O Presidente Jair Bolsonaro chegou ao
Poder após defender a volta da ideologia de direita, a mesma propagada pelo
Senhor Olavo de Carvalho, que mora nos Estados Unidos, e que vem colocando a
colher mais do que deve no novo Governo.
Alguns ministros, notadamente a dos Direitos Humanos, Damaris Alves, seguem
a mesma linha. No momento, Damaris, que
já manifestou posições muito polemicas, está em calmaria. Olavo de Carvalho
está em ebulição, chegando a ser tratado pelo vice-Presidente, General Mourão, como “Astrólogo”. Na verdade, o Governo
Bolsonaro já nasceu polêmico pela maneira como se configurou.
Mourão não é uma pessoa qualquer, foi um
militar disciplinado e estudioso, que desempenhou muitas funções no Exército
Brasileiro. E foi eleito, juntamente com Bolsonaro, pelo voto da maioria dos
brasileiros, portando é autoridade constituída e não um simples falador como é
o Carvalho.
O radicalismo de posições ideológicas
entre direita e esquerda não nos traz nenhum benefício. Sou da opinião de que
as sociedades precisam de disciplina e seriedade. E a população simples, aquela
que não tem em mãos os canais de comunicação, algumas vezes nem sequer o acesso
à internet, não aguenta mais ver as querelas entre contendores do governo e os
de oposição, e mesmo entre o Governo e seus próprios partidários. Acho,
inclusive, que as encrencas têm sido maiores entre eles mesmos do que com a
oposição. O Governo, ainda não aprendeu que as polêmicas só lhe causam
desgaste.
Por outro lado, o que tem de jornalista
emitindo opinião fajuta na televisão é uma calamidade. Precisam dizer alguma
coisa para entreter e manter a audiência de seus telespectadores. Porém, as
pessoas comuns, as que andam nas ruas a pé, que ficam nas filas dos hospitais e
dos serviços públicos, fazem uso da “democracia do controle remoto”, como dizia
Dilma Rousseff, e trocam de canal para não ouvir bobagens. Todos querem solução
para seus problemas e não apenas “opinião” daqui e dali. Aliás, as opiniões têm
levado o próprio STF a entrar no rolo das confusões, no momento no epicentro
delas.
Outra questão que está em discussão é a
da “educação em domicílio”. Falam sem conhecer o teor da Lei. Imaginam que cada
cidadão que quer alfabetizar os filhos em casa pode fazê-lo, simplesmente. No
entanto, haverá normas e protocolos a serem seguidos. E os educandos serão
submetidos a avaliações periódicas. Particularmente, acho que a aprendizagem
deva ocorrer em sala de aula. Mas, e se eu estiver errado? O que se vê é que há
pais em condições de, além de proporcionarem a educação familiar, conseguem dar
aos filhos mais do que dão as instituições oficiais e mesmo as privadas. Há
pais que desejam blindar os filhos de um monte de perigos que rondam seus
filhos.
Entrei para a escola regular com oito
anos feitos. Mas, em casa, meu pai, que era professor, e meu irmão mais velho,
que era ginasiano, praticamente me alfabetizaram. Aprendi, quando estava no
terceiro ano do primário, a calcular áreas e volumes. E já sabia,
razoavelmente, empregar pronomes oblíquos. Aprendi, na educação básica, a
preparar-me para a vida. E, na Universidade, a conhecer gramática e literatura
que ajudam até hoje na redação de meus textos. Estamos vivendo a era em que
todos emitem, facilmente, sua opinião sobre os fatos. E expressam-se com
escrita e fala horríveis.
Por outro lado, tive a alegria de lançar
meu livro “Crônicas do Vale do Rio do Peixe e outros lugares”. Foram 43
crônicas colocadas nu livro bem produzido e com boa apresentação gráfica. Na
verdade, ficou um livro “bem chique”! E tive o prazer de autografar 145 volumes
na noite de seu lançamento, dia 12 de abril, em Ouro, em evento com quase 300
presentes. Está em curso minha tarefa de
dar vez a pessoas que viveram no anonimato, mas que deram importante
contribuição ao desenvolvimento das sociedades.
Euclides Riquetti – Escritor –
Autor do livro “Crônicas do Vale do Rio do Peixe e outros lugares”
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