O primeiro dia da semana veio com o sol emanando energias
altamente positivas em seus raios dourados. A temperatura estava
agradável e as pessoas se animavam na ida à escola, ao trabalho, ou
simplesmente na prazenteira caminhada pelas ruas do Parque e Jardim
Ouro. Mas a harmonia da tarde foi quebrada por uma notícia indesejável,
mas real... e era alterada toda a rotina tão costumeira ali em Ouro.
Pela meia tarde ligaram-me vários amigos, em sequência, para informar-me que o nosso amigo Vítor Savaris tinha falecido. Lamentei muito, pois convivi com ele os últimos 16 anos, tendo-o como colega na atividade pública. Adversários que fomos, tornamo-nos companheiros de jornadas desde 1996. E fomos criando laços de amizade muito fortes. Entendíamo-nos muito bem, nutríamos um forte respeito mútuo.
Conheci o Savaris nos tempos em que lecionei e trabalhei em Zortea, a partir de 1977, quando este era ainda um Distrito de Campos Novos. A família dos Savaris (o Nono Selvino e a Nona Amélia), pais do Vítor, moravam ali perto, no Pouso Alto, nas margens do Rio Pelotas. Tinham atividades agropecuárias e um areial. Exerciam forte liderança na comunidade, gostavam de política e de futebol. Eram gremistas fanáticos, todos eles. Até tinham um time de futebol, o Grêmio de Pouso Alto. E ele, magro e muito alto, era atacante pelo lado esquerdo, corria muito. Marquei-o em alguns jogos nos tempos de aspirante do Grêmio Esportivo Lírio. Na verdade, éramos dois magricelos e ambos muito corredores. Na época já dava para perceber que ele era gente muito boa.
Em março de 1980 voltei a morar em Ouro e, um ano depois, ele também foi lá residir, no Bairro Parque e Jardim Ouro. Não havia sequer 50 famílias ainda por lá. Hojé é o mais populoso daquela cidade. Com forte liderança na Capela São João Batista e no clube de futebol local, foi-se tornando muito conhecido. Lecionei para seus filhos, os quais eram muito educados e dóceis. Recebiam do Vítor e da Nilda um alto padrão de educação familiar.
Savaris chegou a ser vereador e ocupou o cargo de Secretário Municipal de Transportes e Obras nas administrações dos prefeitos Sérgio Durigon, José Camilo Pastore e Neri Luiz Miqueloto. Conhecia todos os cantos do território do Município e era muito dado com todos os colegas de trabalho. Em 2012 concorreu a Vice-prefeito mas não obteve o resultado que esperava. Pouco tempo depois, foi acometido por doença muito grave, que ceifou sua vida nesta segunda-feira.
Menos de 60 anos, aposentado há um ano, jovem para os tempos atuais, uma pessoa de grande vitalidade, mas que teve muitos abalos em sua vida. E acabou não resistindo à doença, infelizmente.
Na última vez que conversei com ele, estava muito animado, disse-me que tinha ido com os irmãos ver um jogo do seu Grêmio em Porto Alegre, na nova Arena do Clube. Acreditava que iria melhorar, poder curtir a família, ter muitos netos... Mas isso não foi possível!
Resta-nos guardar dele as boas lembranças do futebol, dos churrascos, da amizade e lealdade no trabalho. Posso asseverar, em qualquer situação, que ele foi um grande amigo... Resta-me rezar a Deus para que lhe dê a Felicidade Eterna, no Reino de Sua Glória! Fique bem, amigo Savaris!
Euclides Riquetti
10-09-2013
Pela meia tarde ligaram-me vários amigos, em sequência, para informar-me que o nosso amigo Vítor Savaris tinha falecido. Lamentei muito, pois convivi com ele os últimos 16 anos, tendo-o como colega na atividade pública. Adversários que fomos, tornamo-nos companheiros de jornadas desde 1996. E fomos criando laços de amizade muito fortes. Entendíamo-nos muito bem, nutríamos um forte respeito mútuo.
Conheci o Savaris nos tempos em que lecionei e trabalhei em Zortea, a partir de 1977, quando este era ainda um Distrito de Campos Novos. A família dos Savaris (o Nono Selvino e a Nona Amélia), pais do Vítor, moravam ali perto, no Pouso Alto, nas margens do Rio Pelotas. Tinham atividades agropecuárias e um areial. Exerciam forte liderança na comunidade, gostavam de política e de futebol. Eram gremistas fanáticos, todos eles. Até tinham um time de futebol, o Grêmio de Pouso Alto. E ele, magro e muito alto, era atacante pelo lado esquerdo, corria muito. Marquei-o em alguns jogos nos tempos de aspirante do Grêmio Esportivo Lírio. Na verdade, éramos dois magricelos e ambos muito corredores. Na época já dava para perceber que ele era gente muito boa.
Em março de 1980 voltei a morar em Ouro e, um ano depois, ele também foi lá residir, no Bairro Parque e Jardim Ouro. Não havia sequer 50 famílias ainda por lá. Hojé é o mais populoso daquela cidade. Com forte liderança na Capela São João Batista e no clube de futebol local, foi-se tornando muito conhecido. Lecionei para seus filhos, os quais eram muito educados e dóceis. Recebiam do Vítor e da Nilda um alto padrão de educação familiar.
Savaris chegou a ser vereador e ocupou o cargo de Secretário Municipal de Transportes e Obras nas administrações dos prefeitos Sérgio Durigon, José Camilo Pastore e Neri Luiz Miqueloto. Conhecia todos os cantos do território do Município e era muito dado com todos os colegas de trabalho. Em 2012 concorreu a Vice-prefeito mas não obteve o resultado que esperava. Pouco tempo depois, foi acometido por doença muito grave, que ceifou sua vida nesta segunda-feira.
Menos de 60 anos, aposentado há um ano, jovem para os tempos atuais, uma pessoa de grande vitalidade, mas que teve muitos abalos em sua vida. E acabou não resistindo à doença, infelizmente.
Na última vez que conversei com ele, estava muito animado, disse-me que tinha ido com os irmãos ver um jogo do seu Grêmio em Porto Alegre, na nova Arena do Clube. Acreditava que iria melhorar, poder curtir a família, ter muitos netos... Mas isso não foi possível!
Resta-nos guardar dele as boas lembranças do futebol, dos churrascos, da amizade e lealdade no trabalho. Posso asseverar, em qualquer situação, que ele foi um grande amigo... Resta-me rezar a Deus para que lhe dê a Felicidade Eterna, no Reino de Sua Glória! Fique bem, amigo Savaris!
Euclides Riquetti
10-09-2013
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