Os meses passam rápido. O jeito com que
o mundo anda é cada vez mais veloz. A começar pela velocidade da informação,
pela evolução das ideias, pelos conflitos e polêmicas. Guerra da informação
contra a desinformação, as notícias que chegam às pessoas cada vez mais
carregadas interesses de quem as propaga. O conjunto das vivências e das
experiências se concretiza com um amontoado de coisas capazes de confundir o
mais simples dos mortais. Ninguém é dono da verdade, bem eu, nem você e nem
ninguém.
Tentar manter o equilíbrio, não se deixar
levar por sentimentos que não são os seus, buscar orientar sua própria vida
para livrar-se dos incômodos e dos sofrimentos é imperativo. Ver luzes em todos
os túneis, pintar a vida com cores alegres, ser otimista em ver algo de
positivo naquilo que nos frustra, tudo precisamos para dar sentido à vida.
O mundo real é aquele que nos assusta,
não aquele com que sonhamos. Se a vida corre célere, precisamos tirar dela o
que de melhor tenha a nos oferecer. E, cabe a cada um de nós escolher o melhor
caminho, colocar em nossa frente as pessoas que podem dar rumo aos nossos
destinos, favorável ou desfavoravelmente.
Os 100 dias de Governo Lula III
chegaram. Tudo passou muito rápido. O ex-Presidente Jair Bolsonaro foi dar uma
passeadinha nos Estados Unidos e ficou 89 dias por lá. Pipocaram notícias sobre
os presentes que ganhou na Arábia Saudita e que não foram devidamente
destinados e registrados aqui no Brasil, conforme manda a Lei. Governantes
precisam separar a vida pessoal da política. Todos precisam aprender, ninguém é
dono da verdade mais simples, imaginem da absoluta. Enquanto Jair estava lá
fora, Luiz Inácio governava aqui, tentando imprimir o seu modo de agir, segundo
o seu modo de ser. Foi eleito por pouco mais de metade dos brasileiros, que o
reconduziram, pelo voto, ao mais alto cargo político que temos. Cargo
altíssimo, mas com poderes limitadíssimos. Um país de regime presidencialista
em que as coisas funcionam como se fosse parlamentarista. O Congresso Nacional
e o Judiciário, o Presidente do Banco Central, os chefes das torcidas dos times
de futebol mandam mais que o Presidente da República.
Nossa realidade é essa, temos que
aprender e nos acostumar a viver com ela. Lula, se quiser ser um bom
Presidente, terá que adaptar-se às circunstâncias atuais da política. Mas não
poderá entregar a alma aos outros como os presidentes o fizeram no presente
Milênio. Duas décadas o separam dos costumes de quando foi Presidente pela
primeira vez.
A possibilidade de aumento do índice
de desemprego é real – Tenho visto pessoas lamentando a perda de seu
emprego. Empresas deixando de contratar, pessoas deixando de investir, outras
redirecionando seus empreendimentos. Mesmo aqui em nosso Estado, privilegiado e
abençoado por Deus, as pessoas não estão tão otimistas como estavam há um ano
atrás. Porém, aqueles que costumam enxergar nas crises as oportunidades, vão
ganhar com a situação. E a máxima do “dinheiro faz dinheiro”, está em pleno
vigor e funcionamento. De comer, todos precisamos. Nós produzimos alimentos,
melhoramos nossa produtividade, a condição sanitária e ambiental. Nosso
produtor rural é valente e adaptável. Já passou por situações de dificuldade,
aprendeu a comportar-se com equilíbrio em tempos de bonança. Não podemos nos
assustar com as notícias. Fazer nossa parte, aprendendo, ensinando,
trabalhando, fazendo tudo pelo melhor.
Fernando Haddad, nosso Ministro
responsável pela condução de nossa Economia, tem agido com mais sensatez do que
era esperado dele. Tem sido melhor ministro do que foi Prefeito de São Paulo.
Consegue transitar em todos os setores, é comedido em suas falas e, junto com
Geraldo Alckmin, o Vice-Presidente, e
assessores discretos, conseguem caminhar num campo altamente minado. Estão com
a confiança dos setores da Economia, terão que ter paciência mais do que o
impaciente Lula, para que as propostas que têm para o comportamento fiscal do
Governo sejam aprovadas. Os desafios da Economia são muitos e os obstáculos
precisam ser removidos com inteligência a habilidade política.
O sucesso da ExpoCampos
– Aconteceu, no último final de semana, em Campo Novos, a XVI ExpoCampos.
Sucesso absoluto em termos de público e negócios. Destaque para a exposição de
animais, com gado geral e a maior exposição de ovinos já realizada. Tive a
felicidade de reencontrar amigos e alunos que não via há quatro décadas. Já na
chegada, fomos recepcionados pelo simpático e realizador Prefeito Gilmar Marco
Pereira, que dispensava atenção especial a todos. Esquema de segurança muito
bem montado, preços ao público dentro da realidade, ingressos gratuitos para os
shows artísticos, com Diego e Victor Hugo, Paulinho Mocelin, Gustavo Miotto,
Pedro Paulo e Alex, Reference Band, César Menotti e Fabiano. Parabéns aos organizadores!
Havia ali um amplo espaço para
movimentação humana, grandes áreas para estacionamento de veículos. Estive lá
na tarde de domingo, levei familiares para ver a festa e o show de César
Menotti e Fabiano. O público participou intensamente, aplaudiu, foi educado,
respeitoso. Um da dupla disse que é bom estar em Santa Catarina, o estado que,
com território relativamente pequeno, é um dos grandes produtores de alimentos
para o Brasil, e que o agro orgulha os brasileiros e, em espacial os
catarinenses, o público aplaudiu efusivamente. A grande maioria que lá estava é
composta por pessoas que dependem, diretamente, do agronegócio. E, queiram ou
não admitir, os catarinenses se orgulham muito disso. Sensacional!
Euclides Riquetti-
Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com
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