A viagem de Luiz Inácio Lula da Silva,
presidente da República Federativa do Brasil à China vinha sendo preparada para
que se tornasse o primeiro acontecimento do Governo Lula III, mas com problemas
de saúde, acabou sendo adiada. No entanto, empresários brasileiros do
agronegócio estão embarcando para lá do mesmo jeito, com grandes expectativas
de negócios futuros. Nós temos comida e muita capacidade de produção,
tecnologias que nos permitem maior produção em razão do aumento da
produtividade, sem a necessidade de ampliar grandemente a área plantada.
Uma notícia num site muito influente em
política no Brasil, o UOL, vem a notícia de que pretendemos melhorar nossas
relações comerciais com aquele país, com o seguinte teor: “Num projeto
ambicioso, o governo brasileiro quer transformar milhões de hectares de
pastagem em áreas de produção agrícola. Mas, para isso, negocia a participação
da China no financiamento de um plano que pode mudar a paisagem rural do país e
aumentar a produtividade, sem a necessidade de qualquer desmatamento. Apesar do
cancelamento da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a China por
conta de uma pneumonia, técnicos do Ministério da Agricultura continuaram as
reuniões e visitas às entidades e órgãos chineses. A viagem tinha como objetivo
reposicionar Pequim na economia nacional, com a assinatura de mais de 20
acordos. Todos eles serão adiados até a confirmação...” ( de nova data para a
viagem).
O Brasil se abriu ao mundo,
contrariando-se ao pensamento da esquerda na década de 1980, e isso veio palas
mãos dos presidentes que nos governaram a partir da de 1990. Vieram governos de
centro, de esquerda e de direita, (você os enquadra ou classifica conforme acha
que foram). Todos eles foram-se adaptando à nova ordem mundial. Nós fomos
aumentando nossa produção, alimentamos o mundo, mas os produtos estão
carríssimos para o consumidor, e ainda dependemos muito de nossas
exportações para que tenhamos arrecadação suficiente para manter uma nação em
que se gasta bastante na política, com pouco resultado para os brasileiros
assalariados.
Considero um perigo ir entregando muita
coisa aos estrangeiros, que trazem algum dinheiro e levam muito de nossas
riquezas. Continuo na defesa das ideias de que precisamos buscar nossa
independência em energia e fertilizantes, não podemos ficar à mercê de ninguém.
Não podemos virar as costas ao mundo, pois a integração com todos não deixa de
ser uma forma de buscarmos nossa evolução econômica, que nos permitirá a
evolução social, porque com dinheiro muito se faz e com pouco tudo vira falácia
e não se aufere resultado. Claro que, quanto mais proveito tirarmos das áreas
de terras agricultáveis, melhor para o Brasil. Mas isso precisa também ser
melhor para os brasileiros. A agropecuária tem sido a salvação dos governos, já
faz tempo que isso acontece.
O contorno viário de nossas cidades – Por iniciativa de uma emissora de rádio local e do presidente
do Rotary Clube, empresário Hipólito Kremer, lideranças de entidades e os
prefeitos das três cidades, Joaçaba, Herval e Luzerna, mais a presidente da
AMMOC Nelci Trento Bortolini, escolheu-se como obra prioritária para nossa
microrregião a implantação do contorno viário, obra necessária para melhorar a
trafegabilidade e melhorar a vida dos que cortam as cidades com seus carros, ônibus e caminhões. O tráfego pesado é uma baita
dor-de-cabeça para todos nós, causando a lentidão no deslocamento dos veículos
e muitos acidentes. A iniciativa conjunta da Rádio Catarinense com o Rotary,
presidido pelo empresário Kremer, é louvável. As entidades locais não têm feito
a força necessária para que o projeto se torne realidade. Nem, as lideranças
políticas. Há três décadas a questão vem sendo comentada, mas as ações sempre
foram tímidas. Há uma década, eu mesmo redigi um documento ao Governador Luiz
Henrique da Silveira, que foi impresso com timbre da AMMOC, e que ficou
engavetado na escrivaninha de um prefeito. O ex-vereaddor Chico Lopes foi um ardoroso
defensor da ideia, mas não recebeu o apoio que precisava ter. Força zero! Não é
nem questão de união, é uma questão de engajamento e de liderança política.
Tomara que o Hipólito, cidadão lúcido que é, consiga cobrar dos políticos o
andamento do pleito, que não sai nem se conclui de uma hora para outra. É coisa
para projetar de imediato, cumprir os ritos legais (indenizações, doações de
áreas, definições de trajetos, licenciamento ambiental, elaboração de projeto
executivo), e ir cobrando dos candidatos a prefeito em 2024 o compromisso de
defender a execução. E a boa vontade de Jorginho Mello nosso Governador, que
pode nos ajudar muito.
Euclides
Riquetti – Escritor - www.blogdoriquettti.blogspot.com
Minha coluna no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC
Em 31-03-2023
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