Na semana,
estive dando umas voltas aqui pela parte alta de Joaçaba. Procuro conhecer as
pessoas, seus costumes, sentir suas ansiedades. Nos bairros próximos, vejo
empreendimentos bem sucedidos. No
Distrito Industrial, também há alguns. Há, aqui, uma euforia pela vinda de uma grande loja de
departamentos que vai se situar entre o centro e nossos bairros altos. Acho que
as empresas que mais contribuem com a formação de nosso PIB se localizam por aqui.
Temos bons e maus exemplos, porém.
Em nosso
Distrito Industrial, visitei 4 empresas consolidadas. (Quando da Audiência Pública
do Plano Diretor, veio-me a curiosidade em conhecer melhor as empresas aqui de
cima). Vi, também, que há barracões fechados e que muitos terrenos do Distrito
Industrial continuam sem ocupação. Houve omissão das autoridades passadas que
não cobraram dos beneficiários os investimentos. E espera-se efetiva atuação
das presentes para fazer com que a área possa ser utilizada para cumprir a
finalidade dada quando Evandro Magalhães de Freitas a criou, nos dois primeiros
anos da década de 1980. Agora, temos lá alguns barracões fechados e muitos
terrenos esperando pelas plantas industriais.
Há muito tempo
venho sugerindo que se exija dos detentores da posse dos terrenos
a realização de seus empreendimentos. Disseram-me que esses são legítima
propriedade de quem os adquiriu porque, na época da implantação daquela área, a
execução foi terceirizada. E que o prestador de serviços recebeu terrenos em
troca. Mas haveremos de convir que o objeto do projeto não foi cumprido. As
prefeituras guardam, em seus arquivos, todos os documentos contábeis, atos
legais e escriturações. É fácil apurar o que realmente aconteceu. Então, penso
que quem não utilizou o terreno recebido graciosamente, deva devolvê-lo ao
Patrimônio Público Municipal para que seja concedido a outros através de
licitação. E os demais devam ter uma avaliação justa e legal, e sejam
declarados de interesse público para fins de desapropriação amigável. Ou de
alguma forma equivalente a isso. E, depois, vendidos através de licitação,
sempre com a previsão, no edital, de que o destino seja a implantação de
empresas industriais.
Nas cidades
próximas, já não se fala mais em Distritos Industriais e sim em Distritos
Empresariais, onde se possam implantar empresas comerciais ou prestadoras de
serviços, com o fito da geração de empregos e arrecadação. A gente pode ir dar
uma olhadinha em capinzal, por exemplo...
Celso Farina,
que foi prefeito de Capinzal de 1983 a 1988, costumava dizer que o prefeito é o
animador da sociedade. Concordo com ele. Um prefeito precisa exercer extrema
liderança sobre os seus colaboradores e conduzir, positivamente, os habitantes
de sua cidade. Colocar seu cargo a serviço de seu município, almejar que todos
os cidadãos possam viver melhor e com dignidade. Um empresário, da mesma forma,
deve exercer a liderança sobre seus comandados e buscar o êxito para seus negócios. Joaçaba
está prestes a completar seus 100 anos. Nós, joaçabenses, esperamos que
possamos evoluir sempre e conquistar nosso bem-estar. E que sejamos liderados
com a determinação que se espera de nossos gestores. E que possamos crescer com
firmeza e sustentabilidade!
Euclides Riquetti – Escritor
- Membro da ALB/SC
Publicado no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC
em 28-07-2017
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