Covas é advogado e economista, além de notável político brasileiro. Herdou o espólio eleitoral de seu avô Mário Covas, de saudosa memória. Formado em Direito pela Universidade de São Paulo e em Economia pela Universidade Católica de São Paulo.
Bruno Covas foi deputado estadual, secretário estadual do Meio Ambiente e deputado federal, tudo pelo estado de São Paulo.Eleito Vice-prefeito da cidade de São Paulo em 2016, assumiu a prefeitura em 06 de abril de 2018, sendo reeleito em 2020. Ser prefeito da maior cidade da América do Sul é um grande desafio e ele conseguiu com uma vitória consagradora no ano passado. Doente, por algumas vezes teve que entregar o cargo para seu vice. Mas, sempre que tinha uma melhora razoável, voltava ao seu trabalho. Muito equilibrado, nunca foi de bravatas. A serenidade sempre foi uma constante em sua pessoa e deixava transparecer isso sempre.
Em outubro de 2019 ele foi diagnosticado com câncer, localizado numa região entre o esôfago e o estômago. Atendido pelo Hospital Sírio-Libanês, submeteu-se a vários tratamentos. O quadro evoluiu para metástase nos ossos e no fígado. Faleceu às 8,h 20 deste domingo, 16-05-2021. Deixou um filho, Tomás, de 15 anos.
De suas muitas frases sábias e posições políticas e pessoais, selecionei esta para vocês:
"Nós vivemos uma crise social, semearam uma divisão no país, entre brancos e negros, entre sul e norte, entre elite e povo, entre héteros e homossexuais, entre homens e mulheres, entre católicos e evangélicos, entre opressores e oprimidos. Ao semearem a divisão para se perpetuar, estamos hoje colhendo raiva e intolerância. Além da crise política, crise econômica, crise social, temos a crise moral. Aí sobram exemplos negativos e faltam bons exemplos a serem seguidos”.
Euclides Riquetti
Realmente é lamentável a morte de Bruno Covas: moço, (41 anos), bem formado, boa cabeça. Morre um pouco com ele o velho PSDB fundado por Mário Covas, seu avô, na companhia de FHC grande neoliberal desde seus primeiros momentos, um dos maiores cúmplices do bolsonarismo.
ResponderExcluirA crise social mo Brasil sempre esteve presente, desde que os portugueses transformaram essa terra num grande negócio, para poucos, é claro.
Essa crise, é preciso dizer, está impregnada no nosso DNA por vários motivos:
- o genocídio indígena
, os quase 400 anos de escravidão (introdução de mais de 4 milhões de africanos).
. falta de políticas de inclusão social (reforma agrária, escola, .., Não podemos esquecer que em 1888 os negros ganharam sua "liberdade" e o olho da rua. Queriam chegar aonde como Nação?
. Então o ódio sempre existiu de forma subjacente numa sociedade sempre dividida. A divisão não é de agora, as elites do dinheiro sempre dividiram para se perpetuar. Eles não aguentavam mais esse luxo dos governos petistas (Lula-Dilma) que resolveram fazer alguma inclusão Treze anos, para essa gente, foi uma eternidade, eles não estavam acostumados com isso (negro, e pobre na universidade, pobres e negros viajando de avião), isso jamais tinha acontecido aqui. O mundo real era o dos brancos ricos, como disse Raymundo Faoro: "Eles querem um país para 20 milhões de habitantes e uma democracia sem povo", essa é a grande verdade,
Quem potencializou esse ódio foi essa gente, principalmente, através da mídia hegemônica e das redes sociais.
.demonizaram a política principalmente o PT e seus principais nomes (Lula, Genoino, Zé Dirceu, Dilma...) Qual era o principal objetivo? Era devolver o Brasil aos seu colonizadores de origem, essa turma a que Faoro faz referência.
Então não adianta dizer: "semearam o ódio", é preciso dizer por quê.
Eu veja assim.