domingo, 18 de dezembro de 2022

Isso não vai acabar bem!

 



       No dia do jogo de futebol do Brasil contra a Croácia, quando perdemos na decisão por penalidades, não vi o primeiro tempo do jogo e, no segundo, só a partir dos 30 minutos. Gosto muito de futebol, mora em mim a paixão vascaína, mas aprendi a dosar emoções e ser mais realistas com algumas coisas, dentre elas a política e o esporte. Preocupo-me mais com a economia do meu País, com a realidade das pessoas que precisam dos serviços de saúde e de terem moradia dignam com casa própria, e boa alimentação, do que com futilidades. Hoje para mim, o futebol é uma futilidade e a política nos mostra uma realidade fora do eixo. No futebol, vamos e precisamos aprender muito, na política, cada vez compreenderemos menos, na economia, cada vez mais seremos capazes de perceber a sua realidade.

       Durante todo o primeiro tempo do jogo, trabalhei pesado num sítio de um familiar aqui em Ibicaré. Saí de lá quando este estava a terminar e vim ouvindo o jogo pelo rádio. Como gosto dos números nas estatísticas, passei a contar os carros que eu encontrava na estrada. No trecho da saída de Luzerna até a antiga Rodoviária de Joaçaba, foram 60 automóveis, duas motocicletas, nenhum outro veículo. Talvez que eu tenha levado até 10 minutos para percorrer o trecho, pois eu vinha calmo, não estava ansioso por ver o jogo de nossa seleção. Vim concluindo que já não há mais aquele fanatismo pelo futebol da seleção brasileira, que sempre tem mais de 90 por cento dos jogadores convocados morando e ganhando muito dinheiro na Europa. Cabelos com cortes exóticos ou coloridos, chuteiras bem desenhadas e multicores, tatuagens espalhadas pelo corpo... Assim como eu, já há milhões de brasileiros que caíram na realidade, faz tempo. Ainda precisamos ser mais realistas na política, diminuir a paixão, melhorar o nível de razão!

       Do que ouvi ou vi do nosso jogo, pude concluir, como muitos de vocês, leitores, que o treinador foi mal na convocação e na escalação do time. As teorias de Tite, criticadas por uns e aplaudidas por outros, não funcionaram. E, você, leitor, leitora, se costuma acompanhar futebol, se tiver algum interesse, buscará saber sore as razões do fracasso de 2022. Enquanto isso, a diplomação de Lula e Geraldo Alckmin, os que não aceitam protestando, algumas velhas e manjadas caras voltando ao cenário nacional em razão da mudança de Governo.

       Mais um ano nos dando adeus! – Dois mil e vinte dois acabando, continuam os assassinatos, os feminicídios, os acidentes nas estradas, afogamentos em rios, desastres climáticos vitimando pessoas, política fervilhando, frustração por não termos levado a Copa do Mundo de futebol, divergências de todas as espécies entre os seres humanos. De bom é que os preços internacionais do petróleo brent já estão atrás dos que vinham sendo praticados antes da Guerra da Rússia contra a Ucrânia. Comércio bem movimentado, pessoas se divertindo, gente viajando, amigos e familiares se reencontrando. Agora o foco político já passa a ser o das eleições em nível municipal, quando se escolherão prefeitos e vereadores em 2024. O tempo corre célere. Vivamos, então, nossa vida com sabedoria, equilíbrio e sensatez. Pois que venha nosso 2022.


Euclides Riquetti - Minha coluna no Jornal Cidadela - Joaçaba SC

Em 16-12-2022

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