A história do
povoamento do Meio-oeste de Santa Catarina é complexa, mas fantástica. Campos
Novos e Cruzeiro foram palco de eventos marcantes no início do Século XX,
quando da inauguração de nossa estrada-de-ferro. Eram municípios com vastidão
territorial e muito ricos em madeiras de serra, erva-mate, e campos para a
criação de bovinos. A colonização italiana e
alemã, na margem direita do Rio do Peixe, trouxe o trigo, o milho, os
porcos e as videiras. Depois veio a indústria metal-mecânica que, com a agroindústria , protagonizaram
vultoso desenvolvimento econômico. O povo foi à escola, vieram os colégios, as
universidades e chegamos ao que somos hoje. Descendentes de italianos e de
alemães trouxeram a força de seu trabalho e o conhecimento das técnicas de
cultivo e das ligas metálicas. E esses colonizadores se somaram a caboclos e
depois a toda a sorte de imigrantes. Temos um passado que nos honra, um
presente exitoso e um futuro muito promissor!
Tenho buscado
conhecer a história dos municípios do Baixo Vale do Rio do Peixe e do Meio-oeste,
com a intenção de melhorar meus conhecimentos e compreender a ação política e
os conflitos que nos levaram às brigas pelo domínio territorial no Contestado.
E, como gosto de escrever, conto histórias com personagens reais que conheci ao
longo de minha vida e que, em sua maioria, já nos deixaram. Agora, no dia 18,
na próxima quarta-feira, lanço, em Capinzal, meu segundo livro de crônicas,
cujo título escolhi ser “Crônicas dos Antigos Rio Capinzal, Abelardo Luz/Ouro e
Arredores”. O primeiro, que lancei em 12 de abril do ano passado, foi “Crônicas
do Vale do Rio do Peixe e Outros Lugares”, evento que fez parte da programação
de aniversário do Município de Ouro. Foram 43 crônicas no primeiro e 47 no novo
livro, estas escolhidas dentre as 107 que escrevi e publiquei em meu blog no
ano de 2013.
Já na sua
apresentação, procurei dar uma visão, de forma sintetizada, de como foi a
história dos antigos distritos de Rio Capinzal (1914), e Doutor Abelardo Luz
(1920), este mudando para Ouro em 1929, quando ainda pertencia a Cruzeiro, hoje
Joaçaba. Nas crônicas, relato e descrevo fatos e personagens simples, mas que
têm muita importância no contexto histórico e social, como a invenção do colono
que queria voar, dos costumes de as escolas oferecerem ensino, separadamente,
para meninos e meninas, o assentamento de pedras para as pontes de nossa via
férrea, pessoas que, com seu trabalho, desinteressadamente, ajudaram outras
pessoas, costumes, artesãos profissionais, trabalhadores, comunicações, política,
esportes, humor, o trem, comidas, personagens folclóricas, etc. Linguagem leve
e divertida, com prefácio de Ana Shirley Bragatto Fávero e posfácio do Izolete
dos Santos Riquetti. O evento de lançamento faz parte da programação dos 71
anos de Capinzal e acontecerá às 19 h 30 min no Centro Educacional Prefeito
Celso Farina, daquela cidade.
Utilizar
personagens reais, respeitando sua maneira de ser e seu comportamento, mas
ressaltando a importância que tiveram na construção de nossa História,
promovendo-as socialmente e culturalmente, é meu intuito. Os famosos já têm
quem escreva sobre eles, mas os simples e comuns precisam de quem registre seus
nomes na História. Em tempos que que muito se escreve nas redes sociais e se lê
menos livros, ouso contribuir para que esse costume possa ir mudando aos
poucos!
Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com
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