Quando os
brasileiros pensavam que a oposição iria incomodar o Presidente Jair Bolsonaro
no início de seu mandato, o que se verifica é totalmente o contrário: a chama
oposicionista, da esquerda, vem
definhando, e os próprios “mais
chegados” ao Presidente, ou o seu núcleo familiar, é que estão lhe dando muito trabalho. Dois
dos filhos de Bolsonaro já lhe causaram muitos problemas por suas declarações e
posições polêmicas. Isso não o ajuda em nada!
A primeira baixa
significativa no Governo foi a de Gustavo Bebianno, advogado, Presidente Nacional
do PSL, partido a que estão filiados os Bolsonaro. Bebianno esteve na
articulação da campanha presidencial, teve papel importante, mas não era figura
insubstituível. Ainda, a denúncia de que houve a participação de laranjas na
campanha do PSL envolvendo a nome do advogado pegou muito mal para o mesmo, uma vez que o
Presidente sempre deixou claro que, quem estivesse envolvido em “denúncias
robustas”, não ficaria em seu Governo. Assim, na noite de segunda-feira, foi
anunciada, oficialmente, a exoneração do Ministro. Não resta provado que ele
tenha participado diretamente na convocação de candidatos “laranjas”, por isso
mesmo, se o Presidente teve que tomar uma decisão tão radical de demiti-lo, é
porque há razões bem fortes para isso, o que só o tempo nos confirmará.
Por outro lado,
a semana foi marcada pelo envio dos dois projetos mais esperados no País ao
Congresso Nacional: o da Lei Anticrime e o da Reforma da Previdência Social.
Antes mesmo de o projeto de Sérgio Moro ser apresentado, juristas ocuparam
espaços na Imprensa para criticar. Não seria de esperar outra coisa: advogados
são, mesmo, contraditórios, pois suas posições, no exercício de suas funções profissionais,
assim os leva a ser. Com relação à
Previdência, a grande maioria dos brasileiros sabe que esta precisa ser
revista. A reforma não resolverá o problema na sua totalidade, mas é possível
que se defina, em Lei, qual será a forma de seu financiamento. Delfin Netto, há
mais de uma década, defendeu que as aposentadorias não precisam sair apenas do “lombo do trabalhador”, mas sim das
riquezas que ele produz. Acontece que a arrecadação sempre foi utilizada de
forma inadequada, para alimentar a corrupção, os aproveitadores, e a mídia
interesseira, além de se gastar em projetos muito mal planejados, que acabam
abandonados e não trazem benefícios à coletividade. Parte dela poderia ser
destinada, regularmente, ao pagamento dos benefícios.
Ainda, há a
registrar as barbaridades que acontecem no Rio de Janeiro: Num estado que é a
vitrine para mostrar o País ao mundo, onde alguns de seus ex-governadores costumam frequentar
presídios na condição de alojados,
acontece de tudo, e a última foi a da tentativa de se realizar a partida
final da Taça Guanabara, o primeiro turno do Campeonato Carioca, com portões
fechados ao torcedor. É, lá eles estão sobrando dinheiro e podem se dar ao luxo
de barbaridades do gênero!
Euclides Riquetti – Escritor – Membro da ALB/SC www.blogdoriquetti.blogspot.com
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