Alguns fatos marcaram grandemente o
cenário político nacional ao final de novembro: a filiação de Jair Bolsonaro ao
PL; a escolha em eleições primárias, de João Dória para candidato a Presidente
da República pelo PSDB; o convite de Lula para que Geraldo Alckmin seja
candidato a seu vice em 2022; a filiação
do ex-juiz Sérgio Moro ao Podemos para ser candidato a Presidente; e o deslocamento de Ciro Gomes, do PDT, que
ficou com uma posição difícil em razão das definições que estão havendo, e que
o deixaram momentaneamente sem um discurso definido, provavelmente tendo que
reformular alguns conceitos próprios para adaptar a uma nova realidade. Continua para eles todos valendo a ideia de que
os brasileiros precisam de uma terceira via nas eleições, desde que o candidato
seja cada um deles, jamais o outro. A inteligência política fará com que
ocorram composições que pareceriam inimagináveis, mas que são possíveis, com
decisões que os políticos chamam de pragmáticas.
Mas permanece fortíssimo o culto à pessoa, ou seja, Luiz Inácio Lula da
Silva e Jair Messias Bolsonaro foram ambos populistas, angariaram adeptos, sabem
muito bem o quanto isso pesa em seu favor em termos de eleições presidenciais.
Já vivemos o Getulismo, com Getúlio Dorneles Vargas; o Janismo, com Jânio
Quadros; o Brizolismo, com Leonel de Moura Brizola; o Carlismo, com Antônio Carlos Magalhães,
na Bahia. E é tal culto que favorece Lula e Bolsonaro como protagonistas do
processo eleitoral para as eleições presidenciais de 2022.Porém, muita água a
rolar por debaixo da ponte. Por enquanto, Lulismo e Bolsonarismo no
favoritismo.
O neo-politico Ségio Moro está com seu
discurso pautado na Lava Jato, no combate à corrupção. Mirando um possível
apoio dos bolsonaristas, está dirigindo suas críticas mais fortes a Lula.
Aprendeu rápido o paranaense!
Os candidatos estão muito preocupados em
buscar holofotes, cada um do seu jeito. Mas será que seus discursos encantarão
os eleitores e os conquistarão? Será que já buscaram saber o que o brasileiro
pensa sobre as questões que pautarão seus discursos? Pois bem! Uma pesquisa foi
realizada e divulgada na semana anterior, sob a responsabilidade da Atlas/Intel
e publicada no site da UOL, onde são mostradas quais as maiores preocupações
dos eleitores brasileiros, com os seguintes resultados: 1 – Corrupção: 21,4%; 2
– Pobreza e desigualdades: 19,3%; 3 – Inflação/preços em alta: 16,7%; 4 –
Impostos altos e estado ineficiente: 9,8 %;5 - Desemprego: 6,8%; 6 -
Crescimento econômico: 6,5 %; 7 - Acesso à educação: 5,5%; 8 - Acesso à saúde:
5%; 9 – Criminalidade: 3,9%; 10 – Degradação ao meio ambiente: 1,5%; Outros: 3,7%.
Vejam que Educação, Saúde, Criminalidade
(Segurança Pública) e Meio Ambiente, estão no fim da lista. Reafirmo o que
tantos já dizem: Quem elege ou derrota candidatos a Presidente, no Brasil, é a
ECONOMIA.
Ômicron – A
descoberta de uma nova cepa da Covid em países da África do Sul já está causando
temor na Europa, Estados Unidos e América do Sul. A doença já está instalada em
13 países da Europa. Voos aéreos foram cancelados ações das empresas de aviação
perderam valor, dólar sobe e bolsa desce. Todo esse cenários já conhecemos.
Economia globalizada, efeitos danosos espalhados pelo mundo. É dito que não é
tão agressiva como se propalou no início, mas se propaga mais rapidamente. Uma
nova preocupação para o Turismo do Brasil, pois estão por vir as festas de
virada de ano e o carnaval. Grande preocupação também para Santa Catarina, onde
o turismo tem grande parte na composição de seu PIB. Nosso abençoado estado
está buscando 100.000 pessoas trabalharem na temporada de verão em diversos
setores, principalmente de serviços. Alguns grandes eventos, em razão do risco
Ômicron, está sendo cancelados, principalmente os de virada de ano, nas
principais cidades catarinenses. Então, continuemos nos cuidando para ajudar a
extinguir a pandemia.
Euclides
Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com
Minha coluna no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC
Em 03-12-2021
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