Vitória - ES
Há um hiato
infindável entre a gestão pública e privada. Não que no setor privado os
administradores sejam perfeitos, pois se assim fosse não haveria empresas
quebrando-se, como a História nos mostra. Mas sempre me foi muito perceptível a
diferença entre o público, que prima pela política partidária, e o privado, que
busca desenvolver-se através da reunião de equipe competente e sempre
conhecedora de seus afazeres. E, quando o contratado não corresponde às
expectativas do contratante, passa pelo Departamento de Pessoal para assinar a
demissão. Já no serviço público, com média salarial muito acima do que no
privado, há muita acomodação, incompetência e má vontade, em grande parte dos
que ocupam os cargos ou exercem funções.
Nos últimos
dias, duas notícias muito divulgadas pela imprensa, independente de suas
tendências, envolveram dois assessores do Presidente da República, Abraham
Weintraub e Roberto Alvim. O primeiro, virou motivo de chacota por ter escrito
com “c” uma palavra que deveria ser escrita com “s”, em rede social. Professor Universitário
escrevendo mal assim é muito feio, embora se procurarmos por aí vamos encontrar
muitos na mesma condição. Já em outras oportunidades o Ministério da Educação,
que Weintraub dirige, fez publicações trocando o “s” por “z”. Em síntese: quem
deveria ser exemplo é um desastre! Isso é inadmissível, pois logo o Ministério
que congrega aqueles que têm o dever de incentivar ( e exigir) que o vernáculo
seja respeitado, não o faz.
Já o segundo,
Alvim, que até há uma semana exercia o
cargo de Secretário Nacional (Especial) de Cultura, para comemorar o lançamento
de um Edital para a área de sua pasta, foi um desastrado ainda maior. Horrível
o que fez! Além de fazer de um
pronunciamento oficial uma verdadeira asneira, contra os princípios mais
humanitários que se possam vivenciar, ainda plagiou um discurso antigo,
inadequado e ultrapassado, nazista, roubando-o de um Ministro de Propaganda do governo
alemão de Adolf Hitler. Até com uso do mesmo fundo musical utilizado pelo Ministro nazista
quando de uma divulgação, com a postura do corpo e empostação de voz
imitando-o. Ridículo, simplesmente!
Apossar-se de
frases ditas por outra pessoa sem mencionar o autor constitui-se em flagrante
ilegalidade, é um alto eticamente condenável. E o contexto do evento é um
descalabro. O demitido Roberto Alvim vai levar a “taça”, que deveria ficar com
Abraham Weintraub!
Como escrever
mal tem sido regra, e escrever bem tem sido exceção, em todos os setores da
sociedade, a situação vai ficar apenas no nível do vexame. Mas, no caso do
Secretário da Cultura, a demissão foi o mínimo que poderia acontecer com ele. Vai
ser substituído, espera-se, pela convidada de Bolsonaro, Regina Duarte, a
“Namoradinha do Brasil”, artista que sempre teve suas posições políticas muito
bem definidas.
E, por falar em
Cultura, passei a última semana conhecendo alguns lugares do estado do Espírito
Santo. Como é o estado melhor situado no ranking da eficiência administrativa
nacional (não está quebrado!), estava curioso em conhecê-lo. Também pela alta
presença de descendentes de italianos e alemães. Por lá, muita produção de café
(o segundo estado produtor do Brasil, atrás apenas de Minas Gerais) os melhores
e mais belos mármores e granitos do Brasil, com exportação para o mundo, grande
produção de frutas. A wikipédia disponibiliza as seguintes informações sobre a
economia de lá: “A economia do Espírito Santo é baseada
principalmente nas atividades portuárias, de exportação e importação (maior do
país) e está indo muito bem na indústria de celulose e de rochas ornamentais
(mármore e granito) (maior do mundo), na celulose(fibra) (maior do país),
extraída dos pinheiros de eucalipto, na exploração de petróleo (2° maior) e gás
natural (maior do país), além da diversificada agricultura, principalmente do
plantio do café (segundo maior)”
Minha constatação é a de que aquele
estado é o mais parecido com Santa Catarina, tanto pela sua economia, pela
cultura dos imigrantes e pela amabilidade das pessoas. No quesito “turismo”, a
estrutura que é disponibilizada, tanto nas praias quanto no agroturismo,
principalmente na Serra do Imigrante, são muito mais organizados do que em
nossas cidades litorâneas. Tem uma grande produção de petróleo, com reservas
consideráveis tanto em terra quanto em mar, uma vantagem que têm sobre nós, que
quase compensamos isso com nossa agroindústria. Vale a pena passar férias ou ir
a passeio em Vitória e Vila Velha, bem como nas outras cidades, onde os preços
praticados são muito justos para com os turistas.
Euclides
Riquetti – Escritor – em fase de produção de “Crônicas dos Antigos Rios
Capinzal e Abelardo Luz/Ouro e Arredores”
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