Foto: Construtora Andrade
Temperatura máxima no Parque Central de Joaçaba: vem aí mais um verão!
Estive no último
final de semana conduzindo um grupo de pessoas de nossa região para o Centro
Sul do Paraná. Visitamos, inicialmente, a Primeira Festa da Erva-mate, em
Bituruna. Lá pudemos observar o que a criatividade da equipe do prefeito
Claudinei de Paula Castilhos permitiu que fosse feito para que a festa
agradasse as cerca de 10.000 pessoas que se fizeram presentes ao Centro de
Exposições daquela cidade. Uma estrutura muito bem preparada, instalações
adequadas para esse tipo de evento. Isso fez-me lembrar do início da década de
1990, quando vínhamos a Joaçaba para expor os produtos dos municípios da AMMOC
no CPJ, coisa que nos resta apenas na memória. Bituruna tem promovido,
sistematicamente, o seu vinho e sua erva-mate. Além de stands de
diversas ervateiras, os de fornecedores de equipamentos para a produção e o
consumo do mate. Ali funcionou também a
“escola do mate”, shows artísticos e culturais, feira e muitas novidades em
gastronomia ligada ao mate. Para o jantar de abertura, na quina, ofereceram
costeletas de porco com crostas de erva-mate, sorvete, tortas, docinhos e até
chope com sabor do verde mate natural.
No hotel Grezelle,
onde nos hospedamos, havia tortas de erva-mate. Muito bem articulada e
promovida a festa deles. Do meio político, a presença de Euclides Miazzi,
ex-prefeito de Lacerdópolis; César Prando, vereador em Ouro; Nelson D
´Agostini, ex-Vice-prefeito de Herval d ´Oeste e o empresário Ivo Jorge Seganfredo,
de Capinzal, ex-Vereador de Ouro. E este que vos escreve. Ainda, empresários e
professores.
Em Pinhão,
visitamos o Jardim Botânico Faxinal do Céu, onde nossos convidados puderam
conhecer árvores das mais diferentes espécies, dentre elas a Ginkgo Biloba, que
existe há mais de 150 milhões de anos, sobrevivendo à Bomba de Hiroshima.
Atualmente, o Faxinal está com 152 hectares de maravilhas naturais, onde se
desenvolveram, até o momento, 103 variedades de azaleias. Impossível ter-se uma
noção do que aquele Jardim Botânico comporta, numa idealização e ação liderada
pelo Engenheiro Florestal Mário Torres, que atua ali há 40 anos.
Enquanto isso,
aqui em Joaçaba, está virando motivo de piada a situação do Parque Central.
Dizem, por exemplo: “Quer ver temperatura máxima? Então vá, depois do almoço,
dar uma voltinha no parque. O bom exemplo do Faxinal do Céu bem que poderia ser
seguido...
Em
Florianópolis, nesta semana, encontrei um empresário do ramo de transportes
coletivos que costuma trafegar, diariamente, no trecho desde o trevo do
Chocodinho até a cidade de Luzerna. Disse que a estrada está uma pouca vergonha
e que os reparos executados na serra de Capinzal, usando o mesmo tipo de
matéria, ficaram perfeitos, e que aqui o serviço foi muito mal executado.
Aliás, há sinalização horizontal precaríssima e a vertical é inexistente no
trecho entre a antiga Rodoviária de Joaçaba e a cidade de Luzerna. Se a gente
não consegue ter um leito de estrada (ou rua urbana) decente, o que esperar do
contorno viário de Joaçaba, Herval e Luzerna? “Sonhar é impreciso”. Realizar é
preciso, no duplo sentido de sua interpretação!
Enquanto isso, o
esperado plantio de árvores no local da antiga arquibancada do extinto Estádio
Oscar Rodrigues da Nova não aconteceu. E, desse jeito, no futuro, continuaremos
vivendo em clima de temperatura máxima, sem aspas, no nosso Parque, que tem
muito concreto e pouco verde. Se agora está insuportável andar por lá nas horas
de sol, imaginem quando o verão chegar! Vai ser, realmente, temperatura máxima!
Euclides Riquetti
- Escritor, membro da ALB/SC www.blogdoriquetti.blogspot.com
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