Meu texto recente publicado em minha coluna no Jornal Cidadela, de Joaçaba - SC:
Para onde vamos?
Tenho ouvido as propostas dos
candidatos às eleições aqui de Joaçaba e de cidades da microrregião. Na
verdade, não há como eles fugirem do “mais do mesmo” também em relação ao que
se propõem a executar se forem eleitos. O eleitor comum quer ver atendidas as
suas pautas, que são muito simples. Então, os discursos, ao longo da campanha,
acabam se afinando, indo para a mesma direção, dando a impressão que são
copiados uns dos outros. Isso significa que o que todos eles ouvem, no contato
com os eleitores, é a mesma coisa. Vou
me reportar, aqui, a um item que considero muito importante para nossas
cidades, Joaçaba, Herval d ´Oeste e Luzerna, a
questão da velhice:
É sabido, e as estatísticas mostram isso muito bem, que as pessoas estão vivendo por mais tempo nas cidades. Também está evidenciado que os casais estão tendo menos filhos e que poucos restaram morando com os pais, longe daquela tradição de até cinco décadas atrás, quando o filho mais novo ficava morando com os pais e herdava a propriedade e o compromisso de cuidar deles até o fim de sua vida. Longevidade estava fora de questão, bem ao contrário do que acontece agora. Tudo isso vem causando preocupação aos viventes: “Quem vai cuidar de quem?” ou: “Quem vai cuidar dos velhos?” - Tenho presenciado o drama de muitas famílias e isso me remete a um projeto que o Prefeito José Camilo Pastore, da cidade de Ouro, pretendia executar em seu mandato, de 2005 a 2009, a creche do idoso. Tais projetos costumam ser travestidos da roupagem “Centro de Convivência da Terceira Idade”, mas o conceito do projeto de Pastore era bem diferente: ele tinha a preocupação com as pessoas que, na velhice, perdiam o companheiro ou companheira, e não tinham com quem ficar durante o dia. E propunha que fossem implantadas as creches de idosos, para onde os filhos os levariam de manhã e, ao fim do dia, depois do trabalho, os levariam de volta para casa. A situação é mais complexa e mais preocupante do que parece e somente quem tem o problema sabe dimensioná-lo. Passados dez anos, a situação é ainda mais preocupante. Muitas pessoas estão optando por não terem filhos, outras os perderam, ou mesmo acabou-se a paciência em cuidá-los. E, os custos para a contratação de cuidadores, muitas vezes mais do que um, têm alto custo. Soma-se a isso o custo saúde e a conta fica muito grande. Então, imagino que as cidades devam projetar seus Centros de Atenção ao Idoso, instituições apropriadas a atenderem pessoas em idade avançada que não tenham herdeiros próximos. Não haverá como o Poder Público fugir desse compromisso. Tais instituições deverão estar aparelhadas com boas instalações, equipamentos e recursos humanos qualificados. E deverão prestar ao idoso, além de toda a atenção em saúde, alimentação, alojamento e ocupação, bem como o assessoramento em seu acesso a bancos, lojas, mercados, etc. A atenção à pessoa idosa precisa estar na pauta de todos os candidatos a prefeito e deve ser compromisso dos vereadores cuidar para que os projetos se efetivem.
É sabido, e as estatísticas mostram isso muito bem, que as pessoas estão vivendo por mais tempo nas cidades. Também está evidenciado que os casais estão tendo menos filhos e que poucos restaram morando com os pais, longe daquela tradição de até cinco décadas atrás, quando o filho mais novo ficava morando com os pais e herdava a propriedade e o compromisso de cuidar deles até o fim de sua vida. Longevidade estava fora de questão, bem ao contrário do que acontece agora. Tudo isso vem causando preocupação aos viventes: “Quem vai cuidar de quem?” ou: “Quem vai cuidar dos velhos?” - Tenho presenciado o drama de muitas famílias e isso me remete a um projeto que o Prefeito José Camilo Pastore, da cidade de Ouro, pretendia executar em seu mandato, de 2005 a 2009, a creche do idoso. Tais projetos costumam ser travestidos da roupagem “Centro de Convivência da Terceira Idade”, mas o conceito do projeto de Pastore era bem diferente: ele tinha a preocupação com as pessoas que, na velhice, perdiam o companheiro ou companheira, e não tinham com quem ficar durante o dia. E propunha que fossem implantadas as creches de idosos, para onde os filhos os levariam de manhã e, ao fim do dia, depois do trabalho, os levariam de volta para casa. A situação é mais complexa e mais preocupante do que parece e somente quem tem o problema sabe dimensioná-lo. Passados dez anos, a situação é ainda mais preocupante. Muitas pessoas estão optando por não terem filhos, outras os perderam, ou mesmo acabou-se a paciência em cuidá-los. E, os custos para a contratação de cuidadores, muitas vezes mais do que um, têm alto custo. Soma-se a isso o custo saúde e a conta fica muito grande. Então, imagino que as cidades devam projetar seus Centros de Atenção ao Idoso, instituições apropriadas a atenderem pessoas em idade avançada que não tenham herdeiros próximos. Não haverá como o Poder Público fugir desse compromisso. Tais instituições deverão estar aparelhadas com boas instalações, equipamentos e recursos humanos qualificados. E deverão prestar ao idoso, além de toda a atenção em saúde, alimentação, alojamento e ocupação, bem como o assessoramento em seu acesso a bancos, lojas, mercados, etc. A atenção à pessoa idosa precisa estar na pauta de todos os candidatos a prefeito e deve ser compromisso dos vereadores cuidar para que os projetos se efetivem.
Euclides Riquetti – Escritor
Membro da ALB/SC
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