Alvorada é um lugar de vista maravilhosa, de onde se pode contemplar um belíssimo cenário. Olhando-se para o Norte visualiza-se o serpenteio de nosso Rio do Peixe, que nasce em Calmon, perto de Matos Costa-SC. Nosso rio tem suas formosas corredeiras, algumas ilhotas e muito verde em suas margens. Ao chegar em Ouro, faz uma curva acentuadíssima, como o desenho de uma ferradura. Participei ativamente das lidas de implantação do Alvorada e do Costa do Sol, ali ao lado do Parque e Jardim Ouro.
Em 1988, na época do Prefeito Domingos Boff, na cidade de Ouro - SC, idealizou-se um projeto para a construção de um conjunto habitacional através da COHAB, órgão vinculado ao Ministério da Habitação. Vivia-se uma turbulência econômica no país, a inflação causando muitos transtornos e a população de baixa renda vendo seus salários corroídos. Dar casa para as famílias morarem era uma grande ajuda que o Poder Público podia fazer. Até porque a inflação facilitava a vida dos Estados e Municípios, que não podem pagar juros sobre débitos empenhados. Mas torturava trabalhadores de baixa renda!
A Prefeitura adquiriu e loteou uma área em local alto e relativamente plano, de propriedade da família Campioni, representada pelo Sr. Aldecir. Organizaram e apresentaram projeto ao Governo Federal, obtendo uma boa soma de recursos para a compra de materiais para o início da sua execução. O regime a ser adotado para a construção das casas foi o de "mutirão", com os beneficiários executando a construção das casas.
Vieram as eleições e, logrando resultado favorável, coube-nos, após nossa posse como Prefeito, dar andamento a isso. De imediato reunimos a equipe de trabalho: o Secretário de Obras Ademar Zócolli, o de Administração Caio Zortéa , a Secretária de Educação e Saúde Celita Colombo e os Diretores Neri Miqueloto e Amantino dos Anjos. Esta era a equipe que o Município comportava e que nos assessorava, conjuntamente, na execução dos projetos. E os beneficiários tinham seus representantes: Antônio Vilmar Varela, Antoninho Coeli, Itamar Zanchet, Airton Lorega Duarte e Antoninho Córdova, dentre outros. Este contratado como funcionário da Prefeitura e se constituindo em seu primeiro morador. Fizeram a primeira casa e o colocaram lá parar morar, acompanhar os trabalhos e cuidar dos materiais.
Quando assumimos, havia muito trabalho a ser feito e o desafio era grande: Dar continuidade a algo iniciado pela administração anterior, sem alterar os rumos e o planejamento. As pessoas que estavam sendo contempladas trabalhavam aos sábados e domingos, e muitas vezes à noite, para erguer suas casas. Foram valentes e determinados. Uns ajudavam aos outros.
Ao final da obra, faltaram recursos para a compra de outros materiais necessários à conclusão do projeto, mas com os esforços do Poder Público e dos interessados, tudo foi resolvido da melhor maneira e, ao final, as 50 casas foram concluídas, algumas já com ampliações. Pusemos rede de água em parceria com o Simae e de energia elétrica com a Celesc. Com recuros do Município de Ouro, implantamos a iluminação pública. E, junto à antiga Telesc, conseguimos a instalação de um telefone público. Na época não existiam ainda os telefones celulares e nem havia cabo telefônico até o local. Apenas um fio para o fone público.
Mas o novo Bairro precisava de um local para os eventos sociais e culturais. Fizemos um projeto e apresentamos ao então Secretário de Estado da Habitação, Afonso Dresch, que liberou a verba com que foi construído o Centrinho Comunitário e uma cancha de bochas. Fundaram um time de Futebol, o Grêmio Alvorada, organizaram-se, melhoraram o padrão de suas casas e, no início da década de 1990 suas ruas receberam pavimentação com pedras irregulares, na Administração do Prefeito Sérgio Durigon. Também houve a implantação, em anexo, o Bairro Costa do Sol I. E, da Administração de José Camilo Pastore, o Costa do Sol II, concluído na da Neri Luiz Miqueloto. Miqueloto, por sua vez, implantou ali o Centro de Apoio ao Trabalhador da Agricultura Familiar - Pronat - e iniciou a execução de um projeto de asfaltamento da rua principal.
Das pessoas mais "maduras" dentre os primeiros moradores, lembro, pelos nomes como eram chamados, da Dona Júlia, que era benzedeira; do Seu Juca, do Guerino Coeli e do Carmozino de Jesus; do Tio Bila; do Dinarte João Pedro; do Seu Nelson; do Auri BR; do Marianinho; do Alemão Schmitt, pai da Rose dos Anjos; da Tonha; da Ero Schwantes; da Dora e do Laerci Duarte; do Rovaldino.
O Bairro Alvorada/Costa do Sol está com cerca de 100 famílias atualmente. Passaram-se 25 anos desde o início dele até o presente momento. Muitas famílias venderam suas casas e mudaram de cidade. Pessoas idosas faleceram e vieram seus sucessores. Mas podemos asseverar que o pdrão de vida de todos foi melhorando desde a fundação. Os filhos foram para a escola, tornaram-se profissionais em diversas áreas e, com isso, a sociedade local se fortaleceu. Gente humilde, mas determinada. Gente que não esperou que nada caísse do céu. Trabalharam num sistema muito bom de mutirão e hoje ainda se unem para fazerem as promoções para algumas melhorias. Se o mesmo sistema fosse utilizado em todo o país, certamente que com o dinheiro gasto em Habitação se teria o dobro do número de casas construídas.
Euclides Riquett07-05-2013
Em 1988, na época do Prefeito Domingos Boff, na cidade de Ouro - SC, idealizou-se um projeto para a construção de um conjunto habitacional através da COHAB, órgão vinculado ao Ministério da Habitação. Vivia-se uma turbulência econômica no país, a inflação causando muitos transtornos e a população de baixa renda vendo seus salários corroídos. Dar casa para as famílias morarem era uma grande ajuda que o Poder Público podia fazer. Até porque a inflação facilitava a vida dos Estados e Municípios, que não podem pagar juros sobre débitos empenhados. Mas torturava trabalhadores de baixa renda!
A Prefeitura adquiriu e loteou uma área em local alto e relativamente plano, de propriedade da família Campioni, representada pelo Sr. Aldecir. Organizaram e apresentaram projeto ao Governo Federal, obtendo uma boa soma de recursos para a compra de materiais para o início da sua execução. O regime a ser adotado para a construção das casas foi o de "mutirão", com os beneficiários executando a construção das casas.
Vieram as eleições e, logrando resultado favorável, coube-nos, após nossa posse como Prefeito, dar andamento a isso. De imediato reunimos a equipe de trabalho: o Secretário de Obras Ademar Zócolli, o de Administração Caio Zortéa , a Secretária de Educação e Saúde Celita Colombo e os Diretores Neri Miqueloto e Amantino dos Anjos. Esta era a equipe que o Município comportava e que nos assessorava, conjuntamente, na execução dos projetos. E os beneficiários tinham seus representantes: Antônio Vilmar Varela, Antoninho Coeli, Itamar Zanchet, Airton Lorega Duarte e Antoninho Córdova, dentre outros. Este contratado como funcionário da Prefeitura e se constituindo em seu primeiro morador. Fizeram a primeira casa e o colocaram lá parar morar, acompanhar os trabalhos e cuidar dos materiais.
Quando assumimos, havia muito trabalho a ser feito e o desafio era grande: Dar continuidade a algo iniciado pela administração anterior, sem alterar os rumos e o planejamento. As pessoas que estavam sendo contempladas trabalhavam aos sábados e domingos, e muitas vezes à noite, para erguer suas casas. Foram valentes e determinados. Uns ajudavam aos outros.
Ao final da obra, faltaram recursos para a compra de outros materiais necessários à conclusão do projeto, mas com os esforços do Poder Público e dos interessados, tudo foi resolvido da melhor maneira e, ao final, as 50 casas foram concluídas, algumas já com ampliações. Pusemos rede de água em parceria com o Simae e de energia elétrica com a Celesc. Com recuros do Município de Ouro, implantamos a iluminação pública. E, junto à antiga Telesc, conseguimos a instalação de um telefone público. Na época não existiam ainda os telefones celulares e nem havia cabo telefônico até o local. Apenas um fio para o fone público.
Mas o novo Bairro precisava de um local para os eventos sociais e culturais. Fizemos um projeto e apresentamos ao então Secretário de Estado da Habitação, Afonso Dresch, que liberou a verba com que foi construído o Centrinho Comunitário e uma cancha de bochas. Fundaram um time de Futebol, o Grêmio Alvorada, organizaram-se, melhoraram o padrão de suas casas e, no início da década de 1990 suas ruas receberam pavimentação com pedras irregulares, na Administração do Prefeito Sérgio Durigon. Também houve a implantação, em anexo, o Bairro Costa do Sol I. E, da Administração de José Camilo Pastore, o Costa do Sol II, concluído na da Neri Luiz Miqueloto. Miqueloto, por sua vez, implantou ali o Centro de Apoio ao Trabalhador da Agricultura Familiar - Pronat - e iniciou a execução de um projeto de asfaltamento da rua principal.
Das pessoas mais "maduras" dentre os primeiros moradores, lembro, pelos nomes como eram chamados, da Dona Júlia, que era benzedeira; do Seu Juca, do Guerino Coeli e do Carmozino de Jesus; do Tio Bila; do Dinarte João Pedro; do Seu Nelson; do Auri BR; do Marianinho; do Alemão Schmitt, pai da Rose dos Anjos; da Tonha; da Ero Schwantes; da Dora e do Laerci Duarte; do Rovaldino.
O Bairro Alvorada/Costa do Sol está com cerca de 100 famílias atualmente. Passaram-se 25 anos desde o início dele até o presente momento. Muitas famílias venderam suas casas e mudaram de cidade. Pessoas idosas faleceram e vieram seus sucessores. Mas podemos asseverar que o pdrão de vida de todos foi melhorando desde a fundação. Os filhos foram para a escola, tornaram-se profissionais em diversas áreas e, com isso, a sociedade local se fortaleceu. Gente humilde, mas determinada. Gente que não esperou que nada caísse do céu. Trabalharam num sistema muito bom de mutirão e hoje ainda se unem para fazerem as promoções para algumas melhorias. Se o mesmo sistema fosse utilizado em todo o país, certamente que com o dinheiro gasto em Habitação se teria o dobro do número de casas construídas.
Euclides Riquett07-05-2013
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