Catedral de Joaçaba - bela arquitetura
Na última
terça-feira, 14, aconteceram dois eventos importantes em Joaçaba: a validação
do Plano Municipal de Turismo e a do Plano Municipal de Cultura. Participei, à
noite, deste último, no auditório da ACIOC. Pouco mais de duas dezenas de
pessoas presentes.
Ter Planos
oficializados para o desenvolvimento das atividades do Turismo e da Cultura é
condição para que estas possam se desenvolver, e imperativo para que os
projetos posam ter êxito junto aos ministérios em Brasília. Aliás, no último
dia 10, abriu-se a possibilidade de cadastramento de projetos no Ministério do
Turismo, janela que vai fechar-se no dia 31 deste mês de maio. Os rumos da
cultura em Joaçaba estão bem traçados. Agora, aguardar a publicação dos dois
planos que ocorrerá em 17 de junho e pôr as mãos à obra.
As cidades que
desejarem aproveitar a oportunidade de reivindicar recursos, desde que tenham
projetos claramente definidos, devem fazê-lo. Os projetos executivos precisam,
além de boa base técnica, de convincentes justificações. Ninguém aceita mais
que recursos públicos sejam mal aplicados. No Brasil, há muitas décadas, na
Cultura, principalmente, houve uma grande farra com os recursos federais e
estaduais.
Aliás, em termos
de dinheiro, o PIB nacional está com crescimento negativo no primeiro trimestre
deste ano, Fomos pra trás nos setores da indústria e da prestação de serviços,
salvando-se, infimamente, o comércio.
Tenho, também,
observado o animalesco comportamento humano brasileiro. Crimes bárbaros
continuam acontecendo. Em Santa Catarina, é previsto que que o primeiro
quadrimestre fecha com a vergonhosa estatística de 3 dezenas de mulheres
assassinadas por companheiros ou ex-companheiros. É um número que nos
envergonha, além de considerarmos que a vida deve estar acima de tudo,
simplesmente.
A perda do respeito pelo outro ser está
crescendo, a intolerância também. Afoitos, em todos os lugares, atropelam
pessoas nas ruas, estradas, praças e passeios. Aqui em Joaçaba, podemos dizer,
os motoristas costumam respeitar os pedestres que atravessam as ruas nas faixas
a eles reservadas. O desrespeito não é regra, é exceção.
Em termos
nacionais, a comunicação torta do novo Governo lhe tem trazido severas
críticas. Tem levado invertidas nas votações do Congresso. O Ministro Onix Lorenzoni está trabalhando arduamente no
sentido de fazer os projetos de reformas diversas serem elaborados. Mas não
está dispensando o tempo suficiente para trabalhar na articulação política. É
algo de que o Governo precisa cuidar muito, pois, principalmente a reforma da
Previdência, precisa ser aprovada o quanto antes, para que os empreendedores
tenham sinalizado qual o futuro do país e possam investir na produção,
beneficiamento e comercialização de riquezas. Por outro lado, parlamentares do
Centrão estão com os espaços abertos em alguns ministérios para o cadastramento
de projetos. Infelizmente, as coisas só andam com a troca de favores entre
parlamentares e Governo.
Euclides Riquetti – Autor do livro “Crônicas do Vale do Rio
do Peixe e outros lugares” – www.blogdoriquetti.blogspot.com
Minha coluna no Jornal Cidadela, de Joaçaba, SC, em 17-05-2019
Dada à indigência moral e intelectual de boa parte deste governo, fica difícil falar de cultura neste país.
ResponderExcluirQuase tudo afronta o fundamentalismo atrelado à submissão e obediência incondicional às orientações norte-americanas.
Existe uma mistura como há muito não se via, da Bíblia com o governo. Isso, ao invés de ser um fator positivo tem gerado mais violência.
Se o time que está aí continuar, logo logo, começam a queimar os "hereges" como na idade média. E daí, como trabalhar a cultura? Porque cultura implica liberdade acima de tudo.
Sobre a violência que cresce diariamente, permita-me extrapolar à realidade catarinense. Essa violência contra as mulheres, os negro/indígenas, pobres e minorias em geral tem como principal fator, o clã Bolsonaro. A trupe instila o ódio contra a turma citada acima. É covardia pura.
Quanto à reforma da Previdência eu penso que a forma proposta, se aprovada, será de pleno prejuízo do cidadão e da sociedade em geral.
Essa proposta beneficia somente os bancos privados que querem faturar até R$ 1 trilhão com o sistema de capitalização no qual o trabalhador seria o responsável por sua própria poupança sem a participação das empresas e do governo.
Neste caso o trabalhador teria de escolher, quando estiver empregado, entre comer, pagar aluguel e escola ou guardar dinheiro para o futuro com meia dúzia de felizes banqueiros.
Defender isso é um escárnio.
Para o bem geral, entendo, que primeiro se faça a reforma tributária adotando um sistema progressivo e democrático de cobrança de impostos, diferentemente do que se tem no Brasil - quem ganha mais paga mais. As grandes fortunas precisam dar mais à sociedade e não como querem os neoliberais: privatizar o lucro e socializar o prejuízo.
Não existe outra fórmula...