Após a redemocratização do País, com o
restabelecimento das eleições diretas para escolhermos o Presidente da
República, fomos governados por Fernando Collor/Itamar Franco, Fernando
Henrique, Lula , e Dilma, Os três últimos nos governaram por uma período que
totaliza 21 anos e oito meses. Entrei para a escola com 8 anos, estudei durante
15, e neste tempo, consegui concluir meu curso universitário, com Licenciatura
Plena em Letras/Inglês poucos dias antes de completar 23 anos. Fiz carreira
como professor, trabalhando por 31 anos em sala de aula, em instituições
públicas, particulares e comunitárias, fui diretor de escola e Secretário
Municipal de Educação. Mas, sobretudo, busquei aprofundar-me nos assuntos da
aprendizagem, mais do que nas políticas educacionais, que sempre foram muito
voláteis. Li e ainda leio muito sobre o assunto, e observo o ser humano
constantemente. Formo meus conceitos sociológicos e navego por outras ciências
que dizem respeito ao homem e à mulher.
Seguidamente, troco umas ideias sobre Educação
com professores experientes, profundos conhecedores do assunto. e procuro
chegar a uma reflexão sobre o que faltou para nossa sociedade, em especial para
a juventude, não apenas pelo fraco aproveitamento escolar, a evasão, a
deficiência em saberem calcular e a má qualidade na escrita, e mesmo na
interpretação do que é lido. De uma forma geral, por falta de interesse ou
mesmo por deficiência, vemos pouca evolução na aprendizagem. Houve maior titulação
do professor, foi-lhe garantido um piso nacional de salários, as escolas
melhoraram a oferta de recursos tecnológicos, o meio virtual suplantou o físico
( e para mim, em termos de aprendizagem, não mudou muito, pois ganhamos de um
lado e perdemos de outro).
Mas os baixos índices do aproveitamento
escolar são menos graves do que nos resultou a falha desses governos no campo
social, onde se falou muito e não se agiu pontualmente, resultando-nos uma
sociedade frágil, debilitada e desigual, e isso se acentua gradativamente. E,
sobretudo, violenta!
Se tomarmos os números da violência,
veremos que as mortes ocorrem em maiores percentuais envolvendo pessoas que estão nas faixas abaixo dos 35
anos. Então, as pessoas que estão sendo mortas, vítimas do tráfego, do
tráfico, de qualquer tipo de violência
física ou com armas, e as que estão matando, estavam cursando o Ensino
Fundamental à época desses três governos. Os que começaram a alfabetizar-se nos
primeiros anos de Governo FHC já poderiam ter cumprido quase que dois ciclos
completos de estudo. E os nascidos no governo pós militar, quando a disciplina de
escancarou, são justamente os que estão
mais envolvidos em crimes, porque
falharam a Educação e o Social. Os adultos, que frequentaram ou não as escolas
nesses anos, ou que nunca experimentaram o apoio do serviço social, ainda são
os que estão menos envolvidos em episódios de violência e, pela formação
pessoal e familiar herdada, sabem respeitar para serem respeitados.
Falharam. Não fizeram o que tinha que
ser feito. As famílias se degeneraram. O respeito para com o semelhante sumiu.
Os meios de comunicação ajudaram a banalizar a seriedade, evidenciando como
direito para as pessoas o “fazer o que se quer e dizer as bobagens que se quer”,
tudo em nome da Democracia, o que é um equívoco. Considero o comportamento
humano no Brasil, principalmente nos meios onde “produz a cultura” através de
obtenção de dinheiro fácil, sob os auspícios de governos, com o nosso dinheiro,
uma temeridade. E é ali onde mais se propagou a ideia de um pretenso direito de
se fazer o que quer em nome da liberdade e da cultura. Enquanto isso, as
pessoas sérias e trabalhadoras, as que estudam e buscam vencer na vida através
do estudo e do trabalho, acabam sofrendo como vítimas dos oportunistas e
aproveitadores e almejam uma importante mudança na sociedade. O novo Governo
está tentando acabar com a bagunça. Enquanto isso, aquela emissora que perdeu a
mamadeira nas tetas do Governo, com seus jornalistas raivosos e que se acham os
donos da verdade, está temerosa com a entrada da emissora de TV da CNN News no
Brasil, que vem contratando uma equipe de jornalistas fabulosa, com nomes da
envergadura de William Waak, Evaristo Costa, Mari Palma, Phelipe Siani e
Luciana Barretto, e outros mais. A Tv aberta está para a Tv a cabo, como o
telefone fixo está para os smartphones!
Euclides Riquetti
Publicado no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC -
em 09-08-2019
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