Pierina é a quinta cantora a de nossa esquerda para a direita. Foto da Rádio Capinzal.
Pierina Zaleski, como era conhecida, faleceu na terça-feira e foi sepultada ontem, 24 de abril, em Ouro, SC. Pierina era prima-irmã de minha mãe, Dorvalina. Ela ia completar 73 anos dia 28 de junho.
A Pierina sempre foi uma pessoa de alto astral, mesmo tendo perdido o marido, Darci Zaleski, poucos anos depois de casada. Tinha um filho, Fernando Augusto, e estava grávida do segundo, Darci Júnior. Com apoio de seus irmãos e cunhados, a gringa da Linha Sul criou-os com muita dedicação e zelo, dando-lhes um primor de educação. A Pierina mãe era a Pierina amiga, sempre alegre, dinâmica, disposta a trabalhar. Sua dedicação à cultura foi destacada na celebração de despedida.
Ela foi uma das fundadoras do grupo Pìccola Itàlia Del ´Oro, em Ouro, um grupo de animação cultural, onde se cultivou a dança e o canto. Gostava muito de cantar em corais, fez parte de alguns deles notadamente de um que envolvia funcionários da antiga Perdigão Agroindustrial, onde trabalhou, e o do Pìccola. Era normal a gente vê-la no Clube Floresta ou em festas vestida com roupas típicas italianas, puxando os amigos para a dança.
Apreciadora de vinhos e boa comida colonial italiana, era uma das líderes na condução dos bailes da Noite do Queijo e do Vinho, realizada anualmente no Clube Floresta, em Ouro, em pleno inverno. Tínhamos um carinho muito grande por ela e nela encontrávamos reciprocidade. Costumava vir à nossa mesa nos bailes, onde nos trazia as costelinhas de porco, uma delícia. E era amicíssima da Miriam e de todos nós da família.
Estive lá para a despedida definitiva, reencontrei os irmãos dela, Valdir e Nelson, que moram em Caxias do Sul desde a Juventude. O Nelson eu vira neste ano, em Caxias do Sul, quando lá estivemos para a Festa da Uva.
A Pierina vai deixar saudades a todos os que conviveram com sua alegria durante a vida. Com ela era tudo otimismo, diversão, sorrisos e abraços. Tenho as melhores lembranças dela, fomos colegas de trabalho na Prefeitura de Ouro, era nossa colaboradora na Unidade Sanitária Central. Depois foi trabalhar na Perdigão, em Capinzal, onde atuava na fiscalização sanitária, pelos quadros do estado de Santa Catarina.
Aos filhos Darci e Fernando, bem como suas esposas e os filhos, netos dela, um fraterno abraço e o desejo de superação pela sua perda. Afinal, há menos de um mês ela passeava pela Serra gaúcha, junto com seus amigos de cantoria, cheia de saúde e energia. Que Deus a tenha na Glória Eterna e que viva em paz e feliz!
Carrinhosamente,
Euclides Riquetti e Miriam.
25-04-2019
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