domingo, 2 de abril de 2023

A importância das relações comerciais com outros países



       A viagem de Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República Federativa do Brasil à China vinha sendo preparada para que se tornasse o primeiro acontecimento do Governo Lula III, mas com problemas de saúde, acabou sendo adiada. No entanto, empresários brasileiros do agronegócio estão embarcando para lá do mesmo jeito, com grandes expectativas de negócios futuros. Nós temos comida e muita capacidade de produção, tecnologias que nos permitem maior produção em razão do aumento da produtividade, sem a necessidade de ampliar grandemente a área plantada.

       Uma notícia num site muito influente em política no Brasil, o UOL, vem a notícia de que pretendemos melhorar nossas relações comerciais com aquele país, com o seguinte teor:  Num projeto ambicioso, o governo brasileiro quer transformar milhões de hectares de pastagem em áreas de produção agrícola. Mas, para isso, negocia a participação da China no financiamento de um plano que pode mudar a paisagem rural do país e aumentar a produtividade, sem a necessidade de qualquer desmatamento. Apesar do cancelamento da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a China por conta de uma pneumonia, técnicos do Ministério da Agricultura continuaram as reuniões e visitas às entidades e órgãos chineses. A viagem tinha como objetivo reposicionar Pequim na economia nacional, com a assinatura de mais de 20 acordos. Todos eles serão adiados até a confirmação...” ( de nova data para a viagem).

       O Brasil se abriu ao mundo, contrariando-se ao pensamento da esquerda na década de 1980, e isso veio palas mãos dos presidentes que nos governaram a partir da de 1990. Vieram governos de centro, de esquerda e de direita, (você os enquadra ou classifica conforme acha que foram). Todos eles foram-se adaptando à nova ordem mundial. Nós fomos aumentando nossa produção, alimentamos o mundo, mas os produtos  estão  carríssimos para o consumidor, e ainda dependemos muito de nossas exportações para que tenhamos arrecadação suficiente para manter uma nação em que se gasta bastante na política, com pouco resultado para os brasileiros assalariados.

       Considero um perigo ir entregando muita coisa aos estrangeiros, que trazem algum dinheiro e levam muito de nossas riquezas. Continuo na defesa das ideias de que precisamos buscar nossa independência em energia e fertilizantes, não podemos ficar à mercê de ninguém. Não podemos virar as costas ao mundo, pois a integração com todos não deixa de ser uma forma de buscarmos nossa evolução econômica, que nos permitirá a evolução social, porque com dinheiro muito se faz e com pouco tudo vira falácia e não se aufere resultado. Claro que, quanto mais proveito tirarmos das áreas de terras agricultáveis, melhor para o Brasil. Mas isso precisa também ser melhor para os brasileiros. A agropecuária tem sido a salvação dos governos, já faz tempo que isso acontece.

       O contorno viário de nossas cidades – Por iniciativa de uma emissora de rádio local e do presidente do Rotary Clube, empresário Hipólito Kremer, lideranças de entidades e os prefeitos das três cidades, Joaçaba, Herval e Luzerna, mais a presidente da AMMOC Nelci Trento Bortolini, escolheu-se como obra prioritária para nossa microrregião a implantação do contorno viário, obra necessária para melhorar a trafegabilidade e melhorar a vida dos que cortam as cidades com seus carros, ônibus  e caminhões. O tráfego pesado é uma baita dor-de-cabeça para todos nós, causando a lentidão no deslocamento dos veículos e muitos acidentes. A iniciativa conjunta da Rádio Catarinense com o Rotary, presidido pelo empresário Kremer, é louvável. As entidades locais não têm feito a força necessária para que o projeto se torne realidade. Nem, as lideranças políticas. Há três décadas a questão vem sendo comentada, mas as ações sempre foram tímidas. Há uma década, eu mesmo redigi um documento ao Governador Luiz Henrique da Silveira, que foi impresso com timbre da AMMOC, e que ficou engavetado na escrivaninha de um prefeito. O ex-vereaddor Chico Lopes foi um ardoroso defensor da ideia, mas não recebeu o apoio que precisava ter. Força zero! Não é nem questão de união, é uma questão de engajamento e de liderança política. Tomara que o Hipólito, cidadão lúcido que é, consiga cobrar dos políticos o andamento do pleito, que não sai nem se conclui de uma hora para outra. É coisa para projetar de imediato, cumprir os ritos legais (indenizações, doações de áreas, definições de trajetos, licenciamento ambiental, elaboração de projeto executivo), e ir cobrando dos candidatos a prefeito em 2024 o compromisso de defender a execução. E a boa vontade de Jorginho Mello nosso Governador, que pode nos ajudar muito.

Euclides Riquetti – Escritor  - www.blogdoriquettti.blogspot.com

Minha coluna no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC

Em 31-03-2023

 

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