terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Nadir Susin, o Cabeça Branca

Relembrando do amigo...
         No fial da década de 1970 fui morar em Duas Pontes para lecionar na Escola Básica Major Cipriano Rodrigues Almeida. Guardo excelentes lembranças das pessoas com quem convivi e fiz amizade. Tenho-as na memória como se tivessem congelado sua imagem para mim. Alguns eu ensinei, outros me ensinaram. E, dentre as que me ensinaram algo com sua experiência e maturidade estava  Sr. Nadir Susin, marido da Dona Zula, pai do Armando, do Arnaldo (Neco), Adroaldo (ou Arnoldo?  o Gordo), e do Cheiro (Haroldo). Na época, os dois primeiros estavam fora, tinham ido estudar e ficaram. O Neco encontrei há mais de 30 anos no Estádio Couto Pereira, em Curitiba, assistindo um Jogo do Coxa contra o Botafogo, do Rio. O Gordo  e o Cheiro moravam ainda em casa, nas Duas Pontes, hoje Zortéa.

          Quando chegamos ali, no início de 1977, o primeiro casal que veio econtrar-nos foi o saudoso Olivo Susin, marido da Roseli Viel.  Recepcionaram-os e nos trouxeram para o Baile do Chopp, no Salão Paroquial de Capinzal. Ficamos muito amigos. Jogávamos futebol no Grêmio Lírio com o Tio Livo, como era chamado. E trabalhávamos na Escola com a Rose, professora de Mtemática.Era irmão do Nadir.

         Na Zortea Brancher S/A tínhamos uma hierarquia, primeiro com seis diretores e depois  uma espécie de gerente geral dos trabalhos externos. O Sr. Nadir Susin, que também fora motorista de um dos GMCs marítimos, era sócio da empresa. Supervisionava a área externa, tinha conhecimento sobre a indústria, a produção, os caminhões, tratores, equipamentos. Discreto e educado, não levantava a voz jamais. Dava sua opinião sobre as coisas, respeitava a dos outro. Era um pessoa de bom trato.a noite do grande incêndio na Serraria, em 1979, estivemos lado a lado na orientação das ações para evitar um desastre maior.

          Exercendo forte liderança comunitária, fizemos parte da Diretoria  que, com a vinda dos Padres Missionários, em 1979, assumiu o compromisso de reorganizar a Capela de Santa Catarina, padroeira da localidade. Tínhamos como Presidente o compadre Aníbal Bess Formighieri e com uma equipe formidável conseguimos levar adiante o projeto e fazer nossa parte. Sempre mantivemos uma ótima amizade, mesmo depois que saímos de lá. Aposentado, começou a trabalhar em seu sítio, sempre em plena atividade, como sempre o fez durante toda a sua vida. Há poucos anos perdeu o filho Adroaldo e levou um grande baque. Ontem, às 10 horas, faleceu vítima de infarto, aos 82 anos.

          Fiquei sabendo do ocorrido apenas ä noite, através da internet. E comecei a relembrar dos bons tempos em que trabalhamos juntos na empresa, na Escola e para nossa Igreja.: foi-se  nosso "cabeça branca", era assim que o chamávamos. Cabeça dos cabelos embranquecidos pela maturidade e pela experiência, do educar pelo exemplo, do servir sem esperar nada em troca.Nadir Susin, o pai que amou sua esposa e seus filhos, que fez história no local em que viveu a maior parte de sua vida. Que Deus o tenha em sua Eterna Glória!

          Euclides Riquetti
          07-07-2013

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