Os prazos
estão-se esgotando e o quadro político, em relação às candidaturas aos cargos
majoritários em nível federal e estadual, continua indefinido, mas não
nebuloso. Já temos bem claro sobre quem serão os candidatos principais,
restando ver as composições para os vices, que acontecerão em última hora. Até
mesmo os candidatos que já passaram pelas convenções nem sabem, ao certo, quem
terão de vice. A maioria dos partidos
estão “deixando tudo para a última hora”, como é de costume.
Pessoalmente, considero que as decisões nos
últimos prazos são prejudiciais aos candidatos. As definições com prazo
antecedente razoável permitem um melhor planejamento de campanha, o que pode
levar a melhores resultados.
Estive fora da
cidade por 10 dias, em Curitiba e Florianópolis, onde conversei com muitas
pessoas sobre política e também procurei fazer minha própria avaliação dos
sistemas de turismo das duas cidades, uma questão que sempre me interessa
muito. Na política, sinto que haverá uma briga polarizada da direita e da
esquerda, com o candidato que for indicado por Lula e Jair Bolsonaro. E,
beliscando, Ciro Gomes e Marina, que só teriam chances reais se tivessem o
apoio do PT e de Lula. E Alckmin, se tiver como candidato um vice do PMDB, tipo
Henrique Meirelles, poderá crescer, uma vez que ambos os nomes são bem
conhecidos dos eleitores. Alckmin é político experiente e Meirelles esteve na
mídia em razão de ter sido Ministro no Governo de Temer, recentemente. Álvaro
Dias é visto como bom candidato, mas nem os paranaenses acreditam que ele possa
vir a se eleger.
Em nível
estadual, mesmo com as candidaturas de Gelson Merísio e Paulo Bauer tendo
passado em convenções, poderemos ter novidades ainda, pois Colombo, mirando sua
eleição ao Senado, articula composições em que Amin também faz parte. Mauro Mariani
deverá ser unanimidade no MDB, único partido capaz de ir com chapa pura, tem
munição para isso. Mas está aberto a receber vice de outras agremiações.
É sabido que o
êxito dos candidatos majoritários, com campanhas poderosas, puxa para cima os
candidatos aos cargos parlamentares. Fazer parte de uma coligação poderosa,
capitaneada por um candidato ao Executivo que vá para o segundo turno, é muito
favorável para candidatos a deputado, por exemplo.
Com relação ao
turismo, tenho a constatação de que Curitiba avançou muito nas últimas quatro
décadas, enquanto que Florianópolis ficou na mesma, com uma enorme capacidade
ociosa fora da temporada de praias, com muitas ideias boas, mas nunca
executadas. Em Curitiba, com o Plano Municipal de Turismo bem formulado,
projetado por um time multidisciplinar bem eclético e envolvendo a sociedade
representada por entidades, (com exceção do Jardim Botânico, que não está tendo
atenção de que precisa), houve uma expressiva evolução. Até passar lá no Santa
Cândida para ver os acampados do movimento Lula Livre é programa que muitos
fazem ao visitarem a Capital Ecológica do Brasil. Enquanto isso, em
Florianópolis, ainda se aguarda que o seu maior monumento, a Ponte Hercílio
Luz, que já consumiu um monte de dinheiro público, tenha sua reforma
concluída...
Euclides Riquetti – Escritor – Membro da ALB/SC www.blogdoriquetti.blogspot.com
Minha coluna no Jornal Cidadela - em 03-08-2018
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