Estivemos em
Florianópolis para cumprir obrigações familiares na semana que antecedeu à
Páscoa. Fomos na sexta-feira, 23, feriado em nossa Capital. Uma viagem que eu
costumava fazer em 5 horas e meia me consumiu 8 horas e alguns minutos.
Trânsito horrível. Rodovias apinhadas de carros de todos os tamanhos. Muitos
sem condições de segurança de trafegarem em qualquer tipo de estrada.
Na BR 282, tudo ia
muito tranquilo desde Joaçaba até chegarmos na região de Bocaina do Sul/Rio
Rufino, logo após Lages. . Depois, o costumeiro tormento, que já nos é
previsível. Há muitas décadas o trecho
entre Lages e a BR 101 é palco da passagem de caminhões carregados de madeiras
em toros para serragem e lenhas. A maioria deles transportando mais peso do que
sua capacidade de carga. Andam lentos e não são fiscalizados. Na região de
Águas Mornas, um suplício: um caminhão carregado de madeiras descendo uma serra
a 20 Km por hora, evidenciando que o motorista está com cuidados porque o
veículo pode estar com problemas nos freios. E possível sobrecarga! Vai
represando o trânsito de muitos caminhões e automóveis. Os afoitos, vão
ultrapassando em lugares proibidos, colocando a vida deles e as nossas em
risco. Diversos pontos que poderiam receber faixa adicional sem sequer um
estudo para isso. O Governo Brasileiro incentivou a comprarem carros, a se
endividarem e não melhorou as condições das estradas.
Na chegada à BR
101, outra aventura! Fim de dia e um movimento assustador. Se você consegue
fazer uma média de 15 ou 20 Km por hora, dê-se por satisfeito. Depois, encare a
Via Expressa, para acesso à Ilha da Magia. Está difícil de se acertar um
horário em que não haja congestionamento de veículos. E, com eventuais
acidentes, a situação se torna ainda mais difícil. Então você encara a ponte de
acesso à cidade de Florianópolis e as ruas cheias de carro. Há muitos anos
falam em uma nova ponte, em transportes modais e nada acontece. Tudo muito
sofrível para os moradores da região metropolitana que têm que se submeter a elevado
estresse todos os dias.
Em Canasvieiras,
no sábado, aportou um navio de Cruzeiro, da MSC, com cerca de 4.000 passageiros
mais tripulação. Pelo menos 2.000 pessoas desceram para terra através de
embarcações que transportavam até 100 passageiros. A Prefeitura, através de sua
Secretaria de Turismo, providenciou significativas melhorias nas praias do
Norte da Ilha, após as ressacas de 2017. Nas imediações do trapiche,
policiamento não faltava, como não faltavam seguranças particulares. Foi providenciada
uma feirinha de artesanato local com 10 barracas. Umas tendas para abrigo em
caso de chuva ou muito sol, até mesmo porque acontecia, no fim de semana, uma
competição de vôlei de praia. Banheiros estavam instalados em vários pontos,
placas orientativas para os turistas,
muitos ônibus e vans para o transporte em city-tour. Seguranças impediam os
camelôs de aproximarem-se dos turistas do cruzeiro marítimo para não os
molestarem. Comparado a que já presenciei em Salvador e Maceió, nós dando de 10
a zero neles.
Resumo da ópera:
No dia seguinte, domingo, tudo foi desaparecendo, foram-se as barracas bacanas,
os banheiros, foi-se o policiamento, foram-se os seguranças, os camelôs tomaram
conta do pedaço e voltamos ao velho “brasilzão”, onde tudo se improvisa, nada é
definitivo, e a enganação impera. A praia de Canasveiras, na Semana Santa,
lotada pelos costumeiros argentinos, milhares de uruguaios e alguns mais. Sem
as benesses oferecidas aos turistas do cruzeiro em “escala-teste”. Um
desrespeito aos que garantes fluxo em todos os anos. E, aquela história
propalada de que cada turista de cruzeiro deixa na cidade pouco mais de R$
500,00 por dia, pura balela. Pouco compraram, pouco gastaram na cidade.
Voltaram para o navio com poucas sacolinhas, que lá dentro se pode comprar o
que se precisa, desde bebidas, até roupas e joias, tudo de altíssima qualidade.
Euclides Riquetti – Professor – Membro d LB/SC
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