Quem será nosso novo Presidente?
Há pelo menos
meia dúzia de institutos realizando pesquisas eleitorais para ver a preferência
dos eleitores em ralação aos candidatos à Presidência da República. E todas
elas apontam Luiz Inácio Lula da Silva como favorito a levar os votos da maioria.
Claro que o pleito será somente dia 2 de outubro e até lá muitas águas farão
rodar as rodas dos moinhos. Mas até os bolsonaristas mais convictos sabem que a
chance de Lula levar é muito grande. O ex-Presidente é muito esperto e, ao
longo dos anos, desenvolveu habilidades primárias de condução da mente humana
que o atual Presidente jamais desenvolverá.
Converso com as
pessoas na rua e poucas vezes encontro lulistas, pois aqui no Baixo Vale do Rio
do Peixe a direita é muito forte e o PT foi muito mal nas eleições municipais,
sendo que em algumas cidades, a exemplo de Joaçaba, nem candidatos teve. Nosso
povo é conservador, religioso, valoriza o trabalho e os negócios. Ninguém quer
dividir o que é seu com outros, mas é muito solidário nas adversidades. E
bastante politizado!
Hoje,
precisariam surgir vários fatos novos para que Jair Bolsonaro ou um terceiro
nome viessem a derrotar Lula. O generosismo de Bolsonaro não tem impulsionado
sua candidatura à reeleição. Teimoso, não muda de opinião nem diante dos
argumentos mais válidos e as mais fortes evidências. Diria uma amiga minha aqui
que ele é muito tosco. Concordo! O comportamento dele diante da pandemia é
totalmente condenável.
Lembram de
quando Paulo Maluf queria, a todo custo, ser Presidente do Brasil? Fez um
enorme auê para ganhar de Mário David Andrezza a convenção do PDS e depois
perdeu para Tancredo Neves no Colégio Eleitoral, em eleições indiretas. Pois
agora João Dória trilha o mesmo caminho e a imprensa nacional já repercutiu que
terá uma sede de 3.500 metros quadrados para instalar seu Quartel General de
campanha. Com direito a stúdio de TV. E
que contratará, já em março, 200 funcionários permanentes para formularem e
realizarem sua campanha. Isso me cheira a coisa antiga, ao uso do Poder
Econômico para um político conseguir seu intento. Mas, diante de qualquer
efeito manada, isso de nada servirá.
Já alguns que se
consideram bem informados passaram pra frente a ideia de que Sérgio Moro, se
não conseguir a preferência de 15 por cento em pesquisas até o fim de janeiro,
sai para candidato ao Senado pelo Paraná. Pessoalmente, acho que esta seria a
melhor opção para ele, pois o Paraná é sua terra, é um estado com predominância
política conservadora e isso garantiria sua eleição. Vai ser uma eleição “briga
de foice” e os confrontos serão muitos.
Prejuízos com a estiagem – Agricultores, principalmente os
granjeiros que plantam milho, estão tendo elevadas perdas em suas lavouras. Dá
pena! Na área compreendida entre Capinzal, Zortéa e Campos Novos os prejuízos
são maiores. O plantio mecanizado possibilitou que um produtor cultivasse
grandes áreas com menor tempo de trabalho. Com isso, maior é o risco. Na
agricultura convencional, em que o produtor vai plantando gradativamente, a
germinação das sementes e o crescimento das plantas não obedece a um único
cronograma. Assim, nas adversidades climáticas, apenas percentuais de suas
lavouras têm as perdas maiores e outros menores. Como dizem os descendentes de
italiano: Quando se planta uma parte por vez a chance de ter milho “escape” é
maior.
E, mais uma vez,
se começa a ouvir os discursos já bem antigos e manjados de que serão
contratados caminhões para transportar água para os animais, se abrirão fontes,
se construirão cisternas, etc. Há quatro décadas acompanho isso de perto: já
fui produtor rural, comerciante, gestor público, administrador de empresa de
grande produção agropastoril. Ainda não temos um plano de redução dos impactos
das estiagens permanente. O que é construído numa ocasião emergencial, é
destruído tão logo passe o problema. Torcer para que as chuvas que caíram em
algumas tardes se repitam e boa parte das lavouras possa ser salva.
Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com
Ninguém quer dividir o que é seu com os outros...eis a essência daquilo que vivemos hoje. É o fim da picada.
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