Tenho me dedicado
a buscar dados e informações gerais sobre o Plano Nacional de Imunizações. Vejo
as informações oficiais em diversos níveis. Confronto dados e formo minha
própria opinião sobre o combate à pandemia da Covid 19 no Brasil, em Santa
Catarina e nas cidades aqui próximas. Posso aqui asseverar que somos o estado
das “vacinas nas geladeiras”. Nosso estado sempre está um degrau abaixo dos
índices do Paraná e dois abaixo dos do Rio Grande do Sul. Se os estados recebem
doses de vacinas proporcionalmente ao número de pessoas nas suas faixas
prioritárias, ou o IBGE está furado (no que eu não acredito), ou estamos
devagar quase parando. Lugar de vacina é no braço do cidadão e não na geladeira!
Fiz contato com
pessoas dos estados vizinhos e obtive semelhantes respostas às minhas
indagações: “Aqui a ordem é vacinar tão logo as doses nos cheguem!” E é sempre
visível que estejam vacinando as pessoas nos feriados, sábados e mesmo nos
domingos. E, para não ficar apenas na opinião, colhi dados da transmissão do
corona em algumas cidades aqui do Meio-Oeste e do Planalto Camponovense.
Escolhi três cidades polos: Joaçaba, Campos Novos e Capinzal. Colhi o número de
casos ativos ao fim do dia de segunda-feira e pesquisei sobre a população das
cidades. Vejamos:
Para o núcleo
liderado por Joaçaba, conectei Herval d´Oeste e Luzerna. Foram 286 casos ativos
para uma população estimada de 56.950 habitantes somados os três municípios. No
núcleo Campos Novos, agreguei Brunópolis e Vargem. Foram 149 casos ativos para 41.370
habitantes. No núcleo liderado por Capinzal, incluindo-se Ouro e Zortéa, foram
90 casos ativos para 33.374 habitantes. Os casos ativos de nosso núcleo, aqui:
Joaçaba 152; Herval d ´Oeste, 95; Luzerna, 39. A análise do porquê de isso
estar acontecendo em nosso núcleo, deixo para você leitor, fazê-la. Também, há
um retardo de pelo menos um degrau etário de Joaçaba em relação a Herval no
calendário de vacinação.
Sinto uma queixa
muito grande em relação à forma de divulgação dos dados pelos municípios. A
maioria das pessoas se informa pelo rádio. Mas é crescente o número de pessoas
que buscam as informações nos sites de notícias. E, nisso, as cidades de todos
os núcleos estão falhando. Apenas a ocorrência de óbitos é divulgada de
imediato. A isso chamamos de “reforço negativo”, que os educadores sabem muito
bem o que é. A divulgação, bem transparente e diária, do número de casos ativos
de cada cidade, mostrando a queda em seus índices, funciona como um proveitoso
reforço positivo. Pelo reforço positivo, em educação, em vez de se ressaltar o
que um aluno deixa de fazer, ou faz inadequadamente, devem ser ressaltados os
resultados positivos, aquilo em que o aluno tem êxito ou o esforço que ele faz
para progredir. O reforço negativo desmonta e deprime. O positivo engrandece,
motiva, faz melhorar a auto-estima. A comunicação impressiva e assertiva pode
ter um efeito benéfico. Vejam o exemplo de Chapecó, onde o prefeito João
Rodrigues, comunicador nato que é, consegue injetar ânimo na população, pela
redução dos casos ativos e, consequentemente, da possibilidade de propagação da
doença.
No feriadão,
muito descanso e pouca ação. Parece-me que há quem imagine que o coronavírus
também tire folgas nos feriados e fins de semana. E, através dos meios
televisivos, também consigo ver bons e maus exemplos em termos de ação efetiva
para diminuir a transmissão do vírus letal. Em São Sebastião, no litoral
paulista, a Prefeitura montou barreiras na principal via de acesso às praias.
Houve bloqueio da livre passagem dos carros e 2.200 deles foram avaliados.
Descobriu-se que em 84 havia pessoas com
o cooronavírus, casos ativos, propagadores da doença. Foram mandados de volta
para suas cidades de origem. Mais do que
leis e decretos, contam as ações.
Também se
questionam as exigências da ANVISA para autorizar o uso de vacinas que ela
ainda não aprovou. Pelo que se vê, são informações técnicas que não estão bem
redigidas ou claras impedem a aprovação de sua aplicação em nosso território.
Ainda, a Fiocruz não sai do chão em sua produção. Falam bastante na televisão
mas a ação deles é pífia. O Butantan está dando um vareio na Fiocruz. Bem
feito! Falem menos e façam mais.
Euclides Riquetti – Escritor – Minha Coluna no Jornal Cidadela - Joaçaba SC - 09-04-2021
Richetti, esse resultado que estamos colhendo, seja ele em Joaçaba, Campos Novos, Capinzal, Manaus... tem nome e sobrenome, chama-se jair messias bolsonaro (minúsculo mesmo) - fruto do boicote, do negacionismo, do nazifascismo exacerbado que vivemos.
ResponderExcluirO país está sem comando seja no combate a pandemia, ao desemprego, à fome...a única preocupação desse genocida e seus exóticos ministros é transformar o Brasil em terra arrasada. Há uma ânsia em destruir tudo para daí dividir o butin
A elite do atraso aceita tudo, mais ou menos o lema do Sílvio Santos: "tudo por dinheiro" o resto que vá ao diabo.
Isso que estou dizendo dificilmente vamos encontrar na mídia hegemônica nacional. Para saber a verdade temos que ler a mídia alternativa e os jornais estrangeiros que em sua maioria afirmam ser bolsonaro e sua turma um problema, não só para o Brasil, mas para o mundo.
A mando do STF, (Barroso), instala-se em Brasila uma CPI para investigar o (des)governo. Você acredita que vai dar em alguma coisa? Eu não, pois esse bossal faz exatamente aquilo que o império e a oligarquia cabocla esperam , tudo sob os cuidados das nossa Forças Armadas devidamente treinadas e amestradas na Escola das Américas.
O problema são os comunistas, os esquerdistas, os petistas...A culpa é da Dilma...HÁ MUITOS QUE ACREDITAM...
Essa é a minha verdade, o resto é enganação, como se dizia na escola: "encher linguiça".