O Partido dos Trabalhadores está
adotando uma estratégica política atípica, desejando concorrer à Presidência da
República com Lula da Silva, que se encontra preso, acusado de corrupção. Ao
meu ver, equivocada!
Pelas experiências que vivi no meio
político, pude constatar que quem sai primeiro, e de forma mais organizada,
ganha a eleição, se tiver candidato com credibilidade e razoável popularidade.
É sabido por todos que, quem está condenado em segunda instância, colegiada,
não pode ser candidato a cargos eletivos. Há mais do que uma dúzia de
candidatos buscando eleger-se Presidente da República, alguns desistiram,
outros estão plantando seu nome nos meios de comunicação, mas o PT nem sequer
consegue apresentar ao eleitor o seu candidato. Estão mais preocupados com seu
líder, Lula, do que com o Partido. E estão deixando de promover Haddad, que
certamente será o seu candidato a Presidente. Lula, porém, tem grande poder de
transferência de votos. O principal adversário do PT, Bolsonaro, navega em
mares turbulentos em termos de rejeição. O voto útil acabará por colocar no
segundo turno um candidato da esquerda e um da direita (ou centro direita).
A “eleição da indignação”, pela
desproporcionalidade do tempo de propaganda política para os candidatos na
televisão, terá um ingrediente muito forte, que é o uso das redes sociais para
propagação de ideias e de preferências, onde o eleitor comum, aquele que não
tem filiação partidária, se manifestará em favor ou em desfavor de candidatos. Os
debates se constituem num palco teatral onde se joga o jogo eleitoral. E há
muita gente que se acha esclarecida, que acredita em tudo o que lhe é mandado
através de vídeos que vê em seu telefone celular. A paixão política faz com que
se idolatrem ou se odeiem candidatos, e isso fica traduzido em mensagem através
das redes sociais. Penso que o eleitor será impulsionado, em grande parte, pelo
sentimento de indignação com o quadro político atual.
Agora, com as definições das
candidaturas em nível estadual e federal, começam a ser apresentadas pesquisas
realizadas por diferentes institutos., embora elas reflitam o pensamento do
eleitor num determinado momento, influenciam muitas pessoas. Mas, para que se
evitem manipulações e resultados fakes, haverá rigor na fiscalização dos
métodos de consulta e configuração dos dados.
Aqui em Joaçaba, duas ações que
considero altamente positivas estão em curso: A revisão ou “construção” de um
Plano Diretor para o Município, em que audiências públicas estão sendo realizadas
na área urbana e rural, com o intuito de melhorar e facilitar a vida dos
empreendedores e dos que sofrem por não verem seus pleitos junto à Prefeitura
atendidos em razão do engessamento legal; e o Plano Municipal de Turismo. Este,
pode dar uma nova cara à atividade turística em Joaçaba, se houver o
desenvolvimento das ações que estão sendo propostas pelas pessoas e
representantes de entidades que estão engajadas no processo de formatação do
mesmo.
Euclides Riquetti – Escritor –
Membro da ALB/SC - minha coluna no Jornal Cidadela, de Joaçaba - SC 17-08-2018
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Amigos, peço-lhes a gentileza de assinar os comentários que fazem. Isso me permite saber a quem dirigir as respostas, ok? Obrigado!