O dia 25 de julho no Brasil, marca comemorações importantes como o Dia do Colono e o Dia do Motorista. Em muitas cidades acontecem eventos em sua homenagem. Merecem!
Há outro lado que quero mencionar, enaltecer. Não por oportunismo, nem por demagogia, nem por qualquer outro motivo que não o de lamentar a situação dessas duas classes de trabalhadores no Brasil. Ajudam, grandemente, a alavancar o desenvolvimento, produzem, os colonos, transportam as riquezas, os motoristas.
Os colonos, ao final da década de 1960, conseguiram seu direito á aposentadoria. A mulher, aos 55 anos, o homem aos 60. Imagine você , leitor, leitora, com quantos anos um menino ou menina começa a trabalhar na lavoura. certamente que desde que aprende a andar, muitas vezes aos 5 anos. Ou, então, aos 12, adolescente. A própria legislação brasileira passou a contar como tempo de serviço, a partir dos doze anos de idade, o trabalho do menor agricultor que residiu na área rural, frequentou as escolas isoladas, o pai teve inscrição no INCRA como proprietário de terras. Então, uma mulher agricultora trabalharia 43 anos e o homem 48 para se aposentar. É muito trabalho, não acham? E ainda houve quem dissesse que a Previdência Social andava com dificuldades porque os colonos foram aposentados sem terem contribuído. Ora, esquecem de que ele contribuiu ao Funrural? De que ele gerou riquezas, essas mesmas riquezas que receberam alta tributação e engordaram os cofres dos governos, que gastaram muito mal o dinheiro?
Os motoristas, pior ainda a situação deles, por causa dos riscos nas estradas. Hoje, os caminhões são confortáveis, têm direção hidráulica, ar condicionado, cabinas confortáveis, são uns gigantes nas estradas. E as estradas, como estão? Lotadas de veículos de todos os tipos e tamanhos, sinalização péssima, esburacadas, sem oferecer segurança aos motoristas. E, quando razoavelmente cuidadas, é porque foram concedidas (uma forma de privatização), com cobranças de valores exorbitantes nas praças de pedágio, encarecendo o custo para os freteiros. Detentores dos pedágios cada vez mais ricos e motoristas cada vez tendo que trabalhar mais para pagar as prestações dos caminhões, os impostos, o alto valor do óleo diesel, que traz embutidos muitos impostos também.
Assim, no dia que lhes é consagrado, 25 de julho, aceitem minha solidariedade, amigos colonos e amigos motoristas. Que Deus esteja com todos em todas as nossas jornadas. E que possam ao fim de cada dia, ou ao fim de cada viagem, retornarem, com saúde, para o seio de seus familiares.
Com um carinhoso e fraterno abraço!
Euclides Riquetti
Há outro lado que quero mencionar, enaltecer. Não por oportunismo, nem por demagogia, nem por qualquer outro motivo que não o de lamentar a situação dessas duas classes de trabalhadores no Brasil. Ajudam, grandemente, a alavancar o desenvolvimento, produzem, os colonos, transportam as riquezas, os motoristas.
Os colonos, ao final da década de 1960, conseguiram seu direito á aposentadoria. A mulher, aos 55 anos, o homem aos 60. Imagine você , leitor, leitora, com quantos anos um menino ou menina começa a trabalhar na lavoura. certamente que desde que aprende a andar, muitas vezes aos 5 anos. Ou, então, aos 12, adolescente. A própria legislação brasileira passou a contar como tempo de serviço, a partir dos doze anos de idade, o trabalho do menor agricultor que residiu na área rural, frequentou as escolas isoladas, o pai teve inscrição no INCRA como proprietário de terras. Então, uma mulher agricultora trabalharia 43 anos e o homem 48 para se aposentar. É muito trabalho, não acham? E ainda houve quem dissesse que a Previdência Social andava com dificuldades porque os colonos foram aposentados sem terem contribuído. Ora, esquecem de que ele contribuiu ao Funrural? De que ele gerou riquezas, essas mesmas riquezas que receberam alta tributação e engordaram os cofres dos governos, que gastaram muito mal o dinheiro?
Os motoristas, pior ainda a situação deles, por causa dos riscos nas estradas. Hoje, os caminhões são confortáveis, têm direção hidráulica, ar condicionado, cabinas confortáveis, são uns gigantes nas estradas. E as estradas, como estão? Lotadas de veículos de todos os tipos e tamanhos, sinalização péssima, esburacadas, sem oferecer segurança aos motoristas. E, quando razoavelmente cuidadas, é porque foram concedidas (uma forma de privatização), com cobranças de valores exorbitantes nas praças de pedágio, encarecendo o custo para os freteiros. Detentores dos pedágios cada vez mais ricos e motoristas cada vez tendo que trabalhar mais para pagar as prestações dos caminhões, os impostos, o alto valor do óleo diesel, que traz embutidos muitos impostos também.
Assim, no dia que lhes é consagrado, 25 de julho, aceitem minha solidariedade, amigos colonos e amigos motoristas. Que Deus esteja com todos em todas as nossas jornadas. E que possam ao fim de cada dia, ou ao fim de cada viagem, retornarem, com saúde, para o seio de seus familiares.
Com um carinhoso e fraterno abraço!
Euclides Riquetti
Primeiramente, gostaria de congratular-me com a tua homenagens aos colonos e motoristas, até porque, por uma questão de origem, sempre serei orgulhosamente um colono.
ResponderExcluirA tua mensagem é importantíssima e nos obriga a fazer uma reflexão profunda sobre o momento político grave que vivemos.
Na Folha de São Paulo de 26/07/2016, li artigo escrito pela jornalista Eleonora de Lucena, duro mas preciso - "A VOCAÇÃO SUICIDA DA ELITE". Vale a pena conferir.
Ali fica claro as razões de nossas agruras, nossos medos,
nossas desesperanças. É o paradoxo do inferno no paraíso.