Imagem ilustrativa
Na semana que
passou, alguns sítios de notícias deram conta de que uma mulher teve sua viagem
de Capinzal a Joaçaba interrompida por seu veículo ter dois pneus estourados
num buraco da pista da Rodovia SC 135, antiga SC 303. A notícia não me surpreendeu,
pois durante o mês de março me dirigi uma dezena de vezes a Ouro, para cumprir
compromissos pessoais, e vim observando a precária situação da “Estrada da
Amizade”, construída na primeira metade da década de 1970, quando o Estado de
Santa Catarina seguia o slogan “Governar é encurtar distâncias”, a marca do
Governo de Antônio Carlos Konder Reis. Quatro décadas depois, a rodovia foi
“revitalizada”. Agora, pede socorro de novo!
Conheci o
projeto de reforma, o qual comportava pelo menos 18 Km de faixa adicional na
extensão de 29 Km entre Ouro e Joaçaba. Ao final, apenas no percurso que cobre
parte do território do município de Lacerdópolis recebeu a ”terceira pista”,
metade do que fora projetado. Também haveria o assentamento de telas nas
laterais da estrada, de forma que a fauna somente pudesse deslocar-se de um
lado para outro da rodovia passando por bueiros ou galerias de passagem de
águas, evitando a morte de animais. Também isso foi abortado, para a redução de
custos...
Há quase duas
décadas atrás, o empresário Benoni Viel, máster do Grupo Auto Elite, que tem
sede em Capinzal, cobrava das lideranças políticas a recuperação daquela SC.
Ele visitava ou ligava às lideranças e cobrava atitude proativa. A obra foi
feita e, agora, começa a se deteriorar. Em diversos pontos, quando ocorrem
chuvas como as dos últimos dias, voltam a aparecer os buracos. E é bem visível
que muitos outros surgirão, basta ver as condições do leito da estrada. Ainda,
em algumas curvas, a vegetação adulta, que deveria ser suprimida, atrapalha a
visão dos condutores de veículos, gerando insegurança. Tirando-se algumas
manifestações de alguns radialistas aqui de Joaçaba, que recebem reclamações de
usuários daquela via, nada mais! Não se vê nenhuma preocupação das lideranças
políticas e empresariais do Baixo Vale do Rio do Peixe no sentido de
alertar as autoridades estaduais de que, com a deterioração, o custo para
recuperação será bem maior. Um trabalho bem feito, agora, resultaria em
economia adiante. Mas, em último ano de Governo, dificilmente veremos alguma
iniciativa nesse sentido.
Enquanto isso, o
assassinato de uma vereadora e seu motorista, no Rio de Janeiro, cidade onde
“tudo pode acontecer”, está tendo a maior repercussão possível. Lamento pela
vida dos dois e de milhares de outras pessoas que são barbaramente assassinadas
anualmente no Brasil, e que têm como efeito apenas “engordar” as estatísticas
da violência urbana nas grandes cidades.
Euclides Riquetti – Escritor – Membro da ALB/SC
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