Observação: Não foi De Gaulle quem proferiu a frase que é atribuída a ele.
Está em curso
uma grande guerra pré-eleitoral no Brasil. As desavenças entre o Executivo e o
Legislativo, e o Judiciário e o Legislativo, estão em todas as pautas
possíveis. Constroem-se narrativas, propagam-se ideias. Formam-se arcabouços
ideológicos, os cidadãos simples acabam envolvidos nas fogueiras através das
redes sociais, a grande mídia dá o seu tom interesseiro, a cabeça das pessoas
fica em meio à confusão toda. Realmente, como lá na França, o diplomata
brasileiro, diante de um conflito diplomático entre o Brasil e a França,
conhecido como Guerra da Lagosta, o diplomata brasileiro Carlos Alves de Souza
Filho, em 1962, disse que “O Brasil não é um país sério!” (A frase é atribuída,
de forma errada, a Charles de Gaulle). Continuamos assim!
E não podemos
atribuir toda a culpa à classe política, mas a todos em geral. Atualmente, a
imprensa é uma das grandes culpadas, pois dá espaço a picaretas, ajuda a
disseminar narrativas mais do que duvidosas e a embaralhar a cabeça dos
brasileiros. Tudo pelos seus interesses: dinheiro, ideologia, audiência! As notícias sobre a política se misturam às
policiais. Quem está invadindo o território de quem?
Na segunda
quinzena de janeiro, como não aconteceram muitas desgraças, a pauta tem sido as
buscas que a Polícia Federal tem feito junto a endereços de bolsonaristas, como
Carlos Jordy, Alexandre Ramagem Rodrigues, deputados federais e, agora, Carlos
Bolsonaro, vereador pela cidade do rio de Janeiro, filho do ex-Presidente Jair
Messias Bolsonaro. Ramagem é pré-candidato a Prefeito naquela cidade. É visível
que as operações visam a constranger o ex-Presidente Bolsonaro. Ainda, alguém
duvida de que a ação policial não seja em razão das eleições no Rio de Janeiro,
ou de promover o desgaste de Jair?
O Défict das
Contas do Governo Federal – Fechadas as contas relativamente a 2023,
verifica-se em déficit de duzentos e trinta bilhões e quinhentos milhões de Reais. É o pior
resultado desde o ano de 2020, quando ocorreu a Pandemia da Covid 19. O Governo
tem tentado, e conseguido, de todas as formas melhorar a arrecadação, mas se
tem constituído num gastador inveterado. Diz que a culpa é do Bolsonaro, que
não pagou uns precatórios na Pandemia. Governos que gastam mais do que
arrecadam perdem a credibilidade perante o mercado de investidores
internacional. Isso é, sempre, uma realidade, gerando incertezas para estes, que já têm a assombração da
insegurança jurídica. E os investimentos fogem.
Eleições locais
– na outras semana, o prefeito de Chapeco, João Rodrigues, esteve em Herval
d´Oeste, em concorrido evento político. Na ocasião, o vice de Herval, Jair da
Rosa (PL,) e o prefeito de Luzerna, Juliano
Schneider (Republicanos), filiaram-se ao PSD. O vereador Juliano Pedrini, ainda
no PL, foi praticamente lançado como candidato e Prefeito Pelo PSD para
Joaçaba. A consolidação da mudança de partido se dará possivelmente entre fim
de março e início de abril, quando da janela partidária, em que políticos podem
mudar de sigla sem perder seus mandatos eletivos.
Planos de saúde
que matam – Os planos de saúde estão reivindicando um aumento de 25% nas
mensalidades dos usuários. Argumentam que a “inflação médica” é de 14%. Os
médicos reclamam que são mal remunerados. Os usuários, quando aos 59 anos,
recebem comunicado de que os valores passam a ser estratosféricos. Dessa forma,
são afugentados e abandonam o Plano. Alguma coisa está errada, muito errada. E
as autoridades, o Ministério da Saúde, o da Fazenda, o do Planejamento, fazem o
quê, dizem o quê? Planos precisam ser para proporcionar saúde e não para
“matar” na velhice.
Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com
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