Jair Bolsonaro,
Presidente da República, tem tropeçado na língua frequentemente. Aquela de
falar em governadores “paraíbas” foi uma lástima léxica e semântica. De todos
os balões do vernáculo que soltou nos primeiros quase que sete meses de
Governo, foi o pior deles. Mostrou que é descuidado e de certa forma
preconceituoso. Não pode ele tratar assim, tão pejorativamente, nenhuma região
do País, tenha ele sido bem votado nela ou não.
Autoridades, em
todos os níveis, têm que ter um comportamento ético exemplar junto a todos os
seus liderados, não importando se lhes sejam favoráveis ou contrários. Mesmo
outras pessoas públicas, de quaisquer setores que sejam, precisam cuidar muito
da maneira como falam, pois, para o cidadão comum, eles sempre são vistos como
exemplos. E os exemplos precisam ser sempre bons, não maus. Edmundo, há exatos
22 anos, quando jogava no Vasco da Gama, era um craque, fazedor de gols em
médias bem acima das dos artilheiros de hoje. No entanto, uma vez, jogando no
Rio Grande do Norte, foi expulso por um juiz cearense e, enraivecido por causa
de uma decisão do árbitro, falou que jogar na Paraíba e ser expulso por um
árbitro “paraíba” não era aceitável. Isso denota que muita gente, em especial
moradores do Rio de Janeiro, tratam todos os nordestinos como “paraíbas”. Se,
para eles, isso é comum, é inaceitável, principalmente se a expressão for usada
por uma pessoa pública, muito mais por uma autoridade.
Bolsonaro tem
tomado diversas medidas que os brasileiros esperavam que ele tomasse. Aquela de
falar em fechar a ANCINE – Agência nacional do Cinema - foi merecedora de meu aplauso pessoal e de
muitos brasileiros. Sempre foi um covil de aproveitadores, que se aproveitaram
de generosas verbas públicas para produzir porcarias, em sua grande maioria.
Houve chiadeira de supostos “intelectuais”, mas as autoridades não precisam
agradar a todo mundo. Outra medida recente, a de reduzir o número de
conselheiros do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas, excluindo vagas
destinadas a “especialistas” e integrantes da sociedade civil, inclusive da OAB
e da UNE, embora com a chiadeira da imprensa e de setores específicos da
sociedade, merece uma análise mais profunda e menos crítica. O Conselho, criado
em 2006, em nada ajudou o Brasil a ter reduzidos os índices de consumo,
dependência e de violência e outros ilícitos no quesito. Aliás, há muitos
órgãos, conselhos e institutos que se empilham ou se sobrepõem na atividade
pública, em diversos setores, que emperram o desenvolvimento de ações sérias
para minorar, efetivamente, impactos que são causados contra a sociedade por
desajustes de conduta. Em cidades pequenas como as nossas, por exemplo, se você
tiver 10 conselhos instalados, verá que 80 por cento das pessoas que participam
deles são as mesmas, a maioria pura “chapa branca”,
As diversas
medidas que no novo Governo vem tomando, no sentido de agilizar diversos
setores da economia, do social, e da educação, visando à retomada do
crescimento nos múltiplos aspectos, muitas delas impopulares, mas necessárias,
desaparecem ao vento por não serem adequadamente defendidas e explicadas à
população na comunicação institucional. Cuidar do que se diz e, em especial de
“como se diz”, é muito mais salutar para o bom entendimento entre os brasileiros,
do que ficar fomentando intrigas que em nada nos ajudam.
Euclides Riquetti – Autor de “Crônicas do Vale do Rio do
Peixe e outros lugares” –
Publicado no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC - em 25-07-2019
O maior problema desse senhor mão é espancar diariamente a língua portuguesa. Isso até passa,,, O grande problema, não dele, mas nosso, é que, com a chancela da elite e a burrice da nossa classe média o psicopata está destruindo a nação.
ResponderExcluirDesse jeito, para alegria do tio Sam, não vai sobrar nada.
A máxima dessa quadrilha é:
Mais Arma e menos livros
Mais Veneno em sua mesa e menos saúde
Mais Ignorância e menos tudo
Muitas vezes chego a pensar que tudo isso que estamos vivendo é um ficção...