O mês de dezembro e o ano estão terminando. Muito calor aqui no Sul, muita gente se movimentando, buscando as praias para banhar-se. Mas, para muitos, não houve alegria...
Nos últimos dias tivemos perdas que nos comoveram. Primeiro, dois dias antes do Natal, houve aquele acidente aqui em Joaçaba, em que o Luciano Matos de Souza, 38 anos, marido da colega professora e diretora escolar Lúcia Giacometti, pai do Luiz Miguel, bateu-se, com sua moto, contra o carro de seu pai. Ele deixara aqui o caminhão de seu trabalho, pegara a moto e voltava para sua casa, em Ouro, para passar o Natal com a esposa e os filhos. A última vez que o vi, foi há pouco tempo, quando houve uma festa em comemoração ao aniversário da Escola Prefeito Sílvio Santos, em que recebemos homenagens. Veio à mesa onde estávamos, conversamos, perguntou-me sobre o Fabrício, falou-me do menino dele. Agora, o fim trágico a despedida...
Depois foi o acidente com o Cléo Azevedo, 35 anos, meu ex-aluno, dos tempos da Sílvio Santos, que capotou seu carro no Bairro Navegantes, no Ouro. Encontrei-o algumas vezes, neste ano, aqui em Joaçaba, num restaurante, onde fazia suas refeições aos sábados, junto com seus patrões e colegas de trabalho, os Vanzin. Vários de seus colegas também foram meus alunos. Joguei futebol com ele para o time do Bairro Navegantes, eu já veterano e ele jovem, uma dúzia de anos atrás. Trabalhava na construção civil, tinha esposa e filha. O seu principal legado foi a doação de seus órgãos vitais, que foram retirados no Hospital Santa Terezinha, o HUST, na semana passada, e encaminhados para dar vida nova a outras pessoas. Um gesto humano da família, algo muito bonito. Seu coração vai continuar a pulsar em outro corpo, mas é algo seu que aqui permanece. Fique bem, amigo!
Agora, no fim de semana, a perda da Sílvia Morais, uma jovem senhora, 39 anos, que foi minha aluna no Sílvio Santos. A Sílvia viveu sua infância no Pinheiro alto, Ouro, neta do Seu Alcides, filha do Ivande, meus amigos e companheiros de jornada política, no final dos anos 80. Era uma menina quieta, educadíssima, estudiosa, que gostava de ler e escrever. Seu corpo foi encontrado após o Natal, no apartamento em que morava, em Capinzal. Lamento muito a sua partida e fico imaginando o quanto sua família deve estar sentida pela inestimável perda.
Pois que Deus conforte as famílias de todos eles, que possam superar tudo isso, que recomecem outra vez, que busquem amar os que ficaram. A eles e a todos os amigos e conhecidos que partiram, desejo que encontrem uma paz verdadeira onde estiverem.
Carinhosamente,
Euclides Riquetti e família
31-12-2019
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