O sistema
habitacional brasileiro é um fracasso. Tanto quanto o sistema de saúde, de
educação, de segurança, de infraestrutura viária, portuária e aeroportuária. Também
somos bregas no saneamento básico. E isso ficou evidenciado com as notícias e
debates que se sucederam após o incêndio daquele prédio público no centro de
São Paulo, que o fez desabar. Agora, muito cisco está sendo retirado de debaixo
do tapete. Vivemos num país em que, a cada eleição, o político perde mais a sua
importância (já combalida há muito tempo...), dando lugar ao estrelismo dos
marqueteiros e, no presente, dos advogados. E os compromissos que assumem na
campanha valem tanto quanto uma nota de três reais. Duvida? Então pesquise sobre déficit habitacional no Brasil e se assuste!
A invenção do auxílio moradia ou o aluguel
social, por exemplo, serviram para escamotear a falta de programas habitacionais
consistentes em todo o Brasil, e isso envolve as cidades, os estados e a nação.
Se os governos da ditadura não foram
muito eficientes no cumprimento do quesito, com seu BNH, os da democracia conseguiram ser ainda piores.
Ainda, as habitações populares são construídas distante dos serviços e das
empresas empregadoras, em áreas de baixíssimo custo. Aí vem o problema do custo
do transporte das pessoas até o local de trabalho ou estudo.
O programa “Minha
casa, minha vida”, que os críticos rebatizaram, ironicamente, como “Minha casa,
minha dívida”, é um grande negócio para o Governo. Os valores dados em subsídio
para algumas faixas de beneficiários são bem menores do que a cadeia de
produção de habitações gera em impostos para os governos nos três níveis,
municipal, estadual e federal. De qualquer forma, os sistemas de habitação
foram um fracasso e deverão continuar sendo, pois a defasagem continua.
O incêndio ocorrido em São Paulo serviu
para nos mostrar como agem os aproveitadores, que criam movimentos abrigados em
siglas, jogos de letras com nomes atraentes, mas que escondem, em seu interior,
lobos famintos que devoram os incautos e os inocentes úteis. Usam como critério
para seleção, por exemplo, o número de vezes que as pessoas participam de
protestos, o que é um despropósito, pois, muitos desses protestos, são apenas
de cunho político partidário ou ideológico. A necessidade do cidadão vulnerável,
ou o merecimento, de alguma forma, não contam. Aquilo que deveria ser um sonho, constitui-se
num tormento.
O que nos honra
e orgulha, por enquanto, é o sistema do agronegócio, que evoluiu muito e tem
sustentado um país em que se arrecada bem, se gasta mal, se mente muito e se
rouba muito. Não falta dinheiro em malas, cuecas, meias, ou mesmo em
transferências bancárias.
Euclides Riquetti – Escritor – Membro da ALB/SC
Uma das figuras mais abomináveis da política brasileira, o senador Romero Jucá, do MDB de Roraima, presidente do partido no poder estava certo. "Com o Supremo, com tudo", como ele comunicou ao delator Sérgio Machado, a estratégia para derrubar Dilma Rousseff e colocar Michel temer em seu lugar já é uma realidade num caminho sem volta.
ResponderExcluirMenos de dois anos após o golpe parlamentar, tudo o que está acontecendo confirma as previsões de Jucá.
Ricardo Kotcho
Essa turma que usurpou o poder (mídia, parlamento, supremo, et caterva) não têm um projeto de Nação, sua única preocupação é atender os ditames de Washinton, ou seja, o mercado: Acabar com qualquer resquício de soberania nacional, entregando todas nossas riquezas, petróleo, eletrobras, comunicação e por aí vai.
Usaram e abusaram do pretexto de que tinham que acabar com a corrupção e elegeram o PT como o único corrupto, os outros, esses que estão aí a roubar sem nenhum pudor, são santos. Não é isso que diz o Impoluto Sérgio Moro, com a ajuda admirável da mídia, todos os dias?
Aécio, Serra, Alckmim... só para citar alguns, não vem ao caso.
Então, dá para dizer sem medo de errar, que o maior problema do Brasil nunca foi a corrupção, apesar de imensa, mas a maldita distribuição de renda, de saúde, de educação, de moradia..
Esperar o que de um des-governo desses que está nos tirando todos os direitos trabalhistas, previdenciários.. Bem disse, tempos atrás, o agente da Cia, empregado da Fundação Ford, Fernando Henrique Cardoso: Vamos varrer a Era Vargas.Está aí!
Sobre FHC ler o livro da escritora britânica Frances Stonor Saunders "Quem pagou a conta? É muito esclarecedor.
Concordo com o autor. Os governos têm fracassado na execução de programa de habitação. Há um enorme déficit habitacional no Brasil porque os governos não valorizam o trabalhador brasileiro. Mas não deixam de viver em mordomias, viagens e obtendo vantagens pessoais. Gastam mais em propagandas que em habitação. Falta respeito para com aqueles que procuram por moradia digna. Abraço, Miriam Carmignan
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