Dormem, as almas, no silêncio da madrugada
Recolhem-se para a intimidade de sua reflexão
Mergulhadas no âmago da infinita ponderação
Miram a realidade presente, a futura, a passada.
Dormem, ao navegar nas ondas da turbulência
Entronizadas nos altares da escuridão universal
E, muito mais do que num ambiente sepulcral
Aguardam a luz do sol para render reverência.
Dormem as almas, dorme o corpo, o coração
Choram as angústias, seus olhos lacrimejam
Dormem as almas com sua dor e sofreguidão.
Esperam pelos cânticos dos anjos, dos serafins
Das alturas onde as estrelas e os sóis vicejam
Desfilam protegidas por guerreiros querubins.
Euclides Riquetti
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