico que escolhe as mudas
Põe-nas na terra, apõe-lhes as adubações.
E cuidas para não deixá-las desnudas
Transfere a elas desmedidas paixões...
Plantas as roseiras espinhosas
Que te darão as mais belas das flores
As rainhas dos jardins, esplendorosas.
Plantando-as dá-lhes o tempo de espera
Para que possam nos brindar com belas cores
Que vêm para enfeitar a primavera!
Euclides Riquetti
30-11-2013
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
Olhos nos olhos (quero divagar contigo...)
Olhos nos olhos, peito no peito
Lábios nos lábios, coração com coração
Quero-te amar assim, desse nosso jeito
Quero-te querer com amor e paixão!
Quero divagar junto contigo
Viajar no tempo e te encontrar no espaço
Quero chorar no teu ombro amigo
E percorrer os caminhos que eu mesmo traço!
Quero-te beijar nas noites estreladas
Dar-te carinhos quando anoitece
E afagar teu corpo nas tardes nubladas.
E quando perceberes o quanto eu te amo
E notares que também pra ti o amor acontece
Guardarei os versos com que há muito te chamo!
Euclides Riquetti
29-11-2013
Lábios nos lábios, coração com coração
Quero-te amar assim, desse nosso jeito
Quero-te querer com amor e paixão!
Quero divagar junto contigo
Viajar no tempo e te encontrar no espaço
Quero chorar no teu ombro amigo
E percorrer os caminhos que eu mesmo traço!
Quero-te beijar nas noites estreladas
Dar-te carinhos quando anoitece
E afagar teu corpo nas tardes nubladas.
E quando perceberes o quanto eu te amo
E notares que também pra ti o amor acontece
Guardarei os versos com que há muito te chamo!
Euclides Riquetti
29-11-2013
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Para os olhos teus!
Teu caminho deveria ser uma estrada
Pavimentada
Não com paralelepípedos, nem asfaltada
Mas apenas uma estrada
Muito bem calçada!
(Não apenas pedras na estrada)
Teu caminho deveria ser
Uma estrada que conduz
Que leva ao infinito no amanhecer
E que me seduz
Até o entardecer
Com seu trilho de luz.
Teu caminho é o que me leva até os teus olhos verdes
Onde mato minha sede.
É o caminho que devemos trilhar
Sem os dias no calendário
E que, no final, um sacrário
Está a nos esperar
Para perdoar
Nossos pecados.
Apenas tu e eu
E os poemas meus
Que fiz... para os olhos teus!
Euclides Riquetti
27-11-2013
Pavimentada
Não com paralelepípedos, nem asfaltada
Mas apenas uma estrada
Muito bem calçada!
(Não apenas pedras na estrada)
Teu caminho deveria ser
Uma estrada que conduz
Que leva ao infinito no amanhecer
E que me seduz
Até o entardecer
Com seu trilho de luz.
Teu caminho é o que me leva até os teus olhos verdes
Onde mato minha sede.
É o caminho que devemos trilhar
Sem os dias no calendário
E que, no final, um sacrário
Está a nos esperar
Para perdoar
Nossos pecados.
Apenas tu e eu
E os poemas meus
Que fiz... para os olhos teus!
Euclides Riquetti
27-11-2013
terça-feira, 26 de novembro de 2013
Zé Dirceu deverá trabalhar no Hotel St Peter
O Hotel Saint Peter virou notícia nesta terça-feira no Brasil. Sua administração contratou, no dia 22 de novembro, o político José Dirceu para trabalhar no mesmo. Dirceu está preso em regime semiaberto na Capital da República, Brasília, por conta do "caso mensalão", em que foi condenado depois de processo que correu no STF. Carteira assinada, vai receber R$ 20.000,00 mensais, dinheiro que será utilizado para o sustento da família do apenado e o restante para ressarcir custos públicos. Dirceu apresentou neste dia 26 o pedido de autorização para trabalhar à Vara de Execuções Penais, anexando contrato de trabalho a carteira de trabalhador já assinada.
A notícia fez minha mente voltar ao ano de 2002, quando o Município de Ouro, através do Prefeito Durigon, recebeu o Prêmio Mário Covas de Município/Prefeito Empreendedor. Eu mesmo redigi e apresentei ao SEBRAE o "case" que denominamos "Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável", em que relatamos as ações empreendedoras que vinham acontecendo naquele Município.
Na oportunidade, conheci a Dra. Zilda Arns, à época indicada ao Prêmio Nobel da Paz pelas suas ações em favor da Pastoral da Criança, criando a multimistura. Trocamos cartões com número de telefone convencional, endereço e celular. Nossa conterrânea catarinense ficou muito contente em que uma cidade pequena estava lá a receber a honraria.
Eu e o Ademir Pedro Belotto, da Rádio Capinzal, acompanhávamos o Prefeito e ficamos hospedados num apartamento executivo do Hotel Saint Peter, que hoje cobra R$ 550,00 pela diária, incluindo o café da manhã, para um triplo. Lembro que as torneiras dos banheiros eram douradas, parecendo banhadas de ouro. Granitos e vidros blindex pretos harmomizavam-se nos banheiros. A vista da janela dava para a Esplanada dos Ministérios.
Acostumado a satisfazer minha curiosidade previamente, tomei conhecimento do empreendimento. O proprietário era o Construtor e Deputado Sérgio Naia, o que fez o edifício "Palace II", que desabou no Rio de Janeiro, fazendo muitas vítimas. No momento do café da manhã no suntuoso restaurante, o Belotto mostrou-me: Veja aqueles dois ali, parecem conhecidos. E ele mesmo constatou: O Naia e o CR Almeida, o Cecílio Rego Almeida. Estavam conversando ao lado do buffet das frutas..
Aproximei-me, cumprimentei-os e em poucos minutos estávamos em papo firme. Cheguei a perguntar-lhe sobre os problemas dele com a Justiça por causa do Palace, elogiei o hotel. Ele era proprietário também do Saint Paul, ao lado do Saint Peter. Lembro que, adiante, a Justiça tirou-lhe o Saint Paul para indenizar vítimas do Palace II. Comportam cerca de 800 hóspedes cada um. Lembro-me que o CR Almeida tinha cabelo como o do Walmor Chagas e o Sérgio Naia vestia um terno de um verde acinzentado de fino tecido, tudo muito bem combinado com camisa e gravata em tons próximos e mocassin marrom.
Agora, 11 anos depois, se você for a Brasília, certamente que naquele mesmo restaurante do Saint Peter vai encontrar o Zé Dirceu. É um dos hotéis onde os políticos costumam hospedar-se... Também, com aquelas torneiras...
Euclides Riquetti
27-11-2013
A notícia fez minha mente voltar ao ano de 2002, quando o Município de Ouro, através do Prefeito Durigon, recebeu o Prêmio Mário Covas de Município/Prefeito Empreendedor. Eu mesmo redigi e apresentei ao SEBRAE o "case" que denominamos "Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável", em que relatamos as ações empreendedoras que vinham acontecendo naquele Município.
Na oportunidade, conheci a Dra. Zilda Arns, à época indicada ao Prêmio Nobel da Paz pelas suas ações em favor da Pastoral da Criança, criando a multimistura. Trocamos cartões com número de telefone convencional, endereço e celular. Nossa conterrânea catarinense ficou muito contente em que uma cidade pequena estava lá a receber a honraria.
Eu e o Ademir Pedro Belotto, da Rádio Capinzal, acompanhávamos o Prefeito e ficamos hospedados num apartamento executivo do Hotel Saint Peter, que hoje cobra R$ 550,00 pela diária, incluindo o café da manhã, para um triplo. Lembro que as torneiras dos banheiros eram douradas, parecendo banhadas de ouro. Granitos e vidros blindex pretos harmomizavam-se nos banheiros. A vista da janela dava para a Esplanada dos Ministérios.
Acostumado a satisfazer minha curiosidade previamente, tomei conhecimento do empreendimento. O proprietário era o Construtor e Deputado Sérgio Naia, o que fez o edifício "Palace II", que desabou no Rio de Janeiro, fazendo muitas vítimas. No momento do café da manhã no suntuoso restaurante, o Belotto mostrou-me: Veja aqueles dois ali, parecem conhecidos. E ele mesmo constatou: O Naia e o CR Almeida, o Cecílio Rego Almeida. Estavam conversando ao lado do buffet das frutas..
Aproximei-me, cumprimentei-os e em poucos minutos estávamos em papo firme. Cheguei a perguntar-lhe sobre os problemas dele com a Justiça por causa do Palace, elogiei o hotel. Ele era proprietário também do Saint Paul, ao lado do Saint Peter. Lembro que, adiante, a Justiça tirou-lhe o Saint Paul para indenizar vítimas do Palace II. Comportam cerca de 800 hóspedes cada um. Lembro-me que o CR Almeida tinha cabelo como o do Walmor Chagas e o Sérgio Naia vestia um terno de um verde acinzentado de fino tecido, tudo muito bem combinado com camisa e gravata em tons próximos e mocassin marrom.
Agora, 11 anos depois, se você for a Brasília, certamente que naquele mesmo restaurante do Saint Peter vai encontrar o Zé Dirceu. É um dos hotéis onde os políticos costumam hospedar-se... Também, com aquelas torneiras...
Euclides Riquetti
27-11-2013
Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher
No domingo, pela manhã, fomos ao Hospital Santa Terezinha, aqui em Joaçaba, na tentativa de rever um amigo que está muito doente, mas o horário era impróprio para visitas. Ali no setor de espera, uma senhora chegava para ver o marido, em fase terminal. Ia lá fazer seu papel de cristã, apoiar o homem que a maltratara muito durante sua vida. Veio de outra cidade para ficar com ele, cuidar dele, ajudá-lo em, quiçá, seus últimos dias de vida.
Sessenta e um anos, cabelos brancos, belos olhos azuis e, no rosto, as marcas, não do tempo, mas do sofrimento. Relatava que apanhou muito dele, que ele saía de casa, ia atrás de outras mulheres mais novas, que fez e desfez. E, agora, estava ela lá a cuidar do pai de seus filhos, do avô de seus netos. E dizia: "Perdoar, a gente perdoa, mas não equece! Ele me fez sofrer muita dor e muita humilhação. Agora, as vadias com que ele andava, não aparecem para ajudar!"
E eu me lembrei de que uma vez, há mais de vinte anos, veio uma jovem senhora bater à minha janela, com hematomas no rosto, chorando muito, e que queria que eu lhe conseguisse uma casa para morar. Eu tinha o Poder na mão, tinha uma casa de que um mutuário abrira mão, iria mudar de cidade, e passamos a casa para ela, mora nela até hoje. Pois ela enviuvou não faz muitos anos, separou-se lá atrás mas, quando ele foi acometido de grave doença, recolheu-o sob seu teto e cuidou dele. E me dizia: "Ele me bateu, me fez sofrer, mas é pai de meus filhos, avô de meus netos, tenho pena dele, vou cuidar dele." E o fez até seus últimos momentos de vida...
Perdoar ou não perdoar?
Ao meu ver, isso fica à conta dos sentimentos, dos ressentimentos e da raiva que cada mulher sente em relação a quem a expôs, agrediu e fez sofrer. A Lei Maria da Penha está aí, desde 2006, à disposição das que forem agredidas. A luta da biofarmacêutica que nasceu no Ceará, em 1945, e que desde 1983 vive numa cadeira de rodas e que sofreu duas tentativas de assassinato pelo próprio marido, não pode ficar em segundo plano. E não pode ser apenas "mais uma lei" brasileira. Precisa ser respeitada.
Nesta data, além de comemorarmos do Dia de Santa Catarina de Alexandria, a Padroeira dos Catarinenses, também comemoramos o "Dia Internacional do Combate à Violência Contra a Mulher". E verificamos que Santa Catarina ocupa o 25º lugar dentre os 27 estados brasileiros no quesito. Isso significa que não estamos num nível que possa nos orgulhar, pois o ideal é que não houvesse registros de violência contra a mulher. Mas estamos entre os que mais as respeitam. Somos um Estado em que a Padroeira é uma mulher, uma mártir. Que nossa Santa Catarina de Alexandria proteja todas as mulheres!
Euclides Riquetti
25 de novembro de 2013
"Dia Internacional do Combate
à Violência Contra a Mulher"
Sessenta e um anos, cabelos brancos, belos olhos azuis e, no rosto, as marcas, não do tempo, mas do sofrimento. Relatava que apanhou muito dele, que ele saía de casa, ia atrás de outras mulheres mais novas, que fez e desfez. E, agora, estava ela lá a cuidar do pai de seus filhos, do avô de seus netos. E dizia: "Perdoar, a gente perdoa, mas não equece! Ele me fez sofrer muita dor e muita humilhação. Agora, as vadias com que ele andava, não aparecem para ajudar!"
E eu me lembrei de que uma vez, há mais de vinte anos, veio uma jovem senhora bater à minha janela, com hematomas no rosto, chorando muito, e que queria que eu lhe conseguisse uma casa para morar. Eu tinha o Poder na mão, tinha uma casa de que um mutuário abrira mão, iria mudar de cidade, e passamos a casa para ela, mora nela até hoje. Pois ela enviuvou não faz muitos anos, separou-se lá atrás mas, quando ele foi acometido de grave doença, recolheu-o sob seu teto e cuidou dele. E me dizia: "Ele me bateu, me fez sofrer, mas é pai de meus filhos, avô de meus netos, tenho pena dele, vou cuidar dele." E o fez até seus últimos momentos de vida...
Perdoar ou não perdoar?
Ao meu ver, isso fica à conta dos sentimentos, dos ressentimentos e da raiva que cada mulher sente em relação a quem a expôs, agrediu e fez sofrer. A Lei Maria da Penha está aí, desde 2006, à disposição das que forem agredidas. A luta da biofarmacêutica que nasceu no Ceará, em 1945, e que desde 1983 vive numa cadeira de rodas e que sofreu duas tentativas de assassinato pelo próprio marido, não pode ficar em segundo plano. E não pode ser apenas "mais uma lei" brasileira. Precisa ser respeitada.
Nesta data, além de comemorarmos do Dia de Santa Catarina de Alexandria, a Padroeira dos Catarinenses, também comemoramos o "Dia Internacional do Combate à Violência Contra a Mulher". E verificamos que Santa Catarina ocupa o 25º lugar dentre os 27 estados brasileiros no quesito. Isso significa que não estamos num nível que possa nos orgulhar, pois o ideal é que não houvesse registros de violência contra a mulher. Mas estamos entre os que mais as respeitam. Somos um Estado em que a Padroeira é uma mulher, uma mártir. Que nossa Santa Catarina de Alexandria proteja todas as mulheres!
Euclides Riquetti
25 de novembro de 2013
"Dia Internacional do Combate
à Violência Contra a Mulher"
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Nascem as flores
Nascem as flores nos canteiros
Nos vasos, jardins e floreiros
Nascem nos campos as flores
De todos os matizes e cores.
Nasceram as flores em setembro
E continuam a nascer em novembro.
Nascem flores muito belas
Rosas brancas, vermelhas, amarelas
Nascem nos montes as flores
Vêm nos perfumar seus olores.
Nasceram em botões e se abriram
E meus olhos as contemplam (e admiram!).
E as flores em novembro nascidas
Ali estão, formosas e coloridas
A conquistar os transeuntes embasbacados
A conquistar meus olhos abrilhantados.
Ah, flores frágeis e esplendorosas
Mas também belas, singelas e viçosas.
Mas apenas flores
A povoar os vasos
Os jardins:
A encantar você
A encantar a mim!
Euclides Riquetti
25-11-2013
Nos vasos, jardins e floreiros
Nascem nos campos as flores
De todos os matizes e cores.
Nasceram as flores em setembro
E continuam a nascer em novembro.
Nascem flores muito belas
Rosas brancas, vermelhas, amarelas
Nascem nos montes as flores
Vêm nos perfumar seus olores.
Nasceram em botões e se abriram
E meus olhos as contemplam (e admiram!).
E as flores em novembro nascidas
Ali estão, formosas e coloridas
A conquistar os transeuntes embasbacados
A conquistar meus olhos abrilhantados.
Ah, flores frágeis e esplendorosas
Mas também belas, singelas e viçosas.
Mas apenas flores
A povoar os vasos
Os jardins:
A encantar você
A encantar a mim!
Euclides Riquetti
25-11-2013
domingo, 24 de novembro de 2013
Marilda e Graciele (poema-canção)
Meninas que vejo sorrindo
Me deixam feliz e contente
Meninas de rosto tão lindo
Que bom tê-las perto da gente.
Meninas que prezo bastante
Meninas da alma inocente
Adoro seu tipo galante
Pureza e beleza presente.
Meninas, formosas meninas
Vocês são a inspiração
Os moços as acham queridas
E querem o seu coração.
Meninas do encanto e do sonho
Meninas, seu jeito me encanta
Meninas do rosto risonho
Meninas de alma de Santa.
Meninas da grande amizade
Vocês são a vida e a flor
Só querem a felicidade
Na forma mais pura do amor.
Meninas a grande vitória
É ser horizonte de luz
Não é a aparência ilusória
Que ao bom futuro conduz.
Por isso, queridas meninas
Dedico-lhes este poema
São versos alçados em rimas
Dos quais vocês duas são o tema.
Euclides Riquetti
29-03-95 - Composto durante
atividade em sala de aula para
a alunas Marilda e Graciele.
Me deixam feliz e contente
Meninas de rosto tão lindo
Que bom tê-las perto da gente.
Meninas que prezo bastante
Meninas da alma inocente
Adoro seu tipo galante
Pureza e beleza presente.
Meninas, formosas meninas
Vocês são a inspiração
Os moços as acham queridas
E querem o seu coração.
Meninas do encanto e do sonho
Meninas, seu jeito me encanta
Meninas do rosto risonho
Meninas de alma de Santa.
Meninas da grande amizade
Vocês são a vida e a flor
Só querem a felicidade
Na forma mais pura do amor.
Meninas a grande vitória
É ser horizonte de luz
Não é a aparência ilusória
Que ao bom futuro conduz.
Por isso, queridas meninas
Dedico-lhes este poema
São versos alçados em rimas
Dos quais vocês duas são o tema.
Euclides Riquetti
29-03-95 - Composto durante
atividade em sala de aula para
a alunas Marilda e Graciele.
sábado, 23 de novembro de 2013
Peixes estragados na rede: Angelina Jolie feia?
Mais do que ler as notícias nos portais, me atrai ler os comentários postados. Dizer que os pensamentos divergem seria apenas chover no molhado. Mas, na manhã de sexta, bem cedinho, abri o globo.com e lá estava a notícia de que a belíssima atiz Angelina Jolie estaria dirigindo uma produção "provavelmente sem calcinha e sutiã no set de filmagens". E daí?
Bem, os comentários eram diversos. Captei dois: um dizia que a imprensa deveria noticiar as coisas boas que a família Pitt faz em favor dos excluídos. Concoro plenamente com o comentarista. Outro, assinado por uma mulher, dizia mais ou menos assim: "Acho ela uma feia e não venham dizer que eu so uma recalcada". Então, cara sonhora, tu não deves ser recalcada. Deves ser invejosa!
A Senhora Pitt, com toda a elegância e beleza "não barbie"que Deus lhe deu, cobia-se com um vestido escuro, um preto ônix ou um marinho muito forte, opaco, à altura dos joelhos. Estava lá, na foto, dirigindo homens de terno cinza, em meio a filmagens. Só de ver uma mulher dirigindo filmes já dá uma baita inveja, né!!!??? Quantas não gostariam de ser como ela! (Pensem num Brad Pitt...)
Bem, democracia é assim mesmo. As pessoas têm o direito de dizer o que querem, até as bobagens que querem. E, lê, apenas quem quer. Mas têm coisas que a gente lê porque há algo nelas que nos atraem... Mais democrática que a redenet, só a praia! Na rede, é só escrever e postar. E os interleitores podem replicar, treplicar... Mas, na praia, ali sim a justiça social é exercitada.
Vejam, amigas leitoras e leitores: um corpo bem moldado e bronzeado, uns dentes bem cuidados, um cabelo solto e molhado, uma roupinha simples, biquini, maiô ou shortinho e camiseta e o suceso está garantido! Não precisa de muito salão de beleza, cremes, cabelão, óculos de griffe, nada! Não importa se comeu uma baita porção de camarão no Boka 's ou apenas uma espiga de milho de quatro reais. E, se a gatinha ou gatinho de sunga ou bermudão estiverem com um livro na mão, nem que seja uma "Sabrina", estão inserido no admirável mundo dos leitores.
Na semana, vi que uma senhora, provavelmente de minha idade, postava no face: "não leio, não gosto de ler, só gosto de jogar no computador". Ah, que decepção! Bem pior do que aquela que acha a Agelina Jolie uma mulher feia. Opinião é opinião. Aceita e lê quem quer!
Euclides Riquetti
Manhãzinha de sexta-feira
22/11/2013, véspera de completar 61 belos anos!
Bem, os comentários eram diversos. Captei dois: um dizia que a imprensa deveria noticiar as coisas boas que a família Pitt faz em favor dos excluídos. Concoro plenamente com o comentarista. Outro, assinado por uma mulher, dizia mais ou menos assim: "Acho ela uma feia e não venham dizer que eu so uma recalcada". Então, cara sonhora, tu não deves ser recalcada. Deves ser invejosa!
A Senhora Pitt, com toda a elegância e beleza "não barbie"que Deus lhe deu, cobia-se com um vestido escuro, um preto ônix ou um marinho muito forte, opaco, à altura dos joelhos. Estava lá, na foto, dirigindo homens de terno cinza, em meio a filmagens. Só de ver uma mulher dirigindo filmes já dá uma baita inveja, né!!!??? Quantas não gostariam de ser como ela! (Pensem num Brad Pitt...)
Bem, democracia é assim mesmo. As pessoas têm o direito de dizer o que querem, até as bobagens que querem. E, lê, apenas quem quer. Mas têm coisas que a gente lê porque há algo nelas que nos atraem... Mais democrática que a redenet, só a praia! Na rede, é só escrever e postar. E os interleitores podem replicar, treplicar... Mas, na praia, ali sim a justiça social é exercitada.
Vejam, amigas leitoras e leitores: um corpo bem moldado e bronzeado, uns dentes bem cuidados, um cabelo solto e molhado, uma roupinha simples, biquini, maiô ou shortinho e camiseta e o suceso está garantido! Não precisa de muito salão de beleza, cremes, cabelão, óculos de griffe, nada! Não importa se comeu uma baita porção de camarão no Boka 's ou apenas uma espiga de milho de quatro reais. E, se a gatinha ou gatinho de sunga ou bermudão estiverem com um livro na mão, nem que seja uma "Sabrina", estão inserido no admirável mundo dos leitores.
Na semana, vi que uma senhora, provavelmente de minha idade, postava no face: "não leio, não gosto de ler, só gosto de jogar no computador". Ah, que decepção! Bem pior do que aquela que acha a Agelina Jolie uma mulher feia. Opinião é opinião. Aceita e lê quem quer!
Euclides Riquetti
Manhãzinha de sexta-feira
22/11/2013, véspera de completar 61 belos anos!
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Enquanto chove
A chuva fina que cai
Refresca sua pele morena
Leva embora seus dilemas
E pelas valas se vai
A chuva fina que cai...
A chuva que molha seus cabelos
É a mesma que rega a planta
Enquanto que você canta
E atiça os meus desejos
Enquanto molha seus cabelos.
E enquanto chove
Olhe bem nos meus olhos
Pois há, ali, um recado pra você:
Olhe bem nos meus olhos
Enquanto chove.
Olhe bem e procure entender
Há uma mensagem sem igual
Guarde com carinho, meu bem
É pra você, meu bem-querer
É algo muito especial.
Então, enquanto chove
E a chuva refresca sua pele morena
E alisa suas franjas e melenas
Diga-me que também me deseja
Enquanto chove...
Euclides Riquetti
22-11-2013
Refresca sua pele morena
Leva embora seus dilemas
E pelas valas se vai
A chuva fina que cai...
A chuva que molha seus cabelos
É a mesma que rega a planta
Enquanto que você canta
E atiça os meus desejos
Enquanto molha seus cabelos.
E enquanto chove
Olhe bem nos meus olhos
Pois há, ali, um recado pra você:
Olhe bem nos meus olhos
Enquanto chove.
Olhe bem e procure entender
Há uma mensagem sem igual
Guarde com carinho, meu bem
É pra você, meu bem-querer
É algo muito especial.
Então, enquanto chove
E a chuva refresca sua pele morena
E alisa suas franjas e melenas
Diga-me que também me deseja
Enquanto chove...
Euclides Riquetti
22-11-2013
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
O Tchule, o Urco, o Mário Ferro
No dia em que os brasileiros comemoram o Dia Nacional da Consciência Negra, minha mente se voltou para alguns amigos com quem convivi e que, ao partirem, me deixaram com muitas saudades. São pessoas que marcaram época em Capínzal e Ouro pela sua maneira de ser e posso até arriscar a classificá-los como figuras folclóricas: O José dos Anjos, conhecido como Tchule; Vivaldino dos Santos, o Urco; e Mário Borges da Rosa, o Ferro.
De comum com eles, em alguma época de minha vida vesti a camisa do nosso glorioso Arabutã FC. Os dois primeiros como jogadores e o último como um aficcionado pelo Rubro da Baixada.
Conheci o Tchule ainda na infância, tinha um irmão, o Jânio, que chamávamos de "Chefo". O pai deles chegou a aposentar-se como funcionário da Prefeitura de Ouro. O Tchule era uma figuraça. Quando ria, seus dentes brancos eram bem realçados em sua tez morena. Muito simpático, inteligente, habilidoso com os pés, no futebol, e com as mãos e braços no repicar das baquetas em sua bateria no tempo de "Os Fraudsom". Gostava muito de samba, era muito fera. Trabalhei com ele no Posto Texaco, ali no Ouro, da Família Dambrós. Éramos lavadores e lubrificadores de carros e caminhões. Trabalhávamos muito.
Jogava no Arabutã, era zagueiro central habilidoso, mas sabia jogar nas outras posições. Quando voltei de União da Vitória e fui morar em Zortéa ele apareceu por lá, no tempo em que estive fora havia jogado no Grêmio Lírio. Na mesma época, a notícia de que foi acometido por uma hepatite que, mal curada, levou-o para o mundo dos mortos. Até hoje guardo seu sorriso bonito e sua maneira educada de resolver as coisas. Uma vez emprestei-lhe minha jaqueta branca e ele me emprestou um de cor gelo, ainda quando lavávamos carros. Era a maneira que tínhamos para ir aos bailinhos...
Com o Urco, jogamos bola nos veteranos do Arabutã. Além de lateral esquerdo vigoroso, era um bom marcador. Às vezes atuava na zaga. Era também árbitro da Liga e trabalhava no Serviço de Inspeção Federal na Perdigão, junto com o Bisteca, o Cheiroso e o Kojak. Levou azar o amigo, pois foi acometido de Leucemia. Fez transplante de medula óssea em Santa Maria, RS, mas com o tempo a mesma voltou e ceifou-lhe a vida, deixando os filhos, que foram meus alunos na Escola Sílvio Santos.
O Mário Ferro foi uma das figuras mais folclóricas que conheci. Só usava camisa de vermnelho encarnado, do Arabutã. Na falta de uma, podia ser do Internacional. Trabalhou na conservação do Estádio do Arabutã, era muito caprichoso. Mesmo depois de sair de lá, defendia o clube e o patriomônio como se dele fossem. Aos domingos, ia a pé pela rua de asfalto, meio cambaleando, e chegava ao campo, ficava torcendo de pé, junto ao alambrado. Mesmo não estando perfeitamente sóbrio, sabia tudo o que se passava no gramado. Reclamava do juiz, lamentava as derrotas e invadia o campo após as vitórias.
Muitas vezes, no frio do inverno, de madrugada, batia lá em casa. Não queria nada, não entrava, só queria me comprimentar. E perguntava: "Ondé que tão as geminha? Tão durmindo? E a zoinho preto?" Eu ficava um bom tempo lá com ele e ele pegava seu chapéu de aba larga e ia embora. A vizinhança gostava dele, as crianças gostavam dele. De vez em quando filava uma prato de comida na Dona Ézide Miqueloto e depois de brincar com as crianças, a Caroline, a Michele, o Fabrício, o Maxuel, o Felipe, o Júnior, a Evelyn, a Aquidauana e o Thiago, se mandava. na rua, ia abanando pra todo mundo, conhecia todos e todos o conheciam. Gostava de ir ao sítio do Nízio Dal Pivo, no Pinheiro do Meio, onde era bem tratado e até ajudava a fazer cachaça no alambique. Viveu a maior parte de sua vida sozinho e, quando foi a Joinville ver uma filha, ficou por lá e morreu. Acho que perdeu seu habitat natural...
Três pessoas boas, simples, que muito marcaram a vida de muita gente. Que angariaram a simpatia nossa e das pessoas que os conheceram. Então, no Dia Nacional da Consciência Negra, quero homenageá-los, bem como a todos nossos irmãos afrodescendentes. Estejam com Deus, Tchule, Urco e Ferro!
Euclides Riquetti
21-11-2013
De comum com eles, em alguma época de minha vida vesti a camisa do nosso glorioso Arabutã FC. Os dois primeiros como jogadores e o último como um aficcionado pelo Rubro da Baixada.
Conheci o Tchule ainda na infância, tinha um irmão, o Jânio, que chamávamos de "Chefo". O pai deles chegou a aposentar-se como funcionário da Prefeitura de Ouro. O Tchule era uma figuraça. Quando ria, seus dentes brancos eram bem realçados em sua tez morena. Muito simpático, inteligente, habilidoso com os pés, no futebol, e com as mãos e braços no repicar das baquetas em sua bateria no tempo de "Os Fraudsom". Gostava muito de samba, era muito fera. Trabalhei com ele no Posto Texaco, ali no Ouro, da Família Dambrós. Éramos lavadores e lubrificadores de carros e caminhões. Trabalhávamos muito.
Jogava no Arabutã, era zagueiro central habilidoso, mas sabia jogar nas outras posições. Quando voltei de União da Vitória e fui morar em Zortéa ele apareceu por lá, no tempo em que estive fora havia jogado no Grêmio Lírio. Na mesma época, a notícia de que foi acometido por uma hepatite que, mal curada, levou-o para o mundo dos mortos. Até hoje guardo seu sorriso bonito e sua maneira educada de resolver as coisas. Uma vez emprestei-lhe minha jaqueta branca e ele me emprestou um de cor gelo, ainda quando lavávamos carros. Era a maneira que tínhamos para ir aos bailinhos...
Com o Urco, jogamos bola nos veteranos do Arabutã. Além de lateral esquerdo vigoroso, era um bom marcador. Às vezes atuava na zaga. Era também árbitro da Liga e trabalhava no Serviço de Inspeção Federal na Perdigão, junto com o Bisteca, o Cheiroso e o Kojak. Levou azar o amigo, pois foi acometido de Leucemia. Fez transplante de medula óssea em Santa Maria, RS, mas com o tempo a mesma voltou e ceifou-lhe a vida, deixando os filhos, que foram meus alunos na Escola Sílvio Santos.
O Mário Ferro foi uma das figuras mais folclóricas que conheci. Só usava camisa de vermnelho encarnado, do Arabutã. Na falta de uma, podia ser do Internacional. Trabalhou na conservação do Estádio do Arabutã, era muito caprichoso. Mesmo depois de sair de lá, defendia o clube e o patriomônio como se dele fossem. Aos domingos, ia a pé pela rua de asfalto, meio cambaleando, e chegava ao campo, ficava torcendo de pé, junto ao alambrado. Mesmo não estando perfeitamente sóbrio, sabia tudo o que se passava no gramado. Reclamava do juiz, lamentava as derrotas e invadia o campo após as vitórias.
Muitas vezes, no frio do inverno, de madrugada, batia lá em casa. Não queria nada, não entrava, só queria me comprimentar. E perguntava: "Ondé que tão as geminha? Tão durmindo? E a zoinho preto?" Eu ficava um bom tempo lá com ele e ele pegava seu chapéu de aba larga e ia embora. A vizinhança gostava dele, as crianças gostavam dele. De vez em quando filava uma prato de comida na Dona Ézide Miqueloto e depois de brincar com as crianças, a Caroline, a Michele, o Fabrício, o Maxuel, o Felipe, o Júnior, a Evelyn, a Aquidauana e o Thiago, se mandava. na rua, ia abanando pra todo mundo, conhecia todos e todos o conheciam. Gostava de ir ao sítio do Nízio Dal Pivo, no Pinheiro do Meio, onde era bem tratado e até ajudava a fazer cachaça no alambique. Viveu a maior parte de sua vida sozinho e, quando foi a Joinville ver uma filha, ficou por lá e morreu. Acho que perdeu seu habitat natural...
Três pessoas boas, simples, que muito marcaram a vida de muita gente. Que angariaram a simpatia nossa e das pessoas que os conheceram. Então, no Dia Nacional da Consciência Negra, quero homenageá-los, bem como a todos nossos irmãos afrodescendentes. Estejam com Deus, Tchule, Urco e Ferro!
Euclides Riquetti
21-11-2013
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
Quanto vale a experiência?
Sempre tive em mim que a experiência é um fator fundamental em tudo. Quando era jovem ia jogar futebol e, sendo magro e alto, corria muito. Chegava à bola antes que os adversários. Mas, de posse dela, queria me livrar, pois tinha receio de que ma roubassem. Então dava chutões para a frente.
Nos tempos do Grêmio Lírio, em Zortéa, comecei a jogar futsal junto com os colegas do GEMCRA (Grêmio Esportivo Major Cipriano Rodrigues Almeida), de nossa escola. Dois professores, eu e o Izaías Bonato. E alguns jovens, nem todos eram nossos alunos. Lembro do "Baxo" (Leonildo de Andrade) e o irmão dele, Preto; havia o Tarugo (Ulisses Gonçalves) o Nene, irmão dele. Eu tinha 24 anos e me achava velho. Era reserva. Um dia entrei ao final e dei dois passes perfeitos: foram dois gols e viramos para 2 a 1. Passei a ter confiança e a jogar bem. Mas, no futebol de campo, ainda era de me livrar da bola.
Melhorei isso quando o Sady Brancher virou treinador do Grêmio Lírio. Ele foi um grande jogador do Arabutã FC em Capinzal, nos tempos do Campo Municipal, ali no centro da cidade. Viu-me no futsal e me convidou a treinar no campo. Eu era firme na marcação e desarme. Colocou-me na lateral direita. Joguel na posição por mais de 20 anos. Aprendi a dar os passes certos, a reter a bola e a bater escanteio na ponta esquerda, em curva. Eu resistia mais no gramado com 40 anos do que quando tinha 18, pois aprendi a dosar a energia e a distribuir melhor o jogo. Passei a valer-me da experiência!
Na semana passada, fui a uma borracharia para ver o que vinha acontecendo com um pneu do carro de minha filha. Estava anoitecendo e indicaram-me uma que atende depois da hora, ali na entrada da Vila Cordazo, em Joaçaba. Cheguei lá e havia um senhor moreno, de pequena estatura (do tamanho do Pedro Lima, nosso boiadeiro de Ouro e Capinzal), cabeleira cheia e se agrisalhando. Aparentava mais de 60 anos, o que vi confirmado adiante. Descobri que era irmão do Alduíno Silva Amora. Enquanto ele e o filho iam concluído o serviço já iniciado em pneus de duas motos, fui conversando e tentando descobrir fatos sobre a família deles. O Amora foi um dos pioneiros do Bairro São Cristóvão, em Capinzal. Adquiriu uma área onde era uma casa do pomar do saudoso Ermindo Viecelli e estabeleceu-se com sua "Recauchutadora Amora". De origem humilde, trabalhou como borracheiro em Joaçaba e teve a visão empreendedora de estabelecer-se em capinzal, bem no local que mais cresceu nos últimos 30 anos, próximo à antiga Perdigão, agora BRF.
Fiquei muito amigo dele quando eu era Presidente do Conselho da Paróquia de São Paulo Apóstolo, em Capinzal. Se precisássemos, nos trazia 20, 30 homens de confiança para prepararem o churrasco. Foi uma das mais fortes lideranças da história de Capinzal, embora não tenha vivido muitos anos. Numa das enchentes do Rio do Peixe, possívelmente em 1989, o Amora foi visitar uma filha em Lacerdópolis. Ao voltar, na ponte sobre o Rio lajeado dos Porcos, ali na propriedade dos Tessaro, na divisa entre Ouro e Lacerdópolis, a água havia passado sobre a ponte. Deixou a caminhonete no lado de Lacerdópolis e atravessou o pela água. Adiante, um Km mais ou menos, a então Rodovia SC 303 tem uma baixada onde sai uma estrada de chão para o Ramal Lovatel. O asfalto estava com mais de um metro de água e com correnteza. Três dias depois de dada sua falta, quando o rio baixou seu nível, foi encontrado lá, na sarjeta da rodovia, sem vida. vestia blusa de lã tricotada e botas de couro. No barranco, as marcas dos dedos das mãos tentando subir, salvar-se, mas não foi possivel... Algum tempo depois, nova desgraça: Um incêncio destruiu a Recapadora Amora. (Isso motivou as lideranças a lutarem para a implantação do Corpo de Bombeiros de Capinzal e Ouro).
Relembramos, saudosamente, com o Sr. Lauri, da família do "Amora". Disse-me que, há três anos, a viúva também faleceu. E que outro irmão também perdeu a vida por afogamento.
E o pneu? Bem - o pneu - quando percebi, ele já estava afundando-o no tanque de água e mostrando-me que havia um furo por onde o ar saía. Perguntei-lhe por que os outros borracheiros diziam que o pneu estava bem, enchiam-no, mas em uma semana ficava vazio, e ele respondeu-me: "É que a piazada nova coloca trinta libras e põe pra ver onde está vazando. Eu coloco sessenta libras. Se o pneu resiste, é seguro e aparece o furo. Depois que arrumo, coloco um "macarrão", baixo para trinta libras e o serviço fica garantido.
Agora, lembro-me do primeiro dia de meu estágio no Colégio Estadual Túlio de França, em União da Vitória: Saí escrevendo no meio do quadro, não utilizei bem o espaço e coube uma observação do professor Breyer ( o do mel), secundada pelo professor Geraldo Feltrin: "Cuide da distribuição da matéria no quadro!".
Trinta e um anos escrevendo no quadro negro e quadro-verde, mas sempre aproveitando bem o espaço. A experiência, no futebol, no trabalho, e nas emergências, conta muito! Por isso mesmo, não desprezar as pessoas que têm muitos anos de estrada... Ouvir o conselho dos mais velhos e observar como eles fazem as coisas. Até o sermão do padre fica melhor com os anos!
Euclides Riquetti
20-11-2013
Nos tempos do Grêmio Lírio, em Zortéa, comecei a jogar futsal junto com os colegas do GEMCRA (Grêmio Esportivo Major Cipriano Rodrigues Almeida), de nossa escola. Dois professores, eu e o Izaías Bonato. E alguns jovens, nem todos eram nossos alunos. Lembro do "Baxo" (Leonildo de Andrade) e o irmão dele, Preto; havia o Tarugo (Ulisses Gonçalves) o Nene, irmão dele. Eu tinha 24 anos e me achava velho. Era reserva. Um dia entrei ao final e dei dois passes perfeitos: foram dois gols e viramos para 2 a 1. Passei a ter confiança e a jogar bem. Mas, no futebol de campo, ainda era de me livrar da bola.
Melhorei isso quando o Sady Brancher virou treinador do Grêmio Lírio. Ele foi um grande jogador do Arabutã FC em Capinzal, nos tempos do Campo Municipal, ali no centro da cidade. Viu-me no futsal e me convidou a treinar no campo. Eu era firme na marcação e desarme. Colocou-me na lateral direita. Joguel na posição por mais de 20 anos. Aprendi a dar os passes certos, a reter a bola e a bater escanteio na ponta esquerda, em curva. Eu resistia mais no gramado com 40 anos do que quando tinha 18, pois aprendi a dosar a energia e a distribuir melhor o jogo. Passei a valer-me da experiência!
Na semana passada, fui a uma borracharia para ver o que vinha acontecendo com um pneu do carro de minha filha. Estava anoitecendo e indicaram-me uma que atende depois da hora, ali na entrada da Vila Cordazo, em Joaçaba. Cheguei lá e havia um senhor moreno, de pequena estatura (do tamanho do Pedro Lima, nosso boiadeiro de Ouro e Capinzal), cabeleira cheia e se agrisalhando. Aparentava mais de 60 anos, o que vi confirmado adiante. Descobri que era irmão do Alduíno Silva Amora. Enquanto ele e o filho iam concluído o serviço já iniciado em pneus de duas motos, fui conversando e tentando descobrir fatos sobre a família deles. O Amora foi um dos pioneiros do Bairro São Cristóvão, em Capinzal. Adquiriu uma área onde era uma casa do pomar do saudoso Ermindo Viecelli e estabeleceu-se com sua "Recauchutadora Amora". De origem humilde, trabalhou como borracheiro em Joaçaba e teve a visão empreendedora de estabelecer-se em capinzal, bem no local que mais cresceu nos últimos 30 anos, próximo à antiga Perdigão, agora BRF.
Fiquei muito amigo dele quando eu era Presidente do Conselho da Paróquia de São Paulo Apóstolo, em Capinzal. Se precisássemos, nos trazia 20, 30 homens de confiança para prepararem o churrasco. Foi uma das mais fortes lideranças da história de Capinzal, embora não tenha vivido muitos anos. Numa das enchentes do Rio do Peixe, possívelmente em 1989, o Amora foi visitar uma filha em Lacerdópolis. Ao voltar, na ponte sobre o Rio lajeado dos Porcos, ali na propriedade dos Tessaro, na divisa entre Ouro e Lacerdópolis, a água havia passado sobre a ponte. Deixou a caminhonete no lado de Lacerdópolis e atravessou o pela água. Adiante, um Km mais ou menos, a então Rodovia SC 303 tem uma baixada onde sai uma estrada de chão para o Ramal Lovatel. O asfalto estava com mais de um metro de água e com correnteza. Três dias depois de dada sua falta, quando o rio baixou seu nível, foi encontrado lá, na sarjeta da rodovia, sem vida. vestia blusa de lã tricotada e botas de couro. No barranco, as marcas dos dedos das mãos tentando subir, salvar-se, mas não foi possivel... Algum tempo depois, nova desgraça: Um incêncio destruiu a Recapadora Amora. (Isso motivou as lideranças a lutarem para a implantação do Corpo de Bombeiros de Capinzal e Ouro).
Relembramos, saudosamente, com o Sr. Lauri, da família do "Amora". Disse-me que, há três anos, a viúva também faleceu. E que outro irmão também perdeu a vida por afogamento.
E o pneu? Bem - o pneu - quando percebi, ele já estava afundando-o no tanque de água e mostrando-me que havia um furo por onde o ar saía. Perguntei-lhe por que os outros borracheiros diziam que o pneu estava bem, enchiam-no, mas em uma semana ficava vazio, e ele respondeu-me: "É que a piazada nova coloca trinta libras e põe pra ver onde está vazando. Eu coloco sessenta libras. Se o pneu resiste, é seguro e aparece o furo. Depois que arrumo, coloco um "macarrão", baixo para trinta libras e o serviço fica garantido.
Agora, lembro-me do primeiro dia de meu estágio no Colégio Estadual Túlio de França, em União da Vitória: Saí escrevendo no meio do quadro, não utilizei bem o espaço e coube uma observação do professor Breyer ( o do mel), secundada pelo professor Geraldo Feltrin: "Cuide da distribuição da matéria no quadro!".
Trinta e um anos escrevendo no quadro negro e quadro-verde, mas sempre aproveitando bem o espaço. A experiência, no futebol, no trabalho, e nas emergências, conta muito! Por isso mesmo, não desprezar as pessoas que têm muitos anos de estrada... Ouvir o conselho dos mais velhos e observar como eles fazem as coisas. Até o sermão do padre fica melhor com os anos!
Euclides Riquetti
20-11-2013
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