A guerra entre a
Ucrânia e a Rússia está indo muito mais longe do que imaginávamos. Pessoas
estão morrendo, a economia global sofre grandes abalos, o crescimento mundial
está prejudicado e todos estão perdendo. A Rússia é um importante produtor de petróleo,
vendendo inclusive para os Estados Unidos. Para a Europa, vende gás natural e
petróleo. Putin, o czar da Rússia, é ambicioso e sanguinário, e o presidente da Ucrânia não teve muita
habilidade em lidar com a situação, é um tanto arrogante e também tem suas
ambições. Enquanto isso, as incertezas sobre como vai ficar a situação e de
quando a guerra acabar fazem com que a
economia do mundo derreta.
As sanções
impostas pelos EUA e os integrantes da OTAN à Rússia, e o revanchismo desta
contra o Ocidente estão causando o maior rebuliço nas economias de muitos
países. O Brasil está perdendo por não poder importar os fertilizantes russos
para a agricultura e está deixando de exportar-lhes carnes de frango e suínos,
além de manufaturas. O preço da ureia e da amônia no mercado vai ficar muito
alto e o petróleo, que estava com o preço de US$ 82.00 por barril, foi para
próximo de US$ 140.00. Para nós, brasileiros, o cenário deve nos servir de
lição!
Acompanho a
questão do petróleo desde 1972, quando na aula inaugural de minha faculdade, a
FAFI, de União da Vitória, houve a presença do Superintendente da Usina de
Extração e Processamento do Xisto, de São Mateus do Sul, Paraná. Ele nos dizia
que o Brasil produzia 800.000 barris de petróleo por dia, mas que precisávamos
de 1.000.000, que tínhamos reservas conhecidas para dez anos e prováveis para
mais dez. Já se passaram 50 anos e temos muitas reservas, ainda. Isso significa
que não sabemos, realmente, quanto do óleo precioso temos embaixo do solo terrestre
e do mar. Hoje produzimos mais de 3 milhões de barris por dia e consumimos o
mesmo tanto. Então, por que continuamos dependente do petróleo estrangeiro? É
que nossas usinas não estão adequadas para refinar o que produzimos. Assim,
exportamos um milhão de litros e importamos o mesmo tanto. Petrobras, que dá
bilhões de lucro por ano e diverte seus acionistas, não pode investir em
suas próprias usinas, adequando-as para
o produto bruto disponível?
No início da
década de 1970 houve a Guerra de Israel,
criaram a OPEP, Organização dos Países Produtores do Petróleo, o preço por
barril subiu muito. O Brasil tinha um déficit de 200 mil barris. Aumentamos a produção, mas aumentamos o
consumo. O Proálcool era um programa que visava a compensar o que nos faltava, fabricaram-se
os carros movidos a álcool, depois os flexfuel, vendemos reservas do pré-sal a
preço de banana, não conseguimos adequar os equipamentos para o refino,
acabamos não autossuficientes em energia fóssil e nem compensamos com energia
renovável. Na fertilização, desprezamos
a utilização de adubos naturais e ficamos à mercê de fornecedores
problemáticos. Os interesses que determinam os rumos do mundo nos prejudicam e
nós não aprendemos nada. Agora, nos vem a lição de que deveríamos ter um
planejamento melhor, buscado a suficiência em termos de alimentos, energia e
fertilizantes. Avançamos em tecnologias para as manufaturas e nos descuidamos
daquilo que nos é básico e essencial. Ainda por cima, temos um ano eleitoral,
quando as decisões governamentais e legislativas se pautam no raciocínio do
voto. Não sabemos o que vai acontecer!
Enquanto isso,
as pessoas estão abandonando a Ucrânia. Vão-se velhos, mulheres e crianças, mas
os homens de menos de 60 anos não podem deixar aquele país: precisam empunhar
armas, compondo os exércitos para enfrentar o inimigo invasor. Trinta mil
homens estrangeiros já estão na Ucrânia, voluntariando-se para ajudar a
expulsar os russos. Enquanto isso, o medo se espalha pelo mundo e as pessoas
até estão se esquecendo que ainda estamos submetidos a uma situação de
pandemia. Os estragos estão feitos, não se sabe até quando irão acontecer e nem
de que forma o mundo vai se recuperar. Então, orações ao senhor e andar mais a
pé e menos de carro!
E a taça vai para...Artur Do Val! – Deputado do Podemos, pelo
estado de São Paulo, e metido a “influencer”, falou as piores impropriedades
que um cidadão poderia proferir, referindo-se às mulheres ucranianas como
“fáceis de pegar porque são pobres”! O Nonno Frederico Richetti iria resolver
isso com ele no relho, certamente. E merecidamente!
Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com
Antes de tudo, a guerra é um grande negócio, principalmente, para os EUA e seu complexo industrial militar. A intenção dos EUA é empobrecer a União Europeia, destruindo sua indústria e o euro, tornando-a completamente dependente.
ResponderExcluirAtravés da Ucrânia, tenta encurralar o Urso russo, impedindo as trocas comerciais (petróleo, gás), principalmente. A intenção do decadente império americano é impedir que China-Rússia avancem sobre a Europa com sua nova Rota da Seda (One Belt and road).
As sanções americanas, tão em moda, para tentar conter o avanço da Eurásia não será suficiente para melhorar a condição do império, Pior para a Europa, quando apoia uma ideia contra ela própria. Hoje mesmo, o Ministro de Energia da Alemanha, Robert Hebeck, adverte que o boicote à Rússia pode causar pobreza em massa. Alguns começam a ver onde tudo isso pode chegar...
No Brasil, a questão da falta de fertilizantes é muito fácil de explicar: temer e bolsonaro fecharam nossas fábricas de fertilizantes e pararam as plantas que estavam planejadas.
Essa política neoliberal desempregou milhares de brasileiros, impediu a produção nacional, e nos obriga a comprar o produto no mercado internacional, pagando em dólar.
Com a gasolina, o diesel e o gás aconteceu a mesma coisa, venderam a preço vil nossas refinarias para importar os produtos americanos. Tem fundamento isso? Depois o povo que se informa por essa mídia venal não entende porque tudo está tão caro.
É obsceno observar o enorme lucro da Petrobas, que deveria beneficiar o Brasil e os brasileiros, indo para meia dúzia de acionistas gringos, os sócios maiores e meia dúzia de acionistas caboclos, os sócios menores.
José Martí, herói cubano, em sua sua sabedoria disse: "Os povos da América são mais livres e prósperos à medida em que mais se afastam dos Estados Uniodos.
Incrível! Isso hoje vale para o mundo inteiro, a Europa que o diga...
Assim o nosso Brasil será sempre o "país do futuro". Que pena!