Setembro chegou com as belíssimas flores
que precedem a primavera. As cidades estão coloridas, principalmente com a
alegria inspiradora do Ipê Amarelo. As pessoas estão animadas por causa da
queda do número de óbitos e de contágio em razão da pandemia da Covid 18.
Sorveterias fazendo a alegria das crianças e dos adultos. Pessoas fazendo reformas em suas casas,
programando visitas a familiares que só têm visto ou ouvido através de vídeos,
retomando os passeios e viagens que foram suspensas há um ano e meio. A
vacinação, oferecida pelo Ministério da Saúde, mesmo com o retardo de seu
início, esta indo bem no Brasil. Sempre queremos a perfeição, mas isso é mesmo
impossível.
Vivemos três mundos: O da realidade, o
da ilusão e o da fantasia política. Nossa realidade é que temos que trabalhar
para ter comida à mesa e as contas pagas ao final de cada mês. Que as acrianças
e jovens precisam continuar estudando, que os adultos precisam continuar a
evoluir, cuidar de seus familiares pueris ou idosos, zelar pelo bom
encaminhamento dos jovens. É também a realidade dos golpistas, que ainda vendem
bilhete de loteria premiado, tomam dinheiro dos pais anunciando falsos
sequestros.
No mundo da ilusão, mergulha-se a mente
naquilo que nos dá mais prazer, imergimos no mundo virtual, grudamos nossos
olhos em telas cada ver com mais resolução, captamos informações que nos chegam
velozmente, que podem nos influenciar dependendo de nossa capacidade de
discernimento. É ainda a velha novela, o novo filme, o jogo virtual, a oferta
que vem para que gastemos mais e a gastança nos cartões de créditos e boletos,
a rapidez de gastar o que já economizamos realizando operações fantásticas com
os pixel e o querer ganhar fácil com coisas que poucos sabem como funcionam,
que são os investimentos em criptomoedas.
O mundo da fantasia política é mais
avançado ainda do que o da ilusão. Muito distante da realidade nossa é o da
política em Brasília, que contamina os estados e os municípios. Cada território
com sua confusão proporcional ao seu tamanho. Querelas paroquiais em algumas
câmaras de vereadores, enganação em discursos de governadores, sempre pensando
mais em sua carreira política, eivados pelo seu egocentrismo e sua ambição
pessoal. E o povo que se ferre. Precisamos trabalhar as pessoas sem manipular,
apenas procurando trazê-las para mais próximo da realidade. A divergência de
opinião sobre as coisas é natural, há entre os casais, entre esses e seus
filhos, já houve entre esses e seus pais.
A liberdade de opinião permite, ainda,
que os cidadãos se manifestem com os meios que têm à mão. As falsas notícias
tão perigosas quanto as jogadas à população, criam ambientes que em nada ajudam
a humanidade. A violência, por outro lado, continua a progredir, os bandidos são cada
vez mais ousados e aparelhados, normalmente mais do que as forças de segurança.
Mas a confusão e a encrenca estão instaladas, principalmente na Capital
Federal, palco das desavenças políticas e jurídicas. Criamos, com as Leis
aprovadas pelo Congresso Nacional, grandes dinossauros que, quando são
biologicamente afastados do convívio vital, são sucedidos por filhotes ousados
e poderosos. Quando os dinos convencionais, tipo Sérgio Reis, se manifestam,
pelas suas bravatas, são ferrados pelos que recentemente tiveram a casca dos
ovos rebentadas.
Enfim, o esperado Sete de Setembro
chegou, deixou marcas, e nos próximos dias é que veremos os desdobramentos das
manifestações populares, mormente das que pedem providências ao Senado Federal
para que ocorra o afastamento de um ou dois ministros do Supremo. Os que vestem
verde, azul e amarelo foram às ruas, inclusive aqui em Joaçaba e Capinzal. Dificilmente, é quase que impossível, um
impedimento ocorrerá, mas o recado foi dado. Já foram “além da conta” de suas atribuições, não apenas neste Governo, como o foram em governos anteriores. Lembro que o
tempo passa e que os mandatos contemplam políticos transitórios, mas que gostam
muito do Poder que fascina. Para os que têm time preferido, torcida organizada
para um lado ou outro, lembramos que outros governantes virão, outros
conflitos, e que os estão lá para julgarem serão os mesmos, colocados lá sem
concurso, com altos salários e “estrutura invejável”. Nessa história toda, muito lúcido e bastante
aplaudido o discurso do juiz aposentado, ex- diretor dos Fóruns das comarcas de
Capinzal e Joaçaba, Doutor Alexandre Duttrich Buhr, na Praça da Prefeitura de Joaçaba, na manhã de sete de setembro: “Se
um juiz é ofendido de alguma forma, através das imprensa ou das redes sociais,
ele não pode sair prendendo. Ele precisa tomar conhecimento e, se julgar que
está ofendido, acionar, na justiça, o que o ofendeu, como qualquer outro
cidadão brasileiro”. Não foram, textualmente,
as palavras ditas por ele, mas configuram aproximadamente essa mensagem e este
entendimento.
Escrevi, há seis anos, e ainda é minha
opinião. “Nossa
Pátria merece nosso respeito, mesmo que haja quem a maltrate. As pessoas
passam, mas a história registra o bem feito e o mal feito. Tenho
orgulho de ser brasileiro. Faço minha parte, procuro registrar, para a
história, os feitos das pessoas simples, que deram algo, de graça, pelas
cidades”.
Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com
Os fascistas apoiadores de bolsonaro se apropriaram, sequestraram, capturaram e nos roubaram os símbolos pátrios, como fizeram Hitler e Mussolini> . Basta ver a história. bolsonaro os copia em seus discursos e atos. As motociatas dizem tudo.
ResponderExcluirE a camisa amarela que vestíamos para torcer pela seleção? Vesti-la agora nos causa arrepios, porque os camisas amarela de hoje foram os camisas negras de Mossulini e de Hitler, os camisas azuis de Franco e os camisas verde de Plinio Salgado.
Em seus ataques pelo fechamento do Congresso e do STF os bolsonaristas empunham bandeiras nacionais, vestindo verde-amarelo.
Sua agressividade é extrema, tendo no presidente e seus filhos os principais incentivadores.
A "arminha" feita com os dedos bem representa esse espectro bélico.
O que essa gente quer é radicalizar o ambiente político, acirrar os ânimos, provocar confronto estabelecendo uma situação caótica de crise econômica, política e social.
Esse é o projeto de bolsonaro.
Mas quem são esses que se vestem de verde-amarela, e vão às ruas vociferando contra os poderes da República e a favor da ditadura?
A grande maioria são evangélicos fundamentalistas fanatizados, policiais, milicianos e forças armadas, donos do agronegócio que querem uma legislação que lhes permita produzir destruindo e apropriando-se do alheio, principalmente as reservas indígenas, os garimpeiros e as empresas multinacionais, todos protegidos neste desgoverno..
Grande parte destes "entusiastas patriotas", que vestem verde-amarelo, negam a ciência, Receitam cloroquina para curar Covid-19 e afirmam que a Terra é plana...são os discípulos do astrólogo Olavo de Carvalho e de Steve Bonnon
Para confrontar a distopia neoliberal no Brasil há que erguer a bandeira da solidariedade às vítimas da pandemia, do desemprego e da fome, o resto é conversa mole.
Eu vejo assim,