A
China é um país de dimensões continentais. Sua população estimada é de pouco
mais de 1.400.000.000 (um bilhão e quatrocentos milhões de habitantes. Seu
território é de 9.597.000 Km2. O Brasil tem uma população estimada de
212.000.000 (duzentos e doze milhões) de habitantes distribuídos num
território de 8.516.000 Km2. Os três grandes produtores mundiais de
alimentos são a China, os Estados Unidos e o Brasil. Nossas áreas terras
agricultáveis são muito maiores do que as desses países. E, temos em nosso favor,
um clima que nos favorece a produzir nos doze meses do ano.
O
Brasil é a esperança do mundo para que produza alimentos para suprir a falta
deles no mundo nas próximas três décadas. Nos próximos 30 anos, a agricultura
precisa colher 70 por cento a mais do que hoje para suprir a demanda mundial
crescente. No Brasil, temos o avanço tecnológico que nos permite produzir em
áreas antes não agricultáveis. Temos tudo para nos tornar uma nação ainda mais
próspera e forte. Já passamos por muitas situações adversas e sobrevivemos.
Vamos sobreviver também ao mal da pandemia do Coronavírus. Temos abundância de
água que, se bem cuidada, o fator mais favorável a nossa economia. Produção de
energia renovável, não poluente, mais barata do que as outras formas de
produção que utilizam combustíveis fósseis.
Quando
falam que o Brasil precisa tratar muito bem a China porque ela é nosso grande
parceiro comercial, não precisamos concordar. Tratar com respeito, sim, mas não
podemos vender nossa alma nem a eles e nem aos demais. Os chineses estão
investindo muito no Brasil, com empreendimentos, não apenas chegam até nós com
a especulação financeira, como muitos outros o fazem. Temos que respeitar, mas
precisamos ser respeitados. Antigamente diziam que quem tinha o petróleo nas
mãos tinha o controle do mundo. Já não é mais possível pensar-se assim. Para os
chineses damos comida e eles que nos deem os insumos para as vacinas, afinal,
foi de lá que veio o vírus que se expandiu para o mundo.
Também
se dizia que os japoneses compravam nossos minérios e estocavam. Depois pegavam
tudo aquilo e transformavam em relógios e nos vendiam. Algumas toneladas de aço eram pagas com apenas um relógio. Hoje nós temos muito alimento que pode ser
fornecido ao mundo, mas nosso principal cliente é a China, assim como a Rússia
foi nosso grande comprador há uma década. Ter poucos clientes grandes, ao meu
ver, não é um negócio sustentável. Melhor seria termos muitos clientes médios e
pequenos do que uma minoria forte. O risco seria menor, não cairíamos em
armadilhas comerciais. A China está comprando muitas comodities no nosso
mercado futuro. Têm dinheiro e fazem o jogo que lhes interessa. Lembro que o
Brasil já precisou comprar o petróleo brent no exterior para cumprir contratos com os
vizinhos aqui da América do Sul.
Muitos países estão preocupados com os chineses. O Presidente Biden dos
Estados Unidos, pacifica-se com a Rússia e está com seu olho crítico voltado à
China. Esta vem ocupando espaços que eram deles. Seria ingenuidade pensar-se
que seu comportamento viesse a ser totalmente contrário do de Donald Trump. Os
norte-americanos fazem pequenas querelas entre si, mas na hora de lidar com os
rivais estão sempre no mesmo barco. Nós damos comida aos chineses e eles nos
dão insumos para nossas vacinas. Mas apenas por enquanto!
Aqui
no Brasil, a aplicação das vacinas contra o coronavírus está sendo acelerada em
junho. Isso já provocou embates políticos entre o Governo de São Paulo e o
Ministério da Saúde. A não ser que estados e municípios venham a adquirir
imunizantes fora do PNI, haverá pouca diferença de prazos nos calendários de
vacinação, uma vez que as prioridades e as idades seguem o Plano. A briguinha é
boa porque, quanto mais queiram aparecer e serem pais da criança, mas rápido
agem para trazer as doses ou os insumos do exterior. Mas nosso grande trunfo
será a produção do insumo no âmbito nacional. Tanto a Fiocruz quanto o
Instituto Butantã estão ampliando sua capacidade de produzir diversos tipos de
vacinas. As pesquisas estão avançando e, em um ano, passaremos de importador a
exportador. Bom para nós, bom para o Brasil.
Nossos vizinhos Uruguai e Chile estão bem mais adiantados do que o Brasil na aplicação de vacinas, mas o registro de
óbitos, mesmo assim, está elevado em ambos. Estão com mais de 60% de aplicações
contra 30% em nosso meio. Mas os registros de óbitos por cada milhão de
habitantes aponta 16 no Uruguai, 13,3 na Argentina e 5,8 no Chile. Aqui no
Brasil, são 9 mortes diárias para cada milhão de pessoas.
Na
semana passada, o Brasil perdeu o ex-Vice-Presidente Marco Maciel. Aqui em
Joaçaba perdemos o ex-vereador Telismar Gewehr. Dois bons políticos, guardadas
as devidas proporções. Duas pessoas muito discretas e confiáveis. Telismar, meu
amigão, Maciel, um político que sempre admirei. Quando fui prefeito, tive um
vice padrão Marco Maciel, meu companheiro Nadir Zanini, que partiu há dois
anos. Quando você tem um vice discreto e confiável, tudo fica mais fácil. Que
todos eles tenham as Bênçãos Divinas e o merecido descanso na Eterna Glória.
Euclides Riquetti – Escritor
Minha coluna no Jornal Cidadela - Joaçaba SC
Em 18-06-2121
Ah, mas eu vejo a coisa completamente diferente de você:
ResponderExcluirClaro que a China precisa de nossa comida, mas será que o Brasil precisa produzir somente comida?
A forma como produzimos alimentos hoje (soja, milho, cana de açúcar, carne..., segundo estudos científicos, não se sustentará por mais de 30 anos. Sua contrapartida será a destruição do meio ambiente (biodiversidade), o envenenamento do solo, da água e do ar. Estamos transformando nosso principais biomas (Cerrado, Amazônia, Caatinga, Pampa...em verdadeiros desertos).
A quem interessa tudo isso? Aos donos do dinheiro, claro, á Wall Street, áqueles que não estão preocupados comigo, com você com os brasileiros. Eles só querem o lucro, não importa o preço.,.. Isso representará no curto/médio prazo um empobrecimento brutal e seus reflexos serão sentidos por todos, principalmente pelos mais pobres.
Devíamos, além de produzir comida com respeito à natureza, olhar nossa indústria com um pouco mais de atenção. Um gigante igual ao Brasil, com território e população entre os cinco maiores do mundo precisa de uma indústria a altura para absorver a mão de obra e nos dar esperanças futuras. Será que vemos isso hoje? Pelo contrário, o que esse desgoverno tem feito é desmontar nosso parque industrial. Quem vende refinarias para comprar gasolina e diesel dos americanos quer o que?
A China, hoje, representa o futuro econômico, comercial, militar e tecnológico - mesmo que o Ocidente diga o contrário. Sua parceria com a Rússia é fundamental para o sucesso que estamos vendo.
Não podemos acreditar no discurso ideológico de bolsonaro. Isso não é bom para o Brasil - ficar refém de uma única potência (USA) é o pior tendo em vista que essa potência está se desintegrando em todos os sentidos. Claro que isso você não verá na mídia venal - eles nos vendem diariamente peixe podre porque são regiamente pagos para isso.
a relação do Brasil com a China é muito mais uma parceria que se bem aproveitada dará muitos frutos para os dois lados: eles receberão comida, nós receberemos insumos variados e tecnologia para evoluirmos.
Mosso desgoverno tentou destruir tudo isso, não conseguiu, porque a China em seu pragmatismo contornou os principais ataques de minúsculo presidente. A china sabe o que quer e sabe também que bolsonaro passará e o Brasil continuará.
Mais de 30% de nossas exportações vão para a China e a tendência é continuar crescendo, Então não dá para entender as bravastas do minúsculo residente: seria mais ou menos como se o dono de uma loja individada falasse mal de seu principal comprador.
A verdade é que estamos na mão de um psicopata despreparado, analfabeto, grosseiro, bruto e corrupto. Ele negligenciou a vacinas e em seu lugar ofereceu cloroquina o resultado são mais de meio milhão de mortos. Isso é um feito porque bolsonaro trabalhou incessantemente para isso, ou não?
EmtÃo, FORA BOLSONARO.