quinta-feira, 24 de março de 2016

Morre Cruyff - o astro do Carrossel Holandês

          


O mundo perdeu, hoje, um dos maiores futebolistas de todos os tempos. A Holanda perdeu seu maior ídolo, o maior jogador de futebol que aquele país já produziu. Nascido Hendrik Johannes Cruyff, na cidade de Amsterdã, na Holanda, em 25 de abril de 1947, ficou conhecido no mundo como Johan Cruyff. Hoje, após luta intensa contra um câncer, faleceu em Barcelona, na Espanha, rodeado por familiares.

            Sua biografia o retrata como "um jogador revolucionário, tático, ofensivo, coletivo, vistoso e eficiente, inspirou muitos jogadores e treinadores a partir de suas extraordinárias atuações no Ajax e na seleção de seu país, tornando-se vice-campeão na Copa do Mundo de 1974. Os que o viram atuar pela sua seleção não sabem que, no Ajax, ele tinha atuações ainda melhores, simplesmente espetaculares.

          Naquele ano, eu estava em meu terceiro ano no curso de Letras da FAFI, em União da Vitória, PR, morava na "República Esquadrão da Vida", localizada no centro daquela cidade, e trabalhava na concessionaria Mercedes-Benz, a Álvaro Mallon e Filhos. Cruyff tinha um fortíssimo companheiro em sua seleção, o Neeskens. Meu colega de trabalho, Vilson Vilanova,  era só elogios com relação aos dois jogadores. O mesmo eu sentia em Osvaldo Bet, João Luiz Agosini, Leoclides Fraron e Odacir Giaretta.Na verdade, todos os nossos colegas da república eram admiradores do futebol da dupla.

          É considerado o maior  jogador europeu do século XX, sendo o segundo maior do mundo, apenas atrás do brasileiro Pelé. Sua geração na Holanda tinha  ainda os craques  Neeskens, além de grandes jogadores como Johnny Rep, Rob Resenbrink e Ruud Krol.

          As características daquela seleção que também foi conhecida como a "Laranja Mecânica", era a de marcar com pressão, abafando o adversário e roubando a bola, com a sequência de toques rápidos e diversos, confundindo os adversários. Os jogadores defensivos atacavam e os atacantes, a essa hora, defendiam. Os deslocamentos para outras posições confundiam totalmente os marcadores. O sistema foi seguido pelo farmacêutico piratubense Dr. Hugo Riffel, um estudioso do futebol,  que difundiu esse  esquema tático no Baixo Vale do rio do Peixe, principalmente no Nacional de Ipirá, e no Arabutã FC, de Capinzal, nas  décadas de 1970 e 1980.

          Grande admirador de Cruyff, lamento muito que o mundo o tenha perdido. Mas há a certeza de que seus feitos ficarão na história, não apenas da Holanda, mas do futebol mundial.

Euclides Riquetti
24-03-2016

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