Tenho acompanhado, desde a década de
1980, as muitas ações que acontecem em Lacerdópolis em termos de desenvolvimento
econômico, sócio-educacional e estrutural. Bons índices em educação e saúde,
atividade cultural acima da média dos municípios com menos de 10.000
habitantes, agricultura com franca elevação dos níveis de produtividade e a
agroindústria artesanal sempre com novidades para o consumidor, despontando o
capricho, a segurança sanitária e a criatividade dos empreendedores.
As pessoas que passam pela cidade fazem
compras dos produtos locais, utilizam serviços bancários ali, abastecem em
postos de combustíveis que praticam preços que dão vantagens aos consumidores.
Uma cidade bem arrumada, mas que sofreu golpe fatal recentemente, com o
transbordamento do Rio Nair, que passa pelo centro urbano, causando-lhe
elevados prejuízos, fazendo com que a Prefeitura utilizasse dinheiro que seria
investido na melhoria da infraestrutura na a reparação de parte dos danos
havidos.
Empresários, Prefeitura e a população em
geral estão com os olhos voltados para o Turismo e estão com ações bem claras e
efetivas para a consolidação de seu projeto. A Rota das Bebidas é uma ideia que
vem sendo bem trabalhada, três pequenas centrais hidrelétricas estão projetadas
e serão viabilizadas no Rio do Peixe, sendo duas novas unidades e uma com
significativa melhoria, a cidade tem bom comércio, está sempre limpinha e florida.
Muitos pontos do Município estão se constituindo em bons atrativos. Mas o
diferencial deles, certamente que é a malha asfáltica que vem sendo introduzida
no meio rural, projetos que vêm sendo executados por quatro décadas, e que
ganharam força nos últimos dez.
Costumo andar pelo interior de
Lacerdópolis, visitar os lugares que considero interessantes, estimulo
autoridades de outros Municípios a conhecerem a realidade magnífica dali. Há
poucos dias, voltei à propriedade da Família Prando, ali próxima da Linha São
Luiz, que visitei com um grupo de pessoas, há uma década, pois tínhamos interesse
em desenvolver a atividade turística nos municípios de Ouro, Capinzal, Zortéa,
Barra do leão e Lacerdópolis, que faziam parte do NITUR – Núcleo Intermunicipal
de Turismo, que eu presidia. Foi quando percebemos que a propriedade de Romano
Prando tinha um bom potencial e que seus sucessores, os filhos Paulo, Renato e
Rosalino, buscavam conhecimento em atrativos turísticos de outras cidades e
queriam aplicar ali. Pois, na semana passada, surpreendi-me grandemente com o
Caminho do Céu, localizado no ponto mais elevado daquele município, localizado
aquém da Associação Nova Concórdia. Uma paisagem verdejante e sedutora, um
lago, uma casa de pedra basalto construída com pedras e construtores que vieram
de Paraí, no Rio Grande do Sul, belos gramados, árvores nativas, uma granja
produtora de ovelhas, uma plantação de erva-mate sombreada nos moldes das da
cidade paranaense de Bituruana, um horto florestal e, o melhor, o “Recanto do
Céu”, um espaço de 200 m2 onde podem ser celebradas festas de casamento,
aniversários, palestras, reuniões empresariais, treinamentos, cursos, com
estrutura arquitetônica deslumbrante e excelente padrão de conforto, assentada
em materiais da natureza que geram muita energia.
Fiquei
maravilhado com o empreendimento dos Prando, que recebem apoio da comunidade e
da administração municipal. Sei que eles têm outras ideias para melhorar ainda
mais o local para receber os turistas que os visitam. O conjunto de ações que
vem sendo trabalhado naquele Município o coloca como um dos mais promissores
destinos turísticos do Meio-oeste Catarinense. Lá, a prática se sobrepõe em
muito à teoria. Parabéns, Lacerdópolis.
Euclides Riquetti –
Escritor – Membro da ALB/SC – www.blogdoriquetti.blogspot.com
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